Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 15
Capítulo 15




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Assim que chegaram ao quarto que Teddy deveria estar tiveram uma surpresa, pois a cama já tinha outro paciente.

– Ei, para onde ele foi? – John perguntou enquanto Sherlock olhava para todos os cantos do quarto vazio.

– Eu não faço ideia. Como ele poderia ter saído se até então o estado dele era o mesmo? Ele não pode ter tido alta! Não tão rápido!

– Bom, só tem um jeito...vamos perguntar. Temos que sondar...- John respondeu enquanto os dois voltavam para o balcão de atendimento.

– Com licença, você poderia nos dizer onde o paciente do quarto 89 está? Ele foi transferido? O que houve? – Sherlock questionou para um enfermeiro que passava e neste instante parou para ouvi-lo.

– Quarto 89? Deixe-me ver...bem, ele teve alta. Hoje de manhã. Theodore, certo?

– Isso mesmo, mas como? Ele não estava em estado grave? Quero dizer, ele estava quando viemos aqui pela última vez...- Watson perguntou.

– Sim, mas ontem ele saiu. Deve estar com a família.

– Isso é impossível! - exclamou Sherlock voltando para o quarto enquanto o enfermeiro e John o acompanhavam – Você poderia nos dar informações sobre ele? Alguém o procurou, o visitou? Pense.

– Desculpe-me, mas vocês são amigos ou algo do tipo? Eu não posso passar informações de pacientes para vocês. – o enfermeiro agora encarava Sherlock.

– Deixe para lá...John, já venho. – o moreno respondeu dando de ombros e saindo.

Neste momento John percebeu que o funcionário do hospital assistia Holmes se afastar com um sorrisinho.

– Nossa. Ei, você sabe se ele está disponível? – perguntou enquanto John agora reparava que o enfermeiro era muito atraente.

– Por quê quer saber?

– Porque ele é...uau! Será que pode me passar o telefone dele? Eu adoraria descobrir o que tem por debaixo daquele sobretudo, isso sim.

– Você não faz o tipo dele. E ele não está mais solteiro. – John encarou o jovem de maneira ameaçadora e completamente ofendido com os modos nada cordiais.

– Oh, me desculpe...mas vocês estão juntos? Você é o namorado dele?

– O que você acha? É claro que sim. – mentiu.

– Tenho que voltar para a recepção. Com licença. – o outro respondeu dando meia volta e saindo.

Alcançando Sherlock no corredor, ambos agora andavam juntos de volta para o quarto de Mycroft.

– O que foi? Parece nervoso? – o moreno perguntou quando notou a presença ao seu lado.

– Pareço? Não foi nada...

– Sério? Você está vermelho...

– Nada...Sherlock, o que vamos fazer agora?

– Estive pensando, obviamente com a saída de Teddy, alguém da faculdade sabe nos informar. Ele não sumiu.

Ao voltarem para o quarto, viram a sra. Hudson conversando com Molly e Lestrade. A jovem encarou Sherlock e ficou extremamente nervosa, mas tentou disfarçar.

– Oi John! Sherlock...viemos assim que pudemos. – Greg disse cumprimentando os dois.

– Obrigado, Greg...- Watson respondeu.

– Como aconteceu? Como vocês os encontraram? E por favor, pule a parte em que vocês estavam voltando de um encontro romântico. – Holmes completou encarando os dois.

– O quê?! – Molly exclamou.

– Como ele poderia saber! ? – Lestrade perguntou para John que não soube responder.

– É tão óbvio. O que vocês estariam fazendo juntos a essa hora se não fosse por estas razões? Mas posso ser mais específico e mencionar que na maquiagem cuidadosamente bem feita de Molly só está faltando o batom. Você está cheirando ao mesmo perfume dela, aliás. A não ser que tenha mudado o seu gosto para perfumes florais adocicados, você conseguiu tirá-lo dela enquanto se beijavam dentro do seu carro. Assim como fez com o batom, que está no seu pescoço agora. Do lado direito.

– Como ele sabe do carro?! – Molly se espantou.

– Ok. Nós entendemos seu ponto de vista. Obrigado Sherlock. – John respondeu ao observar que os dois estavam extremamente constrangidos.

– Você já pensou em usar seu super poder para combater o mal? Tipo o Batman? – Greg perguntou.

– Não seja elementar. Batman possui uma quantia de dinheiro que eu jamais poderia possuir...- o moreno respondeu sem entender a brincadeira.

– Com licença, vou tomar água...- Molly saiu rapidamente.

– Ei, ei....Molly. Eu vou com você...- John disse acompanhando-a.

– Eu...eu não dessas, John. Eu...- ela tentou dizer nervosamente.

– Molly, esta tudo bem! Greg é legal e você merece. Você está certa.

– Obrigada...você é sempre tão gentil. Provavelmente Sherlock deve ter contado sobre o nosso encontro hoje.

– Sim, ele mencionou algumas partes.

