Bella narrando

Alice! Oh My Good! O que Alice faz aqui? Por que ela me impediu? Como descobriu? Como me encontrou?

Eram tantas perguntas...

- Alice... – disse em um fio de voz quando consegui.

- Bella – ela me abraçou, não contendo a saudade, e eu retribui. Depois de ficarmos assim por alguns minutos ela deu seu típico ataque – Bella, o que deu em você guria? E como fez isso? Quer dizer, você levantou as mãos e do nada apareceram chamas de fogo, eu, não entendo? – terminou a frase com a voz pensativa.

- Calma Alice, calma – disse, a peguei pelas mãos e a conduzi até aquele tronco, e sentamo-nos – Bem Alice, eu vou explicar tudo ok, só fique quieta. Por onde eu começo... – disse pensativa, tentando achar um modo de explicar tudo a Alice, eu não poderia simplesmente sobrecarrega-la com uma frase.

- Que tal pelo começo, Emmett nos contou o que você aprontou e como estava.

- Bem, depois que vocês se foram eu fiquei péssima, abalada, cabisbaixa, eu não comia nem bebia, Charlie chegou a me internar no soro durante uma semana mais ou menos – ela abriu a boca numa expressão de “O” – Eu vivia chorando pelos cantos, acordando todas as noites com meus gritos, lembrando-me de tudo. E eu já não aguentava mais ela vida, eu sabia que nunca iria esquecê-lo, embora muitos pensassem assim, eu sabia que quando acontecesse eu nunca mais amaria outro, nem seria capaz de tal ato – franziu o cenho, tentando raciocinar minhas palavras recém-ditas – Por isso fiz o que fiz, mas Emm apareceu e acabou com tudo. Eu fiquei assim por mais dois meses, e qualquer coisa que eu forcasse goela a baixo voltava. Eu estava mais magra, desnutrida, e decidi ir ao médico, pois eu estava me sentindo diferente, e dormindo mais. Depois da consulta eu me descobri grávida – abaixei a cabeça esperando que ela raciocinasse minhas palavras, dito isso ela soltou um gritinho de felicidade, típico de Alice, quando ficou quieta novamente, prossegui – Quando já estava de quatro meses, resolvi contar a Ângela, sabia que ela me apoiaria. Mas lá sabia eu que Mike Newton estava escondido e escutando nossa conversa. Ele apareceu dizendo-me coisas absurdas, que eu não podia ter um filho dele, que eu era dele, só dele, que não podia engravidar de outro, e depois me xingou de tudo e um pouco mais. Eu acabei me estressando e gritando com ele também, mas Ang percebeu minha situação, um início de aborto devido ao estresse. Me levou ao hospital, mas não deu tempo de salvar Anthony, ele morreu – antes que eu pudesse continuar ela me impediu.

- Anthony? Seu filho? Quer dizer que era um menino? – apenas assenti – Então você tentou se matar, pois estava sofrendo muito com falta dele, descobriu-se grávida dele, e perdeu o menino, no caso Anthony? – assenti – Mas o que você quis dizer com “nunca mais amaria outro, nem seria capaz de tal ato” – disse imitando minha voz perfeitamente.

- Já irá descobrir, deixe-me continuar – ela apenas assentiu, então prossegui – Depois disso eu já sabia o que iria acontecer, é algo hereditário, de família. Eu, eu me tornei uma bruxa – deu um pulo e levantou-se em seguido a tal ato.

- Como assim uma bruxa – ela quase gritou – Isabella Swan me explique isso direito – disse com as mãos na cintura, batendo os pés; típico de Alice.

- Acalme-se Alice, irei explicar, sente-se – pedi, ela logo se sentou e comecei minha explicação – Bem, minha mãe é uma bruxa, coisa que nem Charlie sabe. Phil também. Nós nos transformamos quando estamos perto aos 19 anos. Eu me transformei antes do tempo, isso acontece quando estamos muito tristes, e por dois motivos diferentes ao mesmo momento.

