Killer X escrita por Jhay


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Demorou bastente dessa vez. Sorry, sorry T_T Mas aqui estou. Agradeço a quem está acompanhando ^w^ Tanks



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350986/chapter/16

 Seguiu pela porta para alguma direção que talvez a levasse para longe daquele lugar. Sua arma? Um taco de beisebol já ensanguentado e sua experiência. Não sabia o que ia encontrar ali dentro. Não sabia se chegaria lá fora viva. A única coisa que sabia era que iria lutar. Não importava se ia morrer ou não, sua morte não seria em vão. Não desistiria. Estava furiosa. Mais do que furiosa, estava possessa! Jeremias a jogou lá dentro para brincar com ela. Ela era um brinquedo para ele. Se eu sou um brinquedo, então serei daqueles bem assassinos.

 Olhou de um lado para o outro. Se aquilo era um jogo, então certamente Jeremias havia deixado pistas para que ela encontrasse a saída. Ele não queria matá-la, mas sim ver até onde ela poderia ir sem ficar maluca. Morrer seria somente uma consequência desagradável.

 Um armário repousava no canto da sala. Estava caindo aos pedaços. Laura foi até lá e abriu-o. Lá dentro era mofado e quebrado, mas tinha uma lanterna bem no fundo. Laura a pegou, olhou se tinha pilhas. Vazio. Viu que tinha algo a mais do lugar de onde tinha tirado a lanterna, esticou a mão e seus dedos encontraram um pedaço de papel. Leu.

Ache as pilhas nesse cômodo

  – Só pode tá de brincadeira com a minha cara, né?! Procurar pilhas?! Vá se ferrar! - murmurou.

 Foi para a porta que dava para o corredor. Estava escuro lá. Quase não dava para ver. Bateu a porta com raiva. Não daria para sair de lá sem uma lanterna. Não se tivesse que achar pistas. Procurou por todos os lugares. Revirou as gavetas, nada. Quebrou o vaso de flores, nada. Tirou cada livro mofado da estante pregada na parede, achou uma pilha grossa. Colocou na lanterna. Agora só faltava a cama. Jogou o colchão no chão. Tinha uma caixinha em cima de uma das tirar de metal. Abriu-a e viu que tinha uma pilha, uma chave e um  pedacinho de papel preso a chave.

Quarto 210

 Guardou a chave no bolso e colocou a pilha na lanterna. Agora funcionava. Ligou a lanterna e iluminou o caminho do corredor. As paredes, antes brancas, estavam sujas de diversas coisas que Laura não queria identificar. O chão também se encontrava em um estava deplorável. Na direita o corredor acabava de encontro com uma parede, na esquerda ele continuava quase que infinitamente. Portas se revezavam de tempos em tempos dos dois lados. Seria complicado. Teria que verificar cada quarto dali a procura de pistas e informações. Sem perder tempo andou apressada. Tentou abrir a primeira porta com o número 100 cravado em cima,  estava trancada.  Tentou a do lado oposto, a de número 120, estava aberta. A porta rangeu em protesto pelo esforço. A lanterna iluminou o cômodo. Era como um quarto, com uma cama, um criado mudo com abajur, um guarda-roupa, uma estante e poucos livros. Laura revirou cada canto do lugar, encontrou uma chave com um papel escrito Quarto 100 e uma pilha.

 Foi para o corredor e abriu a porta de número 100 usando a chave. Era igual ao outro. Abriu as gavetas, escancarou as portas, levantou os colchões. Nada. Um livro caiu e uma folha desprendeu-se das outras. Ela agachou e pegou a tal folha.

Essa é uma corrida contra o tempo. Quanto mais demorar, pior será.

 Franziu o cenho e voltou a sua procura nas outras salas. 101, nada. 119, duas pilhas. 102, um mapa que a ajudaria a sair dali sem se perder. 118, uma faca, colocou no suporte do seu cano alto. No 103 encontrou o chão com poças de sangue, algumas secas e outras menores um pouco frescas, na parede um aviso: Saia daqui!, do outro lado: Você morrerá!, na outra: Já é tarde, não acha?