– Foi bom...quero dizer, é o Sherlock, não tinha possibilidade de ter sido diferente. Mas foi tão...eu não explicar, mas me senti uma idiota. E Greg tem sido tão bacana comigo. Desde a minha festa nós temos conversado...mas era como se o Sherlock me prendesse para qualquer tipo de possibilidade. E hoje eu vi, eu senti...ele é como eu e você e isso foi um alívio para mim também. Mas eu estive tão presa a isso...idolatrando ele. E quando ele me disse que era um teste tudo aquilo, eu pensei: “Molly, o Greg quer você realmente e você perde tempo com alguém que não vai te amar? Nunca?” Foi como se uma luz me atingisse e alguém tivesse tirado a venda dos meus olhos. É claro que eu ainda gosto dele, muito. Mas uau...eu preciso tentar com o Lestrade. Eu estou falando muito? Me desculpa...eu...

– Não! Não se preocupe...fico feliz que você esteja bem. – John sorriu abraçando-a rapidamente.

– É. Eu estou...e posso falar que já beijei o Sherlock. Bom, bobagem ou não...é algo que sempre eu vou me gabar. – ela brincou enquanto pegava uma garrafinha de água na máquina.

– É, você está certa. – John sorriu concordando.

– E ele é meu amigo também...eu realmente quero que ele seja feliz. Ele merece, John...eu acredito que você já tenha percebido também, mas ele é muito sozinho. Ele se faz de forte, indiferente, superior...mas ele se importa. Ele se entrega. Do jeito dele...mas ele sente todas as coisas, só não admite que sente, só não as entende. Ele cresceu praticamente com a babá...rodeado de livros ao invés de pessoas, de quebra cabeças ao invés amigos...ele merece alguém que entenda que ele não é como qualquer um, ele é único. Houve uma vez que a sra. Hudson foi assaltada em um mercado em Londres, nada de mais...faz uns dois anos eu acho e ele ficou fora de si, queria descobrir quem tinha feito tal coisa com uma senhora...quis até treinar luta para quando encontrasse os culpados, imagine só! Nesse dia eu percebi o quanto ele pode ser amável quando quer.

– Eu concordo com absolutamente tudo que você disse Molly, e eu também acho que ele mereça alguém que o entenda. Sherlock é uma das pessoas mais fascinantes que eu poderia ter conhecido e eu realmente espero que encontre essa pessoa. Ele merece nada menos do que alguém completamente maravilhoso. Maravilhoso como ele. – John sorriu relembrando o beijo dos dois horas antes.

– John, Molly...o exame saiu. – Sherlock disse atrás deles fazendo os dois pularem de susto.

Os três então seguiram em silêncio para o quarto onde Lestrade e a Sra. Hudson os aguardava.





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– O estado dele é completamente estável. Estamos tomando todos os devidos cuidados e acreditamos que até em dois dias ele esteja completamente recuperado. – o médico declarou fazendo todos vibrarem.

– E o que ele teve? – Holmes perguntou sério.

– Nós precisamos confirmar a origem. Mas sabemos, temos certeza que foi envenenamento. – completou.

Sherlock deu um meio sorriso para John que disse:

– Envenenamento. Certo, temos que chamar a polícia.

– Absolutamente. Com a alta do paciente poderá ser feita a devida investigação. Ele teve sorte, pois foi socorrido rapidamente. Agora se me derem licença, preciso ver meus outros pacientes, boa noite e até logo! – o médico se despediu deixando-os.

– Obrigada, Dr. Hakase. Boa noite. Bom, agora podemos ficar em paz. Vamos, meninos? – a sra. Hudson perguntou pegando seu casaco do sofá.

– Sim. – John e Sherlock responderam juntos.

– Bom, graças a Deus deu tudo certo. Estacionei na rua...vamos embora? – Greg perguntou abraçando Molly – Eu te levo.

– Vamos. Boa noite sra. Hudson. Boa noite Sherlock...John – a jovem disse sorrindo para o loiro.

– Boa noite. Vão com cuidado, até mais. – Watson respondeu enquanto Sherlock ajudava a sra. Hudson a ajeitar a gola de seu casaco.

– Rapazes, vou indo pagar o estacionamento. – a senhora declarou após segurar brevemente a mão de Mycroft – Vocês vão se despedir...certo?

– Vou com a senhora. Ei, você...na próxima vez que eu voltar é para estar acordado...isso é uma ordem. – John disse enquanto segurava levemente o ombro do irmão de Sherlock – É tão legal poder dar ordem para ele...pelo menos uma vez. Bem, só em situações como esta isso poderia acontecer. – brincou fazendo o Holmes mais novo sorrir.

– Eu já vou. – Sherlock disse fazendo o loiro sair, deixando-o sozinho.

O moreno então se aproximou de seu irmão e após um tempo apenas o encarando, ajeitou a sua coberta e disse perto de seu ouvido:

– Irmão, eu vou acabar com quem fez isso com você.

Segurou rapidamente a mão de Mycroft, antes de sair do quarto. Enquanto caminhava para o elevador avistou o enfermeiro que sorriu e veio em sua direção.

– Ei, meu nome é Noah. – este disse estendendo a mão, enquanto Sherlock o encarava de cima a baixo.

– Oi Noah. Tchau Noah.

