Um Caso escrita por Vtor V


Capítulo 6
Doces provas criminais


Notas iniciais do capítulo

Neste cap... Anne e Karine finalmente se encontram e ficam frente a frente com seu inimigo... Após conquistarem várias pistas e conhecerem um... Provável... "Amiguinho"



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Após vermos Catarina e Pedro levarem o casal de prostitutos: Isabelle e Fabrício... Voltamos a seguir as nossas pistas que roubamos do computador central do Caio.

Começamos a ler as fichas de nomes, e fomos explorar a boate.

Seu nome era "HotKiss"... Belo nome para uma casa qualquer caindo aos pedaços... Ou pelo menos era isso que eles queriam que a polícia achasse do lugar.

Começamos a olhar e mexer nas coisas que estavam expostas pelas mesas... Aquilo era um cemitério de vidas... Haviam pessoas vivas, mas, com a suas vidas arruinadas...

Homens caídos ao chão, outros desmaiados e uma mulher velha e enrugada dançando para um homem que nem sabia que não estava mais vivo...

Eu e Karine preferimos sair logo de lá e ir embora. Depois de ver o fim de mundo que era o local, começávamos a pensar por que motivo Vitórion e sua "ex-mulher", já que tinham tanto dinheiro (roubado), ir para um lugar tão precário como aquele.

Já na saída nos deparamos com um bêbado, que carregava uma garrafa de vódka em uma das mãos, enquanto cambaleava sem parar, e tentava ficar de pé. Nossa reação imediata, foi de repugnância e exclusão dele...

Saímos de perto o arrodeando. Mas a nossa saída é interrompida quando ele grita conosco, nos chamava... E como não nós virávamos, ele pega a sua garrafa e joga em nós. Ela atinge em cheio a perna da Karine, e faz um corte enorme, que ia da cabeça do seu joelho, a ponta do seu calcanhar. Ela tem reação imediata, que foi se jogar no chão e se contorcer.

Eu tiro logo o meu revólver do cinturão, e atiro contra ele, acertando bem no seu braço, lugar de onde pula sangue, e ele se joga no chão, pela força do tiro que lhe foi acertado.

Eu me aproximo rapidamente de Karine, que estava deitada, e a aviso de que ele já estava imobilizado. Quando vou andando até ele, ponho a arma na sua barriga e o ameaço:

– Seu inútil... Me fala por que fez isso agora!... - e chego com minha boca perto do seu ouvido - Se não preferir ir para o hospital com mais de um furo no corpo fedorento...

Volto correndo para perto de Karine, e ela estava perdendo muito sangue na região do corte. Tinha medo de que ela tivesse rompido algum vaso. Ao socorrê-la, eu a abraço e a sento no chão, mas a minha ação é cortada pelo seu grito:

– CUIDADO! - me pega pelos ombros e se joga para trás comigo, caindo com tudo e se chocando contra o chão.

No mesmo instante, o meliante ferido saca uma pequena pistola e bravamente, atira contra nós. Mas, pela ação de Karine, não fui nem eu nem ela, atingidas pela bala por pouco.

Após isso, me levanto furiosamente, pego minha arma e atiro nele novamente. Ele é jogado para trás, seus momentos finais se definiram em suspirar e sangrar, e então, fecha os seus olhos já morto. Chego mais perto dele e o chuto a barriga, para ter certeza de seu óbito. Ao declará-lo morto, volto, pego Karine, e nós duias entramos no carro e vamos para o hospital mais próximo de onde estávamos.

No caminho, Karine não parava de chorar e resmungar. Eu por outro lado, acelerava cada vez mais o carro, mas não me sentia confortável pelo fato do banco e o resto do carro estar sendo melado de sangue.

Eu não aguentava mais, ver a Karine daquele jeito! E tudo aquilo só aumentava mais o meu ódio pelo infeliz que a feriu brutalmente. Naquele momento, a minha vontade era de roubar a sua vida com uma bomba, e jogá-la no lixo, do lugar de onde ela jamais deveria ter saído.

Não demorou muito, para que nós duas chegássemos até a rua do hospital emergencial, mas Karine, fortemente tentou sair do carro, mas a sua queda foi imediata, após a mesma fazer a ação.

Devagar e pausadamente fomos até a recepção, e a atenção foi voltada para nós por todos os ali presentes... Nervosa eu a sentei em um banco, e me direciono às pressas falar com a moça do balcão... Desesperada acabei passando a minha tensão para ela, e tentava me acalmar, porém, em vão:

– Minha senhora, por favor... Minha colega que está sentada ali, foi atingida por um bêbado inconsequente... Está perdendo muito sangue, e acabou de levar uma queda! - dizia eu rapidamente, até que grito - AJUDE-A!!!

Neste momento todos me olhavam estranho e fingiam não se importar com o que eu tinha feito.