- E seus motivos eram porque Edward partiu e a perda de Anthony – afirmou, assenti.

- Bem, depois disso eu vim pra cá, um chalé onde nos ensinam magias, feitiços, controlar nossos poderes, e controlar nossos dons, mas apenas alguns têm. Eu tenho um, mas não vem ao caso. E antes que pergunte porque somos parecidos a vocês, eu irei responder ok, vocês é que são parecidos a nós, há dois tipos de bruxas, e você só descobre seu time depois de descobrir o que pode criar, mas isso não quer disser que somos diferentes, todas bruxas são iguais, essa é a única diferença. As Imperious Witch podem ahn, ‘fabricar’ vampiros, e as Witchers podem ‘fabricar’ transmorfos, que seriam os lobos, como os quileutes. Sou uma Imperious Witch – esperei que sua mente absorvesse este fato.

Depois disso eu contei a ela a história de as bruxas serem assim, a história onde surgem vampiros e transmorfos. Contei sobre os feitiços e as magias, e também sobre o dom que possuo. Um escudo mental.

Ficamos assim, contei a ela sobre as lendas e as histórias sobre bruxas, vampiros e transmorfos que conheço. Ela também me contou que estão no Alasca, e que Edward esta no Rio de Janeiro, e que só aparece de tempos em tempos.

Ainda era cedo da manhã, quando Alice paralisou a tal visão.

Alice narrando

Eu poderia imaginar de tudo, menos uma bruxa. UMA BRUXA! Minha ex. e provavelmente futura cunhada era, é e sempre será uma BRUXA! Não dá pra acreditar.

Mas tudo bem, a vida é assim e temos de seguir adiante.

Bella me contou algumas histórias sobre bruxas, vampiros e também sobre os transmorfos, que pra mim mais parecem lobos. Contei a ela como andam as coisas, o que Edward anda fazendo, apesar de não saber muito. Reparei também que ela não consegue falar ou ouvir o nome de meu irmão sem sentir reação alguma, durante todas as poucas vezes em que falei, ela tremia um pouco, mas não de medo, outras vezes abraçava seu peito, como se numa tentativa de relembrar os momentos.

Deviam ser umas seis em meia da manhã, quando tive uma visão.

- Aro. Quero lhes fazer um pedido – a voz de meu irmão soou pelo salão de paredes nudes, mas com uma aparência sombria.

- Claro. O que desejas meu caro? – disse ele com, ansiedade? Sei lá.

- Queria pedir a morte – disse convicto. Não pode ser, não, nunca.

Voltei ao mundo quando não pude ver a resposta deles. Então tive um leve vislumbre de Edward entrando em um avião.

- Alice – Bella em sacudia de forma pouco rude agora – Alice o que você viu? Alice, responda. O que viu?

- Calma Bella, eu o vi, ele esta embarcando agora em um voo até Volterra.

Edward narrando

Ao chegar ao aeroporto, segui diretamente a fila para o chequim, e depois até o portão três, onde meu voo seria chamado brevemente. Meia hora passada e meu voo é anunciado. Contenho-me ao máximo para não correr em uma velocidade sobre humana até dentro do avião. Apenas cinco horas de viagem, e depois estarei desembarcando em Volterra.

Alice narrando

- O QUE? Ele não pode fazer isso, NÃO! – pelo jeito ela já sabia o que ele pretende fazer.

- E, Bella, ele vai pedir uma sentença de morte, mas eu não sei o que vão disser, pois ele ainda não chegou, ainda não pediu.

- NÃO! Ele não pode fazer isso comigo, NUNCA! EU O AMO, ele não pode me deixar desse jeito Alice, entende?

- Sim Bella, acho que devíamos ir atrás dele e impedi-lo, mas ele não me ouviria e... – ela rapidamente me cortou.

- Claro que eu vou Alice, e nem tente negar – ela se apressou em dizer quando percebeu que eu negaria.

- Tudo bem, mas devíamos ir logo.

E assim partimos rumo a Volterra, rumo aos Volturi, rumo ao meu irmão.

Continua...