Killer X escrita por Jhay


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Bem... Aqui está mkais um capítulo novinho. Espero que gostem desse e esperem ansiosos pelo próximo ^w^



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  – Não, não. Ele está aqui sim, na minha mesa.

  – Você viu o nome na fixa?

  – Jack Solevar Jackson.

  – Ah, sim. Agora eu entendi!

  – Entendeu o que, Sunny?

  – Esse tal de Jack, ele é o irmão gêmeo de K.

  – O que? - foi a vez de Laura gritar - Como assim? O cara tem um irmão gêmeo, mas ninguém me disse nada.

  – Então... Acho que esquecemos desse detalhe...

  – Detalhe? Porra Sunny! - Laura ouviu um barulho do lado de fora - Acho que tem alguém vindo. Preciso desligar.

  – Vamos continuar com o plano. Estamos a caminho. Aguente as pontas por ai. E Laura...

  – O que?

  – Não morra.

 Ela desligou. Laura ouviu barulho do lado de fora novamente. Guardou o celular no bolso e saiu do banheiro. Lá fora Jeremias estava em frente a porta com dois homens fortes vestidos de branco ao seu lado.

  – Querida, achou que me enganaria? - disse em meio a um sorriso, não era uma pergunta para ser respondida.

  – Jeremias... - Ela tentou dizer algo sem entender a situação.

  – Você achava mesmo que eu não ia descobrir a merda que você e aquele bando de moleques iam aprontar? - o sorriso se foi, o rosto foi tomado por uma seriedade perigosa - Levem-na.

  – O que?! O que você está fazendo? - berrou Laura quando os dois homens agarraram seus braços com força.

 Ela tentou se soltar, mas eles eram treinados e fortes para resistirem. Pegaram seu celular e o cinto com as armas.

  – Olhem no tênis. Tenho certeza que vão encontrar algo ai - ordenou.

 Os dois abaixaram e pegaram as facas que estavam no compartimento de seu all star cano alto. Ela tentou fugir, mas não conseguiu. Pelo menos os homens estavam tendo problemas para contê-la. Talvez se continuar... Laura sentiu alguma coisa picando seu braço. Olhou e viu uma agulha sendo enfiada e um conteúdo verde sendo jogado direto em seu sangue.

  – O que é isso? - perguntou.

  – Para você ficar mais calma.

 As coisas ficaram mais lentas. Laura sentiu seu corpo ficando pesado. Sua mente começava a ser envolta por uma nevoa que bloqueava seus sentidos. O que está acontecendo?!

  –  Fique calma Laura. Levaremos você até a Ala Proibida.

Ala Proibida... Não era possível! Ela não queria ir até lá. Ouvira dizer que aquela era a Ala do prédio mais temida e mais horripilante de todas. Ninguém que entrou saiu. Era como se fosse um manicômio, só que ninguém era tratado lá. Você é jogado a esmo no meio de várias outras pessoas. Lá era onde as pessoas que recebiam um "tratamento" psicológico que não deu certo eram jogadas. Dizem que é o lugar de mais alto grau de insanidade. Laura tinha medo do que poderia acontecer com ela. E agora? O que ela ia fazer? Sua mente estava cansada demais para poder pensar em algo... Queria dormir... Fechou os olhos e se entregou a escuridão que insistia em chamá-la.  E que se danasse o mundo.

