A Segunda Seleção. escrita por Gabii


Capítulo 20
Resultados - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

~~> Meninas, como todas sabem estamos começando o final da finc, mas iremos ainda demorar para acabar, pois agora estou extremamente ocupada. Viram as alterações na capa e na sinopse? A capa eu devo agradecer a Barw, uma garota muito talentosa, a capa ficou perfeita.
~~> Obrigada a todos os comentários e desculpe a todas que estavam on no Nyah! alguns minutos atrás e viram que eu postei um novo capítulo, eu troquei de finc e acabei postando o capítulo errado na finc errada.
~~> Estou com uma nova finc para todas ficarmos juntas >> http://fanfiction.com.br/historia/466412/O_Novo_Conto_De_Outra_Cinderela/



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xx ____ Você nunca sabe os resultados que virão de suas ações. Mas se você não fizer nada, não exitiram resultados___Mahatma Ghandi__xx

POV AMERICA
Estava sentada na cadeira em frente a mesa do Doutor Hanter.
O céu já estava bem escuros e metade das pessoas do castelo estavam se preparando para ir dormir. Maxon e Talison estavam em uma reunião no escritório dele e eu fizera questão de não o contar que precisava falar com o médico.
– Então Doutor, o que o senhor me diz? - perguntei impaciente, sabendo que Maxon ficaria desconfiado se soubesse que eu havia mentido para ele.
Hanter estava com os papéis nas mãos escuras, de costas para mim.
Ele resmungou algo inaudiavél aos meus ouvidos e se virou para mim.
Hanter era um homem velho, mas bem conservado. Com belos olhos azuis em contraste com sua pele negra e seus cabelos brancos como neve, ele parecia preocupado com que ia me dizer e eu também estava.
– Majestade....sim, sim. - ele falou os olhos brilhando com alegria - Mas terá que ter cuidado...
Eu não quis terminar de saber o que ele diria, ele já havia me dado a resposta.
Senti meus olhos marejarem com as lágrimas de emoção e temor que tomavam conta de mim, levei a mão aos meus cabelos e arranquei alguns fios, como se as pequenas pontadas fossem me ajudar a entender o que ele havia acabado de dizer.
Me inclinei sobre a mesa e peguei os papéis da mão dele, olhei bem para o final da folha onde estava escrito em negrito:
Positivo.

POV . FILIPE
– Acho que Allana está me evitando. - resmunguei para mim mesmo, preso em meu quarto em mais um dia que o céu estava atormentado.
Mas é claro que ela estava me evitando, eu não precisava falar aquilo para entender que era verdade.
Mas eu não entendia o porquê de ela estar fazendo aquilo!
Todos me diziam - os livros - que eu devia seguir meu coração, fazer o que eu gostava, cuidar do que eu amava.
E eu havia feito!
Desde o momento em que Allana surgiu com aquele vestido amarelo pulsante, desde que seus olhos ansiosos, tristes e furiosos me contemplaram....eu senti que se ela pedisse para mim pular de um penhasco em pularia sem pensar.
Escutei um miado baixo e vi Pollo Miranda se esgueirar pela janela aberta, provavelmente ele estava sentado na varanda de Lucas e quando a chuva começou ficou perdido e acabou saindo aqui.
Passei a mão em seu pelo macio e me deitei na cama, olhando para o teto pintado de branco perola e observando que era o tom exato de pele de Allana.
Eu ainda sonhava em tocar seu rosto macio, quando alguém bateu na porta, parecendo bem apressado.
Não estava com vontade de ir abrir a porta e muito menos de gritar que ela estava aberta, mas as batidas se tornaram cada vez mais insistentes e impediam que os meus pensamentos parecessem se concretizar.
Alevantei-me da cama, amaldiçoando mentalmente quem quer que estivesse perturbando minhas viagens mentais até o quarto de Allana, onde eu teria coragem para expressar o que eu realmente sentia e dizer a ela que eu desejava poder desposá-la.
Não Lucas, Lucas não se interessava por Allana, se ela sumisse do mundo a vida dele seria muito mais fácil.
Abri a porta e esperei que a pessoa sumisse logo da minha vista, quando um vulto escuro entrou rapidamente em meu quarto, a porta saiu voando da minha mão se fechou com força, fazendo-me dar um salto.
Não era normal alguém entrar assim no meu quarto, muito menos sem ser convidado e me irritando tanto.
– Okay!! - gritei, sentindo meus neurônios surtarem de raiva.
– Ai Meu Deus. - ouvi uma voz feminina conhecida falar.
Me virei e vi Alice cuidadosamente sentada no sofá perto da janela.

