A Cúmplice. escrita por Larinha


Capítulo 16
Capítulo XIV


Notas iniciais do capítulo

Aqui, no domingo, como eu prometi.
Perdão por não postar mais cedo, mas estou com obra em casa, e não pude corrigir o capítulo mais cedo.
Vou começar a escrever um padrão, somente de 3.000 pra cima!

Enfim, aproveitem!



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Caminhando pelos corredores, mesmo que às pressas, Ana pôde perceber alguns murmurinhos; além de pessoas desviando olhares quando passava. Não só alunos, mas professores também entravam na roda, uma típica cena de telefone sem fio que ela tinha certeza de que acabaria mal. Pensou se Ethan poderia querer se aproveitar do que as pessoas diziam para ter algum tipo de fachada. Um calafrio desceu sua espinha só com a possibilidade.

Não ligava para rumores, não pensava nas invenções que surgiam sobre a sua vida, ela não podia se deixar abater por fofocas, estava lidando com algo muito pior do que aquilo. “Quando esse idiota for para a cadeia e todos souberem o que eu passei e ainda vou passar, vão se arrepender.” Pensou Ana. “Ou, na pior das hipóteses, vão achar que eu estava acobertando um assassino por querer e vão me pôr na cadeia.”.

Enquanto saía do dormitório recordava da fala de seu pai sobre não sair no meio da semana, sabia que não conseguiria escapar de uma forma amigável daquela vez, então parou no meio do pátio, tentando se lembrar de algo que pudesse ajudá-la. Teria de pedir permissão a Elliot, por mais que seu orgulho não quisesse permiti-la a fazer isso. Ou talvez não, pois nem todos os empregados obedeciam a seu pai ou realmente ligavam para o que ele dizia.

Mesmo sendo o diretor, raramente provava que tinha punho para tal papel. Todos sabiam que, após a chegada de Roberta, era ela quem dominava os assuntos mais urgentes da universidade. “Atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher.” O ditado se encaixava perfeitamente na condição dos dois.

Então, mesmo sabendo que não havia necessidade de voltar ao prédio principal, a morena virou para trás. Não foi de muita ajuda Ethan ter aparecido atrás dela e lhe dado um susto, mas simplesmente o ignorou, como teria feito com ou sem rumores sobre os dois.

— Vai sair? – Perguntou enquanto a seguia até o prédio da diretoria.

— Pretendo. – Ana respondeu seca. – Como chegou aqui tão rápido? Aliás, por que saiu do quarto?

— Por que tantas perguntas, senhorita Smith? Não posso, simplesmente, caminhar pela universidade?

— Não se você está seguindo uma aluna até a diretoria, senhor Millers. A propósito, vai entrar na sala também?

— Seria uma ideia adorável. – Respondeu com a iniciativa de irritá-la ainda mais.

— Eu realmente achei que você fosse mais inteligente. Andando por aí atrás de mim... Não é assim que se mantém um segredo. – A morena tentou revidar.

— E que segredo seria esse? – Disse alto enquanto ambos passavam pela porta do dormitório, gerando alguns murmurinhos de propósito. Algo dizia à Ana que ele estava se divertindo com aquela situação.

— Com licença. – Cuspiu enquanto abria a maçaneta da porta da diretoria, sem reparar que seu seguidor já havia parado na metade do corredor, ao lado da sala dos professores.

Ao entrar, viu Elliot sentado em sua cadeira centralizada na mesa, virado de costas, observando alguma coisa pela janela. Estava tão focado em sua suposta observação que nem ouviu sua filha entrar no recinto.

— Sabe, ela costumava sentar em uma cadeira de balanço perto da janela do quarto e ficar vendo as pessoas passarem na rua. Acho que você pegou esse hábito, só que em cadeiras de couro.

Não sabia por que havia dito aquilo. A frase fez com que os últimos anos de luto não tivesse significado alguma coisa, como se eles sempre a mencionassem daquela forma. Arrependeu-se no minuto em que percebeu como havia soado. Desejou que nunca tivesse mencionado Elizabeth, que tivesse esperado ele se virar. Quando assimilou o que tinha dito, a frase desceu pela sua garganta com um gosto extremamente amargo.

