I Will Always Love You escrita por Tamy Black


Capítulo 23
Desespero




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- O que você quer, Benjamin? – perguntei, curto e grosso.

- Pra que tanta grosseria, meu caro. – ele dizia, cínico – Acalme-se. – riu – Como vai você? Faz tempos que não nos falamos...

- Por que será, não é? – debochei.

- Como vai a sua amada Bella e a sua preciosa Violet?

- Como você sabe o nome da minha filha? – assustei-me.

- Sabendo. – ele disse prontamente – Você não protege muito bem os seus tesouros, meu caro.

- Por que diz isso? – indaguei-o.

- Onde está a Bella agora? – ele perguntou, senti a ironia em sua voz.

- Eu...

- Você não sabe, não é? – o desgraçado riu – Onde será que a sua querida se meteu? Ainda mais grávida desse jeito, é preocupante!

- Aonde você quer chegar com essa conversinha, Callahan? – disse, cerrando os dentes.

- Eu quero dizer a você, Cullen, que você nunca mais irá rever a sua Bella ou se quer a sua filha. – ele disse sombriamente – Você devia ter percebido com quem estava se metendo, meu caro.

- VOCÊ NÃO ESTÁ FALANDO SÉRIO, BENJAMIN! ESTÁS LOUCO? – eu perdi as estribeiras.

- Não adianta gritar ou espernear, Cullen. – sua voz era calma e sombria – Isso não vai trazê-las de volta.

- BENJAMIN, VOCÊ NÃO PODE... ONDE VOCÊ ESTÁ? CADÊ A BELLA? – eu ainda berrava.

Mas ele já tinha desligado o telefone.

Eu não sabia o que fazer, ele as tinha seqüestrado.

BELLA POV.

Eu não sabia onde estávamos, pois antes de chegar ao local, Benjamin prendeu-me pelos pulsos, como se eu fosse uma prisioneira, e vendou meus olhos, mas eu podia sentir o cheiro da mata, como se tivesse voltado a Forks, mas eu sabia que não tinha. Ele me levou para dentro de uma casa, supus, e me colocou num quarto.

Lá tirou minha venda, mas me deixou com os pulsos ainda presos. Eu estava num quarto que não tinha janela, só tinha uma cama e umas malas no chão. Dentro do quarto tinha um banheiro e nele tinha apenas um basculante.

- Você vai ficar aqui, Bella, até podermos ir embora. – ele disse – Reze para o seu queridinho não chamar a polícia.

E saiu do quarto. Joguei-me na cama e chorei, eu não estava crendo que estava passando por uma situação ruim novamente. Quando eu iria ser feliz novamente? Quando?

EDWARD POV.

Eu liguei para os meus irmãos e ambos vieram praticamente voando para a minha casa, devido ao meu estado de espírito no telefone. Acredito que eles não entenderam nada. Alice chegou primeiramente com Jasper e meu sobrinho – que dormia nos braços do pai –, Emmett e Julie chegaram logo em seguida.

- Eu não entendi porcaria nenhuma do que você disse, Ed. – disse o Emmett se largando no meu sofá – Será que dá pra explicar?

- CLARO QUE DÁ! – berrei – O FILHO DA PUTA DO BENJAMIN CALLAHAN SEQÜESTROU A BELLA E A MINHA FILHA, ENTENDEU AGORA? – bufei.

- O QUE? – os quatro gritaram em uníssono.

- É, é isso mesmo que ouviram. – suspirei derrotado e me sentando ao lado do meu irmão.

Dizer aquelas palavras me fez cair na real e o desespero me tomou por completo. Não sei como, mas as lágrimas já escorriam pelas minhas bochechas, eu solucei alto. Como isso pôde acontecer?

- Co-como isso aconteceu? – gaguejou Alice.

