O Beijo Da Traição escrita por By Thay gc


Capítulo 18
Como se fosse o ultimo.


Notas iniciais do capítulo

Então, lá em baixo esta o motivo do meu sumiço. Aproveitem o cap ^^
E desculpem os erros ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350026/chapter/18

Pov Rose.

Dias se passaram e finalmente as coisas entre mim e Abe estavam melhorando, soube que Sonya Karp está presa, bom, não com a policia exatamente. Sabe, Abe tem seu truques. O velhote era bom em esconder pistas, isso ninguém tinha duvida. Eu e Dimitri? Bom, ele andou afastado de mim desde a cena no ginásio, mas felizmente não esta frio, apenas distante. Não quero ficar pegando no pé dele nem nada do tipo, mas se ele continuar dessa forma comigo, terei que coloca-lo contra a parede. Talvez ele esteja assim por que nosso caso seja mais difícil do que pensávamos. Também vou começar a me afastar, vamos ver se ele virá atrás de mim. Espero que venha.

Eu soube também que toda a história sem noção que Karp me disse, era mesmo mentira. Tirei um peso das minhas costas. Mesmo que tivesse visto com meus próprios olhos, queria ouvir a sinceridade da boca de Abe. Por sorte aquela megera da Avery não é minha meia irmã. Se não eu juro que fugia de casa. Meu pai nunca traiu Janine. Fiquei tão feliz em saber.

Hoje meu pai veio falar comigo sobre uma coisa a qual me deixou realmente curiosa. Ele me pediu para que eu não fosse a nenhuma festa e nem saísse de casa. Claro que entendi, mas eu gosto de festas. E Dimitri fazia um ótimo trabalho me protegendo, acho que ninguém poderia chegar perto de mim para tentar alguma coisa, ou com certeza levaria uma boa surra de Belikov.

Abe disse que precisava sair e já já voltava. Eu assenti tudo para que o deixasse mais sossegado, até por que não quero ter outra briga com o velhote. Esta muito bom do jeito que está.

Dimitri era pago para ficar o tempo todo comigo, e nem ter folga se quer. Por enquanto ele estava ausente, foi tomar banho, pelo menos foi o que me disse. Aproveitei aqueles minutos sozinha e caminhei até o escritório de Abe, tinha algo o preocupando. Talvez uma coisa séria, eu gostaria que ele confiasse em mim e me dissesse as coisas, assim eu poderia evitar de fazer besteiras. Mas infelizmente não era assim que o velhote agia.

Tranquei a porta do escritório e comecei a fuças suas coisas, olhei na mesa, as gavetas e até as estantes de livro, mas não encontrei absolutamente nada. Isso me frustou. Abe esta nervoso apenas por tanto porcaria acontecendo. Será que esta sendo ameaçado ainda? Uma coisa me passou pela cabeça, lembro-me que Janine me disse que de vez em quando papai não contava as coisas para ela. Então ela procurava até achar e depois tomar satisfação, ou sei lá o que fazia.

Ele sempre jogava no lixo ou simplesmente na lareira, eu procurei por cima na lixeira, até por que não quero colocar minha mão lá dentro, mas não encontrei nada suspeito. Uma pequena sorte poderia estar ao meu lado se eu olhasse na lareira que agora estava apagada. E que ótimo saber que meu azar não estava tanto no meu pé.

No meio das cinzas encontrei um papel empoeirado e felizmente inteiro. Eu olhei o envelope e quem mandará estava como desconhecido, e o destinatário era Ibrahim Mazur. Imediatamente eu pensei que fosse antiga, mas é lógico que não era. Estava datado para ontem. Me sentei na cadeira próxima e comecei a ler. A letra estava computadorizada por isso, seria quase impossível descobrir quem pode ter sido.


"Ola Abe. Como tem passado? Algo me diz que esta tudo bem. Pra mim pelo menos. Bom antes de mais nada gostaria de lhe parabenizar pela segurança de sua única filha. Eu nunca esperei menos de você. Alguém como aquele cara, realmente foi muito esperto da sua parte. Mas deixando os elogios de lado...



