A Chave Do Segredo - Dark Mystery escrita por Cristina Abreu


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente... MIIIIL DESCULPAS!!! Eu sei que demorei. Uma semana. Mas me perdoem, sim? Acontece que mal entro no computador agora. Minha escola, como todos já sabem porque eu vivo reclamando, é uma loucura, mas eu estou lendo livros consecutivos agora, ou seja, passo a maior parte do meu tempo livre com minhas fantasias... Amo ler! xD
Mas enfim... Espero que gostem do capítulo nos vemos lá embaixo!



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Capitulo 5


Mundo dos Mortos.

Dias Atuais.

Lauren.

Eu sei que capotamos. O carro virou várias e várias vezes mata adentro. Eu gritava sem parar. Era a única que ainda fazia algum barulho. Meus pais estavam quietos.

Não conseguiria dizer quantos minutos durou a queda. Cada segundo era uma agonia. Não colocara cinto de segurança na viagem, então meu corpo debatia-se entre os bancos da frente e o banco traseiro.

Em determinado momento, enquanto continuávamos caindo, minha cabeça acabou batendo com força no vidro. Senti um líquido espesso escorrendo por minha têmpora. Sangue. Gritei mais alto de dor e passei a mão pelo corte. Ela instantaneamente ficou molhada.

— Droga. - gemi.

O carro continuava capotando e adentrando cada vez mais a mata. Em meio aos meus gritos, pedindo ajuda, consegui ouvir um som de um riacho próximo. E foi nesse riacho que caímos.

Bem, não era um riacho. Era um rio, com muitos metros de profundidade, o que significa que afundamos.

A água entrou pelos vidros abertos, preenchendo o carro inteiro em poucos minutos.

Lutei para respirar até a última lufada de ar que consegui. Eu tinha que sair de lá, e rápido, além de tirar meus pais ainda mais rapidamente. Mas eu tinha que esperar afundarmos mais - ou seja, quase completamente -, pois a densidade da água não me permitiria partir.

Quando finalmente afundamos totalmente, abri a porta, chutando-a e nadei para sair do carro. Fui até a porta do banco do motorista e também a abri. Teria que tentar tirar meus pais de lá, o mais rápido que conseguisse.

Desafivelei o cinto de segurança de papai e o puxei para fora. Fiz o mesmo com minha mãe.

Mas, assim que os tirei, percebi que foi em vão. Eles não estavam simplesmente desmaiados... Os olhos de meu pai estavam abertos, iguais a sua boca. Os de mamãe estavam fechados, mas sua boca também estava um pouco aberta, permitindo que a água entrasse. Claro, sem mencionar vários cortes, arranhões e escoriações por todo o corpo dos dois.

Quase abri minha boca para gritar. Não, não podia ser! Meus pais estavam... Mortos. Não conseguia acreditar! Também não queria deixá-los ali, sozinhos, mas eu vi e ouvi.

Os dois.

Sem nenhum aviso prévio, os dois apareceram na minha frente. Não eles - seus corpos ainda jaziam perto de mim, na água gelada - mas sim... Seus espíritos. Sufoquei outro grito e arregalei os olhos. Ambos tentavam me dizer alguma coisa.

“Corra!” a voz de Carolina ressoou em minha mente.

“Não ligue para nós, só saia daqui enquanto pode!” completou meu pai.

Eu estava em pânico. Meus pais não podiam estar mortos, e eu não podia estar falando com os espíritos deles. Em resposta, balancei a cabeça negativamente, dizendo-lhes que não podia os abandonar. E com isso, ganhei um olhar exasperado dos dois.

“Lauren, nos ouça! Saia daqui. Agora!” gritou minha mãe.

“Não podemos perder você, também! Por favor, saia! Antes que você perca todo o oxigênio!” meu pai gritou também.

Ah, minha cabeça doía. Não sei se pelos gritos ou porque, eu de fato estava ficando - a cada minuto que passava - sem oxigênio.

“Vá!” agora disseram em uníssono.

