Maçã Envenenada. escrita por Perona


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

voltei o/
Feliz Páscoa minna ^^



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– Naruto! – chamou Minato quando o filho empurrou a cadeira em que estava sentado com força, fazendo um barulho enorme na silenciosa sala de jantar e saindo logo em seguida, rapidamente sendo seguido pelo seu guarda-costas.

– Deixe-o, querido. – murmurou Kurenai.

– Mas...

Naruto caminhava irritado, pisando duro pelos corredores iluminados por tochas do castelo, com seu amigo e guarda-costas seguindo-o com dificuldades.

– EI! Naruto. Naruto! Espere!

– Me esquece! – falou furioso descendo correndo as escadarias.

– Caramba! O que aconteceu lá dentro? – perguntou o moreno quando o alcançou segurando-o pelo braço fazendo o loiro olhá-lo.

– O que aconteceu? – perguntou Naruto com um sorriso sarcástico no rosto – Meu pai vai se casar com a Rainha Kurenai! Isso aconteceu.

Naruto se livrou do aperto do outro e seguiu seu caminho, que nem ele mesmo sabia qual era.

– Mas... ei! Me espere!

Os dois saíram do castelo para a noite enluarada e quente, que denunciava uma tempestade próxima, um bufando de raiva e o outro bufando por tentar acompanhar o primeiro.

Caminharam até adentrarem a floresta escura e cheia dos sons da noite, até que pararam num regato que corria ali perto. Naruto se sentou numa pedra e escondeu a cabeça nas mãos de maneira desesperada.

– Ei, dobe. – chamou Sasuke – Isso não é bom? O casamento não significaria a junção dos dois reinos?

Naruto deu uma risada.

– Já viu como o Reino Impera está falido? Do que vai adiantar uma junção com outro reino ainda mais falido?

– Ah, não sei, talvez os dois reinos se ajudem e se reergam? – ponderou o moreno se abaixando perto do riacho e bebendo um pouco da agua.

– Podíamos muito bem nos reerguer sozinhos...

– Pensamentos egoístas não vão te levar a nada Naruto.

– Isso vindo de você é realmente tocante Uchiha. – comentou o loiro.

– Ah, cale a boca. – resmungou o outro.

Ficaram em silencio por alguns minutos até que o loiro suspirou.

– Ok, tudo bem, digamos que esse casamento pode ajudar os dois reinos, mas o problema... o grande e real problema é que... não confio naquela mulher e nem gosto dela.

– Tem certeza de que é só por isso?

– O que quer dizer?

– Não seria por sua mãe?

– O que tem minha mãe? – desconversou.

– Ok, já entendi que não quer falar disso.

– Não agora responda Sasuke. O que está querendo dizer? Que acho que meu pai pode se apaixonar pela rainha Kurenai e esquecer-se de minha mãe? É isso?

– Bem...

– Afff. Pois não é. – disse sério – Até mesmo meu pai não confia em Kurenai, o modo como ela se tornou Rainha... é realmente duvidoso. Papai me contou muitas coisas curiosas que aconteceram nesse reino antes da posse dela, e outras ainda mais interessantes de depois da posse. Se ele está se casando é por um motivo muito maior do que paixão ou amor.

– Tipo o que?

Naruto ficou em silencio.

– Ah, não sei! Mas ele não está apaixonado! E nem tem mais aquelas ilusões de antigamente, de quando minha mãe faleceu, “Ah, vou me casar pra te dar uma mãe”, bléh. Ele deve estar pensando em algo maior, bem maior.

– Exato, Naruto. E isso não é bom por acaso? Pra que tanto drama afinal?

– Por ele me deixar por fora disso. É apenas mais uma prova de que ele ainda acha que sou uma criança, mesmo com 20 anos de idade. E o pior, que ele não confia em mim.

– Aí você já sabe que é mentira Naruto, você não sabe os motivos do seu pai te deixar por fora, se ele já te explicou que a Kurenai é perigosa, ele deve estar tentando te proteger disso.

Naruto bufou.

– Não sei o que tá te dando hoje Sasuke, mas prefiro você de boca fechada.

– Não. Você prefere é não ouvir a verdade, baka orgulhoso. – falou o moreno se erguendo – Vai ficar aqui ainda?

– Sim.

– Ok, então vou torcer para que chova muito e que um urso venha e te devore.

– Nossa, obrigado.

– Não tem por onde. Até.

– Hn.



...



Naquela noite Naruto não voltou para o castelo de Impera. Vagueou pela floresta sem medo algum do que quer que pudesse encontrar lá.

– É... Eu estou perdido. – murmurou o rapaz ao se ver cada vez mais dentro daquela mata. Com um suspiro cansado olhou para cima e viu nuvens grossas anunciando chuva. E não demorou a começar a pingar. – Maldita seja sua boca Uchiha.

O rapaz já estava completamente encharcado quando se deparou com uma construção antiga, pequena e aparentemente abandonada.

Era claramente uma antiga casinha de caça, que agora estava coberta por ervas daninhas e madressilvas que eram constantemente iluminadas por raios que cortavam a noite.

Sem nem hesitar Naruto entrou na casa. Rapidamente tirou suas roupas molhadas ficando apenas com as ceroulas, que ainda estavam secas, e as estendeu no chão perto de uma lareira, então procurou por alguma caixa de fosforo ou algo do tipo. Encontrou uma em cima de uma mesinha que ficava no centro daquela casa de cômodo único e rapidamente acendeu a lareira que tinha alguns restos de lenha.

Quando a chama cresceu o rapaz se sentiu aliviado, seu frio foi sendo consumido pelo fogo que lhe aquecia e logo o sono foi lhe tomando, acabou por dormir no chão, tendo como cama um antigo tapete persa já puído de traças.


...



Quando acordou já era dia feito. Os pássaros cantavam alegremente e o sol entrava pelas duas janelas existentes no cômodo.

Naruto se ergueu preguiçosamente, sentindo os ossos estalarem por ter dormido no chão, mas apesar de tudo, dormira bem essa noite.

Pegou suas roupas que haviam secado durante a noite em frente ao fogo da pequena lareira, que ainda mantinha suas brasas acesas, e as vestiu, não estavam engomadas como de costume, mas serviriam para procurar o caminho de volta pela floresta.

Mas antes disso, ele ia dar uma boa olhada naquela casinha.

Agora que podia enxergar melhor percebia que a casa estava limpa demais para estar abandonada há tanto tempo, como seu exterior denunciava.

Algumas prateleiras, onde antes provavelmente ficavam as armas para as caçadas, eram ocupadas por peças raríssimas de estanho e prata, muito bem polidos.

Foi olhando ao seu redor e encontrando coisas cada vez mais improváveis, um baú folheado a ouro branco, o qual estava cheio de vestidos ainda bem conservados que aparentavam pertencer a alguém da alta aristocracia do reino de Impera.

Olhou ainda a sua volta e viu uma espécie de altar, com um livro em cima, talvez uma bíblia, e duas velas apagadas, além de um vaso com flores já morrendo.

Mas o que realmente o impressionou e, ainda mais, o assustou, foi o retrato pintado a óleo que o encimava.

Os olhos azuis safira se arregalaram percebendo alguma coisa conhecida naquela pessoa.

Aqueles cabelos negros, aquela pele clara e principalmente... aqules mesmos olhos.

– Mas o que é isso? – perguntou a si mesmo franzindo o cenho enquanto se aproximava para examinar, chegou a tocar o quadro sentindo sobre os dedos o vidro frio – Não pode ser... H-Hinata?

.

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CONTINUA...



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Notas finais do capítulo

*-* então? reviews? me deixem feliz ^^



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