Os Últimos. - Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 34
Leonardo- Cap.33 - O templo de sangue.


Notas iniciais do capítulo

Iae galerinha, aqui vai o novo capítulo, demorei pra postar mas ai está. Também quero avisar que vou responder todos reviews amanhã, é que agora eu to com sono e tenho que dormir, então foi mal.
Até mais.



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Leonardo- Capítulo 3- O templo de sangue.


Dia 06 de Dezembro.


– Quem são vocês? – Indagou Julie ao lado de Heather, a garota se levanta ainda sentindo muita dor nas costelas. Vanh embainha sua espada.


– Estamos de passagem. O que vocês vieram fazer aqui? Não é lugar para mulheres. – Diz Vanh parado na escadaria de pedra, ele olha de relance para a cabeça do dentes de sabres.


– Não é da sua conta! – Exclamou Heather se levantando com ajuda de Julie.


– Escolha bem suas palavras mulher. Posso matar as duas sozinho.


– Não. Eu as conheço. – Diz Elazul estendendo sua mão para Leonardo, ele se levanta com a mão no rosto tentando estampar o sangramento dos cortes causados pelo tigre em seu rosto, arde muito.


– De onde você as conhece? – Indaga Vanh.


– Porto pequeno. Me ofereci para leva-las até aqui mas recusaram.


– Eu não te conhecia. – Diz Julie se repondo também.


– E continua não me conhecendo.


– Quem são vocês? Digam de uma vez por todas! – Impõe Heather já impaciente.


– Somos ladrões e viemos saquear este templo aqui atrás. – Disse Leonardo. – Mas vou ficar do lado de fora dessa vez.


– Então não saia daí. Voltamos em menos de uma hora. – Vanh fala ignorando as garotas. Ele nota o coelho jogado na escadaria e o pega pelas orelhas. – De quem é o esquilo branco? – Em um pulo Coniglio salta das mãos de Vanh e se posiciona a sua frente, está furioso, com o susto ele cai batendo seu traseiro nas escadas. Cole também se espanta junto com os demais.


– Eu não sou um esquilo branco! Sou um coelho! – Exclama raivoso o coelho mágico. Leonardo e Elazul estão com seus olhos arregalados impressionados com tal feitiçaria. Vanh se levanta já se recompondo do susto, ele bate as mãos em seu casaco negro retirando a poeira e diz.


– Um coelho de pelúcia que fala. Já vi coisas piores. Uau. – Ele examina Coniglio de cima para baixo e desvia o olhar para Julie e Heather, - Vou perguntar novamente, de quem é o coelho?


– Ele é meu. – Diz Julie o puxando pelas orelhas e levando a seu pranto. Vanh sorri satisfeito enquanto Cole dá alguns tapas em seu rosto ainda impressionado.


– Que tipo de feitiço usou? Você é uma bruxa ou algo do tipo? Pensei que elas tinham sido extintas. – Julie nega com sua cabeça, Coniglio diz em seguida.


– Ela é a mestra do Thesaurus. Você não pode matá-la.


– Metra do Thesaurus? – Vanh olha para seu trio e seu sorriso se enlanguesce mais ainda. – É como matar dois veados com um tiro só! Mas é claro que não irei matar nenhuma das duas. Percebo que seus objetivos coincidem com os nossos,


– Não confio em você. – Diz Julie séria.


– Nem eu em vocês. Mas estou oferecendo minha mão. Só queremos livrar o mundo deste peso, nada mais. – Vanh parece bem convincente com suas palavras e seriedade, não demonstra nenhum tom de cinismo. Julie estende sua mão para aceitar a jornada. Heather não parece confiante.


– Julie. Está é Heather.

– Vanh.


– Cole.


– Leonardo. – Ele diz com sua jaqueta estendida em seu rosto tapando o sangramento que já está parando.



– Elazul.



Vanh estava à frente em um corredor longo e cheio de plantas dentro do templo. Elazul e Cole vinham logo atrás segurando tochas para iluminar a escuridão. Julie está ajudando Heather a caminhar, ela ainda sente um pouco de dor nas costelas. Leonardo ficou do lado de fora.

As paredes do templo estão esverdeadas de tão antigas, as raízes das arvores que surgiram encima do mesmo enfeitam todos corredores. Algumas portas foram bloqueadas por rochas que despencaram do teto devido a erupção do vulcão que ocorreu a dezenas de anos atrás. Várias cobras perambulam pelo local, venenosas e mortais.


– A tumba de Greykor fica logo a frente. Tomem cuidado. – Alerta Vanh caminhando a frente.


– Quem é Greykor? – Indaga Cole.


– Ele era um homem que tinha sua imagem santificada pelos povos indígenas que viviam nesta ilha antes. Diziam que ele era um Deus e que quando morresse ressurgiria do mundo dos mortos.


– Ressurgiria do mundo dos mortos para que? – Agora quem indagou foi Julie se interessando pela história.


– Não sei. É só uma lenda.


