What Would You Do If I Said I Love You? escrita por Dê Tribbiani


Capítulo 13
For once just let me lose myself




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O dia amanheceu claro, mas estranho como tudo que acontecera recentemente, na verdade. Me levantei, alongado o pescoço e esticando as pernas até ter certeza de que ainda tinha habilidade o suficiente para fazer alguma atividade física. Meu rosto estava inchado, como eu tinha certeza que ficaria depois de chorar por muito tempo na noite anterior. Deus! Eu havia feito exatamente o que eu disse que jamais iria fazer. Eu havia me apaixonado loucamente em míseros dois dias pela primeira pessoa que eu conheci em Back Bay. Era um história que seria mal-contada, estúpida e estranhamente possível. Me contive para não começar a chorar novamente. Estava muito sensível, e eu odiava a sensação por demais. Me sentei na penteadeira, encarando o bolo de notas e me lembrando de meu incomum compromisso às nove. Chequei as horas no celular, ainda eram sete e cinquenta. Senti uma pontada no estômago devido à ansiedade.

Depois de pentear meus cabelos e os prender em uma trança espinha-de-peixe eu finalmente desci para a cozinha moderna e prática da mansão. As empregadas me serviram porque eu não tinha a mínima vontade e nem a animação precisa para fazer isso. Depois de comer algumas torradas com café fui até a sala principal e deitei em um sofá de veludo em um dos cantos.  Suspirei enquanto ligava a TV e esperei esta ligar pacientemente para depois colocar em qualquer canal, apenas para ouvir uma voz, me libertar daquele silêncio que me fazia ficar desconfiando que estava surda.

O tempo voou enquanto eu me perdia em pensamentos, a maioria sobre a noite passada. Onde eu estava com a cabeça quando eu disse "azul" para Rick? Onde eu estava com a cabeça quando deixei que ele me beijasse no jardim? E, o mais importante, onde eu estava com a cabeça quando arrisquei minha vida para morrer ao seu lado? Eu suspirava e bufava enquanto revia e enumerava os acontecimentos quando a campainha tocou. Uma das empregadas me impediu de atender a porta, alegando que poderia ser perigoso. Eu me contive para não responder de forma grosseira para ela. 

Segui a empregada e ela abriu a porta, exibindo Nath. Este estava com o rosto amassado, os olhos cinzas parecendo sonolentos e o cabelo preto mais bagunçado do que nunca, mas nem por isso, os fatores que demonstravam seu evidente sono, ele deixou de esboçar um sorriso grande quando me viu, fazendo com que eu corasse contra a minha vontade.

-Eu sou... -Ele fingiu um engasgo. -Amigo da Lagoon, digo, July. -Ele diz para a empregada que sorriu e deu passagem para ele. Forço um riso enquanto seguro seu braço e o levo para a sala principal.

-Então? O que foi? -Ele questionou, erguendo as sobrancelhas grossas e pretas.

Eu engasguei. 

-Sou muito esquisita, né? -Perguntei, sentando no sofá. 

Ele me encara, como que para saber se é uma brincadeira. Como não rio ele responde:

-Sim. Mas é legal. Digo, sua coragem. Quem é que consegue chamar um taxista para casa porque precisa de um "amigo"? -Ele sorri.

-Que taxista vem para a casa de uma garota que o chamou porque precisa de um "amigo"? -Rebato, a voz arrogante.

-Eu. Mas aí depende da garota. -Diz, sorrindo.

Eu o fito, cansada demais para retribuir o sorriso e com medo de ele pensar que eu estaria participando de um flerte.

-Olha. Eu preciso de alguém para me fazer companhia enquanto eu não consigo me aturar sozinha. -Murmuro, fechando os olhos e me apoiando mais no sofá.

Ele suspira. 

-Esse alguém sou eu?

-Pode ser. -Digo, sorrindo.

-Nossa, como você faz com que eu me sinta especial. -Ele revira os olhos, me imitando ao se apoiar mais no sofá.

-Bem, muitos não teriam aproveitado esta oportunidade. Você é especial por isso. 

-Que oportunidade?

Reflito um pouco.

-A de ter uma amiga de verdade. -Digo, por fim enquanto tiro o cabelo de cima dos olhos. -Obrigada. 


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