What Would You Do If I Said I Love You? escrita por Dê Tribbiani
[P.O.V Rick]
-... Que deve soltá-la. -Falei, entredentes.
Ela virou o rosto, os olhos azuis e grandes alarmados. O susto fez com que ela deslizasse para fora dos braços do fedelho de olhos cinza. Ele suspirou, se virando para mim.
-Rick. -Ela sussurrou, a voz carregada de algo que eu não consegui identificar muito bem.
Só aquilo tirou metade da angústia que queimava em meu corpo. Não que isso transformasse o sentimento em algo mísero. Minha cabeça ainda doía e latejava como meu próprio inferno particular.
-Ei, o que é que você tem, cara? - Eu já havia me esquecido da existência do fedelho e ouvir sua voz idiota e desafinada foi como um beliscão. De volta a realidade, Rick.
-O que eu tenho? Por que? Quer algo? Ah, eu tenho umas coisas de sobra que você tá precisando... tipo carisma, força... Massa. -Analiso os poucos músculos do fedelho. Ele era tão incrivelmente magro ao meu ver.
Ele soltou uma risada sarcástica e percebi July mordendo o lábio para conter um sorriso.
-Quer resolver isso como homens aí fora? -Ele diz.
-Gente, não! Por favor, sejam racionais! Vamos... Conversar. -A voz de July diminuía, o fedelho nem sequer a olhava enquanto caminhava até mim.
-Será um prazer. -Digo, por fim, ignorando July.
O garoto se posiciona na minha frente, um sorriso idiota em seus lábios. Não iria demorar muito para eu arrancá-lo a força dali.
O primeiro estralo foi o do meu punho em atrito como o nariz do fedelho. O segundo foi o próprio estralo do nariz. E o terceiro foi o som de sua coluna batendo no chão.
-Rick, mas que diabos...?! -July gritou, saindo da piscina e correndo até o fedelho sangrando no chão.
Ela estava curvada sobre o garoto, os cabelos azuis caindo sobre os ombros em espirais enquanto a parte de cima do cabelo, a parte marrom, era lisa, mas agora colada ao suor causado pelo desespero.
-Ele vai ficar bem. -Digo, andando até ela, calmamente.
-Rick, que merda! Droga! -Ela limpa freneticamente o sangue que continua a jorrar com uma toalha.
-Eu tô bem. -O fedelho geme.
-Viu? -Digo, sorrindo.
-Cala a boca! -Ela grita, se virando para mim.
Seus olhos azuis estavam coléricos e preferi esperar um pouco até que se acalmasse. Eu sabia que o fedelho ficaria bem por experiência própria. Não uma, mas duas vezes dormindo no meio de uma rua deserta enquanto meu nariz jorrava sangue depois de uma briga mal-sucedida. Óbvio que, depois eu encontrei meu agressor, acertei as contas com ele.
-July... -Sussurrei, tirando o cabelo dela dos olhos.
Ela suspirou se virando para mim.
-Temos algo para resolver. -Falei.
-Eu sei. -Ela murmura.
-Não tem que ser assim.
Seguro sua cintura, puxando-a para mim. Ela morde morde o lábio inferior, indecisa.
-Eu sei... Só... O Nath tá sangrando... -Ela choraminga abraçando minha cintura.
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