Cole

Capitulo 2.

Dia 30 de Novembro- Inverno.

Local: Porto de Boston.

Depois de encontrarem Luccius a viagem demorou mais dois dias até chegarem a Boston. No tempo que Luccius permaneceu no navio de Cole ele desconfiará do comportamento de Kurt perto do novo tripulante.

Enfim, eles lançaram as ancoras e deixaram o navio no enorme porto da cidade. Desceram do navio toda a tripulação, todos animados com a cidade grande, não viam a hora de vender suas mercadorias roubadas e gastar tudo com bebidas e mulheres.

Já Cole notava algo estranho, metade da cidade estava sobe o domínio dos ingleses e a outra dos americanos, como ele é inglês não via a hora de ter Boston sobe posse de seus companheiros. Assim poderia assumir alguma posição de grande importância, ele queria ajudar. Queria ser lembrado de alguma maneira.

É dia no porto, as pessoas perambulam como de costume, os mercadores levantam suas barracas em plena rua. É sábado, o melhor dia para lucrar. Faz bastante frio e isto agrada Cole, lembra a Inglaterra, lhe dá uma sensação que traz nostalgia.

Ele segue caminhando com suas vestes de pirata e chapéu, vai até uma barraca de frutas e compra uma maçã. Dá uma mordida e com ela em mãos vê Kurt conversando com Luccius que carrega um saco nos ombros bem pequeno com alguns pertences e roupas.

– Você tem mesmo de ir? – Pergunta Kurt para Luccius com as mãos nas costas com um olhar meigo.

– Sim, tenho que ir atrás de meu tio, ele deve estar me esperando. – Cole para ao lado dos dois comendo a maçã e indaga.

– Você vai embora Luccius?

– Sim, tenho um tio que mora perto da cidade. Pelo menos é o que dizia nas cartas que ele mandava.

– Hum.

– Você vai mesmo partir sozinho? Pode ser perigoso. – Diz Kurt enquanto Luccius olha aos arredores do porto impressionado com tantas pessoas que são estranhas a seu ponto de vista. Ele diz sem sequer ter ouvido o que Kurt disse.

– Todas cidades americanas são assim mesmo?

– Sim, e tem cidades que são maiores e mais lotadas que está.

– Isso é impressionante! – Ele diz animado com o novo pais. Kurt se irrita por ele não ter lhe dado atenção. – Bem, então isso é um adeus. Obrigado pela carona, quem sabe não nos vemos por ai. – Diz Luccius apertando a mão de Cole.

– Ainda nos encontraremos Luccius. – Cole sorri e bate a mão no ombro do jovem italiano.

– Sim, eu lhe devo uma. Pode cobrar a hora que for.

– Não vou esquecer disto, tenha certeza. – Cole diz em um tom de brincadeira se despedindo de Luccius.

– Eu vou com você! – Exclama Kurt chamando atenção de Luccius e Cole.

– Como é?! – Indaga Cole em um tom de espanto.

– Sim! Eu vou com ele, também estava indo para aquela direção. – Kurt vai até o lado de Luccius e cruza seu braço com o dele.

– Ei, você não é a mulher de Cole? Você o está desrespeitando! – Luccius fala também espantado com a atitude de Kurt.

– Eu não sou a mulher dele, ele também me deu uma carona como fez com você, e agradeço desde já Cole. – Cole fica boquiaberto com o que acabará de descobrir, ele não diz uma palavra, somente observa os dois sumindo no meio da multidão com Luccius espantado.

– Vadia. – Ele diz baixo se virando enquanto alguns de seus homens soltam risadas zombando do capitão que fora trocado por outro por sua garota.

– Acho que se deu mal mesmo capitão. – Diz Negan sentado em um barril bebendo de uma garrafa de rum.

– Calem-se! Se contarem isto para mais alguém vão andar na prancha! – Eles continuam a rir e zombar do capitão. Ele não acredita que fora trocado.