Há quanto tempo, não é? Minha ultima carta foi no dia em que Janine morreu se bem me lembro. Ficou muito triste? Espero que de coração, tenha ficado. Que um buraco imenso tenha se feito dentro de você. Mas eu preciso te contar. Infelizmente para você e felizmente para mim, não acabou por ai não. Você sofrerá mais. Achou que seria apenas aquilo? Esta muito enganado.


Só tenho duas coisas para lhe falar. A primeira é que você irá sofrer muito ainda. E a segunda é que não é por que alguém como Belikov está sendo o guarda-costas de sua filha que ela estará mais protegida. Espero que se lembre disto. Se eu fosse você não deixaria Rosemarie sair de casa.

Espero nos comunicar em breve Ibrahim"


Fiquei sem reação, eu realmente não sabia como agir depois que li esta carta. O que eu deveria fazer? Quem quer que fosse estava muito bem preparado e é obvio que tinha algum informante perto da gente ou até mesmo estivesse ao lado de Abe. Entendo sua agonia. Mas não posso ficar aqui sem fazer nada. Preciso ajuda-lo, ele é minha única família e não vou ficar parada o vendo enlouquecer completamente enquanto tenta me proteger de alguém que nem se quer pode identificar.



Guardei a carta no bolso e saí do escritório antes que alguém me pegasse lá dentro. Fui direto para meu quarto, chegando lá peguei meu celular e liguei para Adrian, que atendeu no primeiro toque.


–Olá pequena Rose. -sua voz toda galanteadora me fez sorrir. -O que devo a honra de ouvir sua voz?

Preciso que me ajude em uma coisa Adrian.

Para você o que quiser, pequena.–eu bufei, até quando ele vai continuar dando em cima de mim?

–O que tenho pra pedir não pode ser feito por telefone. Será que pode me encontrar aqui em casa? -ele esperou um pouco e respondeu.

Claro que sim, estou indo agora.

Ele logo desligou, batidas na porta me fizeram dar um pulo do lugar.

–Roza, posso entrar?

–Claro. -eu disse jogando a carta dentro da gaveta. Não queria que ele me visse com ela. Mesmo que seja o Dimitri, eu não posso confiar totalmente.

Ele entrou um tanto relutante e trancou a porta atrás de si. Estava realmente lindo como sempre, camisa regata branca apertada, revelando seus músculos perfeitos, calça de moletom pretas da mesma cor do seu sobretudo. O cheiro de pós-barba empestiou meu quarto, me fez respirar pesadamente com sua aproximação repentina. Quando dei por mim ele estava logo a minha frente me segurando pela cintura. 

Só notei que ele estava me beijando quando senti sua língua pedir passagem para minha boca. Eu cedi obviamente, não conseguindo resistir e nem querendo, é claro. Suas mãos passavam desde as minhas costas até o pescoço, enquanto apertava sua nuca. Mas tivemos que nos separar para recuperar o folego. Ele apoiou sua testa na minha e com os olhos ainda fechados, eu falei.

–O que foi isso camarada? -ele deu uma risada baixa muito gostosa, algo raro vindo dele.

–Apenas me deu vontade. -ele estava ofegante e sua voz sensual.

–Espero que tenha essas vontades mais vezes.

Ele riu de novo e eu o acompanhei. Sentei-me na cama e fiquei pensativa. Ele estava em pé mas logo ficou ao meu lado, com os dedos ele tirou uma mecha de cabelo que ficou na frente do meu olho. Ele a colocou atrás da minha orelha e aproximou seu rosto do meu cabelo, percebi que ele respirou fundo, sentindo o cheiro que meu cabelo tinha. Ele acariciou minha bochecha e eu passei minhas mãos em sua cabeça, sentindo seus cabelos macios por entre meus dedos.

–Esta tudo bem camarada? -eu perguntei, não é que não estivesse gostando de todo aquele afeto, mas sentia que algo estava errado. Ultimamente estava tão distante e de repente faz isso.

–Sim Roza. -ele falou com o rosto ainda entre meus cabelos. Senti sua boca encostar no meu pescoço e fiquei arrepiada. -Eu estou aproveitando o momento.

–Você fala como se fosse o ultimo.

–É apenas um modo de dizer.

Sua voz era firme e me fez estremecer, é lógico que algo estava errado. Por que ninguém estava me contando mais nada? Será que sou tão irresponsável assim?