- Eu não sei... – funguei – Simplesmente cheguei ao apartamento e não encontrei a Bella, foi àquela hora em que te liguei. – minha irmã assentiu – Então supus que Bella não demoraria a chegar, ainda mais com aquele barrigão, ela não seria tão irresponsável assim. – tomei fôlego, todos me escutavam com atenção – Fui tomar banho e assim que saí do chuveiro o telefone de casa começou a tocar, era o Callahan... – e narrei todo o telefonema para eles.

- Que filho duma puta! – esbravejou Emmett.

- Que iremos fazer? – perguntou a nanica aflita.

- Iremos à polícia agora! – disse o Jasper.

E nós fomos. Eu não estava em condições de dirigir, então fui com a Alice e o Jasper, Emmett e Julie nos seguiam. Chegamos à delegacia e eu dei queixa, estava na sala do delegado Dixon, que por sorte era um conhecido meu.

- Isso é uma acusação muito grave, Sr. Cullen. – disse o delegado.

- Eu tenho absoluta certeza de que foi o Callahan, Dixon. – disse sério – Ele seqüestrou a minha esposa grávida de oito meses.

- Ok, ele já fez o primeiro contato. Vamos começar as buscas imediatamente, então. – ele disse sério também.

(...)

E o delegado Dixon não falou brincando. Grampearam o telefone da minha casa, colocaram cartazes e fotos de Bella e do Callahan na mídia. O pai do Benjamin ficou pasmo quando viu as fotos do filho e quando soube o que o mesmo fez, isso estava estampado em todos os jornais do país.

Eu já estava ficando nervoso, impaciente, desesperado, o Benjamin não tinha entrado em contato depois daquela primeira ligação e isso fora há três dias. Eu já estava louco, meus irmãos praticamente viviam dentro do meu apartamento, mas eu os mandei de volta as suas vidas, mas foi o mesmo que nada.

O tempo passava lentamente e eu olhava a todo instante para o telefone. Levantei-me do sofá e bufei irritado, não sabia até quando agüentaria aquela situação. Será que Bella estaria bem? E a Violet?

Passei a mão violentamente pelos meus cabelos, como se fosse arrancá-los, mas isso não aplacaria a minha dor. O telefone começou a tocar, praticamente me joguei para pegá-lo e atendi desesperadamente.

- Alô?

- Por que você chamou os policiais, Cullen? – era o Callahan, e seu tom ríspido.

- Porque o que você fez merece a prisão. – disse – Na verdade você merece coisa pior, mas como eu não tenho o poder de julgar nada...

- Se você tinha alguma esperança de rever a sua adorada esposa e sua filha, você acabou de extingui-la. – ele disse ainda mais ríspido.

- E era pra ter alguma esperança, Callahan? – debochei, sei que não era hora para isso, mas foi ele quem disse – Você disse que eu não as veria mais, então tive que utilizar os meus métodos para trazê-las de volta.

- Seus métodos? – ele riu – Você não tem método nenhum, Cullen. – riu de novo – Esqueça-as a partir de agora, elas são minhas.

- NUNCA! – exaltei-me.

- Então, continue assim que você vai ver o que vai acontecer. – ameaçou.

E o imbecil desligou o telefone na minha cara, pra variar. Mas pelo menos eu tinha a esperança de que poderíamos rastreá-lo, já que ele ligou para o telefone da minha casa e eu fiz questão de deixar o celular desligado, se ele quisesse se comunicar e, obviamente ele iria, teria que ligar.

Então peguei as chaves do meu carro e saí em disparada para a delegacia. Ao chegar lá fui direto para a sala do delegado, mas o mesmo me fitava inexpressível.

- Dixon, ele ligou para a minha casa... – comecei.

- Sim, eu fui informado. – ele me interrompeu – Você supôs certo, ele iria ligar. – eu suspirei – Rastreamos a ligação. – meu coração deu um salto – Mas ele foi mais esperto, ligou de um telefone público perto do seu apartamento.

- Então, quer dizer que aquele filho da pu... – a raiva tomava de conta do meu cérebro.