Sentiu-se ainda pior quando Elliot se virou com um sorriso cansado no rosto, isso a deixou bastante surpresa. Ainda não havia acostumado com o fato de ele finalmente ter deixado sua mãe para trás, foram tantos anos perdidos por causa disso que Ana simplesmente não conseguia aceitar a superação direito, mesmo que fosse algo que ela tivesse ansiado por tanto tempo.

— Acho que sim, – ele respondeu um pouco rouco – mas por que a visita repentina?

— Eu preciso... – Ana parou um pouco para pensar, precisava arrumar uma desculpa plausível para sair de lá. Decidiu utilizar a mesma que usara com Lucas e Victória, para que ninguém desconfiasse. - Ir ao meu apartamento, pegar algumas coisas que deixei lá.

Elliot a olhou de soslaio.

— Pensei que, em alguma hora, você me pediria para sair da universidade – dizia mais para si mesmo do que para ela. – Sem professor para te encobrir desta vez?

— Professor? Me encobrir? – Perguntou.

— É, Ethan me disse que te ajudou a sair da universidade para ir à casa de alguém. Ele não sabe quem é, mas me alertou, pois sabia que você sairia daqui de novo. – Ele fez uma pausa, deixando Ana assimilar o que havia acontecido. – Eu vou deixá-la ir, mas não sozinha. Já que ele foi uma vez, que vá agora também.

— Mas o quê? – “Desgraçado! Minha vida só vai piorar daqui pra frente, não é mesmo?!” Ana pensou. – Você não confia em mim?

— Ana... – Elliot deu um grande suspiro – Você saiu sem a minha permissão, de novo, e já tinha quebrado minha confiança há um ano, estamos tentando moldá-la novamente, lembra?

— E você confia mais em um professor que você conheceu há... Sei lá, cinco meses, do que na sua filha? Eu errei, sei disso... Mas essa sua ‘punição’ não faz nenhum sentindo. – Ela respirava profundamente, fazendo longas pausas para se controlar. – Você sabe o tanto que eu tive que aguentar todos esses anos? O quanto eu me contive até explodir? Você descontou seu luto no álcool e em mim, eu não tive saída...

— Filha...

— Você quebrou a minha confiança no momento em que disse quão ingrata eu era... Faz oito anos, acha que eu me esqueci? – Teria sido bem mais compreensível se Ana tivesse gritado, mas, ao invés disso, ela continuava a falar mansamente. – Uma adolescente deveria ter o direito de se divertir, de conseguir comemorar pelo menos um aniversário. Você não tinha o direito de fazer o que fez. Você destruiu uma parte minha, pai. Anabelle morreu aos 10 anos de idade, junto com Elizabeth. E isso foi culpa sua.

— Anabelle Black Smith! – Elliot se levantou com violência de sua cadeira, mas Ana ignorou.

— Eu não levantei a voz com você, isso não é uma discussão. – Ana pigarreou. – Eu realmente achava que estava tudo bem, que Roberta estava fazendo um milagre... Pelo visto eu estava enganada. É... Eu vou à... Ao meu apartamento. Sozinha. Se não confia em mim, siga-me você mesmo. Com licença.

— Você sabe que a razão de não sair daqui não é sobre o que você fez. Está sendo irracional, Ana! – Ele continuava a gritar.

— Sei sim. O grande assassino da cidade que ninguém consegue pegar... Ele age há quanto tempo? Uns sete meses? – Ana deu um sorriso perturbado. - Acho que, se eu morresse, seria um grande descanso. Não só para mim, mas para vocês também. Talvez sua vida fosse um pouco menos miserável, já que não teria de olhar mais para a única pessoa na sua vida que lembra à sua falecida esposa. Bom, chega, eu tenho que ir.

