POV BRAIAN*

Me desesperei assim que a voz da Roselie se silenciou do outro lado da linha telefônica, chamei o nome dela umas 5 vezes, mas não obtive resposta, não pensei duas vezes, desci as escadas correndo, passei pela a sala, meu pai e minha mãe estavam assistindo um filme qualquer.

—Filho aonde você vai ? —Minha mãe perguntou quando eu desci o ultimo degrau e estava indo em direção á porta.

—Eu… eu vou na casa da Roselie. —Falei temendo a reação dela.

 Estranhei a reação dela, ela sorriu de lado, e meu pai também soltou um sorrisinho, sinceramente pensei que eles me criticariam, mas isso não aconteceu.

—Ok, não volte tarde. —Meu pai disse abraçando minha mãe.

Estranhei a reação deles mas resolvi ignorar, peguei minha chave do carro e sai de casa, entrei no carro e arranquei a toda velocidade em direção a casa da Roselie, o que será que aconteceu ?

Depois de 20 minutos de pura adrenalina, e preocupação eu finalmente cheguei na casa dela, a casa estava quase toda escura, sai do carro a tranquei o carro, fui andando em direção á casa procurando pela as janelas vestígios da Roselie.

Quando cheguei á porta, hesitei em bater, suspirei fundo e bati… Uma, duas três vezes, mas ninguém atendeu, tentei abrir a porta e estava aberta, entrei em silêncio e não tinha ninguém no primeiro andar, suspirei aliviado, subi as escadas bem devagar, com cuidado para não fazer barulho.

Assim que cheguei lá em cima, ouvi um barulho de TV, fui ate o quarto aonde estava o barulho e aporta estava fechada, coloquei meu ouvido na porta, e ouvi uma voz masculina falar: “Isso, vai lá Corinthians !”.

Deduzi que era o pai da Roselie, sai de perto da porta e fui em direção á outra porta, abri e estava vazia, a cama estava arrumada, e não tinha nem uma sujeira, deduzi que era o quarto de hospede, fui ate a porta que tinha em frente, e abri, era um quarto todo decorado de rosa, a cama tinha um cobertor da Barbie, e tinha varias bonecas e brinquedos, com certeza esse era o quarto da Clarie.

Enfim , sobrou uma ultima porta, que estava no fundo do corredor, fui andando ate a mesma com cuidado para o Pai da Rose não me ouvir, chegando na porta a abri lentamente, assim que abri a porta por completo avistei a Roselie, desmaiada no chão, ao lado do telefone.

Sem pensar duas vezes fui em direção á ela, sua pele estava pálida e fria.

—Rose… Rose por favor fala comigo... —Falei a sacudindo de leve, mas não obtive resposta.

Olhei em volta para ver o que eu poderia fazer, peguei uma mochila dela que estava em cima da cama, fui ate o armário dela e peguei umas roupas, coloquei a mochila nas minhas costas, fui ate a Roselie que ainda estava no chão e a peguei no colo.

Sai do quarto e desci as escadas sem olhar para trás, quando eu estava chegando perto da porta, ouço alguém descer as escadas…

—Eiii, o que ta fazendo na minha casa, e o que fez com a  minha filha !!? —O Pai da Rose disse descendo as escadas e vindo na minha direção.

—Desculpa senhor, não queria ter invadido sua casa, mas é que a Rose me ligou e pediu ajuda, quando cheguei aqui ela estava desmaiada no quarto dela, eu… só quero ajuda. —Falei observando o Pai da Rose que me olhava com indiferença.

Ele olhou para Rose e depois para mim, suspirou e coçou a cabeça.

—Nunca mais entre na minha casa, sem permissão.—Ele disse fechando a porta na minha cara.