Eu por outro lado não me importava com mais nada naquele momento, apenas ficava cada vez mais tensa com a situação da Karine. Por conta disso, comecei a me lembrar sobre Betanny, minha antiga parceira de trabalho... Ela tinha falecido à anos, por conta de um pequeno erro técnico meu em uma caçada a um procurado, ainda nos Estados Unidos.

Em cerca de segundos, ouve-se uma grande pancada vinda do portão da área de emergência, e se pode ver médicos correndo em direção a recepção carregando uma grande maca. A moça da recepção parecia nervosa, senti culpa pois sabia que tinha sido eu, a culpada pela sua tensão.

A moça aponta para Karine, que estava sentada, e eles rapidamente a colocam na maca, põem a máscara de oxigênio e a a levam para a sala, deixando um rastro de gostas de sangue pelo saguão do hospital.

–---

Correndo, os médicos lhe manusearam para a cirurgia, e lhe dão a anestesia local. Ela estava tonta, e em minutos uma mancha vermelha é exposta na mesa de cirurgia, para se ter ideia ela não parava de sangrar.

–---

Três horas depois, sou chamada na sala de espera e vou até a sala em que ela estava. Vou eu, tensa, tentando ser o mais otimista possível. Entro na sala, e a vejo, debilitada e com cara abatida. Me sento na cama, e logo falo com ela:

– Como foi? Tudo bem? - pergunto.

Ela prontamente me responde:

– Você acha que ter a perna perfurada por uma agulha e linha quinze vezes, é "bem"? Ou, ou, tirar quatro pedaços de vidro, sendo um de sete centímetros é "bem"? - e aperta os olho.

Eu recuo, e com um ato de defesa lhe respondo tentando amenizar o clima:

– Desculpa! Não tenho culpa! Não podia entrar na sala de cirurgia com você! Como poderia saber de alguma coisa? - e me levanto.

Ela "bufa" de inconformação e ainda irritada meche nas cobertas. Em certo momento, ela olha para a frente e vê uma pessoa. Ela chama minha atenção batendo de leve na minha barriga, e aponta para a porta.

Quando olho para ela, me deparo com a imagem de Caio a nos observar e rir, encostado na lateral da porta. Ele começa a vir na nossa direção, pega uma cadeira que tinha no meio do caminho põe na frente da cama e se senta. Logo, põe a mão para dentro da sua jaqueta, e de um dos bolsos internos pega uma pequena agenda, e nos diz:

– Posso nunca ter sido picado por cobra ou escorpião, mas já senti na pele o veneno maligno da maldade humana! - e baixa a cabeça.

Eu e Karine não mostramos reação, em seguida ele continua a falar com um tom irônico:

– Se não quiser pegar me avise! Não posso ficar sustentando meu braço por horas! - Eu vou e pego a tal agenda dele e rapidamente abro-a.

Começo a lê-la e tenho a surpresa de descobrir uma relação política secreta, em que Amanda estava envolvida... Sobre uma libertação de uma perpétua de Vitórion no ano passado. Aquilo ferveu o meu sangue de uma forma que eu nunca tinha visto antes.

Tento sair correndo, mas Caio já previa a minha reação, e me segurou evitando a minha saída. Ele reagiu me sentando na cadeira, e falando comigo:

– Venha aqui fora quero falar com você a sós... Rápido, tenho que ir logo! - e sai do quarto com aparência de preocupação.

Eu e Karine nos assustamos, mas em uma única vez, sentia que o Caio iria dizer algo realmente importante para mim.

...

Ao chegar na recepção, eu o procuro, e o vejo em uma ala de chamada, isolado do fundo em uma das últimas fileiras de cadeiras do hospital.

Me sento do seu lado e ele não espera para começar:

– Vou embora do país... Amanhã já não estarei mais aqui com você! Sei que prometi, mas nem toda promessa pode ser sempre cumprida... O tempo passa, e fica cada vez mais difícil manter o que temos! - pega na minha mão e segura forte.

Eu fico mais nervosa ainda, e balanço a cabeça como se não aceitasse nada que estivesse acontecendo naquele momento entre a gente. Parecia que estava acontecendo algo a mais ali, um clima diferente entre eu ele...

Então ele continua:

– Vou sentir a sua falta... Mas não posso fazer nada! Fui despedido, então, neste país já não encontro emprego! Já achei, um curso de computação inteligente em uma agência na Espanha... Mas não se preocupe! Não vou te deixar na mão! Só me afastar um pouco...

Podia-se ver meus olhos se encherem de água, mas meu orgulho não permitia que uma lágrima escorresse pelo meu rosto por algum homem. Mas uma surpresa, leva meu coração a pular... Caio prossegue:

– Nunca esqueça... Eu nunca amei a Larrissa! Eu te amo! - me pega pelo queixo, levanta meu rosto que estava apoiado em seu peito, por um continuo abraço e me dá um beijo.

