Find Me and Stay [Hiato] escrita por soulsbee


Capítulo 16
O inferno se aproxima


Notas iniciais do capítulo

E ai gente, tudo bem? Sim, eu ainda estou viva!!! Ou eu acho que estou... Ou isso é um espirito...? e.e Enfim kkEu sei que faz quase 1 mes que eu não atualizo e peço desculpas por ter sido uma desgraçada, mas estava focada nas outras e devo admitir que estava sem ideias sobre o que fazer com a história e estava morrendo de tédio prestes a deleta-la.... Maaaaaaaaaaaaaaaas, eu tive uma ideia genial enquanto escrevia isso e só posso dizer que ela vai mudar um pouco o rumo que tomaria ( se é que eu tinha certeza do que faria) e talvez, no decorrer da leitura, vocês entendam o que eu quis dizer em relação a mudança. Enfim, bora ler e comentar, curtir e compartilhar... Ops, aqui não é Face, mas tá valendo.Por falar nisso também, que tal dar uma passadinha nesse link http://www.youtube.com/watch?v=wa2jEJCAqbc&feature=youtu.bee dar uma olhada no trailer de uma história que estou fazendo com minha amiga? Vai que interessa a leitura depois disso u.u



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Não tinha a menor vontade de acordar e ir para a escola, muito menos encarar meu pai ou tentar me socializar com qualquer um. Apenas desejava ficar em casa imerso em minhas histórias – Sim, tenho mania de escrever e decidi que iria pô-las em um papel para liberar espaço na minha mente conturbada. Mas, não era só por isso e sim porque adorava ver o rumo que meus próprios personagens tomavam, mesmo eu sendo o autor. Eu poderia controlar o futuro de cada um, assim como as Moiras, mas não podia “comandar” o caminho até lá-.

Mas, revelações de um escritor a parte, o que eu iria fazer naquela escola? Ela era pequena, típica as escolas do interior; Poucas pessoas, prédio pequeno, grupos ainda menores sendo separado entre atletas, nerds e populares, resultando no triste e árduo fato de que, basicamente, todos os pais se conheciam. E, além do mais, provavelmente iria para lá de bicicleta ou, até mesmo, a pé – apesar de ter cogitado a ideia de ir montado em um burro – uma vez que não existia carro nenhum na residência, nem mesmo o de Derek. E, só para terminar a lista de “Eu não quero ir para a escola e tenho mil e um motivos” passei a noite no teto do galpão sob o sereno de uma noite gélida. Era impossível dormir na sala, ou na frente da casa, pelo menos, não com a gritaria e bagunça que estava ocorrendo nos cômodos de cima.

Ellie havia acordado há alguns minutos atrás e já estava aos beijos e amassos com a outra garota rumo à suíte. Derek, por sua vez, estava deitado sob os braços de sua garota. Ellie é a mais energética. Pensei involuntariamente antes de rir do triste fato. Se bem que, pensando melhor, é muito intrigante, uma pena ser lésbica se não renderia muito e... Dean, que modos são esses? Aquela frase soou em minha mente como se fosse minha mãe falando. Como sinto falta dos seus sermões... Suspirei. Nunca deveria ter reclamado que lavar a louça era chato.

O som de um carro chamou minha atenção. Olhei para o horizonte e notei o veiculo da família se aproximando da entrada da casa. Sabia que não poderia deixa-los se aproximarem mais ou então os irmãos não teriam a chance de se safarem e estariam encrencados e, consequentemente, eu por ter permitido aquilo acontecer. Como se pudesse ser evitado.

– HORA DE ACORDAR, SINAL VERMELHO! – Gritei repetidas vezes enquanto descia as escadas apressadamente, mas com cuidado para não escorregar na madeira húmida do sereno da noite anterior. Precisava arrumar outra roupa antes de ficar doente e ir parar em um hospital em últimos estágios de vida – sim, também sou dramático – e tentar arrumar algumas coisas antes do meu pai começar a implicar e me chamar de vagabundo e preguiçoso pra baixo. Culpe a si mesmo pela educação que me deu onde eu não precisava fazer nada, pai.

