O Beijo Da Traição escrita por By Thay gc


Capítulo 17
Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpe a demora, é que tenho duas Fics, e a outra é Orignal. É dificil dar atenção para as duas. Espero que entenda, e por favor.comentem >.



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Eu não queria ficar para ver o que aconteceria com Sonya mas eu precisava avisa-los sobre o que essa mulher fez a minha família. Stan agarrou Sonya por trás, prendendo seus braços como se fosse algema-los. Dimitri olhava para aquela cena e em nenhum momento o vi olhar para mim.

-O que ela faz aqui Rose? -perguntou Mikhail.

-Ela fugiu de onde quer que estivesse só pra me falar que matou minha mãe. 

Os olhos de Stan escureceram, ele murmurou no ouvido dela, mas eu pude ouvir.

-Você não tem vergonha na cara? Vem falar isso para a filha de Janine?

Ele estava sendo super-protetor. Uma coisa adorável da parte dele. Nunca o vi falar daquela maneira ou me proteger tão avista assim. Ele nunca deu o braço a torcer que se preocupava comigo, ele fazia mesmo era por causa de Janine, eles eram grandes amigos e tinham uma relação profissional ótima. 

Agora pude ver o quanto Stan Alto se preocupava mesmo comigo. Só que duvido que ele dirá isso na minha cara sabendo que vou zombar dele até o resto dos seus dias. Sorri internamente com esse pensamento. 

De repente ouvi Sonya gritar e se debater.

-Me solta! Ela merecia morrer ou então eu nunca ficaria com Abe. -ela  parou e virou o olhar para mim, em seus olhos notei as lágrimas começarem a cair.-Rosemarie, você não entende. Fomos feitos um para o outro.

Dei de ombros a ela e comecei a sair do quarto, mas antes eu disse por cima dos ombros. -Guardião Alto, se você realmente era leal a Janine, espero que tome as justas providências. 

Saindo pela porta ouvi ele dizer. -Pode deixar Hathaway. 

Eu não precisava ficar lá dentro vendo e ouvindo mais loucuras de Sonya, eu apenas queria justiça pelo o que ela foi capaz de fazer a minha mãe. Agora precisava falar com meu pai. 

Indo em direção ao escritório, achei estranho que ele não tivesse saído pra fora com o barulho que fizemos tão perto dele. Deveria ter dormindo de tanto beber. Eu estava certa, assim que entrei em seu escritório vi Abe com a cabeça apoiada por cima dos braços dormindo profundamente. Ao lado notei o copo vazio e atrás dele uma foto da família.

Eu lembro-me muito bem desta foto. Janine queria tirar ela depois que me viu treinando por conta própria no ginásio. Ela havia ficado tão orgulhosa de mim, depois de anos, ela finalmente estava demonstrando algum afeto para comigo. E não muito depois ela morre, eu nem tive a chance de dizer adeus.

Na foto eu fiz uma cara de quem estava com pouca paciência, sempre achei um pouco careta fotos em família, não sei por que. Na fotografia eu estou de braços cruzados com um sorriso de lado. -mesmo que eu não quisesse fazer aquilo, foi um dos dias a qual estávamos mais unidos.- Janine com a mão eu meu ombro, um sorriso que chegava até os olhos. E abe abraçando a cintura de Janine para que ficássemos o três próximos. Cada um do meu lado. 

Me aproximei de Abe e fiquei em pé o olhando dormir. 

-Por que estamos brigando tanto pai? -murmurei com os olhos lacrimejando. 

Na época em que Janine era uma mãe um tanto "negligente", era Abe quem ficava comigo o tempo inteiro quando não estava trabalhando e eu não estava treinando duro com minha mãe. 

Mesmo que eu tenha dito baixo vi os olhos de meu pai se abrirem levemente, ele olhou para cima e me viu. 

-Como esta velhote? -falei forçando um sorriso.

-Cansado. -ele hesitou e franziu o cenho -Aconteceu alguma coisa?

Parece até que ele sabe! 

-Sim pai. -suspirei tomando coragem para dizer o que tinha acontecido, sabendo que Abe ficaria completamente fora de si. -Sonya Karp fugiu do tal cativeiro. -ele arregalou os olhos, mas continuei antes que ele me interrompesse. -E ela veio direto para cá. Estava no meu quarto desde ontem e me contou muitas coisas sobre vocês. 