Depois da discussão com os tripulantes e Negan que assistiram o capitão ser difamado Cole seguiu a taverna mais próxima. Lá com o dinheiro das mercadorias pagou quatro prostitutas e as levou para seu quarto no navio. Fez sexo com as quatro brutalmente não as deixando descansar, ele estava irritado, nunca fora trocado assim antes. São quatro belas prostitutas, pagou cem dólares para cada uma e desfrutou de seus belos seios e corpos esculturais, eram mais belas do que as que já tinha visto antes.

Depois de fazer sexo pelo dia todo ele dormiu já exausto dispensando as garotas.

–--------------------------------//-------------------------------------

Dia 31 de Novembro.

Cole acorda com uma algazarra da parte de cima de seu navio vindo do convés. Ele se levanta irritado e pega seu sabre inglês de cabo dourado encima do criado mudo. Desce da cama e vai caminhando nu pelo navio, sobe as escadas e chega ao convés.

Lá se depara com vários ingleses fardados e armados com mosquetes prendendo seus tripulantes. Ao verem Cole nu e com um sabre em mãos com expressão séria três deles tratam de apontar seus mosquetes em sua direção.

– O que diabos está acontecendo aqui?! – Grita Cole irritado.

– Você, seu navio e sua tripulação estão sendo presos por ordem de Ned Willians. – Diz um dos soldados enquanto os demais levam seus tripulantes para fora do navio, são em torno de trinta soldados armados.

– E qual o motivo? – Indaga Cole ainda segurando o sabre embainhado.

– Pirataria, roubo, assassinato e traição.

– Traição?! Quero conversar com esse tal Ned Willians para que me explique isso direito!

– Então não nega que roubou e assassinou? – Pergunta um dos soldados com a arma apontada para Cole.

– Bem... Eu sou um pirata diabos!

– E também não nega que é um pirata! – Exclama um dos soldados rindo. – E ainda está nu! – Todos caem na risada do capitão nu.

– Eu vou matar vocês seus desgraçados!

– Vai nos bater com o seu pau?! Hahaha! – Irritado com os insultos o capitão Dominic lança a bainha para longe e em um movimento rápido faz um corte no peito do primeiro soldado mais próximo fazendo muito sangue jorrar, seu sabre é afiadíssimo.

Os vários soldados já apontam o mosquete e disparam contra Cole que usa o corpo do soldado que atingiu como escudo para as balas. Nenhum tiro o atingiu e o tempo de recarga do mosquete é enorme.

Ele aproveita esse tempo que tem e vai direto no meio dos soldados atacando a todos, as pessoas do porto começam a assistir ao show que está acontecendo, um pirata contra quase trinta soldados. O primeiro golpe acerta a garganta de um inglês, ele gira sua espada aparando dois golpes de mosquete que receberá e se vira aparando mais um que estava em suas costas. Corta o peito de um e atravessa a barriga de outro derramando muito sangue no convés de madeira negra. Um mosquete passa de raspão em seu rosto fazendo um corte, Cole se vira e corta a baioneta do mosquete do agressor, depois o empurra no chão e enfia a espada em seu peito, ao se virar leva um tiro no peito e vai cambaleando com o impacto mas não perde a força. Arranca a cabeça do homem que disparou com um único golpe, Cole é herdeiro de uma tremenda força, vai fazendo movimentos coreografados e mata mais dois abrindo o estomago de um e atravessando o coração de outro. Sente outro tiro perfurando suas costas e outro a perna direita. Mas não cessa seus ataques mesmo perdendo muito sangue e com os ferimentos graves que receberá. Arranca a mão de mais um casaco vermelho e gritando o finaliza com dois cortes no peito. Ouve mais dois disparos e cai de joelhos, um pegou em seu estomago e outro na mão que segura o sabre.

Sem forças seus olhos vão se fechando, ele não imaginará morrer desse jeito, na verdade, ele nem imaginará que iria morrer.

Os soldados irritados por terem perdido nove soldados colocam Cole na beira do navio e dão mais sete tiros em seu peito. Por fim o chutam, ele cai no mar gelado e vai afundando aos poucos manchando a agua com seu sangue e o preenchendo com seu corpo já morto.

Os soldados ingleses são xingados por todas pessoas e a tripulação de Cole.

Será este mesmo o fim do capitão Dominc Cole?