Então a morena simplesmente se virou, abriu a porta da diretoria e saiu, deixando para trás um Elliot com uma expressão perplexa. Ao fechá-la, pôde ver de soslaio que ele desistira de impedi-la e voltara a sentar em sua cadeira, ainda com a mesma expressão no rosto. Talvez fosse culpa, porém Ana achava que seu pai estava apenas absorvendo o que tinha falado. Ela sabia que tinha sido um pouco injusta, porém o fato dele ter mencionado o ‘professor’ a fez perder o pouco do controle que ela possuía. Era tudo culpa dele.

A jovem se agachou, escorregando as costas pela porta, e ficou com a cabeça entre os joelhos por alguns minutos. Não ligava se alguém a visse daquela forma, não estava pensando direito. Seu pai e ela nunca falavam sobre o que acontecera e, sempre que tentavam, havia uma briga. Tinha de resolver aquilo, mas como, se toda vez que tentava falar qualquer coisa com seu pai se lembrava de como ele fora no passado? Finalmente se levantou, tentando esquecer aquilo por um tempo.

Correndo pelos corredores, com o rosto indiferente apesar da briga, focava em chegar até o estacionamento. Não iria pensar no que dissera e no que seu pai dissera, ela precisava de paz. Mesmo que ‘paz’ significasse trabalhar com um detetive particular sobre a morte de sua mãe, porque assim é o único modo de prender aquele que havia tirado parte de sua sanidade. – Na verdade, o único modo era o livro, no entanto ela não queria pensar nele no momento.

Finalmente chegou ao estacionamento, e em seguida achou sua vaga. Um pouco afobada, abriu a porta do automóvel, entrou, mas permaneceu com as janelas fechadas e o carro imóvel. Somente quando conseguiu recuperar o fôlego que ligou o veículo e dirigiu até a saída da universidade. Por sorte o mesmo porteiro estava lá, o que significava que ainda não havia dado meio-dia, e que não era o mesmo porteiro que deixara sair alguns dias atrás. Felizmente conseguiu enrolar o homem e deixar o lugar.

...

Estacionou perto da casa amarela. E, antes que tocasse a campainha da mesma, Rick James abrira a porta.

— Bom dia, – dissera a jovem ao passar por ela – por favor, diga que foi um mal entendido e que não há nenhuma carta de suicídio.

— Não posso ter certeza de que era da sua mãe, porém os policiais da época aceitaram como se fosse porque não havia mais nada para procurar. – O detetive respondera enquanto fechava a porta e conduzia a jovem até a sala.

— Sinto muito pelo divórcio. – Ela comentou enquanto andava.

— As notícias voam, não é? – Rick James deu um sorriso entristecido.

— Foi por causa... Da sua filha?

— Foi.

— Eu não entendo... Ela era tão nova, não se encaixava... – O homem estendeu a mão para que Ana parasse, ela sussurrou um pedido de desculpas.

Conforme os dois entravam na sala, Ana reparava na grande quantidade de papéis em cima da mesa. Em sua grande maioria, jornais de 1999 e documentos que ela nunca vira na vida. Claramente, todos da época em que sua mãe ainda era viva. Ele estava investigando a fundo. Não que isso a surpreendesse, sabia que James era responsável com seu trabalho, ainda mais agora, quando o caso se tornara algo pessoal, porém vê-lo tão comprometido com algo que ela já tinha pleno conhecimento lhe trazia certa angústia.

Eram nesses momentos que ela desejava nunca ter feito uma festa de dezesseis anos e nunca ter encontrado o causador disso tudo.

Um envelope chamou a atenção da jovem. Ele era branco, e por mais que estivesse gasto por causa dos anos, aparentava estar limpo e nem um pouco amassado, o que era engraçado, pois os policiais não tinham tanto cuidado com cartas encontradas que não foram dadas à família. Então, antes que Rick dissesse algo, Ana foi à mesa e apanhou o envelope porque tinha certeza de que aquele era o papel que ela havia vindo buscar.

