Somos Tão Diferentes escrita por Larissa Cavallari da silva


Capítulo 6
Capítulo 6 Passado não escondido.


Notas iniciais do capítulo

Oii oi oiii ! :D

Eu sei, eu demorei muito, é que eu estava meio sem criatividade, e tipo escrever um capitulo sem criatividade não dá, porque ai o capitulo sai uma bosta !

PRESTEM ATENÇAO ISSO ÉÉ MUUUITO IMPORTANTE !!
NO FIM DO CAPITULO TERÁ UM LINK, É O LINK DA FOTO DO BRAIAN, É QUE A FOTO QUE EU PASSEI PRA VOCÊS NÃO É DOA BRAIN, EU SEM QUERER PASSEI A FOTO ERRADA, DESCULPEM, ENTÃO CLIQUEM NO LINK LÁ EM BAIXO E VEJAM A VERDADEIRA FOTO DO BRAIAN, OK ?

BOA LEITURA !



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Sai da escola agradecendo pelo o castigo ter acabado, peguei a rua 42 que é a minha preferida, porque não tem adolescentes se beijando, ou menina com shorts que parecem calcinha e saltos altos, ou crianças  de 5 anos correndo atrás de bolas e falando palavrões que ate eu desconheço.

A rua 42 é tranquila, tem pessoas “descentes” ou seja, tem meninas comportadas, senhoras lendo livros, crianças andando de bicicletas, lojas, era tudo tão calmo, mas é claro, quando uma menina como eu, entra na rua 42 todos olham pra mim, com certeza é por causa do meu skate e meu estilo “fora do comum”.

Andei á passos largos ignorando os olhares sobre mim, eu conseguia ouvir algumas senhoras falando coisas do tipo “Essa menina é uma perdida, com certeza deve usar drogas, coitada da mãe, que tem que passar por essa vergonha”.

Soltei um sorrisinho ao ouvir esse comentário, “coitada da mãe” Essa frase passava pela minha mente me fazendo cada vez mais alargar meu sorriso, eu queria saber o que elas falariam se conhecessem minha mãe, porque a drogada da historia é ela.

Dentro de cinco minutos eu já estava em frente a minha casa, suspirei só de imaginar que meu pai e minha mãe estariam ali na sala juntos, na fase de “reconciliação”.

Bom eu vou explicar, eles brigam, minha mãe bebe, meu pai some por dois dias, ai depois eles voltam, e ficam um paparicando o outro, e falando coisas românticas, como se fossem um casal feliz e amoroso, mas infelizmente essa fase dura apenas 4 á 5 dias.

Entrei em casa e constatei que eu estava absolutamente certa, lá estavam eles, abraçados, trocando beijos discretos e sorrisinhos, e vendo TV com a Clarie, Aquela era uma típica cena de família perfeita.

Sorri ao ver aquilo, mas foi um sorriso de desprezo, porque tudo aquilo era falso, apenas passageiro, por isso eu não me iludia mais com cenas como essa.

 

—Oi filha, chegou um pouco tarde hoje, o que aconteceu ? —O Charlie perguntou me lançando um sorrisinho que me deu vontade de soca-lo.

 

—Não me chame de filha, e desde quando você se importa Charlie ? —Falei indo em direção ás escadas.

 

—Desde de quando você nasceu, só que você nunca deixa eu me aproximar. — Ele disse se levantando do sofá e vindo na minha direção.

 

— Olha, não vamos passar por isso novamente ok ! —Falei me lembrando das outras vezes.

Todas as vezes que meus pais estão na fase da reconciliação meu pai tenta ser o tipo de “pai amável e presente” ai ele vem com a historia de que ele me ama, que ele quer se aproximar de mim mas eu não deixo, que eu sou a filha mais velha dele, e ele quer muito que sejamos uma família feliz e blá blá blá, Serio cansei desse disco !

 

— Filha, dá uma chance pro seu pai. —Minha mãe disse se levantando do sofá e abraçando meu Pa.. Quer dizer o Charlie por trás.

