Minha Vida Fora De Casa! escrita por Jade Potter


Capítulo 7
Capítulo 7




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Depois do filme que eu e Miguel resolvemos assistir, eu fui pro meu quarto e Miguel foi pra sua casa, eu ia me mudar depois, já que eu ainda não tinha arrumado ás minhas coisas. Alex estava parada na minha porta, como se estivesse indecisa se ia entrar ou não. Ela se virou e olhou pra mim.

---Oi. ---falei.

---Oi.

Ficamos um pouco sem se falar só nos olhando.

---Eu quero dormir e você está na frente da minha porta. ---falei.

---AH... Desculpe.

---Não, é só você dar licença e...

---Não. Não é por isso que eu pedi desculpas. Desculpe por não compreender. É que... Eu não queria que você fosse embora. ---falou ela. ---eu tava sendo egoísta. Você me perdoa?

---É claro. ---falei e a abracei.

Alex sempre foi a minha melhor amiga, e sinceramente... Se ela não fosse me pedir desculpas eu iria.

***

UM MÊS DEPOIS.

 Eu estava comprando umas roupas com Alex nesse momento. Era fácil saber que Alex não tinha o mínimo gosto em roupas e isso não é certo. Ah! E pra você que não sabe, eu já estou morando com o meu amor (Miguel) á um mês. E está sendo demais, não mudou muita coisa na realidade. Mais é como se depois de muito tempo eu pudesse ter certeza que ele é o amor da minha vida.

---AAAHHH! ---o grito de Alex me fez sair dos meus pensamentos.

---Qual é o problema dessa vez? ---perguntou a moça que estava duas horas servindo agente.

---Eu estou tão horrível, que tomei um susto com a minha própria imagem. ---falou ela dramaticamente.

---Não está tão ruim. ---falei tentando aliviar. Por que na verdade estava horrível sim.

---Está perfeita! ---exclamou a moça do outro lado. Essa aí quer se livrar de nós.

---Vamos escolher outra. ---falei rápido.

Com isso, passamos mais uma hora escolhendo, e no final só compramos uma. A mulher se retou.

---Nunca mais vão deixar agente entrar nessa loja. ---falou Alex.

---Não temos culpa se ás roupas deles, são assim tão horríveis. ---falei rindo.

Ficamos no parque da cidade andando um pouco. Quando eu parei e olhei para o mesmo ‘’pântano’’ que eu e Miguel limpamos uma vez, foi um sufoco, mas agora só de lembrar já dá vontade de rir.

---Eu posso saber o, por que, dessa risada toda? ---falou Alex.

---Nada. ---falei. ---vamos, tenho que chegar em casa cedo.

---Humm... Já ta falando desse jeito... Daqui a pouco vão ate se casar.

---Que nada... ---falei. ---pode ser.

*

Assim que cheguei em casa, e Alex, que eu espero que ela esteja em casa também, botei minhas coisas no sofá e fui beber água, abri a porta da geladeira enorme, e dei de cara com O MIGUEL  dentro dela, não tinha mais nada dentro, só ele.

---Ai meu deus! Eu só queria uma água. ---falei. Ele sorriu.

---Uma mulher que me tenha, não precisa de água. ---falou ele e me abraçou.

---Onde estava?

---Comprei uma geladeira nova, essa ocupa muito espaço. E alem de ser feia. ---falou ele. ---O meu estagio novo, ta dando o maior dinheiro.

---Que bom! ---falei. ---Tem alguma mulher no seu trabalho?

---Eu acho que não. ---falou ele com cara de pouco caso.

---Não me venha com essa! Deve ter muitas garotinhas que querem você. Ai que ódio, eu quero visitar...

---Você quer o quê?

---Quero visitar. Por quê? Algum problema? Quer esconder alguma coisa de mim? Ta me traindo?

---UOU! Eu to no CIS? Por que, eu não to querendo esconder nada de você, eu só acho isso psicótico demais. ---falou ele indo para o sofá.

---Isso não é psicopatia. ---falei estressada. ---Eu só acho que você poderia ter quem quiser, e um trabalho que eu não conheço, poder ser que...

---Pelo amor deus. Eu não quero mais ninguém. ---falou. ---Pra você ver, a gente tava na geladeira, e olha onde agente foi parar. Em traição.

---Eu sei! É que... Eu sou muito insegura. ---falei.

Ele me beijou.

---Não tem por que ser.

Demorou um pouco e eu falei:

---Eu ainda quero conhecer o seu trabalho! ---falei e me levantei, ele me olhando abismado.

