Armadilhas Do Amor escrita por Lady Mary


Capítulo 5
Festa, não tão legal assim


Notas iniciais do capítulo

Então galera, demorou mas saiu! Espero que gostem! Algumas coisas vão dar errado, coitada da Lu...



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Eu o encarei.  

- E como você vai fazer isso? Digo, como vai sair de casa sem ninguém notar?  

- Eu dou um jeito. - Ele piscou para mim. - Minha mãe é fácil de enrolar. E seu pai?  

- Como assim? Você acha que eu vou te ajudar a enganar meu pai?

 - Ah, fala sério. A garotinha certinha não vai para uma festa porque tem medo de desobedecer o papai. Ta brincando né?

 Eu fiquei irritada. Não é que eu tinha medo. Mas eu fiquei bastante tempo longe de meu pai e não queria que ele se chateasse ainda mais comigo logo agora que eu acabei de chegar!  

- Não! Não é isso! É que, eu... Eu só não quero que... Ok! Eu tenho medo de desobedecer meu pai, satisfeito?  

Ele deu uma risada, e eu senti vontade de jogar meu miojo na cara dele.  

- Não precisa ter medo, senhorita. - Ele disse, tirando sarro da minha cara. - O Leo aqui já está acostumado com isso, não vou nos meter em nenhuma enrascada!  

Ele deu uma risada. Eu dei um sorriso de canto.  

- E então, você vai comigo?

 - Mas, eu não fui convidada! Provavelmente nem conheço a pessoa que vai dar essa festa!  

Leo jogou a cabeça para trás e deu uma gargalhada.

 - Esse é o tipo de festa "quanto mais gente, melhor"! Você acha mesmo que o Jonathan convidou todo mundo da festa ou mesmo que ele conhece todo mundo?

 - Ah, sei lá...  

- Não precisa se preocupar com isso, ele nem vai ligar.  

- Hmm...  

- E então, você vai comigo?  

- Está bem, está bem! Eu vou!  

- Sabia que você não resistiria aos meus encantos.  

- Cala a boca!  

Eu dei uns tapas nele de leve e ele segurou meus braços e eu caí deitada na cama. Então ele ficou por cima de mim e começou a me fazer cócegas. Meu Deus, meu ponto fraco são as cócegas. Eu sinto cócegas no corpo inteiro! Soltei um gritinho.

 - Ai! Para! Le-Leonardo! (risos) Pare j-já!  

Eu ria e me contorcia toda com as cócegas. Ele foi cruel. Até que, meio sem querer, meio de propósito, eu dei uma joelhada no seu ponto fraco.

 - Ai! - Gritou Leo. Ele se encolheu todo e caiu da cama.

 - Ops... - Sim, eu tinha mesmo a intenção de acertar ali, mas  não era para ser forte! Foi só uma tentativa desesperada de faze-lo parar de me fazer cócegas!  - Leo... Você está bem? - Eu perguntei, mordendo o lábio.  

- Não! - Ele gritou. Eu estava contendo o riso. - Que merda, Luana! Isso é sacanagem, golpe baixo! Caralho, Luana, vai a merda!  Era muito engraçado vê-lo irritado daquele jeito, mas eu tentei não rir, desci da cama e dei a mão para ele se levantar.

 - Calma! - eu disse - Você que começou fazendo cócegas!  

- O caralho! Chutar o saco é bem pior!  

- Desculpe. - Eu disse, rindo baixinho.  

Depois nós nos sentamos novamente na cama e terminamos nosso miojo, a essa altura, já estava frio. Eu levei os pratos para cozinha, meu pai e Rosa já tinham saído. Subi novamente. Leo ainda estava no meu quarto, com meu celular nas mãos.  

- Leo!  O que você está fazendo com meu celular? - Eu disse, correndo até ele e pegando meu celular de suas mãos.

 - Mensagens do Rafa pra você! - Ele disse, e em seguida fez uma voz ridícula afeminada. - "Oi, Lu! Já estou com saudades, princesinha. Quando você vem aq...  

- Cale a boca, Leo! E pare de fazer essa voz, você parece um lesado!   Li a mensagem de Rafa. Seu pai tinha lhe comprado um celular novo, já que o seu fora destruído no acidente. Ele disse que já estava com saudades. E, espera, princesinha? O Rafa é um fofo, mesmo! Eu sorri com a mensagem dele, e respondi, falando que estava de castigo que assim que pudesse iria vê-lo novamente.

 - Leo! Você nunca mais mexa nas minhas mensagens!

- Calma, "princesinha"! - Disse ele, tirando sarro.  

- Leo! - Eu suspirei, e revirei os olhos. Peguei uma toalha e me dirigi ao banheiro.  

- Ei, aonde você vai? - Perguntou Leo.

 - Eu peguei toalha para ir no shopping fazer compras e leva-la pra passear! Dãã.  

Leo revirou os olhos.

- Vou tomar um banho. E você também deveria - eu disse, torcendo o nariz, só pra zoar com ele.  

- Ta bem, senhorita higiene! - Disse ele, saindo do quarto.