 

—Mãe, cara, você virou uma alcoólatra, o bairro inteiro sabe que o Charlie te trai, você é uma piada, todo mundo olha pra você como se você fosse um animal, e tudo isso é culpa dele ! — Falei apontando pro Charlie que me olhava fixamente. —E você sempre volta pra ele, você sabe que ele vai te trai de novo, então pra que você fica se iludindo com a esperança de  que isso não vai acontecer de novo, se você sabe que vai acontecer !!? — Falei completamente irritada, indignada, e cansada.

 

—Não vamos conversar sobre isso na frente da Clarie. —O Charlie disse vindo na minha direção. — Filha, eu vou te provar que eu mudei. —Ele disse vindo me abraçar.

Me esquivei do abraço dele e fixei os olhos dele com raiva.

 

—Sei, como das outras 39 vezes que você falou que mudou? Desculpa Charlie, mas eu não sou a mamãe. — Falei subindo as escadas em passos firmes.

 

Cheguei no quarto e tranquei a porta, fui ate o radio e coloquei em um rock bobo que estava passando, me joguei na cama, peguei uma revista que tinha vários desenhos que ficariam legais nas paredes dos prédios e esqueci completamente o que acabou de acontecer lá embaixo.

 

—Rose ! —Uma vozinha que eu conheço bem me chamou do outro lado da porta.

 

Fui ate o radio e desliguei a musica, coloquei a revista na cômoda e fui ate a porta, abri e vi a minha princesinha ali parada me fixando com aqueles olhinhos azuis e com um sorrisinho lindo.

 

—Olá Clar, você ta bem ? —Perguntei pegando na mão dela, colocando ela pra dentro e trancando a porta novamente.

 

—Sim, como foi seu dia ? — Ela perguntou me fazendo rir.

Sempre que eu volto da escola a Clar vem no meu quarto e pergunta a mesma coisa “como foi seu dia” e eu sempre respondo a mesma coisa “Foi legal”.

 

—Foi legal. —Falei rindo e vi ela rindo junto.

 

—Rose, papai comprou um vestido pra mim, roxo com babados, ele disse que eu vou usa-lo quando ele casar na igreja com a mamãe —Ela disse sorrindo e super animada.

Bufei de ódio, tudo bem o Charlie ficar iludindo minha mãe, ela já é adulta e sabe o que faz, mas ficar iludindo a Clar, que é uma criança inocente, ai eu não vou aceitar !

 

—Clar, preste atenção no que eu vou te dizer. — Falei segurando o rostinho dela com as duas mãos fazendo ela me encarar. —O Charlie e a Mamãe não vão casar, eu sei que você quer muito isso, mas não vai acontecer, e não acredite no Charlie, porque é tudo mentira. —Falei vendo os olhinhos dela se encherem de lagrimas.

 

—Porque você ta falando isso rose, Porque eles não podem casar ? —Ela perguntou enxugando as lagrimas que estavam escorrendo dos seus olhos.

 

—Porque o Charlie não ama a mamãe, ele só finge que ama, mas você pode usar esse vestido na festa de aniversario da Lux, o que você acha ? — Falei relembrando da festa de aniversário da amiga da Clar.

 

— É mesmo, obrigado rose por me lembrar. —Ela disse batendo na própria testa como se estivesse indignada por ter esquecido.

 

—De nada Clar, bom, agora eu vou tomar banho e me arrumar pra sair. —Eu disse indo em direção ao armário.

 

—Aonde você vai ? —Ela perguntou mexendo num ursinho de pelúcia que eu ganhei da minha mãe.

 

—Vou fazer um dos meus trabalhos. —Falei  escolhendo minhas roupas.

 

—A mamãe e o papai sabem ? —Ela disse me fixando preocupada.

 

—Não, e se você não contar eu não conto, posso confiar em você ? —Perguntei sorrindo de leve pra ela.

 

—Claro Rose, então eu vou descer, tchau rose, Eu te amo —Ela disse me abraçando.

Olhei para baixo e fixei os lindos olhinhos dela que brilhavam, sorri e me agachei ficando da mesma altura que ela.

 

—Eu também te amo Clar. —Falei beijando a testa dela.

