Os Últimos. - Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 11
Ácmon- Cap.10 - Precipitado demais.


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu ia fazer o capitulo da ultima personagem mas como a dona não deu as caras eu vou usa-la como secundária, então agora começa o segundo arco de capitulos, espero que gostem.

Vejo vocês nos reviews o/



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Ácmon


Ao redor do acampamento de Ned continuam os homens de Ácmon, só que agora em posição de ataque, ele mandou eles ficarem à espreita somente esperando o sinal com seus mosquetes.

Ele desconfia que Ned saiba que eles estão lá. Não muito longe dali fica o forte Nichol’s, que os ingleses tomaram a algumas semanas dos americanos. Arthos teme que o barulho chame atenção dos homens que residem no forte por isso pede ao capitão que eles sejam rápidos.

Então Piercy é o homem que dará o sinal, ele é o melhor atirador da tropa de Ácmon, prepara seu mosquete encima do cavalo e mira em um guarda que faz a ronda noturna com o mosquete escorado em seu ombro direito, mal saberá ele que está prestes a morrer.

Ele dispara, e como de costume o tiro é certeiro perfurando a cabeça do soldado inglês e ao som deste tiro vários homens já saem de suas barracas pegando seus mosquetes e armas se preparando para o ataque surpresa. Mas os franceses estavam escondidos e esperando por este momento, então uma chuva de balas mata quase todos os ingleses que deixaram suas barracas, foram quarenta tiros deixando somente alguns vivos.

Ácmon dá a ordem para Arthos que vai marchando em seu cavalo gritando chamando os outros que fazem o mesmo, todos empunhando suas espadas prontos para matar os que sobraram. O capitão francês desce de seu cavalo e vai caminhando lentamente sem desembainhar sua alfanje, ele fica parado com as mãos na cintura somente observando seus homens fazerem uma chacina com os ingleses, sua expressão é séria.


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No mesmo dia.


A jovem ruiva dos belos cachos estava atrás da arca de prata do forte Nichol’s. Antes de tentar invadir o local ela observava a movimentação, mesmo sendo pessoas de sua terra natal que ela tivesse que matar estava disposta a isso. Mas pensava “Como essa arca foi parar ai dentro?”.

No topo de uma arvore sentada em um galho segurando uma luneta ela espiona as muralhas, são altas de pedra e ao redor fica um lago congelado e algo chama mais ainda sua atenção. Perto do lago abaixo da muralha fica uma caverna bem embaixo do forte, está bloqueada com madeira e em frente ficam dois guardas armados sentados. “Com certeza a arca está ali, não a esconderiam dentro do forte”.

A garota está pronta para descer da arvore, matar os guardas, quebrar a barricada e se adentrar da caverna mas vários tiros invadem seus pensamentos, ela rapidamente entra em prontidão e nota que os tiros vem do sul, lado contrário do forte. Não sabe porque mas isto a intrigou e ela decidi ir investigar.


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Todos estão mortos no acampamento mas nenhum sinal de Ned. Ácmon está irritado com o ataque falho.


– Vamos nos retirar! – Grita Arhos para todos que estão se preparando para deixar o local. Ele vai até Ácmon e diz. – Capitão, e se souberem que fomos nós que matamos estes homens?

– Se souberem? Eles já sabem, Ned deve ter armado isto sabendo que eu iria atacar e como ele não estava aqui vão pensar que somos brutos que matamos somente por gostar disso. – Responde Ácmon preocupado.


– Droga. Então o que faremos? – Volta a indagar Arthos.


– Bem... Eu vou para Nova Iorque explicar o ocorrido e você fica no acampamento.


– Você vai fugir Ácmon?


– Não! Eu vou pessoalmente contar o que ocorreu! E assim talvez consiga algum reforço. – Diz Ácmon irritado com a pergunta de Arthos.


Os dois começam a discutir sobre o ocorrido, mesmo que ele seja o capitão todos sabiam que acabará de cometer um grande erro.

Eleanor está a quatro metros longe do solo encima de uma arvore. Ele está observando os franceses todos com expressões de preocupados, sem entender nada a jovem sobe mais um pouco na arvore e lá do topo vê cavalgando pela estrada um grande número de ingleses, aproximadamente cinquenta, armados e com sorrisos maléficos. Ela olha para os franceses e resolve ficar lá para ver no que isso vai dar.


– Está bem capitão, então eu vou te esperar! – Diz Arthos em um tom irônico desconfiando de que Ácmon está querendo fugir de volta para França.