Então tirou um papel igualmente branco de dentro do envelope e leu em voz alta o que estava escrito:

“Queridos Elliot e Anabelle,

Não sei pelo o que vocês irão passar quando virem esta carta, mas saibam que eu os amava muito, mais do que a mim mesma. Não posso explicá-los por qual razão fiz o que fiz, mesmo que quisesse. E eu sinto muito por isso. Adeus.

Elizabeth Marie Black Smith.”

— É mesmo a letra dela... – Ana levou a mão direita à boca, engolindo o choro que ameaçava tomá-la após a leitura da carta.

— Como pode ter certeza? – O detetive indagou enquanto se sentava no sofá.

— Eu me lembro de quanto ela escrevia em um caderninho de notas que ela mantinha no canto da mesa da cozinha, – a morena respondeu – eu costumava desenhar nele depois que ela saía. Ele está no meu apartamento.

— Então sua mãe realmente se suicidou. – James estava perdido em pensamentos enquanto olhava fixamente em um jornal.

— “Não posso explicá-los.” – Ana citou o que sua mãe havia escrito na carta, dizendo em seguida algo que ela já sabia há bastante tempo com pouca animação, o que deixou o detetive intrigado. – Ele não havia deixado claro na carta que queria descobrir o motivo?

— Assim como você queria... E ainda quer, certo? – Continuou James. – Eu ainda acho que ele quer me distrair do caso dele.

“É exatamente isso que ele quer, para que eu termine o livro, descubra o que aconteceu com Elizabeth e o entregue à polícia primeiro.” Pensou a morena enquanto se sentava ao lado do detetive.

— Talvez... – Ela dissera em voz alta. – Mas que escolha temos?

— Eu vou pedir para entrar no caso novamente, já que o delegado permitiu minha entrada como consultor...

— Isto está meio confuso. Pensei que só eu soubesse que você estava no caso... Investigando por trás? – Ana questionou.

— Eu disse isso para te deixar mais tranquila. – Respondeu enquanto apanhava dois jornais. – Esse é o jornal de 1999, noticiando a morte da sua mãe. E esse é o de 1995... Esse menino não me é estranho.

— É o Lucas Wilson quando era menor... – Ana tomou o jornal da mão de James antes de continuar. – Essa notícia é sobre a morte da mãe dele. “Acidente de carro deixa três feridos e uma morte.” Ele nunca me contara que estava junto no acidente... Que trágico. Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas?

— Para que possamos dar valor ao que temos de bom.

...

Após duas horas de procuras em jornais, Ana analisando a carta de sua mãe aos poucos, ela finalmente se despediu do detetive. Porém, lembrou-se de que provavelmente não iria sair da universidade tão cedo, não somente por causa de seu pai, mas devido às provas. Teria de frequentar não só as aulas regulares, como as de reforço por causa de matérias perdidas. E ainda teria de ensaiar a peça de fim de ano letivo.

Então, como não podia mais esperar, tentou falar com Roberta pelo celular, a ruiva atendeu, mas não estava em casa. Entretanto, mandou avisar que Lilith se sentira um pouco mal de manhã e não havia ido à aula, o que deu à morena motivos para sorrir. Combinou com sua madrasta que ela não mencionaria a visita de Ana à sua antiga moradia, o que era perfeito, iria à casa de seu pai, pegaria a foto e ninguém suspeitaria.

Isso, é claro, se realmente houvesse uma foto.

Fazendo um esforço para tirar os pensamentos negativos de sua mente, Ana entrou em seu carro com a carta de sua mãe em seu bolso, que conseguira levar de Rick com muita insistência. Ligou o carro e dirigiu, até ao lugar que não visitava há alguns anos. Por um momento, sentiu-se um pouco culpada pelo o que havia dito ao Elliot algumas horas antes, mas o sentimento era passageiro e desaparecera no momento em que saíra do carro.

A casa, por fora, havia mudado bastante. Era um vermelho chamativo, quase sangue, que cobria as paredes externas. Antigamente, costumava ser branco, porque Elizabeth adorava branco. A porta e as janelas eram feitas da mesma madeira, a mesma era bem escura, um bom contraste com o vermelho, esse fora o motiva por não terem modificado, Ana presumira. O jardim era como se lembrava. As pedras, as flores, tudo muito bem cuidado. Roberta provavelmente havia contratado um jardineiro, pois ela não teria paciência para manter as plantas como estavam, sozinha. E Ana só via tudo aquilo do portão.