- Menos, Edward. – ele me interrompeu – Não é hora para desespero, você tem que se acalmar. – eu o olhei mortalmente – Sei que é difícil, mas se você quer encontrar sua esposa e sua filha, você tem que se controlar.

Eu respirei profundamente e tentei – inutilmente, diga-se de passagem, – me acalmar.

- O que podemos fazer? – indaguei-o.

- Pelo que você me contou e pelo que conversamos anteriormente, deduzimos que o Callahan vai tentar sair da cidade com a sua esposa, eu mandei meus homens grampearem os telefones residenciais, do escritório e celular do Sr. Jonathan Callahan; além de conseguir congelar todas as contas bancárias do filho dele, então se Benjamin Callahan espirrar, nós saberemos onde ele está e levaremos uma caixa de lenços. – ele sorriu diabolicamente – Não se preocupe, Edward, nós vamos conseguir pegá-lo... E se ele contatar o pai, o que provavelmente irá acontecer, o pegaremos mais fácil ainda.

- Tomara, Dixon. ­ – suspirei e me despedi dele.

Eu voltei para casa um pouco mais esperançoso. Abri a porta e me joguei no sofá, mas não pude nem ao menos sentir a maciez do mesmo, pois a campainha começara a tocar. Pelo olho mágico vi que eram os meus irmãos e seus respectivos conjugues.

- Você não nos deu notícia o dia inteiro, quer me deixar louca? – Alice disse, irritada.

- Não. – respondi.

- Alguma novidade? – Jullie perguntou.

- Sim... – e voltei-me a narrar toda a história.

- Se eu pego esse Benjamin... – ameaçou Emmett.

- Você não vai fazer nada, Emmett Cullen. – ralhou Jullie – Deixe isso para os policiais.

- Eu espero que o Callahan faça contato logo. – Jasper disse.

- Somos dois, amigo, somos dois. – suspirei.

Ficamos mais um tempo ali, eu não via a hora realmente do Callahan fazer algum contato ou tentasse algo que o expusesse. Eu só pedia a Deus que protegesse as minhas duas mulheres e que não me deixasse enlouquecer.

BELLA POV.

As horas passavam arrastadas e pelo que pude perceber, passaram-se três dias desde que cheguei aqui. Benjamin me dava comida e eu podia me banhar, tinha roupas pra mim, mas eu não queria, tinha nojo. Só comia a comida porque eu tinha que alimentar a minha filha. Eu estava ficando louca, chorava muito, eu sabia que toda aquela avalanche de emoções não fazia bem a ela, eu tentava me controlar, mas era inútil.

Eu não sabia o que Benjamin andava fazendo porque não o via com freqüência, mas dava pra saber quando o mesmo saía e voltava. Até que a noite chegara e eu estava sentada na cama, sentindo a minha menina se mexer dentro de mim, isso me transmitia uma paz tremenda.

De repente a porta do quarto fora aberta com violência. E Benjamin adentrava, sua feição era de fúria. O medo veio bater a minha porta.

- POR QUE AQUELE METIDO CULLEN TEVE QUE CHAMAR A POLÍCIA, HEIN? – explodiu – DIGA-ME, POR QUÊ? – berrou mais uma vez.

As lágrimas saltaram os meus olhos, o nome de Edward pronunciado por ele fez com que o meu coração se aquietasse, ele estava me procurando.

- TALVEZ SEJA PORQUE ELE NÃO VAI ME DEIXAR COM VOCÊ! – berrei.

PAFT!

Só senti o lado direito da minha face esquentar. Ele havia me batido, encarei-o aturdida.

- SONHE, ISABELLA! – dizia aos gritos e vermelho de raiva – Continue sonhando, porque somente em seus sonhos você irá se livrar de mim e voltar para os braços do seu amado. – ele disse me fitando, seu olhar era diabólico.


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Notas finais do capítulo

CAPÍTULO REPOSTADO. (ABR/11)