Ela sorriu e saiu do quarto, peguei minha roupa e entrei no banheiro,  prendi meu cabelo em um coque bagunçado e liguei o chuveiro,  deixei que a água escorresse pelo o meu rosto, sorri ao sentir o toque quente da água com a minha pele, a sensação de sentir a água penetrando cada músculo do meu corpo e relaxando cada centímetro do mesmo era tão boa que eu daria de tudo para poder ficar ali para sempre.

Depois de longos e prazerosos minutos sai a contragosto da água, me sequei e coloquei a roupa que eu havia escolhido.

Sai do banheiro e fui ate o espelho, soltei meu cabelo e penteei tentando pelo menos ajeitar um pouco a confusão, depois de alguns minutos lutando com meu cabelo, finalmente eu consegui deixa-lo apresentável, passei Lapís, rímel sombra, tudo preto como eu sempre fazia, um pó para disfarçar as olheiras de uma noite mal dormida, depois que acabei me encarei no espelho e fixei meu reflexo.

http://4.bp.blogspot.com/-MeiKH1j-F84/UPINHYaCmaI/AAAAAAAAAPE/1UugEe6pKRE/s1600/montagem+para+a+fan+fic.jpg Roupa da Rose

Peguei meu skate que estava em cima da cama, peguei meu Ipod e sai de casa pela a janela do meu quarto, ainda eram 15:52, muito cedo para fazer meus trabalhos, andei pelas as ruas ate chegar ao centro da cidade.

Andei ate a praça que tinha ali, e me sentei na grama, me encostei na arvore e fiquei observando as pessoas que namoravam, as crianças que corriam, o lago cheio de peixinhos, ate que sou interrompida por uma mão que toca meu ombro.

 

Olhei para cima e encontro o Derick, droga, Derick é um “menino da pesada” ele controla uma gangue aqui do centro, ele também controla o trafico aqui do centro, ele é perigoso, e adora obter controle sobre todos e tudo, infelizmente, numa época quando eu era “Nova” nisso de ser “revoltada” eu me envolvi com ele.

Tivemos um “namoro”, durou uns cinco meses, eu nunca cheguei a ficar viciada, eu lembro que só dei uma única tragada em um cigarro de maconha, mas eu odiei o gosto e nunca mais voltei a experimentar, depois conheci a Amber e a Isadora, e percebi que aquilo era uma vida suicida, e terminei com ele.

Lógico que nas primeiras semanas, ele ficava me seguindo, me mandando recados, me chantageando, mas depois de um tempo ele parou, e eu nunca mais o vi, desde então venho evitando me esbarrar com ele, e tive sucesso, ate agora.

http://4.bp.blogspot.com/_HmtxTVm6GPM/SoOXleoZzDI/AAAAAAAAIHw/WlAFtAuObpc/s400/Menino+lindo.jpg  < Esse é o Derick.

 

 

—Ora ora ora, Olá Roselie. —Ele disse com um sorrisinho sacana no rosto e se sentando ao meu lado.

 

—Oi Derick. —Falei revirando os olhos.

 

—Andou fugindo de mim ? —Ele disse pegando um cigarro do bolso e acedendo.

 

—Sim, mas vejo que não funcionou. — Falei fazendo uma careta pra fumaça que saia do cigarro e vinha diretamente pro meu rosto.

 

—Você esta mais linda do que antes quando namorávamos —Ele disse encarando meu corpo e mordendo o lábio inferior.

 

—Valeu, eu preciso ir. —Falei me levantando.

 

—Ei  espera. —Ele disse se levantando e segurando meu braço, me impedindo de seguir em frente. —Aonde você pensa que vai? —Ele perguntou sorrindo de lado.

 

—Me larga. —Falei em um tom seguro e confiante.

 

—Primeiro, eu quero conversar com você. —Ele disse me puxando pra perto dele, fazendo agente ficar a centímetros de distancia.

 

—Eu não tenho nada pra falar com você. —Falei sentindo uma pontada de medo, acho que ele não gostou da minha resposta pois ele começou a apertar ainda mais o meu braço. —Derick ta me machucando ! —Falei soltando um leve gemido de dor.