Abe ficou um pouco confuso de imediato e percebi que se fosse realmente tudo verdade da parte de Sonya ele teria ficado surpreso por ter certeza que eu sabia de tudo sobre o "caso" deles. Fiquei aliviada quando vi a sua expressão de confusão. Me ajoelhei a sua frente e falei.

-Ela me disse muitas mentira sobre vocês, mas uma delas não era pai. -abaixei a cabeça e fechei os olhos, não conseguiria dizer aquilo para Abe, não ia dar. Mas senti ele colocar os dedos no meu queixo e levantar minha cabeça para olha-lo.-Ela matou minha mãe, pai. Matou Janine. 

Não contive as lágrimas desesperadas que começaram a cair dos meus olhos. Abe abriu a boca de leve e então vi também as lágrimas ameaçarem. Eu coloquei a mão sobre a dele e perguntei ainda chorando. 

-Por que estamos brigando tanto pai? 

Ele fechou os olhos e quando abriu disse com uma voz rouca e amuada. -Me desculpe Rose. Me desculpe... 

Ele não conseguiu terminar, eu avancei a sua frente e o abracei. Tive medo que ele recusasse minha tentativa de carinho e conforto mas não foi isso que aconteceu. Ele me abraçou de volta e o ouvi chorar junto comigo. 

-Me desculpe filha...-ele repetia aquelas palavras em meu ouvido enquanto acariciava meus cabelos. 

-Tudo bem pai.-foi a única coisa que pude dizer. 

Ficamos abraçados por alguns minutos, foi o melhor e ao mesmo tempo o pior momento que houve entre nós. Pensar que a noticia do assassino de Janine foi a única forma de fazer-nos ficar unidos mais uma vez. 

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Enquanto isso....

Dimitri estava passando pelo corredor depois que ajudou Mikhail e Stan a levar Sonya para o carro. Alto dissera que precisavam leva-la até a policia e de lá depois tomar a providencias com Abe Mazur. Dimitri parou de andar quando viu a porta do escritório de Abrahim meio aberta. Ele olhou pela fina fresta e viu Rose se ajoelhar em frente ao pai.

Ele ouviu toda a conversa, viu quando Rose abraçou-o e eles fazendo as pazes. Dimitri olhou com raiva para aquela doce cena. Não era para isso acontecer. Ele não podia fazer aquilo que o mandaram. 

Dimitri lembra-se muito bem das palavras do seu chefe ditas a ele. 

"Belikov, ou você faz Rosemarie Hathaway ficar contra Abrahim Mazur, ou você..."

-Terá que mata-la. -Dimitri murmurou o resto da frase ainda observando a cena entre pai e filha.

Ele não queria ter que fazer aquilo, Dimitri amava sua Roza mais do que a própria vida. Ele teria que continuar tentando fazer Rose se virar contra o pai. Ele nunca teria coragem de mata-la. Dimitri não gostava nem de pensar uma coisa dessas. Isso não! Ele não seria capaz de tamanha covardia. Ele preferia morrer do que ter que mata-la. Do que ter que viver em um mundo onde sua Roza não existisse. 

Dimitri apertou os punhos e se afastou do escritório indo até o ginásio para dar alguns socos no saco de areia para descontar a raiva e desespero que crescia dentro de si. 

Como Rose soube da verdade? Sonya foi burra o suficiente de contar a verdade? 

Mais cedo ou mais tarde Rose descobriria sobre o verdadeiro assassino de Janine, Estava planejado que a Karp fugisse do cativeiro e contasse a ela que foi Sonya quem matou sua mãe. Isso era verdade. E depois contar a Rose sobre as coisas terríveis que Abe fez com sua família. Como ela soube a verdade sobre Sonya? Quem pode ter ajudado? Ela nunca iria fazer isso sozinha. 

Dimitri tinha sua mente coberta por perguntas sem respostas. Ele precisava arrumar outro jeito de fazer Rose virar-se contra Abe. A outra alternativa estava fora de questão totalmente. Ele nunca mataria sua Roza.

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Pov Rose

Voltei ao meu quarto e encontrei a bagunça que estava, lençóis revirados, cadeira caída, tapete totalmente revirado. Coisas derrubadas ao chão. Eu voltei depois que contei a Abe que Stan, Mikhail e Dimitri ficaram para tomar as devidas providências contra Sonya Karp. Ele assentiu e foi atrás deles para saber o que exatamente havia acontecido. Eu sabia que iria acabar tendo que ir a delegacia para prestar depoimento sobre a própria assassina ter confessado a mim sobre o crime. 