Depois de uma pequena discussão, enfim ele resolveu me levar pra o seu trabalho.

Quando chegamos no prédio, eu nem acreditei. Era lindo, grande, e perfeito. Ele trabalhava no hospital de Dr. House. O melhor medico de todos os tempos.

É claro que eu estava nervosa, mas ele parecia irritado com isso. Quase não falou comigo a viagem toda ate o prédio.

Estávamos já dentro quando eu vejo uma garota chegando perto dele.

---Oi! Quem essa? ---falou ela, a garota não era feia, era morena e tinha os olhos bem verdes.

Ele ia falar, mas eu tomei a frente:

---Sou Bella á namorada, prazer.

A menina me olhou com cara de enterro e falou, fingindo um sorriso.

---É um prazer o meu nome é Carla.

Ficamos em silencio por um tempo, e Miguel falou:

---Carla... Você pode me ajudar segunda-feira, com umas papeladas?

---Claro. Tchau.

Eu olhei pra ele pedindo respostas, ele me olhou parecendo irritado.

---Não disse pra essa garota que tinha uma namorada? ---falei.

---Achei que não era necessário. Quer parar com isso! ---falou ele.

---e ainda veio com essa de ‘’resolver papelada’’.

---Ela é minha ajudante. O trabalho dela é me ajudar. ---falou. ---Bella! Eu amo você. Então o que estamos fazendo aqui?

---Você anda muito com essa tal de Carla? ---falei chegando mais perto dele. Ele agora estava sorrindo.

---Não. ---falou ele. ---Eu prefiro as loiras.

Eu ri e o beijei.

Assim que chegamos em casa, na nossa casa, parecia que tinha virado algum Brega, por que Alex, Vitor, e uns dois caras, que pela a aparência pareciam ser gays, estavam de preto fazendo algum de tipo de macumba, só pode ser. Estavam em volta de alguma coisa.

---Não sabiam que vocês eram do candomblé. ---brincou Miguel.

---Não estamos fazendo macumba, estamos em um enterro. ---falou Alex.

---Um o que? ---falei assustada.

---O Kevin morreu. ---falou Vitor, fingindo choro.

---Quem? ---falou Miguel, eu já ate sabia de quem eles estavam falando, era do hamister que Vitor comprou uma vez. O Miguel nem soube. Nossa! O bicho morreu.

---O Kevin morreu? Mais por quê? ---falei.

---Morreu com veneno pra rato. ---falou Vitor.

---Botaram veneno pra rato, em uma casa com um rato? ---falei ironicamente.

---Não é um rato, é um hamister. ---falou Vitor. ---E foi idiotice mesmo. É por que eu vi um vestígio de rato na cozinha, mas depois percebi que não era um rato era o Kevin, mas agora já é tarde de mais.

Eu estava pasma.

---QUEM É ESSE KEVIN? ---gritou Miguel. ---Ele morreu com veneno pra rato?

---O Kevin ‘’era’’ um hamister, muito bom...

---UM HAMISTER? Há quanto tempo ele existiu? ---falou ele.

---Há três meses. ---falou Alex. ---Desculpa não te contar, é que você ia ficar...

---UM HAMISTER NO MESMO LUGAR QUE EU?

---Assim.

---Vamos parar com essa gritaria. Tenham respeito á os mortos. ---falou Vitor.

Eu só estava olhando a coisa toda.

---Que respeito nenhum! Ninguém teve nenhum respeito por mim. ---falou Miguel.

---Que drama, Miguel! Era só um Hamister. ---falou Alex.

Miguel foi pra mais perto do pequeno caixão, e deve ter visto uma coisa bem grande, por que falou:

---Isso aqui parece um rato de esgoto. ---falou ele com nojo.

---Viu o que eu falei? ---disse eu.

---Vocês dois não prestam. É por isso que se merecem. ---falou Vitor. ---que depressão.

Alex olhou pra mim, e deu risada saindo da nossa casa, e Vitor foi logo atrás.

---Ô seu gaysinho imprestável! Cadê o rato? ---falou Miguel.

---Tá no seu quarto de hospedes.

---VOCÊ NÃO VAI DEIXAR UM RATO MORTO NO MEU QUARTO! ---gritou Miguel pra Vitor, que saiu correndo deixando ele falando sozinho. Eu ri. Ele olhou pra mim. ---Na próxima vez que eu ver esse cara, ele vai ter um lugar perto do rato.

---Eu te ajudo! ---falei e nós dois subimos pro nosso quarto.


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Notas finais do capítulo

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