POV. LUCAS
Eu havia acabado de contar uma piada sem graça, olhei para Allana sentada na minha frente.
Ela levou a xícara de café aos lábios e ficou me olhando com aqueles grandes olhos azuis, como se dissesse que a piada era bem idiota, quando percebeu que eu fiquei sentido pelo fato de ela não ter compreendido, ela deu um risada contida e educada.
Ela estava mais linda do que nunca hoje.
Seus cabelos estavam caindo lisos pelos ombros, mostrando que ela os havia cortado e feito alguma coisa para que o volume dos cachos sumidos desaparecesse. Seus lábios brilhavam naturalmente vermelhos e o vestido prateado que ela usava fazia reflexo em seus olhos.
– Como está a convivência com as garotas? - perguntei, sabendo que aquilo era um milagre da humanidade, saber que ela gostava de algumas das garotas.
– Muito bem, combinamos de fazer um piquenique mais tarde. - ela falou animada, deu uma olhada de relance para o relógio, apenas para ter certeza de que não se atrasaria.
Graças a Deus os ponteiros dourados marcavam treze e vinte e cinco da tarde e eu sabia que o piquenique só seria depois das quatro, quando o sol já batesse nas árvores e deixando um grande espaço disponível para que elas brincassem de sei lá o quê.
Os olhos dela encontraram os meus sem graça, quando percebeu que eu vira a vontade dela de se livrar de mim, decidi que precisava fazer com que ela se sentisse bem com a minha presença, eu sabia o que tinha feito e me arrependia.
– Olha, Allana...sei que não tivemos os melhores momentos juntos, sei que compartilhamos os mesmos pensamentos e sentimentos em relação a esse casamento forçado, sei que passamos por coisas difíceis e que sentimos a mesma raiva em relação aos mandamentos e as ordens do reino de cada um. Mas peço apenas que compreenda que tudo o que estou fazendo em relação a nós, os chás, jantares,passeios. É apenas para interagirmos, para nos conhecermos melhor, porque de um jeito ou de outro, sentindo raiva ou amor, vamos nos casar e não tem outra escolha.
O fôlego fugiu de mim e eu desviei os olhos dos de Allana, ela parecia atormentada com que eu tinha dito, fiquei com medo de que tivesse exagerado, eu era bem exagerado quando queria.
O silêncio de Allana se prolongou pela pequena sala, parecia que tudo estivesse reverenciando diante do silêncio.
Era como se as plantas estivessem se curvando, o vento estivesse parado, a chuva tivesse reduzido seu ritmo, como se tudo estivesse se voltado totalmente a ele.
– Eu sei, Lucas, eu sei. - ela falou, colocando sua mão sobre a minha.
Ficamos assim por alguns minutos, até que ouvimos passos nas escadarias e Filipe surgiu, ele olhou cético para nossas mãos unidas e foi impressão minha ou os olhos dele se encheram de lágrimas?
POV ALLANA
Não acreditava que Filipe havia chegado bem naquela hora, quanto azar!
Ele me olhou desapontado e depois sorriu para nós e acenou, eu imediatamente retirei minha mão da de Lucas, sabendo que tentar ser compreensiva não havia adiantando em nada.
– Eu vou adiantar o piquenique hoje. - resmunguei para Lucas e sorri forçadamente, alisando a saia de meu vestido e subindo correndo as escadarias.
Meu quarto estava vazio e arrumado, fazia várias noites que as garotas não entravam ali e inexplicavelmente tudo estava frio. Me sentei na cama e respirei fundo, sabia que se ele quisesse me xingar, viria atrás de mim.
Alguns segundos depois ele estava lá.
– Você disse que não gostava dele! - Filipe disse calmamente entrando dentro de meu quarto com Pollo Miranda no colo.
– Eu não disse nada e eu não gosto dele. - resmunguei indo para a varanda e me virando para ver ele.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos e ficou me observando pensativo, com os olhos castanhos fixos e tristes.
– Achei que poderíamos ter uma chance juntos. - ele falou.
– Como Flipe?! Como poderíamos ter uma chance juntos? Não foi nós dois que prometeram casamentos! Se tivesse sido.... - falei, sentindo lágrimas inundarem meus olhos e embaçarem minha visão.
– Podemos mudar a opinião deles...podemos mostrar que nós juntos vai dar certo. - ele falou com a voz embargada, ele também estava triste.Ele também sentia.
Sentei-me no chão sentindo que ele me puxava cada vez mais para baixo.
Não havia porque de nos casarmos, não havia o porquê de ficarmos juntos. Nós dois pensávamos demais, queríamos bem demais, perdoaríamos e mais, seriamos felizes!! Ninguém queria isso, porque para ser Rei e Rainha é preciso um Rei que vai ficar noites em claro cuidando de estrategias de guerra e uma Rainha que soubesse zelar pelo cuidado do castelo.
Ele sabia disse, então porque tinha esperanças?!
As lágrimas transbordaram de meus olhos e a figura de Filipe tremeluziu em minha frente.
" Não chore" ele dizia e eu chorava, parecia ser a única coisa certa a fazer em séculos.
Ele se abaixou ali junto comigo e seus braços me envolveram, encostei a cabeça em seu peito e decidi que ser indecisa era a melhor decisão que eu podia tomar.
Não estava certo aquilo, não havia algo certo em minha vida.
– Quer se casar comigo, Allana? - ele sussurrou em meu ouvido.
–Sim. - eu respondi - Sim, sim, sim.
Ele me abraçou com força e nós nos beijamos, seus lábios estavam salgados e eu nunca senti tal alegria na minha vida. Eu senti que poderia explodir.
Ele me pegou no colo e me levou até a cama, onde nós nos enrolamos em laços de sangue, amor e prazer.


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Notas finais do capítulo

~~> Meninas, todos sabem qual é a regra que a condição é morte em Illéa não é? Se não sabem, apenas comentam "Não sei" que irei explicar no próximo cape.