A mão que passava em meu rosto foi descendo por meu pescoço e meu ombro, até que parou em minha cintura, ele apertou levemente e eu arfei com aquele contato repentino. Fechei meus olhos enquanto aproveitava aquele momento. Da mesma forma que Dimitri falou. Talvez fosse paranoia minha. Espero mesmo que seja.

A mão que apertava minha cintura foi subindo por dentro da camiseta. Seus dedos eram macios e alisavam minha pele com uma certa adoração que me fez começar a respirar pesadamente. enquanto ele beijava meu pescoço e sua outra mão descia por minhas costas, indo em direção ao cós da minha calça jeans. Enquanto a mão que estava dentro da minha camiseta subia, Dimitri parou em cima da taça do sutiã como se esperasse por meu consentimento. Ele parou até mesmo de me dar os pequenos beijinhos em meu pescoço.

Meu silêncio foi a resposta de que Dimitri precisavam, como sempre nós não precisávamos de palavras para nos entender. Ele abriu meu sutiã, já que o fecho dele era na frente. Dimitri fez isso com apenas uma mão. Tão delicado e doce, me fez suspirar. Sem que eu estivesse esperando ele sussurra em meu ouvido.

–Você é tão linda Roza, tão linda que dói em mim as vezes.

Eu não sabia o que dizer, simplesmente não conseguia. Ele me hipnotizava de uma forma que eu não conseguia prestar atenção no que acontecia a minha volta. Simplesmente ele era importante naquele instante. E eu não queria responder. Não sabia o que dizer para dar uma resposta a altura daquela declaração tão linda.

Apenas deixei o momento acontecer, eu virei o rosto para ele, e Dimitri começou me dando um beijo calmo e carinhoso, sua língua dançava com a minha e não existia nada que eu não fizesse por ele naquele momento.

Quando o beijo começou a expandir e se tornar algo mais malicioso, alguém bate na porta. Levo um susto, mas não demonstro por fora. Vejo que Dimitri para o beijo e rosna irritado ainda de olhos fechados.

–Quem é? -eu grito também nervosa.

–Sou eu -era Alberta- Adrian esta aqui..

Senti um balde de água fria sendo jogado em mim, esqueci completamente que ele estava vindo. E nossa, chegou bem rápido.

–Diga que já vou descer. -respondi de volta.

Percebi Dimitri ficar tenso e falar sério enquanto me olhava com o ciúmes estampando nos olhos.

–O que ele quer?

–Pedi para que viesse. Preciso falar com ele. -Dimitri revira os olhos e eu sorriu. -Esta com ciúmes camarada?

Ele franzi o cenho mas eu já sabia qual a resposta. Me levantei e antes que pudesse abrir a porta, Dimitri me dá um tapa na bunda e eu dou um gritinho de surpresa. Olho para trás e ele sorri, um sorriso totalmente brincalhão que me faz retribuir.

Antes de sair do quarto lembro-me de pegar a carta. Vou até minha gaveta e a abro, não espero Dimitri perguntar o que eu estava fazendo e corro para a sala onde Adrian me aguardava sentado no sofá olhando para os lados.

–Esta casa cresceu desde a ultima vez que vim aqui?

Bufei e parei em sua frente. -Ou você que encolheu.

Adrian se levanta e dá uma risada baixa, noto o cheiro de álcool em sua boca. Balanço a cabeça negativamente e digo

–Vamos para fora, aqui não é um bom lugar para se falar sobre isso.

Ele coloca a mão em minha costas e sorrindo murmura.

–Podemos ir para seu quarto. -eu dou uma olhada do tipo você não vai conseguir. E ele tira a mão de mim.

Caminhamos pelo meio das flores e seguimos até um caminho onde várias árvores cheias seguiam, demos logo em um circulo cheio de mato e pequenos pontinhos vermelhos, eram rosas. No meio do circulo tinha um banco de mármore velho, eu ficava aqui quando estava fugindo dos treinamentos pesados de minha mãe. Felizmente ela nunca descobriu, só Alberta sabia.

Notei Adrian observando o lugar e vi seus olhos brilhando. Perguntei o que ele tinha e ele respondeu.

–Me sinto bem aqui. -eu sorri e nos sentamos no banco. -Então o que queria me dizer?

