What Would You Do If I Said I Love You? escrita por Dê Tribbiani


Capítulo 11
Undone




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/351492/chapter/11

Nossos lábios estavam selados, porém os seus continuavam tensos nos meus. Eu suspirei, decepcionada. Mas não havia nenhum problema que ele não correspondesse meu beijo, estávamos em meio à chamas. Ele nunca entenderia que eu jamais me sentira tão completa.

-Não vou deixar você morrer. -Ele murmurou, se afastando.

Eu pensei que ele fosse me empurrar para a saída, mas não o fez; não precisou. Uma rajada fria nos assolou vinda de um extintor de incêndio. Olhamos para o lado ao mesmo tempo. Um grupo enorme de bombeiros estava nos encarando com vários extintores e uma mangueira.

-Mas que diabos, por que pararam na frente da saída...? -Uma bombeira estreitou os olhos e depois os arregalou, como se tivesse compreendido. -Planejavam morrer juntos ao invés de apenas um se salvar. -Seu rosto se encheu de doçura.

Eu pensei que ela ia falar algo como "que fofo", mas um outro bombeiro bem grande a interrompeu:

-Não deviam ter feito isso. Se apressassem-se talvez tivessem passado pela saída, os dois. -Ele disse.

A mulher deu um empurrão discreto nele.

-É raro achar jovens fofos como eles. Deixe assim. -Ela murmurou.

Eu agora procurava algum lugar para me esconder. Qualquer lugar.

Rick se antecipou na linha de pensamentos, levantando-se e andando até a linha de bombeiros.

-Melhor nossos nomes não saírem em matéria alguma. Se não vocês terão sérios problemas com a justiça. -Ele disse.

Um bombeiro se apressou em confrontar Rick.

-Quem é você para falar sobre justiça, garoto? Salvamos a vida de você e da sua namorada.

-Mas não podem falar nossos nomes, entendam. Por favor, se forem fazer notícias coloquem-nos em anonimato. -Ele murmurou, mais calmo.

O bombeiro olhou de mim para Rick, levemente desconfiado.

-Bom, se manter em anonimato é um direito seu. -Ele anotou em um bloco que tirou do bolso. -Hmm, sabem o que causou o incêndio? -Ele perguntou. -Mas agora que estamos falando sobre isso, será que os dois jovens não estavam brincando com velas ou fogos? -Ele ergueu uma sobrancelha. 

Balancei a cabeça freneticamente, finalmente me manifestando na conversa.

-De modo algum! -Eu disse, andando até a linha de bombeiros. 

-Não tem a mínima ideia? -Ele perguntou.

Rick balançou a cabeça negativamente.

-Certo. Vocês vão fazer um interrogatório segunda. -O bombeiro disse, anotando. 

-Vão falar aos meus pais que eu estava aqui? -Eu perguntei.

-Se você quiser. -A bombeira que havia falado antes murmurou.

-Não precisa. Ele vai ficar preocupado com meu problema cardíaco e essas coisas. -Dei de ombros, fingindo indiferença.

Rick murmurou para mim:

-É uma péssima atriz, pequena.

Eu trinquei os dentes para conter um sorriso. Estava tão feliz em ainda ter ele por perto de um modo tão estranho e desconhecido.

-Tá certo. -O bombeiro disse. -Vocês podem andar sozinhos para casa ou querem ajuda? 

-Não precisa, eu levo ela. -Rick me tomou pela mão, me guiando para longe do quiosque e dos bombeiros.

Enquanto andávamos para longe do cenário de desastre eu abracei a cintura dele como jamais acreditei que faria um dia com alguém. Era péssimo admitir, mas ele podia ter quebrado meu coração naquele momento se afastasse-se de mim.

Mas ele me segurou com ternura, puxando meu rosto para cima.

-Ainda não passamos pelo pior, hein? -Ele murmurou, selando nossos lábios e acariciando meu rosto o qual eu ainda sentia ferver.

-O que falta ainda? -Murmurei.

-Bem, você vai fugir. Vai ir embora porque você não aguenta pensar em poder se ferir. E aí nós lembraremos quando ficarmos velhos e  sem-graça como se fossem os dias mais emocionantes de todos os tempos. Onde "morreríamos felizes". 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!