Um Caso escrita por Vtor V


Capítulo 5
Conhecendo o inimigo


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo Anne e Karine, conhecem Vitórion, e dão de cara com o grande criminoso...



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Começamos a ler a ficha de Jairé Vitórion Flanches. Nosso medo foi logo inicial, ao ver o número de assassinatos que ele havia cometido... Eram mais de vinte e um mortes em apenas alguns anos na vida do crime... E dessas vinte e um, doze foram de uma só vez, por conta de uma bomba que ele havia colocado em um prédio onde morava um seu "suposto traidor".

Karine logo me interrompe a leitura indagando mais uma das suas "frases de efeito", tentando me fazer desistir da minha decisão:

– Que tal esquecer a morte um pouquinho? A vida vale a pena sabe? - e fica de joelhos na cadeira.

Eu me viro para ela e olhando nos seus olhos lhe respondo firmemente:

– A morte já me esqueceu desde o dia que eu disse para ela, que ela iria provar do seu próprio veneno... - e viro seu rosto direcionado para a ficha, e nós duas voltamos a ler.

Nós nos assustávamos a cada item que líamos. O homem era um monstro! Já tinha matado mais de vinte pessoas pelo mundo, fora tráfico de drogas, incêndios, roubos e chacinas que havia promovido em todos os lugares imagináveis.

Sua ficha era mais ou menos assim:

{-•-}

– Ficha criminal -

Nome: Jairé Vitórion Flantches

Idade: 28 anos

Passagens pela polícia: 21 prisões (18 não terminadas)

Estado civil: Divorciado (Ex-mulher: Liana Améric's)

~ Crimes ~

• Assassinato de Jairé Livarret Flantches (irmão dele - cap. 3)

• Incêndio em casa de Nashville - oito mortes

• Tráfico de drogas em Joanesburgo, na África do Sul

• Decaptação de Michael Stangge e sua mulher (Nova York, E.U.A)

• Assassinato de Anne Valentine e suas irmãs em batida de carro proposital - três mortes (Lisboa, Portugal)

• Explosão em parte técnica de empresa - cinco mortes e doze feridos (Paris, França)

• Fogos ilegais em boate de festa - morte de Gillie Magarett (Sidney, Austrália)

• Sequestro e assassinato de Kelly Hamme (Vancouver, Canadá)

• Assassinato após assalto a loja de armas de Hikiro Wastoshiiro (Hong Kong, China)

{-•-}

Karine não se conformava com nossa situação. Ela morria de medo do fato de Vitórion ser um dos maiores crimiosos de todos os tempos, e não entendia como eu gostava de saber disso, e ter a oportunidade de poder pegá-lo e prendê-lo.

Quando terminamos de ler tudo que tinha na sua ficha criminal, fomos ver o envelope da missão que o envolvia, juntamente com seu capanga Davi.

"Nossa missão era investigá-lo. Saber decifrá-lo e como ele age. Tudo o que eu e Karine tínhamos que fazer era conseguir descobrir o que passava em sua mente... O que ele planejava e como chegar até ele sem que ele nos impedisse e nos matasse..."

Karine fica louca... Sua boca começa a tremer e seus olhos crescem juntamente com sua íris e pupila. Ela grita para mim apontando para o papel da missão:

– E então? Não acha que é uma loucura agora? - e me olha fixamente.

Eu nem sabia o que lhe dizer, eu travei. Percebi que ele não era para o nosso nível de estudos criminais, então eu a digo, triste e cabisbaixa:

– Tem razão Karine! Eu não posso... Quer dizer... Nós "duas" não podemos fazer isso sozinhas - e começo a balançar a cabeça.

Ela logo sorri, e complementa, tentando parecer e me mostrar que estava desapontada e me acalmar. Rapidamente completa:

– Tem razão... Nooossa como eu estou traite com essa notícia... Nem sei como reajo a isso! - e engole o riso sarcástico.

Mas eu levanto a cabeça e com uma única frase, tomo de Karine toda aquela sua alegria:

– Precisamos de ajuda! Sozinhos não temos força nenhuma contra um "chefão desses" que é o Vitórion. Vamos para a sala da Amanda, pediremos ajuda a ela para nos prevenirmos melhor contra ele.

E pego Karine pelo braço e saio a arrastando por todo o corredor até o elevador principal, que era o único que dava acesso a sala da minha madrinha.