Ouvi uma rápida movimentação vindo do interior da residência até a garota que estava com Derek sair pela porta dos fundos ainda vestindo sua camiseta e segurando a calça com o outro braço. Ela realmente tinha um corpo hipnotizador. Ela correu para o meio das arvores seguindo em direção à saída... Você me deve um ponto por isso, garoto. Diverti-me imaginando as coisas que poderia pedir em troca do favor.

– O que faz aqui fora tão cedo? – Perguntou James após buzinar algumas vezes enquanto fazia a curva do carro deixando-o de frente para o celeiro.

– Nada senhor, apenas observando o nascer do sol – Disse prontamente. Em partes, aquilo era verdade.

– Não precisa me chamar de senhor, não sou tão velho afinal – Ele disse abrindo a porta do carro e se espreguiçando antes de abrir a porta de trás onde estava sua mulher e meu pai.

– Vocês não aprontaram nada, não é? – Meu pai perguntou lançando um olhar desconfiado para a minha camisa encharcada.

– Não. – Respondi encarando o chão.

– Veremos... – O ouvi sussurrar seriamente.

Eles partiram em direção a casa, quando vi a morena de Ellie descendo pela janela escorregando um pouco com o parapeito molhado. Ela usou um cano da calha para deslizar até o chão sem se machucar e me encarou por longos segundos ao notar a presença dos adultos ali.

Eles não a viram, pois estavam imersos em sua própria conversa, mas se não agisse rapidamente ela não teria a menor chance de sair dali e se falasse que ela estava comigo meu pai me matava, se falasse que estava com Derek, ele morria e se falassem que ela estava com Ellie, provavelmente ela seria arremessada para a lua. Poderia dizer que era a amiga da Ellie, se não tivesse marcas vermelhas de batom em algumas regiões do seu pescoço e algumas leves cicatrizes das unhas de Ellie.

– Pai! – Gritei algumas vezes chamando a atenção de todos para mim.

– É falta de educação interromper uma conversa de adultos! – Respondeu rudemente. Como você consegue ser tão chato? – Anda, fala o que você quer. – Ordenou. Seu olhar me fuzilando estava me matando por dentro. Sidney, se bem me lembro o nome da morena, lançou um olhar de agradecimento para mim e se esgueirou silenciosamente pelas paredes da casa indo o mais rápido que podia na direção das arvores, assim como a outra. – Fala logo moleque! – Gritou meu pai impaciente com minha distração.

– Eu tenho nome, sabia? – Respondi no mesmo tom que ele usara comigo há alguns segundos. Odiava ser chamado de moleque, não importava quem fosse.

– Vamos ter uma séria conversa quando você voltar da escola! – Ele deu as costas para mim e seguiu para dentro ao lado de James e sua esposa conversando como se não houvessem sido interrompidos.

Entrei logo em seguida rumo ao quarto ignorando com muita dificuldade os comentários tolos do meu pai sobre eu ser mimado, agir de modo infantil e pensar que o mundo gira ao meu redor. Ele não me conhecia direito e não deveria dizer essas coisas, uma vez que sempre esteve mais ocupado com o trabalho de seu escritório a salvar seu relacionamento e sua família. Ele era o hipócrita da situação.

Vesti uma camiseta preta gola v e um casaco marrom por cima apenas para dar um toque diferente, pois não sentia tanto frio quanto deveria. Derek ainda estava no chuveiro, era possível ouvi-lo cantarolando desafinado uma musica qualquer. Ellie, por sua vez, passou pelos corredores murmurando coisas incompreensíveis antes de regressar ao seu quarto e bater a porta. Bando de gente estranha

– Bom dia Dean! – Derek disse em total animação ao sair do banheiro enrolado em uma toalha.

– Animadinho hein?

– Muito, mas é uma longa história para resumir em meros segundos e acho que você passou a noite inteira ouvindo ela repetidamente. – Gargalhou um pouco recordando-se de algo. Encarei-o um pouco confuso com seu comentário, estava meio lerdo para juntar as coisas e pensar rápido, e então ele forçou um gemido deixando muito claro do que se tratava.

– Isso foi desnecessário – Comentei e marchei em direção ao corredor do banheiro para me lavar. Entretanto, antes de tocar na maçaneta da porta ou, ao menos, ver o cômodo, senti os braços frágeis de Ellie puxando-me com toda sua força para as escadas.