Eu fico fria... e as minhas mãos gelam... E enfim o sonho acaba... Ele me solta, se levanta, abre a porta de saída, mas no meio do caminho, se vira para mim e me diz, quase chorando:

– Nunca... Nunca... Te deixarei! - e sai...

Eu fico olhando para a porta por vários minutos, culpando o destino pela minha infelicidade... Sentia a dor do abandono, mas o calor da paixão me esquentava e me amparava a cada segundo um pouco mais...

Minha desilusão se encerra, quando uma mulher vem até mim, reclamar sobre "o beijo", dizendo que não podia fazer isso em um hospital, mas a ignoro, minha mente estava em outros lugares naquele momento... Minha primeira paixão...

Nisso tudo, depois de um tempinho, acabo me lembrando da Karine e vou correndo até a sua sala. Ao chegar lá eu lhe vejo lendo a agenda, e por sinal já estava quase no fim.

Quando me vê, não perde tempo e me pergunta:

– O que foi que ouve lá embaixo? - ela repara em meu rosto triste - Você estava chorando? Cadê o Caio? E o que... - ela para de falar e fica muda...

Sinto sua preocupação e a conto o ocorrido:

– Caio foi fazer um curso na Espanha... Disse que não iria encontrar mais emprego neste país! Mas antes, ele quebrou todas as promessas que tinha feito a mim e... - Karine me interrompe.

– Para tudo... Já saquei o que aconteceu... Destruiu o passado, montou um novo castelo e apresentou a má notícia? Acertei? - e meu chama.

– Como sabe? - fico surpresa com a sua metáfora precisa e exata sobre o ocorrido.

Então continua:

– Vem moça, não me deixa aqui esperando, não posso fazer esforço já esqueceu? - e me chama de novo.

Eu vou, e lhe dou um abraço. E ela me conta uma parte da sua experiência:

– Eu sei muito sobre relacionamentos! Posso não ser velha, graças a Deus, mas sou uma mina de sabedoria! Já passei por isso que você está passando agora! Várias vezes! E acredite, passa! Você pensa que não vai suportar viver sem ele... Mas é só frescura de apaixonado! Se tem uma coisa que eu, Karine Styller Howard sabe, é superar crises de relacionamento! - e ria junto comigo.

Eu amava Karine por isso! Uma grande amiga sabe lhe ajudar quando precisa, está lá nos momentos difíceis da vida, e nunca lhe nega um ombro amigo, e sempre lhe dá apoio.

Em seguida, ela foi me contar sobre o que tinha lido na agenda que o Caio nos tinha dado, e as notícias não eram nada boas referente a posição de Amanda, quento a Vitórion...

...

Três dias depois

...

Depois de três dias, Karine recebeu a alta do hospital, e fomos direto para a empresa, pois nós duas tínhamos muita coisa para falar com Amanda sobre os documentos da agenda.

Estávamos determinadas, e por mais que Karine ainda estivesse um pouco debilitada e mancando, escolhemos enfrentar as dificuldades para chegar até o fundo da nossa missão. Cada detalhe  era importante, e Amanda, era um tópico bem expressivo da nossa história... Éramos capazes de tudo naquele momento! O que nos faltava somente era a piedade, compreenção e acima de tudo... A tolerância!

...

Ao chagarmos na empresa, todos paravam o que estavam fazendo e se viravam para nós... Estávamos sendo tratadas como heroínas em nosso meio...

Pegamos o elevador, e ao chegarmos ao andar da Amanda, nem falamos com a Emily, simplesmente entramos na sala, nos aproximamos da sua mesa e jogamos a agenda na sua frente. 

Sua reação foi de espanto, mas a interceptamos com uma pergunta:

- Reconhece isso Amanda? Uma lembrancinha de cortesia de Vitórion... - diz Karine.

Ela logo disfarça com uma expressão de desentendida, e nos diz suavemente nos rebaixando:

- Não reconheço isso! Não sou lixeira como vocês para remexer no lixo! Mas vou ajudá-las! - e se levanta e vai até uma estante cheia de gavetas.

Ela abre uma gaveta e manobra as pastas, e de uma tira em particular um arquivo. Começa a folheá-lo e nos diz que é pertencente a Vitórion. Logo puxa uma folha, parecida com uma ficha e nos diz um nome:

- Mikael Sivera Flantches... Este é o seu garoto! Procurem... Achem... Descubram...

Aquele nome mexeu comigo e com Karine... Sabíamos o que procurar e o que iríamos achar...

"Naquele momento... Tínhamos o nosso objetivo..."


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo será a história do Mikael, após a morte da sua mãe Ludmila...
Até lá...



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