– Vamos saquear um tumulo de uma múmia? – Perguntou Elazul já empunhando sua espada.


– Agora são só ossos. Se não quiser participar não tem problemas. – Ele olha para trás esperando por respostas. Eles negam com a cabeça. – Terei mesmo de fazer isso sozinho? Tudo bem, não tem problemas.




Uma pedra bem pequena desce pela escadaria em frente ao templo. Foi chutada por Leonardo. Já anoiteceu e ele permanece em frente a uma fogueira com metade do rosto enfaixado. Pegou as bandagens de Julie.


– Que tédio. – Ele diz para si mesmo. A noite é escura e muito fria. Ele esfrega uma mão na outra e cruza seus braços. Olha para as estrelas e se lembra de tudo que passou nos últimos dias. Tudo culpa de uma maldita chave. Ele retira a chave do bolso e a observa. Dourada com detalhes prateados e tem o dobro do tamanho de chaves normais. Depois a guarda em seu bolso e passa a mão por cima das bandagens sentindo as novas cicatrizes.


Um estalo é ouvido vindo da entrada do túnel, como se alguém tivesse pisado em um galho e o quebrado. Ele se levanta e pega seu estilingue já preparando um explosivo. Aponta para todas direções e não consegue enxergar nada, está prejudicado devido as bandagens tapando metade de sua visão. Passos vindos do começo da escadaria começam a soar e vão aumentando. A vibração e leveza dos passos vão fazendo com que o coração do homem acelerem mais a cada instante. Aos poucos vai se revelando a pessoa misteriosa. Uma mulher. Cabelos ruivos e longos até a cintura, olhos azuis, sardas nas bochechas, bem fracas. Pele branca quase albina. Usa um chapéu de pirata negro com detalhes vermelhos. Um casaco negro e branco, por baixo uma camisa de botões dourados com alguns dos botões soltos mostrando os vincos de seus seios medianos. Veste uma calça acinzentada extremamente justa estufando seu quadril. Suas botas são de couro e bem pesadas. A mulher carrega na cintura um sabre fino e não muito longo e no coldre uma pistola arcabuz dourada. Leonardo abaixa seu estilingue e logo atrás da garota estão vários homens, piratas. Armados com machados, espadas, mosquetes e pistolas.


– Merda. – A mulher para não muito distante de Leonardo, faz um sinal para que os outros parem também.


– O que faz aqui? Não é lugar para monges. – Leonardo olha para trás e vê o enorme templo, volta seu olhar para a mulher e sua tripulação e franze sua testa.

– Não sou um monge, sou um guia do templo.


– Guia? E porque está ferido? Cadê as outras pessoas?


– Estão dentro do templo. Eu acabei me ferindo e fiquei aqui do lado de fora esperando por eles. O outro guia está com eles. – Ela balança sua cabeça. Olha para trás e levanta seu indicador assoviando bem baixo. Um homem alto carregando um machado marcha em direção a Leonardo, ele se desespera e começa a falar bem rápido. – Ei! Se me matarem não vão ter a chave para abrir o grande tesouro! – O homem para de marchar. A garota volta a ordenar. Leonardo retira a chave do bolso e a coloca em seu estilingue. O homem volta a parar.


– Pare! – Ele para por completo ao receber a ordem da mulher. Leonardo sorri com a chave armada em seu estilingue. – Se entregar a chave poderá ir.


– Não sou idiota.


– Abram caminho. – Sua tripulação abre um corredor para que Leonardo passe. Ele nega com a cabeça.


– Não.


– O que você quer?


– Quero saber o que vocês estão fazendo aqui. – Ela coça seu rosto já se irritando.


– Viemos saquear este templo antigo. Esta ilha me pertence.


– Chegamos primeiro.


– Não! A ilha me pertence! – Ela grita irritada. Leonardo não se importa e continua com o jogo de perguntas.


– Meus companheiros estão lá dentro, estamos em um número bem maior que o seu. – Os tripulantes se sentem ameaçados por Leonardo. A mulher passa sua mão direita em sua testa e dá alguns passos para trás.


– Podemos negociar com seus outros homens. Vocês estão em quanto?


– Setenta.


– Setenta?!


– Sim. Viemos em dois navios.


– Mas não vi nenhum navio encostado em nenhuma praia da ilha. – Leonardo engole o seco, olha para os lados e diz.

– Não deixamos em nenhuma praia. Somos mais espertos do que imaginam. – A enorme porta do templo se abre e surge Elazul, todos o olham inclusive Leonardo. Ele vai até a beira da escadaria e grita não notando as várias pessoas lá embaixo.


– Leonardo! Venha nos ajudar a saquear a tumba da múmia! – Leonardo fecha seus olhos lentamente suando frio. A mulher sorri e seus homens caem na gargalhada zombando dele.


– Setenta homens não?


– Merda, merda de novo.


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Notas finais do capítulo

O que fará Leonardo?

O que fará Evangeline?


Até o próximo.