Só ao entrarmos no elevador, eu a solto e ela começa a espernear e gritar para mim...

Eu nem a noto direito... Só pensava em elaborar os mais difíceis planos de captura e frases de efeito para o julgamento em que ele seria condenado a morte por mim.

Dentro do elevador, eu a solto e ela começa a gritar e espernear para mim como uma criança mimada, mas não demorou muito para chegarmos no andar principal e ela teve de se calar por um período de tempo.

Logo fomos falar com Emily. E ela não nos recepcionou muito feliz em nos ver, sua reação imediata foi de jogar os seus olhos para cima sem nos olhar na cara, e nos trata de forma arrogante, se levanta forçadamente, larga seu sanduíche e fecha seu facebook, e nos diz saindo do seu balcão:

– Esperem um pouco venho já... - e entra na sala sem pedir licença.

Minutos depois ela sai de lá chorando e soluçando, e nos diz cabisbaixa o que íamos fazer:

– Ela não quer ver vocês... - e chora - Disse para não voltarem mais aqui por hoje e amanhã. Só mandou vocês duas estudarem e elaborarem planos para um tal de... - e trava a sua fala, por estar confusa com nome - "Vaitórion"... "Vilórion"... Um rapaz criminoso.

Eu e Karine ficamos confusas! Só pensávamos em no que iríamos fazer. Mas eu me perguntava o teria acontecido com Amanda para que ela tenha sido tão grosseira com Emily... Sua queridinha... Mas não perdemos tempo pensando nisso e fomos logo atrás de fontes para pesquisar sobre Jairé Vitórion.

...

Descemos ao saguão e vimos Caio arrumando suas coisas e cancelando sua conta no computador central da empresa. Nos interessamos e fomos falar com ele, mas eu pergunto indiscretamente:

– Porque está fazendo isso? O que foi que aconteceu? - e o levanto pela camisa para que ele pudesse olhar em meus olhos.

Ele me olha triste e segurando choro e me responde:

– Fui demitido Annie! - e abaixa sua cabeça e começa a olhar para sua mesa vazia - Amanda me demitiu hoje porque eu... Estava espionando Larrissa... Você sabe que eu gosto muito dela!

Eu me sinto culpada e triste pelo fato de ser a culpada... Larrissa se irritou ao saber que "Caio e eu nos pegamos no elevador", mas vocês sabem que não aconteceu nada de verdade...

Eu ao sentir um peso, tento consolá-lo:

– Calma Caio... Tudo vai dar certo! Você vai ver... - e me afasto dele.

Logo Karine me chama para que nós duas fossemos embora, eu aceito e nos despedimos de Caio. Mas ao passar pela porta da sala dele, tenho uma brilhante ideia.

Pulo em sua cadeira e o empurro. Mal lhe dou tempo para que ele se levantasse do chão e logo o pergunto desesperada:

– Você já terminou o processo de exclusão de atividade? - e lhe olhos com os olhos arregalados a tal ponto que o assusta.

Ele amedrontado me responde:

– Não... - e abre uma página no computador - Ainda está em 71% de histórico apagado! - e se afasta.

Eu dou um sorriso de orelha a orelha e volto a mexer no computador dele. Ele quase surta quando clico em cancelar, no processo de exclusão dele.

Então abro o banco de dados e começo a mexer no serviço de informações dos E.U.A, e descubro e imprimo mais de trinta informações atuais de Vitórion, desde lugar da privada no banheiro até restaurante mais frequentados...

Me despeço mais uma vez de Caio, fecho a página e saio correndo puxando Karine pelo braço e gritando:

– Achamos o nosso cara! - correndo e saltitando como uma criança feliz.

Chegamos no estacionamento, eu largo Karine e ela irritada já me interrompe:

– Está doida? Me puxar daquele jeito como seu eu fosse uma vagabunda sua? - e me da um tapa no ombro.

Eu a ignoro, entro no carro e ao dar a partida e a arrodear até o ângulo da saída a pergunto:

– Vai atrás dele, ou vai, atualizar seu processo de exclusão de atividade aqui na empresa? - e abor a porta do carro na sua frente.

Ela faz birra jogando a cabeça para cima, então eu a corto usando um só argumento:

– Sabe que não vai mais arranjar emprego neste país, né?

A partir daí ela entra no carro e vamos até uma praça que era perto dalí.

...