 Laura sentiu que estava em algum lugar, mas não queria abrir os olhos. Era tão confortável e harmônico ficar ali, sem ver nada, sem sentir nada, sem pensar em nada. Era bom. uma sensação que nunca tinha experimentado antes. Ouviu algo sendo arrastado. Obrigou-se a abrir os olhos e afastar a nevoa de sua mente. Sua visão ainda estava turva, e no alto a luz fluorescente queimava sua olhos. Abriu, fechou, abriu, fechou, abriu. A visão ficou mais nítida. As coisas entravam em foco. As paredes eram de um creme sujo. Estava deitada de uma forma muito desconfortada no chão. Um braço estendido, outro em cima da barriga, uma perna dobrada e a outra longe. Seu pescoço doía. Aliás, o corpo todo protestava por mais alguns minutos de sono. Ela se levantou e ajeitou o corpo. Estralou aqui e ali aliviando a tensão dos músculos. Algo foi arrastado. Virou-se para o som. Estava do outro lado do aparente cômodo, uma mulher com as costas arqueadas viradas para ela. Suas roupas estavam rasgadas e muito sujas. O cabelo aparecia de vez em quando em tufos pequenos na cabeça. Suas mãos estavam segurando algo. Alguém na verdade. Laura viu pés descalços no meio das pernas finas da mulher. Ela pegava na canela da pessoa - ainda não se sabia se era homem ou mulher - arrastou novamente com muita dificuldade. A mulher também estava descalça, e Laura viu, com descontentamento, que a panturrilha direita tinha um imenso e profundo buraco. Laura continuou imóvel.

 Não conseguia se lembrar de nada. Que lugar era aquele? Por que ela estava ali? Quem tinha a colocado lá? Não sabia o que pensar, muito menos o que fazer. Optou por observar a cena bizarra. A mulher teimava em arrastar a pessoa, sem se importar com seus próprios machucados. Laura deu um passo para trás ao ouvir da mulher um berro não humano. O passo se encontrou com um vidro quebrado, e o traiçoeiro objeto denunciou a presença de Laura. Aquela mulher girou o corpo lentamente com as costas ainda arqueadas. Laura viu a parte branca dos olhos da mulher vermelha, viu sangue escorrendo da boca pelo queixo até encontrar o chão, viu a pele branca de quem nunca tomou sol com várias veias roxas saltando, viu as unhas grandes, afiadas, sujas e quebradas dos dedos das mãos ensanguentadas da mulher. Aquilo só podia ser uma ilusão, certo? Aquilo era só uma imagem reproduzida pela sua mente. Tinha que ser. Aquele homem no chão que a mulher estava arrastando também era uma miragem. Era uma miragem com um buraco enorme na barriga, sem um braço e com metade do outro. Uma miragem sem nariz, sem orelhas e sem os glóbulos oculares. A mulher guinchou, arqueou ainda mais as costas e andou dolorosamente em direção a Laura. Não conseguia se mover. Mesmo vendo a mulher vindo em sua direção não conseguia sair do lugar. Bem... Aquilo era uma miragem, certo? O que poderia fazer de mal com ela?  Olhou de um lado para o outro. No canto esquerdo tinha um taco de beisebol. Nem pensou por que aquele objeto estava ali, só foi até ele com movimentos lentos e o pegou. Preparou para quando a mulher a atacasse. Não importa se aquilo era uma miragem. Parecia real. Uma realidade bizarra e horrível. A mulher estava perto, talvez um metro. Começou a andar mais rápido. Laura segurou o taco com mais força. Estaria preparada.

  –  Pode vir! - disse.

 A mulher abriu a boca e berrou. Sem pensar duas vezes Laura atacou a cabeça da mulher. Foi um golpe certeiro que quebrou o crânio da mulher e fez jorrar sangue. Ela ficou imóvel no chão. Laura não conseguiu evitar de pensar em zumbis. Mas aquilo não era um ataque zumbi. Tinha certeza que o mundo não sucumbira a um vírus letal. Aquilo era outra coisa. De repente se lembrara de tudo. Do telefonema, de Jeremias, os caras de branco, da agulha, da escuridão...

  –  Ala Proibida, não é?! - disse olhando para a mulher que jazia no chão cheio de borrifos de sangue e pedacinhos de ossos - Vamos ver quem ganha esse jogo, Jeremias - encarou a câmera instalada no canto do cômodo perto da porta.


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Notas finais do capítulo

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