Após tocar a campainha, foi recepcionada por Lilith, sua ‘irmã’. Ela a direcionou à sala, mesmo sabendo que a morena conhecia a casa com a palma da mão. A adolescente nunca havia visto Ana frequentando o lugar, então quis ajudá-la. Elas se sentaram no sofá e conversaram por um longo tempo, o que fez Ana esquecer dos seus problemas. Lilith era uma menina muito espirituosa e inteligente, era muito bom para Ana tê-la presente. A menina lembrava ao meio-irmão, Lucas, seu melhor amigo. Até quando se tratava de enrolar os pais. A menina confessara, após alguns minutos de conversa, que não tinha se sentido mal de manhã, só não queria ir à escola.

Ana, usando a desculpa de que queria rever seu antigo quarto e ir ao banheiro, subiu as escadas. Deparou-se com diversas modificações na casa que não havia reparado antes. As paredes internas continuavam com o antigo bege suave, agora repintado, porém, com vários quadros pendurados nas paredes dos corredores, Ana achava que a cor parecia inadequada demais como fundo para todas àquelas fotos e pinturas. Era como se não pertencesse àquele lugar.

Continuando a andar, passando por quartos inutilizados, Ana finalmente chegou ao seu destino. Abrindo a porta lentamente dera de cara com a janela enguiçada que sondava seus sonhos há anos. Ela estava entreaberta, do jeito que havia sido deixada após o que ocorrera. A morena desviou o olhar focou na madeira do chão. Devia haver alguma parte oca, alguma parte que poderia retirar e encontrar a foto. E assim foi.

Após alguns minutos dando algumas batidinhas no chão do quarto, ela finalmente achou o piso falso, que ficava – convenientemente – ao lado da janela. Com alguma dificuldade, devido às suas unhas ruídas, ela tirou o piso. No buraco que ali havia, encontrou um porta-retratos pequeno virado para baixo. A jovem deu um longo suspiro, três profundas respiradas, e virou o porta-retratos para cima.

A foto era, em si, até um pouco amigável. Era antiga e nela reconhecera de cara o seu pai, sentado em uma mesa com amigos, incluindo John Wilson, e três mulheres. Uma, pela foto que vira no Jornal de Rick James há poucas horas, era a mãe de Lucas, Luciana. O que fazia a foto de ser de até 1995. A outra era, obviamente, sua mãe, Elizabeth. A terceira era estranha, desconhecida, e bem nova. Era morena, tinha por volta de seus 17 ou 18 anos, e tinha um sorriso estranho na boca. Nada muito estranho, até Ana reparar o fundo da foto.

Encostado na pilastra havia um menino que aparentava ter entre 11 e 13 anos, olhos azuis e cabelos negros. “Ethan”, o cérebro de Ana desvendara de imediato. Fora um choque ver o assassino presente neste momento, presente nesta foto, provando que ele conhecia sua família. Contudo, o mais chocante era para onde ele estava olhando. Seu olhar seguia até à mãe de Lucas e a mulher desconhecida na foto, e ele estava apontando para algo que se encontrava no meio das duas. Era um fio, um fio verde, em cima da cadeira.

— “Sua mãe se jogou após ver essa foto.” Mas que diabos... – Ana dissera em voz alta. Então, como uma daquelas lâmpadas que surgem em cima da cabeça de personagens de desenho, a jovem dissera: – Acidente de carro... O freio foi sabotado... por essa morena da foto?


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Notas finais do capítulo

Pra quem queria saber o nome inteiro da Ana... Haha.
Falando nela, que bela detetive, em? Podia até conseguir um emprego com o James depois de notar todos os detalhes da foto.
~Se houve mais algum erro, corrigirei amanhã. Até o próximo.~



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