I Will Always Love You escrita por Tamy Black
NARRADO EM 3ª PESSOA.
- E agora vamos falar do grande escândalo da cidade de Nova Iorque. O jovem advogado Benjamin Callahan, de vinte e cinco anos e herdeiro do mais famoso escritório de advocacia do país, foi acusado como o seqüestrador da jovem e grávida de oito meses, Isabella Swan, sua companheira de trabalho. A jovem está desaparecida há quatro dias e seu noivo, Edward Cullen, filho do renomado médico Carlisle Cullen, está desesperado. – dizia a âncora do jornal televisivo – A polícia já está trabalhando no caso e qualquer passo que o seqüestrador der, a mesma estará em cima...
Daniel Callahan desligara a televisão, já não agüentava mais ouvir o nome de seu filho primogênito nas manchetes dos telejornais. Sentara-se em sua cadeira de couro preto em seu escritório e suspirara, aonde foi que ele e Elena – sua esposa – erraram na criação do menino?
Ele sempre soube que assim que o filho pusera os olhos na jovem Swan, o mesmo se apaixonara perdidamente. Mas será que o próprio filho não sabia que estava entrando numa batalha perdida? A garota não o amava, sempre fora apaixonada pelo jovem Cullen. Não conseguia compreender o filho. Ele tinha que seqüestrar a garota e ainda por cima a mesma estava grávida!
Apoiou a mão na testa e fechara os olhos, a pressão estava muito grande, toda a imprensa queria um relato seu, se o pai sabia algo do filho ou qualquer coisa, até chamado para comparecer a delegacia ele fora. Ouviu batidas a porta, mandara entrar quem quer que fosse. Viu sua filha mais nova entrar em seu escritório, a mesma olhava complacente para o pai.
- Pai, o senhor não vai sair daí? – a garota de apenas vinte anos o perguntara.
- Anna, querida, estou tentando pensar... Tentando entender o seu irmão. – disse enfadado.
- Acho isso uma missão impossível. – ela sorriu triste.
- Não sei o que fazer querida, se seu irmão for pego... – respirou fundo.
- Ele terá que responder por seus atos, pai. – ela disse séria – Nem parece que o mesmo é um advogado. – bufou.
Quando o pai ia responder a filha, o telefone de cima da mesa começara a tocar.
- Vá subindo, meu anjo, vou só atender a esse telefonema e já vou. – ele disse a garota.
- Ok. – ela saiu do escritório do pai.
Daniel atendera ao telefone hesitante, já pensava que era algum repórter enjoado ou qualquer coisa do gênero.
- Alô?
- Olá papai. – disse uma voz masculina pelo outro lado da linha, o tom era debochado, mas Daniel sabia muito bem quem era.
- Benjamin, onde você está? O que você pensa que está fazendo? Está ficando louco? – o pai iniciara uma série de perguntas.
- Acalme-se papai, você não precisa saber de tudo. – disse sarcástico – Eu preciso da sua ajuda.
- Benjamin, eu não posso, os policiais estão vigiando cada passo que dou e provavelmente esta ligação está sendo grampeada. – Daniel disse alarmado.
- Não está não, eu sei muito bem que esse telefone não é grampeado, pai. – o jovem Callahan disse com raiva – Você tem que me ajudar, pai, eu não vou ser preso.
- Benjamin, meu filho, por que você fez isso? – o pai choramingou – A garota nunca correspondeu aos seus sentimentos e ela ainda por cima está grávida do Edward, já pensou no mal que está fazendo a essa criança inocente?
- Eu não liguei para ouvir sermões. – disse irritado – Eu tenho um plano para sair do país, o senhor vai me ajudar...
BELLA POV.
Violet estava inquieta, mexia demais e não parava um segundo se quer.
- Meu anjo, por favor, se acalme... – eu dizia chorosa com a mão sob o meu ventre.
Estava sentada na cama e tentava relaxar, era impossível, não tinha como. Devia ser a minha agitação que estava deixando a minha filha agitada também. Meu Deus dê-me forças!
De repente, a porta do quarto onde eu estava fora aberta com violência. Benjamin adentrava o quarto, tinha um sorriso demoníaco dançando em seus lábios. Veio até a mim e me ergueu, segurando em meus ombros firmemente.
- Bella, minha querida. – sussurrava me encarando – Nós vamos sair daqui, vamos embora desse país para podermos criar nossa filha. – e pousara sua mão em meu ventre, tentei afastar minha barriga da mão dele sem sucesso.
EDWARD POV.
Eu estava uma pilha de nervos. Não conseguia pregar o olho, ainda não tínhamos nenhuma novidade. Já eram mais ou menos umas onze horas da noite, estava deitado em minha cama, tentando dormir – impossível, já disse – quando o telefone começou a tocar insistentemente.
- Alô? – atendi rapidamente.
- Cullen, é o delegado Dixon. – ele disse – Temos uma grande novidade.
- Sério? – sentei-me na cama depressa – Diga-me.
- Já sabemos o próximo passo do Callahan. – disse sério – Importa-se de vir até a delegacia?
