A Vida Não Para. (Interativa) escrita por Little Girl, Letícia M


Capítulo 16
The other side. part. 1


Notas iniciais do capítulo

Hey, mais um capítulo pra vocês. E esse foi escrito pela minha mais nova Coautora: Letícia M

Sim, essa fofa vai me ajudar a manter a fanfic sempre atualizada e com varias novidades. Eu estou muito feliz de te-la ajudando,afinal, eu tinha pouquíssimo tempo de manter a fanfic perfeita pra vocês.

Boa leitura ♥



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Pov's Anelise.





Ir a escola nunca é algo muito agradável, ver sempre as mesmas pessoas chatas e que se acham intelectuais de quinta, mas ás vezes é bom dar sinal de vida por lá, então, foi mais ou menos assim: Acordei, peguei a primeira fruta que encontrei e saí de casa, ignorando totalmente qualquer comentário que minha amada mãe soltará sobre minhas roupas, meu cabelo ou qualquer coisa do tipo, escorando o skate na ponta dos dedos esperei o elevador chegar até o andar, mesmo tentando evitar ao máximo, foi impossível não ver a hora que ela saiu de casa, o perfume enjoativo invadia minhas narinas e me deixava tonta, mas grande parte era culpa da festa de ontem. Já não bastava ter de estudar na mesmo que escola, eu ainda morava de frente a Nathália, ela jogava os cabelos negros de um lado para o outro, totalmente lisos e chapados, usava um sapato de salto azul, e um vestido florido rosa, com um cinto marcando a pequena cintura na mesma cor do sapato, como sempre que me via, me ignorava completamente, virava o rosto ou ficava mexendo sem parar no iphone, sempre combinando com a roupa. Joguei as mochila sobre as costas e empurrei meu skate até entrar no elevador espelhado, a garota entrou logo após e apertou para o térreo.



Será que você poderia abaixar esse volume?– perguntou, a voz soando irritada. Ignorei seu comentário e continuei a batucar com as mãos na coxa - Ei, menina – ela puxou o fio do meu fone - Estou falando com você – bateu o salto fino no chão.




Eu sei – comentei indiferente, e ela me olhou esperando mais uma resposta - E eu estou te ignorando– Dei meu melhor sorriso de vitória e saí do elevador, deixando a mesma para trás.





Cheguei na frente da escola e me sentei na mureta, sem qualquer vontade de entrar na mesma. Fiquei observando pessoas passarem, sorrirem para mim, ou até mesmo querendo saber quando seria a próxima festa, apenas ignorava qualquer comentário, eu estava sóbria a mais de 5 horas, e isso era demais para mim. Ouvi o sinal tocar a o grupo que rodeava Nathália entrar junto com ela, não que eu me importasse. Passei pelos corredores pronta para entrar na primeira toca que encontrasse, me arrependendo de sair da cama, quando escutei uma voz chamar pelo meu nome, pensei ser alucinação, ou mais algum baba ovo me chamando, mas algo me fez parar.





Any, não acredito, Any!– Ele vinha na minha direção, e eu logo reconheci aquele sorriso.





Justin?– perguntei surpresa ao ver meu amigo de infância ali - O que faz aqui?– perguntei, sendo abraçada pelo mesmo.





Justin foi meu melhor amigo da infância, quando digo melhor amigo, quero dizer que ele foi meu único amigo, nós éramos quase irmãos, vivíamos grudados, e tudo mais.





Meus pais se mudaram para cá, vou estudar aqui– ele comentou sorrindo, isso era o que eu mais admirava nele, ele sorria sempre, o tempo todo. Ele sempre tinha aquela piada sobre a roupa da patricinha, mas ao mesmo tempo defendia a gordinha, tem como entender esse garoto? Sem falar que ele era muito gostoso, se não fosse o Justin, eu com certeza estaria babando por ele, não que eu faça isso, garoto convencido não rola comigo, e sim,o Justin sabia que era gostoso.





Bem vindo ao inferno– falei, dando um tapa de leve em seu braço.





– Any como sempre um poço de educação e cordialidade– fez uma piada. Ficamos conversando sobre como se seguiu nossa vida desde que me mudei de NY. Quando vi, já se passava o primeiro, segundo e terceiro tempo, os alunos já se preparavam para sair para o intervalo e eu ainda não tinha sequer penteado meu cabelo, imagem não é tudo, mas também não podia estar com a cara de recém acordou, nem esperei Justin terminar de falar e fui até o banheiro feminino, encontrando uma loira de cabelos cacheados parada ali, limpava sua camiseta enquanto praguejava algumas coisas muito baixo. Era só o que me faltava, uma versão loira da Nath...Nathália aqui na escola, era incrível como algo naquela garota me incomodava, talvez o fato de sua cara de vadia mal lavada, ou batom vermelho que me cegava ao olhar.