E eu? Obedeci. Não sei como, mas dei às costas aos espíritos deles e nadei para a superfície.

Emergi e respirei fundo. O ar entrou queimando em meus pulmões. Não tanto quanto a morte dos meus pais me feria. Estava quase saindo completamente, mas alguma coisa me puxou para baixo novamente. Quase não prendi o ar, e quase que a água infiltrou em meus pulmões.

Mais desespero tomou conta de mim, percebendo que a morte estava próxima. E junto com desespero, adrenalina, que fez com que eu me debatesse na água, lutando para subir. Não sabia o que estava me puxando para baixo, e nem queria saber.

Depois de muito esforço, a coisa me soltou. Eu duvidava que fosse uma pessoa, não tinha visto nada além de algas e peixes.

Imediatamente fui para cima novamente, e saí de dentro d’água. O que eu não esperava era ver o cenário que agora estava em minha frente.

Quando estávamos viajando, o tempo estava quente, sem nenhuma nuvem no céu e o sol brilhava. Do carro dava para ver que a floresta estava iluminada e que estava viva.

Agora, a cena era totalmente diferente.

Toda aquela luminosidade havia se esvaído. O que eu via em minha frente não tinha cor alguma, tudo em tons opacos de cinza, branco e preto. Uma névoa subia do chão - relembrando-me da noite de ontem, quando me encontrei com o garoto misterioso - e me gelava ainda mais o corpo. As árvores também não tinham mais vida, seus troncos e galhos estavam secos, sem nenhuma folha.

Eu arfava e corria o mais rápido que conseguia. Minhas roupas molhadas grudavam em meu corpo, fazendo com que eu ficasse congelando e batendo os dentes.

Não tinha uma direção certa. Corria a esmo, querendo somente escapar daquele pesadelo horroroso. Infelizmente, eu sentia que não era sonho. Era real.

— Alguém me ajude! - gritei.

Minha voz soava desesperada - eu certamente estava - e era ecoada por toda a floresta, porém, não tinha retorno.

— Por favor! - gritei, novamente. - Alguém!

Continuei gritando a plenos pulmões, sem obter resposta alguma, por um longo tempo, até que meu fôlego acabou. Lágrimas de solidão e desespero caíram por meu rosto. Com certeza eu morreria, não viria ninguém para socorrer, estava sozinha.

Sem mais forças para correr, recostei-me em uma árvore e escorreguei por ela. Minha pele desnuda arranhou-se mais ainda e eu podia sentir filetes de sangue escorrendo. Ah, minha cabeça também estava cada vez pior. A dor era lacerante e eu estava ficando cada vez mais tonta. O sangue ainda escorria por minha tez, sinal de que o corte fora profundo.

Quando estava, finalmente, entorpecida pelo frio e exausta, meus olhos foram se fechando. Eu queria o fim daquele sofrimento e daquela agonia. Queria ver meus pais de novo, estar com eles. Queria a paz.

Mas, antes que meus olhos se fechassem totalmente - para sempre -, uma voz açoitou meus pensamentos, me trazendo de volta.

“Já vai desistir, Lauren?!” disse a voz.

Percebi que era a voz dele, do homem com quem eu havia conversado.

“Esperava mais de você, meu amor!” ele falou.

— Quem... Quem está ai? - sussurrei.

A voz riu.

“Parece-me tão fraca, meu docinho. Eu realmente esperava bem mais de você.”

— O que você quer? - perguntei.

“Ver você morrer.” A voz gelava-me mais que as roupas molhadas! “E ver você ficar viva, ver você lutar por sua vida.”

— E viver por que, se aqueles a quem amo se foram? - estava ficando de mau humor, será que ele não podia me deixar em paz? Deixar-me morrer em paz?

“Viva para você mesma, viva por mim!” exclamou.

A voz tinha um tom de brincadeira, mas parecia que seu dono estava implorando, tornando as palavras verdadeiras.

— Você não disse que queria ver minha morte? - eu estava confusa.