- Não mesmo, estou indo imediatamente. – despedimo-nos e encerramos a ligação.
Coloquei uma calça jeans e outra camisa, peguei as chaves do carro, celular e carteira. Tranquei a porta do apartamento e desci de elevador até a garagem. Em questão de poucos minutos eu já estava estacionando em frente à delegacia, só espero que eu não tenha pegado nenhuma multa, pois dirigi igual a um louco.
- Veio muito rápido, Edward. – disse o Dixon, rindo.
- Você disse que era uma grande novidade, então vim o mais rápido que pude. – sorri e me sentei a sua frente.
- Ótimo. – sorriu – Disse a você e que grampeamos todos os telefones da família do Callahan e também estamos vigiando todos os passos. – disse mais sério – E conseguimos uma ligação do filho para o pai. – sorriu malicioso.
Dixon ligou o gravador que estava em sua mão e ouvi atentamente toda a ligação. Reconheci imediatamente a voz do Daniel, pai do Benjamin, ele estava nervoso, relutante em ajudar o filho, mas acabou cedendo ao final.
- Você entendeu tudo, não é? – dizia o Benjamin, apressado – Quero um dos seus jatos no pequeno aeroporto da casa do meu avô, amanhã às quatro horas eu estarei te ligando para saber se deu tudo certo. – disse sério – Não quero falhas, pai... No máximo, amanhã à noite quero estar saindo do país com a Bella.
- Eu vou ver o que consigo, Benjamin. – dizia o Daniel, amedrontado.
- Você não vai “ver”, você “vai” fazer. – Benjamin disse irritado.
E depois dessa última fala do Benjamin a ligação terminara. Minha mente trabalhava a mil por hora.
- Essa ligação foi feita há poucos minutos. – disse o Dixon – Então amanhã às quatro horas teremos uma resposta do pai do Callahan e com isso poderemos agir.
- Eu só espero que o Daniel consiga contatar um de seus jatos, isso não é difícil. – eu disse – Você poderia falar com ele e fazer com que o mesmo participasse de toda a operação, o Sr. Callahan não é como o filho. – disse sério.
- Não é uma má idéia, Edward. – Dixon me olhara pensativo – Vamos falar com ele agora.
- Eu vou junto. – disse firme.
- Claro.
Nós saímos da delegacia e com mais alguns homens fomos até a mansão dos Callahan. Eu não estava nem me importando com a hora, o Daniel teria que me ouvir. Chegamos até lá e quem atendera ao interfone foi à irmã do Benjamin, a Anna.
- Edward, o que faz aqui? – ela me indagou.
- Eu gostaria muito de falar com o seu pai, é urgente. – disse ao interfone.
- Claro, claro. Vou liberar a sua entrada. – ela disse eufórica.
O portão imenso fora aberto e nós entramos, estacionamos os carros a frente da mansão e Anna já esperava com a porta aberta, assustou-se quando viu que eu não estava sozinho.
- Edward...
- Onde está seu pai, Anna? – a interrompi.
- No escritório. – disse incerta – Ele já está a sua espera.
- Ótimo. Acompanhem-me. – disse ao Dixon e aos outros rapazes.
Andamos pelo corredor e entramos no escritório do Sr. Daniel Callahan.
- Boa noite, Sr. Callahan. – eu disse me fazendo presente.
O pai do Benjamin se assustara ao ver que eu não estava sozinho. Eu fui direto ao ponto, com a ajuda do Dixon, contei que já sabíamos da ligação do filho dele e que tínhamos que pegá-lo.
O Sr. Callahan disse que alguém tinha que pará-lo, que o filho primogênito estava louco, não estava em sua consciência normal. Deixando o papo furado, ele concordou em nos ajudar. Óbvio que ele concordaria, não iria ficar contra a polícia e acabaria sendo preso como cúmplice do próprio filho.
Agora, era só esperar o amanhã.
(...)
Foi uma noite mal dormida, com toda a certeza. Só consegui pregar o olho quando estava amanhecendo e acordei com o telefone tocando, era minha irmã e eu a chamei para vir até o meu apartamento, aproveitei e liguei para o Emmett também. Os dois chegaram aqui com seus respectivos marido e esposa, então contei tudo aos quatro.
Eu disse que iria participar de toda a operação, estaria no flagrante, Emmett disse que iria comigo e Jasper também disse que iria. Julie disse que queria muito ir, mas estando grávida de dois meses não era nada bom, então ela ficaria em casa com o meu sobrinho, o Seth.
(...)
Mais ou menos umas três e meia, eu fui para a delegacia junto com o pessoal. Ficamos a espera da ligação do Benjamin para o pai. Eu estava uma pilha, parecia que os minutos não passavam, mas graças a Deus, às quatro horas em ponto já estávamos de ouvido na ligação.
- Boa tarde, papai. – disse o Benjamin.
- Boa tarde, Benjamin. – era o senhor Daniel do outro lado, visivelmente tenso.
- Eu espero que o senhor tenha conseguido o que eu lhe pedi. – Benjamin disse num tom de voz calmo, porém ameaçador.