Um dos soldados franceses corre até Ácmon segurando em mãos uma arca de prata brilhante dizendo:

– Capitão, olhe o que eu encontrei. – Ele entrega a arca para Ácmon que a segura em mãos apreciando aquele lindo brilho.


– Isto é divino! Onde encontrou isto soldado?


– Encontrei na barraca que pertencia a Ned, um de seus homens estava tentando enterra-la mas eu o peguei a tempo.


– Hum. Certo, pode se retirar. – Diz Ácmon, satisfeito com o tesouro ele vai até seu cavalo enquanto todos esperam o sinal para partir.

Mal sabe ele que os ingleses estão a poucos metros de onde eles estão. Ao montar em seu cavalo é surpreendido e vê vários de seus homens caindo no chão todos feridos por tiros disparados por uma tropa de ingleses de quase cinquenta.


– Recuar! – Ele grita furioso e assustado com o ataque surpresa.

Todos tentam fugir mas os ingleses são muitos e conseguem acertar quase todos, o cavalo de Ácmon é baleado e cai de lado no solo o derrubando, depois ouve os gritos de dor do animal após levar mais dois tiros, teve sorte que caiu atrás dele e não foi morto.


Eleanor assiste tudo no topo da arvore, ela viu a arca que foi entregue a Ácmon e estranhou pois achava que estava no forte e não em um acampamento, se não tivesse investigado os tiros com certeza faria uma viagem à toa pelos tuneis do forte Nichol’s.

Ela nota os vários soldados atirando então vai saltando de arvore em arvore até dar a volta e chegar onde está Ácmon deitado atrás de seu cavalo já morto. Ela desce a arvore com bastante agilidade e se esconde atrás dela, está bem porto do capitão e começa a tentar chamar sua atenção.


– Ei! Psiu! – Ácmon ouve o chamado e desloca sua cabeça em direção ao som, vê uma garota de cabelos ruivos e cacheados, magra e bem pequena, ela está armada. – Venha se arrastando até aqui! Rápido!

Ele obedece e vai se arrastando na neve indo em direção a garota escondia atrás da arvore. Os ingleses matam os franceses que restaram, no meio destes está Arthos, fora colocado de joelhos, eles não notaram Ácmon.

A garota puxa o capitão com força para detrás da arvore e pede silêncio.


– Me siga, vou te tirar daqui. – Ele vai a seguindo mesmo sabendo que Arthos está prestes a morrer.


A garota o leva para bem longe dali, os dois caminhando a pé. Ela está de olho na arca mas Eleanor tem um bom coração, não conseguiria matar o capitão e simplesmente rouba-la.


– Quem é você? – Ele pergunta tirando os restos de neve em suas roupas e cabelos.


– Me chamo Eleanor Vanger... – Ela diz caminhando na frente pela selva. Ele começa a andar mais rapidamente para alcança-la.


– Sou Ácmon Tailleur, é um prazer em conhece-la dama, você salvou minha vida.

– Tudo na vida tem um preço Ácmon.


– O quer dizer com isso?


– Quero dizer que você tem que me pagar de alguma maneira não acha? Me arrisquei indo lá salva-lo e mereço algo como compensação. – Ácmon solta uma risada bem baixa ao ouvir isto vindo de uma mulher tão frágil como Eleanor.


– Então vou compensa-la senhorita Eleanor, vou dormir com você hoje e você não esquecerá.. – Ele é interrompido pela jovem.


– Não quero dormir com você seu estupido! Estou falando desta arca que carrega! – Ele fecha o sorriso e olha para a arca que carrega debaixo do braço.


– Quer que eu te de a arca?


– Sim.


– E porque faria isso?


– Porque eu salvei sua vida seu mal agradecido!


– Mas eu não pedi para ser salvo, então não lhe devo nada. – Ela para de caminhar e retira uma de suas flintlock a apontando na cabeça do capitão francês que para de caminhar.


– Me dá logo a droga da arca.


– Porque eu faria isso? O que tem de tão valioso aqui dentro? – Ele diz ameaçando abrir a arca. Ela volta a chamar sua atenção.


– Não faça isso! Senão seus miolos vão se espalhar pelo chão! – Ele fica um tempo a encarando. Não sabe certamente qual decisão tomar, entregar a arca ou não.


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Notas finais do capítulo

Qual sua decisão Ácmon? O que fará?