– Ei, espere...eu sei que seu namorado baixinho é bem ciumento, mas eu não sou. Então, se você quiser se divertir...sem compromisso... – o enfermeiro atraente disse.

– John não é meu namorado. – Sherlock respondeu encarando-o de perto.

– Oh não? Ele falou para mim que era! Alguém precisa avisá-lo...bom, isso a gente pode deixar para depois.

– Espere, ele disse que era meu namorado? – Sherlock questionou.

– É, louco né? Então você vai fazer algo? Eu saio daqui uma hora...podemos ir para algum lugar. O que você acha?

– Eu não sairia com você. Nem em um milhão de anos. Não existe nenhuma razão para que isto aconteça. E sua falta de profissionalismo realmente me enoja. Aliás, eu conheço o conselho deste hospital e sou formado em Direito, então poderia processá-lo por assédio sexual. – Holmes respondeu de maneira seca enquanto os dois se encaravam.

– D-desculpe...eu não... – Noah pediu.

– Senhor Holmes, para você...exigo respeito. – Sherlock disse de maneira teatralmente ameaçadora.

– Desculpe senhor Holmes. – corrigiu.

– Muito melhor. Adeus Neil. – o moreno errou propositalmente enquanto se afastava.




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– Sherlock! Aqui! – Sra. Hudson acenou da janela assim que o viu no estacionamento.

– Tudo bem? – John perguntou assim que este se sentou ao seu lado, no banco de trás ao invés no banco da frente.

–Sim, tudo. – sorriu de volta e virou encarando a janela, deixando Watson bem mais tranquilo.

Enquanto voltavam em silêncio, John só conseguia olhar para ele. Nele vendo as luzes da cidade, a paisagem passando rapidamente lá fora. Tão belo, como sempre.

Naquele instante teve a certeza do quanto desejava Sherlock. Pelo ciúme que havia sentido, pela declaração de Molly.

Sem poder se conter mais, segurou a mão do moreno que a principio hesitou, mas depois permitiu o contato, segurando a sua de volta.

John então sorriu e se virou para a sua janela enquanto no rádio tocava “Because you loved me” da Celine Dion, cantora favorita da Sra. Hudson.




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– Boa noite, rapazes. Até amanhã! – a dona da república desejou enquanto os dois subiam as escadas.

Ao entrarem em seu quarto, John trancou a porta enquanto Sherlock pendurava seu casaco.

Sentando-se em sua cama, jogou seus tênis para longe enquanto o moreno ainda tirava o cachecol e o relógio cuidadosamente. Obviamente ele sabia que o loiro estava esperando por ele, completamente apreensivo.

Quando os dois se olharam, John sentiu seu coração disparar.

– Então...que bom que deu tudo certo hoje. Quero dizer, Mycroft está bem e vai poder nos ajudar com a investigação. – declarou tentando disfarçar.

Sherlock se aproximou e sentou ao seu lado, apenas olhando-o.

– O quê? – John perguntou ao ver que este encarava o chão agora.

– Não sei. Sinceramente não sei. Você me diz, você tem experiência para essas coisas...- declarou completamente nervoso também.

John sorriu e segurando em seu pescoço, procurou pelos lábios de Sherlock que já o esperavam ansiosos. Beijando-o lentamente, segurou seu rosto de maneira carinhosa.

Sherlock avançou um pouco segurando no pescoço de John, que o abraçou enquanto intensificava o beijo.

O moreno então o interrompeu por um breve instante, encarando-o antes de empurrar John para a cama com tudo, deitando-se por cima, enquanto se beijavam com urgência.

John agora segurava forte em suas coxas, mal acreditando que aquele Sherlock era o mesmo que ele havia conhecido.

– John...- Sherlock suspirou quando este mordeu seu pescoço.

Os dois se encararam mais uma vez antes de John beijá-lo demoradamente. As mãos do loiro começaram a subir e pararam na camisa, seus dedos desabotoando com rapidez quando de repente o moreno se levantou, deixando-o completamente sem fôlego e confuso.

– O quê? O que foi? O que eu fiz? – John perguntou enquanto cobria seu colo com uma almofada com a bandeira da Grã-Bretanha.

– Vou tomar meu banho, John. Você sabe, hospital...vírus, germes. Boa noite. – Sherlock respondeu calmamente enquanto pegava sua toalha e caminhava para o banheiro.

– Mas...a gente...certo. Certo. Você está certo. Boa noite para você também, Sherlock. – John sorriu se lembrando do que Molly havia dito.

Sherlock o encarou com seus olhos azuis brilhantes e antes de fechar a porta, declarou:

– E ao contrário do que você disse para o enfermeiro, eu não sou seu namorado.

John se perguntou como ele havia descoberto, mas logo depois sorriu e apenas concluiu que aquele era Sherlock e isso era mais do que o suficiente.



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Notas finais do capítulo

Ownnnnn*_*
é muito amor, gente!
E por falar muito amor, a música citada na Fic, "Because You Loved Me" da Celine Dion, eu gostaria de dedicar para a minha mamis. Para todas as mamis do mundo também! ♥

Um beijinho e até o próximo! ;D



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