Chegando lá, Karine e eu nos deparamos com uma boate pequena e super-lotada. Entramos e verificamos o local.

Tivemos uma surpresa ao encontrar ninguém menos que Catarina e seu amigo, rendendo uma casal de prostitutos da boate. Rapidamente nós duas corremos para falar com eles:

– O que está a acontecendo aqui? - pergunta Karine ao amigo de Catarina.

Ela nos vê e tem uma surpresa e nos fala:

– Vocês? Mas como vieram parar aqui neste lugar horroroso? - e sorri para nós.

Rapidamente eu indago a voz e falo a ela "parte da história".

Ao sair de cima dos dois, Catarina revela o casal... Eram Isabelle e Fabrício os tais. Karine então começa a suspirar ao ver o Fabrício, ela... Se apaixona pelo rapaz e logo começa a olhá-lo nos olhos e o encarar.

Discretamente ela pergunta ao acompanhante de Catarina:

– O que estes dois fizeram de errado? - e se posiciona de lado ao rapaz.

Ele prontamente responde:

– São acusados de terem envolvimento com Vitórion! Coisinha assim... Nada demais...

Eu me viro e vejo os dois deitados sobre uma mesa da boate, mas não lhes dou atenção nenhuma, e logo pergunto o nome do amigo de Catarina, e ele responde:

– Meu nome é Pedro... - e olha no fundo dos olhos de Karine.

Karine nem nota o fato de que Pedro a estava secando, mas se concentra em olhar para Fabrício e Isabelle.

Isabelle gritava e esperneava, para que a largassem no mesmo instante. Fabrício por outro lado estava calmo e pensativo, pensava em algo que eu ainda não sabia. 

Mas por outro momento, eu reparo em seu rosto e me assusto ao notar que ele na verdade, era idêntico ao Fábio, o namorado da Duda (para quem não sabe, Duda, é apelido para quem se chama Maria Eduarda), e tinha certeza quando passei a pensar sobre o que "ele estaria pensando".

Sem querer mais saber de nada, eu me aproximo dele e peço a Catarina para que o erguesse, em prol de que eu pudesse falar com ele, por olho a olho.

Ao vê-lo erguido, levanto seu rosto e lhe dirijo logo a palavra com uma pergunta dura e direta:

- O que você está fazendo aqui? - e faço uma expressão zangada.

Ele põe os olhos em meu rosto e se desespera logo. Me empurra e esperneia deitado a pista.

Pedro o pega pelo braço e o levanta irritado com o seu comportamento infantil. Mas Fabrício entrega logo o jogo para todos dizendo:

- Tudo bem... Eu me entrego sem luta, mas, não falem para a Duda da minha presença nesta boate... - e suplicava para nós de joelhos - Por favor... E baixa a cabeça em sinal de fraqueza.

Todos se comovem, mas Isabelle faz uma expressão de ira, tão forte, que quando Fabrício nota, se assusta com o fato de saber que ela poderia estragar a sua súplica...

Não demorou muito para acontecer o que ele já previa... Isabelle se pronuncia, deitada no capô no carro:

- Cala a boca... - grita ela, cheia de ira - Não suporto te ver se rebaixando a essas infelizes com farda e armas leves... Você é e sempre foi um belo de um prostituto... Nunca ligou para a sua namorada... Seu bosta... - e cospe no rosto dele.

Ele se vira para ela e lhe diz com o tom de voz alto:

- Nunca me importei com você! Minha namorada é um anjo... Você não passa de um monstro indomável. - e é levado até o carro.

Isabelle também entra no carro e os dois são levados até a delegacia onde Catarina comandava. E durante toda a viagem, nenhum dos dois olha na cara do outro...

Enquanto iam eu e Karine nos entreolhávamos e nos perguntávamos em mente:

"O que foi que aconteceu aqui agora?"

Durante isso Karine ainda pensava consigo mesma sobre Fabrício, sabia que não valçeria a pena, ele estava "enrolado entre grossos rolos"... Mas seu coração continuava a bater forte por ele, e desejá-lo como um parceiro, por mais que ele tentasse e lutasse contra isso.

Eu por outro lado não tirava Vitórion da cabeça... Pensava em cada segmento perfeito para a sua captura e prisão... Ele sim era o meu principal alvo de todos...


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Notas finais do capítulo

Comentem povo...
Capítulo terminado povo >.



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