 Laura sentiu um arrepio atravessar-lhe o corpo. Aquilo estava cada vez mais sinistro. Continuou a busca. 117, nada. 104, chave do 115. 116, um corpo esquartejado, com as partes jogadas aleatoriamente pelo cômodo. 105, muito sangue, nada de corpos. Laura achou estranho. Deveria ter pessoas ali, não deveria? Foi para o 115 usando a chave. Lá encontrou um revolver e um cartucho, colocou o cartucho no cano do all star e o revolver no short. Ouviu algo caindo e se espatifando no chão, imaginou ser um vaso. Foi para o corredor com a arma apontando para o nada e a lanterna em baixo, iluminando. Abriu a porta do quarto 106, ela bateu com força na parede e quase se fechou novamente, mas Laura impediu com o corpo. Apontou tanto a lanterna quanto a arma para todos o lados. Não viu nada. Entrou. No chão, ao lado do criado mudo, um vaso de flores estava quebrado em vários pedaços, a terra se estendeu pela madeira e as flores deitavam tristemente. Ouviu um berro forte vindo para perto dela, apontou a arma na direção do som, mas, seja que o fosse aquilo, tinha sido rápido o bastante para bater em sua mão e fazer a arma e a lanterna caírem no chão. Laura não conseguia ver quase nada. A lanterna rodopiava e iluminada o chão ali perto, fazendo sombras horripilantes nas paredes. A coisa, ou pessoa, pulou em cima de Laura e a fez cair no chão. Por extinto ela colocou as mãos no queixo da pessoa e a empurrou. Era forte, mas não o bastante para dar tanto trabalho. Laura colocou a perna dobrada no abdômen da pessoa e pegou nos ombros ossudos. Com um movimento rápido e preciso impulsionou o ser para cima, o jogou para longe, ouviu o corpo caindo sobre o armário de portas de vidro, pegou o revolver e atirou. A pessoa não se mexia mais. Pegou a lanterna e iluminou o lugar onde a coisa estava. Era um homem magrelo, não muito grande, branco feito papel, olhos negros abertos e um buraco na parte esquerda da testa. Pedaços de vidro feriu-lhe a pele por todos os lados. O couro cabeludo, com cabelos castanhos ralos, estava ensanguentado. A boca aberta revelava dentes amarelos e mal cuidados.

  – Credo. Que susto! - sussurrou com um suspiro de alivio.

 Sem baixar a guarda continuou a procurar por mais coisas. 114, nada além de respingos de sangue. 107, outra faca que colocou no all star. 113, dois corpos ensaguentados e uma mulher descabelada choramingando no meio dos corpos nus.

  – Vá embora - disse percebendo a presença de Laura - Não tente fazer nada de bom para as pessoas daqui. Todos são loucos. Loucos! - gritou e se jogou na poça de sangue e carne que deveria ser, deduziu Laura, alguém querido dela.

 Laura fechou a porta com cuidado, deixando a mulher a sós com seu sofrimento. No 108 duas garotinhas estavam sentadas na cama. Pareciam ser tão novas... Elas olharam Laura. Tinham um sorriso maligno estampado nos rostos delicados.

  – O que estão fazendo aqui? - Laura sabia que não deveria perguntar, mas perguntou.

  – Não é obvio? - disse a que aparentava ser mais velha - Nos colocaram aqui. Só estamos aproveitando a estadia.

 Ao dizer a última frase trocou um beijo molhado e caloroso com a do lado. A que parecia ser mais nova gemia baixinho. Laura logo entendeu o porque. A outra estava com a mão embaixo da saia da garota, mexendo o braço vagarosamente. A mais nova deitou em cima da mais velha. Os gemidos ficavam mais altos. Laura achou a cena perturbadora. Fechou a porta e encarou o nada em sua frente com uma cara de nojo. Balançou a cabeça na tentativa de tirar aquela cena da cabeça. Seguiu em frente. No 112 não achou nada, assim como no 109 e no 111. Já no 110 se deparou com a seguinte mensagem:

   Ache a chave.

Palavra-chave: quadro

 Tinha que achar um quadro. Era isso? Mas que quadro? Da onde? Talvez estivesse na parede ao longo do corredor, certo? Voltou a olhar para o corredor escuro que parecia não ter fim. Percorrera todo o lugar, mas não tinha nenhum quadro... Talvez fosse daqueles quadros de força, ou algo escondido. Olhou com atenção na parede que indicava o fim do corredor cheio de portas. Sangue tinha sido jorrado ali, mas já estava seco. Em um lugar específico o sangue fazia uma curva. Laura passou a mão ali. Parecia que algo estava escondido atrás do papel de parede. Tirou uma faca do cano alto e começou a rasgar o papel facilmente. Arrancou tudo. Ali estava. O grande mistério. Abriu o quadro de força e olhou lá dentro. Tinha relógios, registros, botões e no meio do emaranhado de fios, bem lá no fundo, quase que imperceptível, uma chave se escondia. Com muito cuidado Laura capturou a chave. Foi até a porta 110 e a abriu. O verdadeiro inferno estava lá dentro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso ai. Olha, eu gosto de reviews, então não se acanhe, pode comentar a vontade, tanto dizendo se gostou como dizendo que não gostou u.u



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Killer X" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.