Cartas Para Um Invisível escrita por Yoggi


Capítulo 7
Capítulo 7 - As lojas dizem não para mim


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, eu sei que eu demorei, estava uma loucora minha vida, me desculpa, enfim... Falem com os seus amigos da nossa fic, por favor! Espero que gostem desse capitulo, eu fiz com carinho(what?)
Beijos ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354633/chapter/7

– Seth-

Acordei com a chuva. Trovões me fascinam e raios também, é simplesmente incrível os quão bonitos eles são, mas o quanto eles fazem mal para um ser vivo, como algo tão lindo pode provocar coisas tão terríveis? Acho que é a mesma coisa com algumas pessoas.

Coloquei uma bermuda, blusa, baguncei meu cabelo com uma tentativa de fazê-lo ficar melhor, não funcionou. Meu pai estava ocupado demais dormindo em algum lugar da casa, provavelmente no seu quarto.

Fiz o meu próprio café da manhã, resumindo, pão de ontem e manteiga. Comi com um pouco de desgosto, escovei os meus dentes, molhei meu rosto. Eu cheguei a uma conclusão de que eu estou ficando mais feio a cada dia.

Peguei um guarda-chuva velho que estava no fundo do armário e sai com ele, tive que ir a pé, o skate iria escorregar e obviamente eu iria cair muitas vezes, sabia que ia ser uma longa caminhada, mas antes de começá-la passei em um mercadinho e comprei um leite com chocolate preto, o tal leite já vinha pronto.

Sei que dizem que é perigoso sair em uma tempestade com um guarda-chuva, pois você podia levar um choque e parar no hospital ou morrer na hora, mas ninguém sentiria minha falta, certo?

Eu cheguei à escola em trinta minutos, e eu estava quase atrasado, sem muito tempo, corri para o meu armário e peguei o livro de matemática e fui para a sala. Assim que eu entrei todos olhavam para mim, vários pares de olhos olhando para um indivíduo. É muito embaraçoso.

Sentei-me na carteira vaga e tentei ignorar alguns olhares que continuavam a me observar, o professor começou a escrever as formulas que eu copiei e não prestei atenção, eu odeio matemática!

– Façam duplas, e, por favor, resolvam da questão 11 a 14!

Olhei para os lados, um menino meio baixo de cabelo curto chamou-me com a sua mão, colei minha carteira com a dele, meio envergonhado tentei não falar nada e não expressar nenhum tipo de emoção, mesmo que tenha parecido que eu fosse à pessoa mais antipática do mundo.

– Prazer, Tom.

– Prazer te conhecer, Seth.

Nós conversamos um pouco, mas sem deixar de prestar atenção na aula e nos exercícios, descobri que ele estava na escola pública por opção, pois mesmo o colégio sendo do governo, ela é a melhor de todas, então os pais dele não iam pagar nada se ele podia estudar na de ótimo ensino.

Eu disse a minha história sobre o porquê eu estava um ano atrasado e como o meu pai é idiota, mas não falei nada sobre o incidente ou sobre a Amanda, ela é meu segredo.

Como será que ela é? Duvido muito que seja muito mais velha do que eu, sei que ela é rica, pois o endereço dela é da parte mais luxuosa de Nova York, ela me escreve ou de noite ou bem de manhã, então ela deve estar na escola.

As aulas se passaram tão rápido que quando eu quando eu fui perceber já estava na minha casa. Olhara para o meu pai quando decidi que ia procurar algum emprego, estou cansada de viver de migalhas. Meu pai trabalha só de manhã, três horas por dia, assim, é claro que temos pouco dinheiro. De agora em diante eu vou trabalhar depois da escola até ás oito horas da noite. Eu só durmo meia noite mesmo.

Fui a um mercado perto da minha casa. Precisavam de caixas, não é tão complicado passar produtos e no fim dá o valor total. Eu posso fazer isso. E se alguém lá no meu lar precisa trabalhar e o meu pai não quer assumir, bem, eu faço isso.

– Com licença.

– Pois não?

A moça aparentava ser jovem, mas seus olhos expressavam cansaço, tinha cabelos negros, olhos azuis, boca fina e avermelhada, muito branquinha, diria que ela tinha os seus vinte e sete anos.

– Eu... Eu estou procurando um emprego.

– Ah, venha comigo. Vou lhe mostrar a sala do chefe.

– Obrigado.

– É aqui. – Ela abriu uma porta lá no fim do supermercado e fez sinal para que eu entrasse- Chefe? Esse menino quer um emprego.

Um senhor baixo e gordinho virou a cadeira e olhou para mim, e fez sinal para que a moça saísse da sala. Assim ela fez.

A sala era vermelha, com os moveis marrons, dando uma aparência muito triste, eu me sentia desconfortável naquele recinto, era sombrio, escuro e bastante melancólico.

