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Cristina Abreu
ID: 230041
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  • 05/11/2012


  • "Há um silêncio dentro de mim. E esse silêncio tem sido a fonte de minhas palavras. Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

    (Clarice Lispector)


    "Eu sou uma romântica esperançosa que adora romances com finais felizes, porque existem suficientes finais tristes na vida real."

    (Tammara Webber)

    "Até então nunca tinha percebido como a fantasia tinha a ver com realidade."

    (James Patterson)

    Diz-me, porque não nasci igual aos outros, sem dúvidas, sem desejos de impossível? E é isso que me traz sempre desvairada, incompatível com a vida que toda a gente vive.

    (Florbela Espanca)

    ***

    Cristina, 16 anos. Aquariana.

    Não sei mais o que por aqui, porque - e pode parecer clichê - não sei me definir. Louca, boba, infantil... Tudo isso, mas minha complexidade (ou dificuldade) não consegue ser posta em simples palavras.

    Poderia falar que sou feliz, mas felicidade é algo inconstante, uma mudança no espírito. Uma mudança que, nem sempre está comigo. Um período entre a tristeza e a normalidade.

    Gostaria de dizer que é por esse motivo que escrevo. Para sentir-me bem, alegre, completa. Mas é quando estou inconstante, temerosa, desapaixonada com o mundo, que mais necessito de um lápis e papel. Quando estou chorosa sou capaz de fazer frases de efeito, de transbordar tudo o que tenho dentro de mim.
    É nesses momentos que me considero criativa. Crio o que já existe no fundo dos meus pensamentos. Dou vida a minha vida, ou à que eu gostaria que fosse minha.

    Ouso dizer, então, que a tristeza me faz bem tanto quanto a alegria.