- Consegui sim. – ouvimos o senhor Callahan suspirar – O jato estará pronto às sete da noite lá na mansão do seu avô.
- Ótimo. – o desgraçado rira cinicamente – Poderei viver em paz com a minha Bella.
Ao ouvir isso eu tive a vontade de quebrar aquele aparelho. Bufei irritado, Alice segurou-me pelo braço e lançara um olhar pedindo calma.
- Benjamin, meu filho... Pense bem no que está fazendo. – Daniel disse em tom de lamento – Você sabe que isso vai dar mal, não sabe? Ela não é pra você, ela não te ama, ela está grávida! Pelo amor de Deus, tenha o bom senso!
- Adeus papai! – o Benjamin disse irritado e depois só ouvimos aquele “tu-tu-tu” informando que a ligação havia sido encerrada.
Perfeito. Agora é só esperar.
BELLA POV.
Benjamin estava no quarto onde eu ficava enclausurada, ele arrumava malas com roupas dele e malas com roupas femininas. Ele parecia exultante com algo, pois sorria a todo tempo.
- Bella, minha querida, nós vamos para a Suécia. – ele dizia pra mim – Lá criaremos nossa filha e seremos muito felizes. – riu de um jeito estranho.
Eu não disse nada, não tinha o que dizer. Ele terminou de arrumar as malas e as levou do quarto, pediu q eu tomasse um banho e colocasse uma roupa. Eu fiz o que ele pediu e estava sentada na cama, já arrumada quando o mesmo adentrara ao meu quarto e dissera para acompanhá-lo.
Finalmente saí daquele quarto e da casa, percebi que era um lugar super afastado de NY e só via o verde ao meu redor. Benjamin mandou que eu entrasse no carro e pusesse o cinto, eu o fiz, ele entrara no carro e dera partida imediatamente. Já estava escuro, acredito que já era mais de seis horas da tarde. Eu observava o caminho pela janela, olhei para o céu incrivelmente azul escuro e pedi a Deus que esse pesadelo acabasse e que eu estivesse nos braços do meu amor.
EDWARD POV.
O tempo demorou a passar, mas finalmente já estávamos todos prontos para ir até a mansão do Callahan. Eu estava no carro com Emmett, Jasper e Alice; tentamos de todo o jeito convencer a baixinha a ficar com a Jullie, mas foi o mesmo que nada. Eu conhecia muito bem a minha gêmea ao ponto de saber que ela não iria ficar plantada à espera de notícias da melhor amiga.
Chegamos até a mansão do Callahan com minutos de antecedência antes do combinado. Os carros foram escondidos e os homens do Dixon estavam a postos e escondidos também. O pai do Benjamin estava lá e a tensão dominava a todos.
- Edward. – o Dixon me chamou.
- Diga. – virei-me pra ele.
- Eu acho melhor você e seus amigos e irmãos colocarem um colete a prova de balas. – ele me olhou sério – Provavelmente o Benjamin estará armado e se o vir, na tensão do momento poderá atirar em você ou em qualquer um dos seus amigos.
- Bem pensado. – sorri agradecido.
Ele me indicara aonde pegar os coletes e eu fui junto com o pessoal. Nós vestimos os coletes e voltamos para a posição inicial quando faltavam quinze minutos para o horário marcado. Meu coração iria explodir a qualquer momento.
BELLA POV.
Violet estava quieta em meu ventre. Estranho...
Depois de mais ou menos uns trinta minutos dentro do carro, reconheci pra onde estávamos indo, era a mansão dos avós do Benjamin que ficava afastada da grande NY. Agora, o que iríamos fazer lá eu não fazia a mínima idéia. Sem que ele ao menos parasse, os portões se abriram e o mesmo seguira com o carro mansão adentro.
Passamos pela enorme casa, pela área da piscina e das quadras de tênis e de vôlei, o terreno era muito extenso e não se via movimento algum. Chegamos até uma pequena pista de pouso e um dos jatos do senhor Callahan já estava a postos, senti o meu coração parar de bater.
Benjamin estacionara o carro perto do jato e sorriu pra mim, eu não tinha expressão alguma. O pai dele, Daniel, estava encostado na escada que levava para o interior do pequeno avião e também não tinha nenhuma expressão amistosa no rosto. Pelo visto, Benjamin o obrigou a conseguir tudo isso.
Ele desceu do carro e abriu a porta pra mim, eu desci e ele me agarrou pelo braço.
- Vejo que conseguira tudo que eu pedi mesmo, não é papai. – ele disse ao pai.
- Sim, infelizmente sim. – Daniel respondeu e depois me olhou em seguida.
Não entendi o seu olhar, queria me dizer algo, eu podia sentir, mas ele não falou nada.
- Entre no avião Bella, quero sair daqui o quanto antes. – Benjamin disse pra mim.
- Vocês não vão a lugar algum, Callahan. – uma voz falou atrás de nós.
Eu conhecia muito bem aquela voz, meu coração se aquietou ao ouvi-la.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
CAPÍTULO REPOSTADO. (ABR/11)