 

—Você vai vir comigo, agora. —Ele disse me arrastando para algum lugar.

 

Mesmo lutando pra me soltar das mãos dele, ele conseguiu me levar a um lugar que eu desconheço, era um tipo de depósito, só que estava velho e abandonado, e cheirava muito mal.

 

—Bem vinda a meu......Refúgio. —Ele disse me largando e sorrindo pra mim.

 

—O que aconteceu com aquela casa de luxo, aonde você fazia festas ? —Falei massageando meu braço.

 

—Eu vendi, agora eu estou a procura de algo maior, enquanto eu não acho, isso dá pro gasto. —Ele disse encarando o local.

 

—O que você quer falar comigo Derick ?—Falei observando que ele havia deixado marcas no meu braço.

 

— Simples, volta pra mim. —Ele disse sorrindo e se aproximando novamente de mim.

 

—De novo esse papo ? Eu já disse que não. —Falei indo pra trás.

 

 

—Eu não perguntei se você quer Roselie. —Ele disse se aproximando mais e mais de mim.

 

—Não pode me obrigar a ficar com você, ninguém manda em mim Derick. —Falei indo pra trás e sentindo a parede, agora estou encurralada.

 

—Eu mando. —Ele disse colocando cada braço de um lado do meu corpo e aproximando o rosto do meu e fixando meu olhar intensamente. —E eu digo que você será minha. —Ele disse sorrindo levemente.

 

—Nunca. —Falei com um pouco de medo mais nunca perdendo a confiança na voz.

 

—O que você disse ? —Ele disse apertando meu pescoço com a mão e levantando minha cabeça.

 

—Eu, d-disse, n-n-nunca. —Falei com dificuldade.

 

Ele me largou bruscamente e se afastou, ainda me observando.

 

—Preste atenção Roselie, ou você vai ser minha, ou não vai ser de mais ninguém, então, se eu souber que você tem outro, eu mato o cara, e mato você junto, entendeu ?  —Ele disse em um tom assustadoramente calmo.

 

—Você é patético. —Falei controlando meu coração que estava a mil.

 

—Não duvide de mim, você ainda vai ser minha, guarde minhas palavras, tchau, amor. —Ele disse dando um beijo na minha bochecha e saindo do deposito.

 

Limpei minha bochecha e fiz uma careta de nojo, sai daquele deposito ainda com nojo do beijo que ele me deu, fui andando de volta pra casa com muita raiva de mim mesma, por eu ter me envolvido com um cara como ele.

Hoje eu não vou conseguir fazer os meus trabalhos, melhor deixar pra amanhã, cheguei perto de casa e avistei meu pai beijando uma mulher qualquer, que estava com um vestidinho vermelho super curto e colado, salto alto preto brilhante, e os cabelos completamente lisos e cumpridos.

Soltei um sorriso de desprezo e fui andando ate o portão, chegando no portão meu pai e a mulher vulgar pararam de se beijar e me fixaram espantados.

 

—Grande prova de que você mudou, “papai” —Falei fazendo aspas, e pronunciando a palavra “papai” em um tom irônico.

 

—Roselie eu posso explicar. —Ele disse largando a cintura da mulher e me encarando.

 

—Poupe-me do seu discurso de desculpas, pra mim você pode ate trepar com essa vadia aqui na calçada, eu não to nem ai, que se dane você e sua existência patética, boa noite. —Falei me virando e entrando em casa sem expressão alguma.

 

Subi as escadas e entrei no meu quarto, arranquei aquela roupa e coloquei uma mais confortável, me deitei na cama e fiquei no computador ate tarde da noite, quando finalmente o sono me envolveu.

 

Oii, esse é o braian :

http://capricho.abril.com.br/blogs/colirios/files/2011/06/VictorDias-399x600.jpg

E mais uma vez me desculpem por ter dado o link errado pra vocês, essa é a verdadeira foto do braian


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Notas finais do capítulo

E então gostaram ? SERÁ QUE EU MEREÇO REVIEWS ? rsr's