“Deixe-me reformular a frase: eu tenho que vê-la morta, mas não a quero morta, te quero viva, com meus braços envoltos de ti.”

— Você só me deixa mais exausta! - gritei.

Não sabia o motivo, mas começava a me enfurecer, e este novo sentimento me fez levantar e me equilibrar.

Ele, quem quer que fosse – e com aqueles malditos modos ultrapassados -, tinha razão. Estava sendo fraca, e não suportava isso. Eu nunca fora assim, sempre ultrapassei os obstáculos que a vida me empunha e sempre venci. Por que então, agora, eu estava abrindo mão de minha vida?

— Se você me quer viva, por que não me ajuda?! - eu perguntei, vasculhando cada canto da floresta que podia.

“Porque se eu a ajudasse estaria sentenciando-me à morte.” respondeu.

— Você não diz nada com nada, parece que ainda está bêbado...

Bem, bêbados - ou qualquer outra pessoa normal - não podiam falar dentro de mentes.

— O que é você? - perguntei. - Deixe-me vê-lo.

Novamente, ele riu.

“Você vai me ver, se lutar por sua vida, o que certamente, não está fazendo agora enquanto fala comigo.”

— E como eu saio daqui?!

— Vai ter que descobrir sozinha, docinho.

Desta vez, a voz não estava em minha cabeça. Ela ecoou de algum lugar na floresta.

Agucei meus sentidos, tentando ouvir qualquer som, mas estava tudo quieto.

Suspirei e mordi o beiço. Depois, estava correndo.

Guiei-me em direção a voz dele, adentrando cada vez mais na floresta. Não sabia se a voz era algum delírio meu, mas se tivesse alguém aqui, seria o dono dessa voz, e ele seria o único capaz de me ajudar.

Não importava mais se estava frio, se estava tonta, sozinha e sangrando, tudo o que importava era sair dali com vida.

Continuei correndo, querendo achar à saída para a estrada e eventualmente, gritando por ajuda. Como antes, ninguém respondia aos meus chamados. Não parei nem por um segundo, mais cedo ou mais tarde eu ia encontrar a saída.

Só parei quando escutei alguém por entre as árvores. Esperançosa, vasculhei com o olhar o lugar de onde o barulho tinha vindo. Mas antes não tivesse feito. Não era nenhuma pessoa, eram sombras consistentes e negras.

Gritei e voltei a correr. Com certeza aquilo não era boa coisa e não me traria ajuda nenhuma, somente desgraça.

Capotei algumas vezes, mas não parei, continuei correndo e rezando para aquilo ir embora.

Creio que minhas preces não foram suficientes ou não foram atendidas - talvez, fosse mesmo a minha hora -, porque as sombras me alcançaram.

Elas me envolveram, em um abraço mortal e gelado. Lutei para desfazer-me delas, e para poder respirar, mas não consegui. Gritei e continuei me debatendo. Também senti que elas me cortavam, e que bebiam o sangue que escorria dos mais novos cortes.

Era minha hora final, eu tinha certeza. Nunca escaparia daquelas coisas, nunca sairia de lá viva.

“Vai mesmo morrer? Seria minha salvação ao mesmo tempo em que seria a minha perdição.” a voz voltou em minha mente.

Não tinha mais fôlego para dizer nada. Então, pensei as palavras que queria lhe dizer, e para a minha surpresa, elas ressoaram perfeitamente em minha cabeça.

“E como espera que eu saia daqui? Venha me ajudar!” eu disse.

“Bem, não posso te ajudar.” falou ele.

“Então, vai mesmo só continuar me dizendo para continuar e lutar?” mesmo tendo dito em minha mente, o tom das palavras tinham fúria.

“Vou.” ele respondeu.

“Ótimo!” revirei os olhos mentalmente. “Grande ajuda!”

“Vamos, se concentre. Liberte-se.” ele disse.

Suspirei e fiquei em silêncio. Concentrar-me em que? Não havia nada aqui, a escuridão das sombras tomaram conta de tudo, envolveram-me e eu não podia mais ver nada.

“Luz.”, sua voz foi delicada.