– Então, rapaz, você quer um emprego de quê?

– De qualquer coisa, senhor.

– Você quer trabalhar em qual período?

– De três e meia da tarde, quê é o horário que eu saio da escola, até ás oito da noite.

– Você está em qual ano escolar?

– Primeiro ano senhor, mas eu vou fazer dezessete anos, eu não repeti, eu só tive que passar um ano sem estudar.

O senhor arregalou os olhos e perguntou meio nervoso:

– Qual é o seu nome?!

– Seth, Seth Michallengo.

O homem começou a suar frio e finalmente disse:

– Não temos trabalho aqui para você, eu sinto muito. Mas caso aparecer eu tento falar com você. Agora vá.

O que tinha de errado com o meu nome? Será que ele sabe do acidente?! Claro que sabe, ele mora muito perto da minha casa, com certeza escutou os boatos.

Retirei-me, apertei sua mão e agradeci por ter me dado atenção e saí de sua sala. Não ia desistir fácil, alguém teria que me aceitar, principalmente quando me formar e for alguma profissão de imensa importância.

Voltei para a minha casa para pegar o meu skate, iria percorrer um longo caminho até achar um emprego bom. Parei em uma loja de música, com CD’S, guitarras, violões. A loja já era mais afastada do meu bairro, provavelmente eles não iam saber dos acontecimentos anteriores da minha vida.

– Er... Bem, aqui teria algum emprego?

Uma moça tatuada, com cabelos para cima, com brincos e uma maquiagem forte com algo que as meninas falam... Qual é o nome? Blush? Não isso deve ser para o rosto, sombra? Não as meninas gritam dizendo que a sombra ta borrando e fecham os olhos não “dentro” dele, LÁPIS! Deve ser esse mesmo.

– Sinto muito, mas não temos mais vagas, você devia procurar em alguma loja do Central Park, sempre tem gente contratando adolescentes como você Boa sorte!

Eu não queria ir até lá, então eu só entrei na outra ao lado, que parecia ser bem calma, vendia chocolate, uma velhinha, baixa e com marcas de expressões, ela parecia ser bastante gentil.

– Com licença senhora. Estou procurando um emprego, de três e meia até as oito horas, será que teria aqui?

– Meu jovem. Não tenho nenhum, eu já tenho ajuda o suficiente, mas boa sorte!

E aconteceram várias vezes, mas eu quando já era o fim de uma tarde e eu estava quase desistindo de achar um emprego hoje, até que eu decidi entrar em uma loja, eu estava em um bairro de classe média, muito organizado.

O estabelecimento vendia doces e chocolates e alguns bichinhos de pelúcia, provavelmente só uma garota poderia trabalhar ou um homossexual, mas eu entrei e segui até o balcão.

Uma mulher estava com o avental e com o cabelo amarrado, ela era loira, branquinha e muito bonita, mas não é desse jeito que eu imaginava a Amanda, a garota sorriu quando me avistou.

– O que deseja? Posso ajudar? – ela perguntou.

– Na verdade, eu queria trabalhar aqui, tem algum aqui?

– Sim! Você caiu do céu! A chefa estava procurando um novo atendente.

– Ok, você só precisa preencher essa ficha, ah e qual é o seu horário, por que você é adolescente, então igual a mim, você deveria chegar aqui ás 15:40 e sair 20:20, tudo bem?

– Tudo bem, er.. O salário?

– São trinta dólares por hora.

– Cento e vinte dólares por dia?!

– Sim, e amanhã você pode começar, e quando você chegar, a gente assina sua carteira de trabalho.

Eu voltei satisfeito, com esse dinheiro, eu vou poder me mudar logo de casa, para me livrar daquela pessoa que se chama: meu pai.

Quando cheguei a casa, vi uma carta. Amanda! Eu li e achei bastante interessante sua pergunta. Resolvi responde-la, amanhã no caminho de casa eu vou passar no correio.

Eu achei um emprego!

Merda! Ela vai achar que eu tenho quantos anos?! Trinta? Não posso mudar o papel, meu pai iria desconfiar, continuei a carta:

Eu achei um emprego! Eu tenho que ajudar meu pai, então eu estou na loja de chocolate...

Bem, você devia deixar bem claro que você mandar na sua vida, e que você gosta dela, mas você tem o seu espaço.

P.S: Qual é a cor do seu cabelo? – “Eu fico te imaginando, e sinceramente eu te acho linda na minha mente”

No dia seguinte eu a deixei no correio, eu estava muito ansioso com a sua resposta, e eu ia receber cento e vinte dólares hoje. Ia ser um longo e ótimo dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem se tiverem gostado ou se tiverem odiado ou se tiverem achado algum erro! Enfim cometem de qualquer jeito kkkk
Beijos ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cartas Para Um Invisível" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.