Apenas espero que eles não achem que tudo o que ela disse foi fruto de pura loucura. Mesmo se eles decidirem não prenderem Sonya em uma cadeia. Duvido que Abe deixará isso passar. Ele tem grandes contatos, dará o jeito dele.

Eu não estava com nenhuma disposição para arrumar meu quarto. "Acho melhor descontar minha raiva treinando" Pensei comigo mesma enquanto trocava minha calça por outra de moletom. Desci rapidamente para o ginásio e encontro um Dimitri puto da vida socando e chutando o saco de areia. 

Fiz uma careta ao imaginar se o saco de areia fosse a pessoa a quem Dimitri queria realmente bater. Tive dó por um momento de quem quer que fosse. 

-Tudo bem com você camarada? 

Dimitri parou na mesma hora de socar e ouvi sua respiração acelerada. Ele não se virou para me olhar, achei estranho. 

-Tudo ótimo Rose. -logo em seguida continuou brigando com o saco de areia. 

-Parece que não. -falei cruzando os braços. 

-Não tem nada de errado Rose. -sua voz estava diferente, ele não estava fazendo questão nenhuma de colocar a mascara de guardião. 

Me aproximei dele e falei. -Para com isso.

-Não. - ele disse alto. 

Revirei os olhos e coloquei a mão em seu ombro. Um reflexo meu rápido me fez dar um pulo para trás e me esquivar do soco que Dimitri deu no ar quando se virou para mim. 

Vi em seus olhos a preocupação tomar conta, ele arregalou os olhos e sua boca entreabriu. 

-Oh, me desculpe Roza. -ele começou a falar, mas eu o interrompi com um soco que ele logo tratou de bloquear. 

-Se está querendo bater em alguém. Não desconte em mim, camarada. 

Falei apertando os olhos. Ele tentou desviar o olhar de mim mas eu tentei dar um chute em sua costela. Ele bloqueou também.

-O que esta fazendo? -perguntou ele.

-Lutando! -respondi com um sorrisinho, ele não achou muita graça mas vi que estava mais relaxado. 

Sem prévio aviso fui para cima dele tentar dar um tapa em seu ouvido, ele bloqueou com o braço mas não esperava que eu lhe desse uma cotovelada no queixo. Dimitri cambaleou de leve para trás e veio para cima de mim tentar me derrubar no chão com uma rasteira. Mas fui mais rápida e abaixei passando por baixo das pernas dele. O chão do ginásio era liso e escorregadio, não tive problemas para deslizar. 

Tentei dar um chute para trás nele mas ele pegou minha perna e a girou. Caí no chão mas com um impulso levantei logo. Vi em seus olhos um certo orgulho e isso me fez sorrir.  Comecei a tentar das repetidos socos em seu peito mas ele bloqueou a maioria. Eu sabia como pega-lo de surpresa e assim dei uma joelhada no estômago dele. Ele falou alguma coisa em russo e tentou me empurrar para trás. 

Segurei em sua camisa e o girei caindo por cima dele. Eu estava sorrindo e ele também. Nossa respiração estava acelerada, Dimitri soltou um gargalhada deliciosa, não pude me conter e gargalhei também. Começamos a parar de rir e ficamos nos olhando, uma mecha de cabelo caiu em meus olhos e com uma mão Dimitri colocou a mesma atrás da minha orelha. 

Sorri com o pequeno gesto de carinho. Vi no olhar de Dimitri um sentimento estranho, e ele fechou os olhos, parecia sentir dor. O impulso tomou conta de mim, mesmo que alguém pudesse nos pegar agora, eu não me importava. 

Aproximei meus lábios nos deles e o beijei, pegando-o de surpresa. Dimitri retribuía o beijo, que aliás começou a ficar mais violento e cheio de desejo. Ele trocou as mãos do meu rosto para minha cintura e pernas. Me apertava contra seu corpo e eu dei um gemido dentro de sua boca. 

Como o mesmo sentimento que tivemos no meu quarto, era como se nenhuma aproximação fosse o suficiente para nós. 

Tivemos que parar o beijo para poder tomar fôlego, os olhos de Dimitri estavam escuros e cheios de amor. Ele murmurou para mim com um sorriso que ao meu ver era triste. 

-Eu te amo Roza. 

-Também te amo Dimitri


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Notas finais do capítulo

Booooom, espero que estejam gostando >>.<
beijos



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