– Algum problema? Perguntou a clone da Nathália.







– Sim, Você é o problema. Dei a mesma resposta que daria a morena, mas não por ambas terem o mesmo nariz empinado, e sim por pensar quem aquela coisa pensava em ser ao me retrucar.












– Você é muito esquisitinha querida, mas... Começou a tagarelar sem parar, aquele blá blá blá já fazia minha cabeça doer, então simplesmente dei as costas a tal oxigenada, mas além de burra, não tinha amor a vida. Segurou meu braço com força e resmungou com sua voz enjoada– Escuta aqui, nunca me de as costas quando eu estiver falando. Entendeu?








– Se você não me soltar agora, provavelmente nunca mais irá falar. Praguejei, já cansando desse joguinho. Puxei meu braço com força ignorando minha vontade de dar uma boas bofetadas naquela cara suja de maquiagem.


Entrei com toda a raiva na sala de aula, ignorando o professor ao comentar algo como " não quebre a porta" e me sentei na última fileira, deixando uma música qualquer tocar enquanto escrevia sua letra em meu caderno."Quem aquela barbie demoníaca pensa que é?"



POV's Justin



Uma coisa que eu não imaginava seria encontrar Anelise aqui, desde que ela se mudou ano passado não nos falávamos mais, ás vezes, depois que meus pais ligavam ou recebiam uma ligação da mãe de Any, escutava eles comentarem algo como "Está menina está perdida" "Não tem mais jeito" "Onde será que Jane* errou?" Mas eu sabia que não era assim. Any tinha muitos problemas, desde que o pai as abandonou ela sempre tentou demonstrar que estava tudo bem para todo mundo, mesmo não estando. Ela se fez de forte, até chegou a trabalhar, mas depois que a mãe se casou novamente tudo desandou. Any a culpa pelo abandono do pai, e odeia com todas as forças o padrasto, ela nunca disse o porque, mas eu tenho minhas ideias.





Eu adorava conversar com ela, sempre adorei. Desde a primeira vez que vi a menina de cabelos loiros e olhos verdes, sorridente com seu vestido roxo na festinha, eu sabia que seríamos grandes amigos. E não deu outra, Any e eu nunca mais nos desgrudamos.






Hoje eu via em seus olhos o rancor, a amargura.




Então, você pode me levar a secretária?– perguntei, depois de contar quase todo meu último ano para ela,mas foi em vão, pois em segundos ela já havia saído correndo, sei lá para onde. - E agora, como vou me achar aqui?– murmurei baixinho, esperando que Any voltasse, ou que alguma alma caridosa viesse me ajudar, eu estava perdido. Comecei a caminhar, disposto a achar o lugar, dava muitas voltas e parecia que voltava sempre ao mesmo lugar, quando vi, sentada com um grupo de garotos, perto de uma árvore, os cabelos morenos caíam em cascata na costas, conversava bem de perto com seus amigos, como se fosse um segredo, um brilho de melancolia passou por seu olhar, e algo me hipnotizou até ela.



– Com licença, mas poderiam me dizer onde fica a diretoria? Perguntei quando me vi perto o suficiente para que escutasse. A garota me lançou um olhar e abriu levemente a boca. Um garoto sussurrou algo em seu ouvido, e ela balançou a cabeça, limpando um lado da boca. Contive minha vontade de rir deste gesto.





– Idiota. Ela disse um pouco mais alto que o garoto – Você é novo né? Eu te levo lá. A garota disse se levantando, sorri agradecido pelo fato de realmente ter ajuda e ainda mais por ser aquela ajudante.








– Relaxa aí Sam, eu levo o novato lá. Um garoto com cabelos castanhos bagunçados disse, cortando minha onda.. - Qual seu nome?






– Me chamo Justin, vim de uma escola de Nova York. Disse tentando parecer amigável, abrindo um sorriso para a garota.



– Eu sou James e esses são Luke, Alex, Will Math e essa é Sam. O garoto apresentou todos e apertei a mão de todos, puxando a mão da garota e dando um beijo cortês.



– Foi um pra conhecer todos vocês, mas agora eu tenho que ir. Comentei, pois já havia perdido os dois primeiros tempos de aula, pude sentir o olhar da garota a minhas costas.



*Jane: Mãe de Anelise.



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Notas finais do capítulo

Eai gostaram? Eu me senti uma girino perto dela. Teremos novidades...



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