E então, eu entendi.

Concentrei-me, pensando em uma luz capaz de iluminar tudo. Imaginei que ela me envolvia e que fazia as sombras se dispersarem. O medo se esvaiu, e uma grande alegria se apoderou de mim, juntamente com um calor gostoso.

Eu já conseguia respirar livremente e não sentia mais nenhum resquício de dor. Estava plenamente feliz.

Decidi abrir os olhos, mesmo sabendo que toda aquela felicidade iria sumir, mas eu esperava que as sombras não estivessem lá.

E, de fato, não estavam. Eu abri meus olhos e tudo parecia normal. Não tinha mais galhos mortos e nem névoa. Tudo estava cheio de cor e exalando vida.

Questionei-me se tudo não passou de um pesadelo, mas a resposta era não, tudo foi real. E doloroso.

— Obrigada. - sussurrei ao nada.

No fundo de minha mente, uma risada ecoou.

Comecei a correr novamente; as dores que antes tinham me abandonado, estavam lá de novo e piores.

Corri mais rápido pela floresta, os galhos arranhando meu rosto e meus braços. Esperava que estivesse próximo o fim de tudo aquilo, pois não passava nada bem. Sentia uma grande dificuldade para respirar, mas esforcei-me para seguir em frente. Tinha que sair daquele lugar com vida, tinha que lutar por mim mesma. Meus pais morreram para que eu continuasse viva. Não seria decoroso acabar com tudo que eles fizeram para mim.

E então eu saí. Já era noite, a lua brilhava no céu, sendo a única fonte de luz. Não tinha ninguém na estrada para meu desapontamento. Bem, não importava. Eu sairia viva, já tinha chegado até aqui e não desistiria no final.

Ah, mas o ar estava cada vez mais se tornando rarefeito. Tanto que eu não mais respirava. Desesperei-me e procurei por alguém. Pelo canto do olho, registrei uma sombra mais escura atrás da árvore.

Corri até esse alguém e senti braços fortes me envolverem. Não vi seu rosto, tudo em que me concentrei foi nos olhos dele. Negros.

— Ajude... Ajude-me. - foi a única coisa que eu consegui dizer.

Depois, eu desmaiei, sendo tomada pela a escuridão.


No começo, eu achei que tudo estava mesmo acabado. Que eu estava morta. Mas não. Ou pelo menos, não parecia que eu estava morta. Nada do que eu estava vendo agora era o que tinha imaginado.

Na verdade, eu não estava vendo nada, pois tudo estava na mais repleta escuridão. Por um momento, pensei que ainda estava sendo envolta pelas sombras frias, mas não estava, graças a Deus.

Avancei alguns passos, com a respiração pesada (bem, pelo menos eu conseguia respirar). Sentia-me confusa, mas continuei avançando.

Aos poucos, fui avistando tochas e mais tochas, postas de vários em vários metros. Peguei uma para clarear meu caminho e voltei a andar.

Depois de muitos minutos - ou até horas - andando, cheguei a um portão. Bem, não era um simples portão. Era bem alto e bem imponente, feito de madeira maciça e com adornos simbólicos, que eu não conseguia definir direito.

Mas não foi ao portão que me ative. E sim aos seus... Ahn... Guardas.

Não podia ver seus rostos, pois estavam encobertos com capas de veludo, negras. Portavam duas foices erguidas, protegendo a passagem de qualquer um. Notei que suas mãos estavam cheias de tecido amarelado, que antes teria sido branco.

Encolhi-me e percebi que ambos os guardas pareciam múmias. Nada mais me surpreenderia.

Mordi o lábio inferior, cogitando se seria melhor continuar calada ou falar algo. Por mais nervosa que estava, optei pela segunda opção.

Pigarreei e chamei a atenção de ambos. Os rostos deles ainda não podiam ser vistos, mas seus olhos se mostraram dois pares de órbitas vazias.

Arfei, mas logo me recompus.

— Er... Hum, sou a Lauren... - eles se entreolharam. - Será que eu poderia ter passagem?