Fiquei estático, como assim, ele nem se preocupou com a Rose ? filha dele? Balancei minha cabeça negativamente e fui andando em direção ao carro ainda com a Rose em meus braços desacordada, chegando no carro, coloco ela cuidadosamente no banco de trás, deitada, cobri ela com um lençol que eu peguei e coloquei a mochila como um “travesseiro”, fechei a porta e dei a volta, entrei no carro, e liguei.…

POV ROSELIE*

Era um peça de teatro, e nessa peça estava eu , o Charlie, minha mãe, e a Clarie, éramos uma família feliz e unida, Charlie estava de mãos dadas com a minha mãe, Clar e eu dividíamos um algodão doce, sentamos em umas poltronas, e logo o tetro estava cheio de pessoas, depois de cinco minutos, os atores começam a fazer o trabalho no palco.

Braian era o príncipe, que perdeu sua noiva numa batalha contra o irmão dele o Derick, Isadora e Amber eram as  humanas que o estavam destinadas á matar o Derick, Layla era a princesa renegada que foi se unir com o Derick.

Era tudo muito clichê, até que chegou a hora da grande batalha entre Braian, e o seu irmão maquiavélico Derick, eles batalhavam num perigoso duelo de espadas, Isadora lutava contra a Layla, em tapas, e empurrões, enquanto Amber, tentava a todo custo achar o bracelete que tinha poder para acabar com o Derick.

E então, inesperadamente, Braian dá um grito, todos olham para ele, e a cena que vimos não era uma típica cena de “felizes para sempre” Derick havia acertado Braian, e agora Braian tinha uma apontada e afiada espada enfiada no coração, ele foi caindo aos poucos, Isadora e Amber gritando de ódio, com a distração de Isadora Layla a acertou com uma faca, no pescoço, ela ficou surpresa mas nada pode fazer, aos poucos foi caindo no chão desfalecida, Derick e Layla então viraram sua atenção para a Amber.

Eu, que estava no banco assistindo aquela terrível peça de teatro, já percebia que as pessoas aos poucos iam sumindo, ficando invisível, apenas minha família ficou.

—NÃO !!! —Gritei ao perceber a Amber sendo encurralada por Derick e Layla.

Infelizmente meu grito chamou a atenção deles, Derick quebrou o pescoço da Amber e depois desceu do palco junto com a Layla vindo na minha direção.

Arregalei meus olhos e fiquei estática, com medo, Layla pegou a Clarie e quebrou o pequeno pescoçinho dela, fazendo minha mãe e o Charlie entrarem em desespero, mas eu nada fiz, só fiquei ali, fixando os tenebrosos olhos do Derick.

Layla pegou uma pistola que estava em sua cintura e atirou contra minha mão e o Charlie, logo só sobrou eu… Quando pensei que seria meu fim, Peter aparece, e começa a lutar com o Derick, Layla vem para cima de mim, e eu tento a todo custo lutar com ela também, depois de agonizantes 15 minutos Peter vem me ajudar com a Layla, ele consegue pegar a espada da mão da layla, e logo a espada esta enfiada no coração dela.

Suspirei de alívio e abraço ao Peter, deixando minhas lagrimas caírem, ele me beija com ternura, um beijo doce a calmo, quando nos afastamos ficamos nos olhando sem reação.

—Rose, eu te amo. —Ele disse acariciando meu rosto.

—Peter eu… —Quando eu ia falar eu vejo Derick se levantando atrás do Peter e apunhala o Peter com a espada pelas as costas.

Peter arregala os olhos e dele sai um grito abafado, Peter cai aos meus pés aos poucos, desfalecendo, começo a chorar descontroladamente, então sinto novamente uma dor em meu peito, e então, vejo que Derick me apunhalou com a mesma espada que ele havia apunhalado o Peter, olho para o Derick e ele tinha um sorriso diabólico no rosto.

—Apenas, aguarde Rose… aguarde. —Ele disse antes de eu desfalecer…

—NÃÃÃO !!!!!!!!!! —Gritei ao acordar daquele terrível pesadelo, olhei em volta e não reconheci o lugar aonde eu estava…

Era um quarto grande, bem grande, com uma cama de casal, uma janela que deixava os raios do sol entrar, mas, aonde exatamente eu estava ?

—Rose, você esta bem?...… —Uma voz disse atrás de mim.