–Bom, -hesitei enquanto olhava para os lados afim de ter certeza que ninguém tenha nos seguido. Pelo o que eu vi, estávamos apenas nós. -Sabe que Abe anda sendo ameaçado, e que ele não me conta nada. Por isso fui até sua sala e achei uma coisa.

Ele não disse uma palavra, apenas me ouvia com cuidado. Tirei a carta de dentro do bolso da calça e entreguei na mão dele. Ele o abriu e começou a ler. Enquanto Adrian lia, notei em como seus cabelos estavam rebeldes naquele momento, deixando-o realmente mais lindo. Mesmo que eu não sentisse nada romântico por ele, eu estaria mentindo se não concordasse que ele é um dos homens mais lindos que já vi. Mas claro que ninguém além de Lissa sabia.

Por falar na Lissa eu tinha que ligar pra ela. Ela era minha melhor amiga, e eu sempre contei tudo. Eu não falei muito com Lissa nesses últimos dias, tenho certeza que ela me convidará para alguma festa esse final de semana.

–O que quer que eu faça exatamente pequena? -Adrian falou me tirando dos pensamentos.

–Quero que me ajude a encontrar alguma pista nesta maldita carta, ou então faremos um plano... -parei de falar e olhei para algum ponto fixo no meio do jardim. Meus olhos estavam concentrados e minhas mãos descansando em cima da minha coxa.

–Conhecendo este olhar, sei que esta pensando em algo.

–Pensei que se essa pessoa quer tanto que eu saia de casa. Farei sua vontade.

–Ficou doida?

–Não. Pensa comigo Adrian. Eu posso achar alguma pista com um de seus sequestradores. Tenho a impressão de que Nathan tem algo haver. Percebi que ele é muito boca aberta. Com certeza falará algo.

Adrian ficou pensativo e olhou para frente, deu uma longa suspirada e fechou os olhos. Notei que ele estava considerando meu plano, até por que. Eu sempre fui muito boa para planos. Depois de uns minutos em silêncio ele finalmente fala.

–Tudo bem então. Lissa com certeza iria fazer isso mas...-ele pausou e olhou para mim com um meio sorriso. -Terá uma festa domingo agora. Será na casa da minha tia. Por que não vai lá e coloca em prática seu plano louco?

Eu o abracei pegando-o de surpresa. Notei que ele gostou muito, por que passou os braços em volta de meus ombros e apoiou a cabeça contra a mim. Eu logo o soltei e agradeci, mas antes é claro que ele avisou.

–Mesmo assim, se algo der errado conte com um plano B. Tenha isso em mente, se não eu juro por tudo que não deixo você sair de casa.

–Tudo bem Adrian, obrigada de novo. Você ficará com a carta e quando puder me diga se descobriu algo. -falei me levantando.

Depois que Adrian foi embora eu voltei para meu quarto, resolvi que um banho seria perfeito, estava muito cansada. Treinei bastante com Dimitri esse tempo. Eu estava ficando melhor a cada dia. Acho que ele daria um desconto dessa vez. Ao entrar levo um baita susto quando vejo Dimitri parado em pé de frente para a janela.

–O que faz aqui camarada?

–Observando a vista. -ele diz e se vira, me encarando com aquela máscara de guardião que eu não era muito fã.

Sentei-me na cama e me joguei, senti meus cabelos se espalhando pelo colchão e fechei os olhos. Estava me sentindo exausta hoje. Percebi que a cama afundou do outro lado. Dimitri deitou-se comigo e passou uma mão em minha bochecha. Abri os olhos e o encarei. Ele estava lindo mesmo. Como conseguia?

–Sabe camarada. Percebi que você sabe muito de mim e eu não sei de você.

Notei um sentimento estranho passar por seu olhar e ele retirou a mão do meu rosto. Dimitri respirou fundo e começou.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom espero que tenham gostado. Desculpa ficar todo esse tempo sem postar. Me deu uma queda de criatividade para essa fic =/
Eu fiquei estava terminando outra historia original ^^ e comecei outra. Estou em semana de mudança de cidade.

Por isso o proximo cap só sai na outra semana, se der, posto outro ainda amanha ou hoje, mas não é nada garantido.

Obrigada a todos os comentarios. ^^ beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Beijo Da Traição" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.