Ah, ótimo! Eu estava me apresentando para dois mortos - porque, vivos eles não estavam -, e ainda pedindo passagem para um local, que muito poderia ser o Inferno!

Os guardas murmuraram entre si, em uma língua desconhecida por mim. Debateram por poucos segundos e ergueram mais as foices, voltando-as em minha direção.

Gritei, fechei os olhos e esperei que elas me atingissem, mas quando os reabri, as foices estavam recostadas na parede. Os dois abriam os portões.

Obriguei minha respiração se desacelerar e minha voz a ficar firme.

— Obrigada. - murmurei. - E, ahn, onde esse portão vai dar?

Porque, se fosse para o Inferno eu daria meia-volta agora mesmo.

— Para o Julgamento. - disse um deles, felizmente, eles também pareciam falar inglês.

— Julgamento de quem? – perguntei, preocupada.

— Saberá quando entrar. - disse o outro.

Engoli em seco e andei até o portão, com medo de passar por ele. Mas o fiz. Passei e entrei em uma sala enorme.

O barulho do portão sendo fechado fez com que eu me virasse, assustada. Depois, retomei a analisar a sala.

Parecia que já tinha estado aqui antes, mas não me recordava agora àquela semelhança.

A sala tinha um estilo gótico e antigo. Candelabros faziam a iluminação do recinto. O chão era feito de mármore branco, contrastando com um tapete negro, posto mais ao centro.

Dois tronos estavam lado a lado, na extremidade da sala. O da esquerda era branco e o da direita negro. Em frente aos dois, uma cadeira simples, de madeira, estava posta.

Franzi a testa e olhei para os lados.

Outras cadeiras como aquela estavam postas, por quase toda a extensão direita do lugar. À esquerda, estavam mais guardas com foices brilhantes.

Meus batimentos cardíacos aumentaram, imaginando as lâminas em minha garganta, cortando-a e me matando. Balancei a cabeça, exasperada.

Céus! Onde eu fui me meter?!

Não parecia ser o Inferno, mas também não era nada normal.

Mordi meu lábio - sempre o fazia quando estava nervosa - e senti que o cortei.

— Ótimo! Mais um corte! - sussurrei para mim mesma, e limpei o sangue.

Quando olhei para os guardas, perguntando-me se eu deveria falar com eles, notei que todos me olhavam. Não, olhavam para onde o sangue que ainda escorria.

Assustada, dei alguns passos para trás, até tropeçar em uma cadeira, e cair no chão.

Agora, tudo o que faltava, era algum daqueles mortos virem com a foice e... Parei. Era exatamente o que dois deles faziam. Vinham em minha direção.

Antes que eu me levantasse e corresse, eles me pegaram pelo braço e me ergueram.

Seus rostos tornaram-se visíveis agora. Eram compostos apenas por ossos. De fato estavam mortos, mas não era isso o que me importava. O que me importava - e me preocupava - era que, em breve, eu estaria morta também.

Gritei para que me soltassem, mas eles fingiram que não me ouviram, levando-me até a cadeira em frente aos tronos.

Sem delicadeza alguma, eles me jogaram lá.

— O que vocês... - minha voz foi sobrepujada pelo barulho dos portões se abrindo.

Virei em direção a ele. As cadeiras antes vazias agora continham pessoas - ou mais mortos - com capas, e mais duas pessoas avançavam, indo em direção aos tronos, ou a mim.

Uma tinha capa branca, a capa da outra era negra.

Engoli em seco, quando elas passaram por mim, sentando nos tronos, de acordo com suas respectivas cores.

Em sincronia, abaixaram as capas, olharam para mim e disseram a todos:

— Que O Julgamento comece.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?!
Quero pedir desculpas por ainda não ter respondido os reviews. Eu vou! Eu amo todos os comentários, só ando meio sem tempo. Hoje vou ter uma festa, então provavelmente responderei a todos hoje de madrugada ou amanhã!
Não se esqueçam de comentar, certo?? Beijinhos!! :*