– Silencio – Sussurrou antes mesmo de eu abrir a boca. Ela me arrastou até o lado de fora da casa, próximo ao galpão e suspirou profundamente antes de continuar. – Olhe, eu sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas...

– Você não esta me pedindo em namoro, está? – Debochei. Seus olhos me fuzilaram por completo e eu poderia ser comparado a um queijo suíço em sua mente.

– Da pra levar alguma coisa a sério? –Perguntou irritada.

– Desculpa... – Murmurei sem graça. Parecia que havia tomado um banho de agua fria por culpa da pequena brincadeira.

– Tudo bem... – Ela fez uma pequena pausa escolhendo as palavras ideais antes de prosseguir – Você é o único que sabe daquilo... E gostaria que manteasse isso em segredo até mesmo do meu irmão... – Chutava um pouco de serragem do chão enquanto dizia.

– Claro, pode confiar em mim – Disse com toda sinceridade o possível.

– Quando eu digo isso, significa que você não vai nem ficar de gracinha jogando indiretas ou chamando-a para se sentar conosco. – Fitou o fundo dos meus olhos com seriedade. – Cidade pequena é uma merda, ainda mais Ilwaco, no Condado de Clatsop, onde quase todos se conhecem devido ao seu pequeno número de habitantes... Uns 1000

– Eu faço ideia... – Resmunguei.

– Você ainda vai entender melhor...

Cortamos o assunto imediatamente ao ouvirmos o barulho dos passos de Derek se aproximando. Ele rodava em seus dedos a chave do carro de seu pai enquanto ostentava um largo sorriso no rosto. Ellie revirou os olhos e fez uma careta para o irmão que retribuiu soprando um beijo de volta a ela.

– Muito gay cara – Ri do que ele fizera e ele simplesmente ignorou acenando com a cabeça para irmos para o carro.

Sentei no banco de trás do carro me aconchegando no sedan sem novo de bancos de couro. Ellie se sentou no banco do passageiro e Derek, respectivamente, no banco do motorista girando as chaves e dando partida no carro.

– Dean – Começou. – Pegue um caderno de capa preta na mochila da Ellie ai do seu lado. – Ele me esperou pegar o objeto antes de prosseguir. – Agora, você não vai contar nada a ninguém sobre o que aconteceu ontem, não é? – Senti uma pontada de ameaça em sua voz.

– Não, com uma condição – Retribui no mesmo tom.

– Não existe condição. Você ficar de bico fechado é o melhor que pode fazer – Ele lançou um olhar cerrado para mim pelo retrovisor. Seu tom de voz havia obtido um tom sombrio tornando aquela conversa assustadora.

– Mais alguns minutos e estaremos chegando – Ellie disse quebrando o gelo que havia se formado dentro do carro. Nem reparei estarmos em movimento no meio de uma estrada com algumas placas indicando quais caminhos seguir para chegar ao centro e a escola.

– O inferno se aproxima! – Brinquei. Arranquei um pequeno sorriso dos irmãos. Ótimo, não gostei da versão “assassina” de vocês.

Olhei um pequeno campo de grama velha e seca com alguns bancos e alguns alunos sentados ali; a maior parte era o time de futebol com algumas garotas vulgares e no canto mais afastado um pequeno grupo de pessoas “normais”. Entretanto, não foquei muito minha atenção para a cena patética deles e sim para um prédio avermelhado de, mais ou menos, dois andares e alguns outros pequenos ao fundo separados em alguns poucos blocos. Era uma construção muito antiga, sua cor avermelhada e janelas sujas e outras quebradas evidenciavam aquilo. Ela se parecia mais com um manicômio a uma escola instigando minha curiosidade a descobrir mais sobre aquilo. Imagine por dentro e os segredos que a cercam


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Captaram o que tentei passar? Já criaram pequenas conclusões do que pode acontecer?Ah, talvez eu demore umas duas semanas pra atualiza-la, mas eu juro que nao vou demorar tanto ainda mais agora que decidi o que fazer com ela heheheTá aqui o link de novo http://www.youtube.com/watch?v=wa2jEJCAqbc&feature=youtu.be custa nada u.u



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