Eu me despi e entrei debaixo do chuveiro.    Saí do quarto enrolada na toalha, e dei de cara com o Leo, vestido apenas com uma bermuda, deixando os músculos visíveis.   - Leo! - Eu disse, tentando me esconder, afinal, só estava de toalha. - O que você está fazendo aqui?  - Calma, só vim buscar meu celular! - Ele disse, colocando as mãos para cima, como se estivesse se rendendo.  

- Leo! - Eu disse, meio alto e me cobrindo com as cobertas ao perceber o seu olhar nada discreto para as minhas pernas, que não ficavam totalmente cobertas com a toalha.  

- Calma, calma, já estou saindo!  

Ele saiu do meu quarto e eu me vesti. Coloquei uma roupa confortável e desci as escadas, pegando um copo de água. Ouvi uma risada atrás de mim. Leo.  

- Eu não acredito que você usa pantufas de unicórnio!

- Ah, Leo, me deixa, eu gosto de unicórnios, ok?  

Ele deu mais uma risada de mim, e se sentou no sofá.  

- Tem um show do AC/DC aqui, quer assistir comigo?  

- Não posso, tenho dever da escola pra fazer.  

Ele revirou os olhos e disse baixinho:  

- Como se eu também não tivesse.  

Eu subi as escadas, e me dirigi ao meu quarto.  Logo, "The Jack" começou a tocar no volume máximo no andar de baixo. Desci as escadas furiosa. Leo tinha um sorriso malicioso no rosto.  - Leo! Abaixa agora essa porcaria! Eu estou estudando! - Gritei, tentando sobrepor minha voz à música. E ele deu uma risada, pausando o show.  - Ué, você que não quis assistir comigo!   Revirei os olhos e me sentei ao seu lado, já que não via outra alternativa.  Passamos o resto do dia assistindo filmes, conversando e comendo pipoca com caramelo. 21:30 hs eu fui dormir.  

Acordei no outro dia, e fui à aula. Normal. Senti falta do Rafa no recreio, mas a Nanny e a Camila me garantiram que ele estava se recuperando bem.

Quando cheguei em casa, lá estava Rosa. Ela fez almoço para mim e para Leo.  

- Onde esta meu pai? - Perguntei.  -

Trabalhando, querida.  

- Ah...  

Depois do almoço, Rosa saiu novamente.  

- Ei, Lu, 19:00hs a gente sai de casa, ok?  

- Ta bem! - Eu ainda estava meio preocupada, caso meu pai descobrisse.   Rosa chegou em casa 16:30 hs, tinha o resto do dia de folga. O que me preocupou mais ainda, porém ela ficou cochilando no quarto e eu fui tomar meu banho. Saí do banho e fui me arrumar.  Eu estava passando o brilho labial quando o Leo entrou.  

- Ei, Lu... Uau.

Guardei o brilho labial e me virei para ele.

- O que foi, Leo?

-Nada! Você está pronta?

- Sim!  

Leo  vestia jeans e usava uma camisa branca, que apesar de simples, deixava-o lindo.

- Então vamos! - Ele disse,  indo em direção á minha cama.

- O que você..?

Ele bagunçou tudo, tirou a colcha, arrumou uns travesseiros e cobriu-os com o edredom.

- Prontinho! - ele disse.

- Mas o que... Então eu olhei para minha cama e entendi. Parecia que tinha alguém dormindo nela. E ri comigo mesma.

- Ok, vamos!  

- Só mais uma coisa! Escreve um bilhete pro Marcos dizendo para ele não te acordar porque... bem, porque amanhã você... tem prova e quer estar bem descansada, ok?

- Ok!

Arranquei uma folha cor-de-rosa da minha agenda e escrevi. Quando descemos as escadas no máximo possível de silêncio, eu deixei o bilhete sobre a mesinha da sala. E saímos. Chegamos na casa de Jonathan, o cara que estava dando a festa. A casa era enorme, e tinha muita, muita gente, dançando, bebendo, conversando em grupinhos... A música estava alta, e tinha um pequeno "bar improvisado" na  bancada da cozinha. Então apareceu um garoto, de uns 18 anos. Deveria ser o Jonathan:

- E aí cara! Que bom que você veio! - Ele disse, cumprimentando Leo. - Quem é essa gata que você trouxe?

- Ah, ela é a Luana!

- Oi... - Eu disse, envergonhada.

- Luana! É um prazer conhece-la, você é a filha do Marcos, né?  

- Sim, eu mesma. - Eu disse, sorrindo.

- Então, fiquem a vontade vocês, ok? Se quiserem beber alguma coisa, é só pedir pro Daniel, ali na cozinha! - Ele disse, saindo.

- Viu, eu disse que ele não se importaria.

- É...

- Então, vou pegar umas bebidas, o que você quer?

-Coca está ótimo. - Eu disse, dando um meio sorriso. Leo soltou uma risada.

- Você  vai beber refrigerante? Vou trazer algo melhor pra você.

Leo voltou com dois copos com um líquido de cor meio esverdeada. Eu peguei um e bebi. Minha boca começou queimar.  

- Argh! O que é isso?

- Calma! - Disse Leo, rindo da minha "falta de hábito" com bebidas alcoólicas. - Só peguei uma fadinha verde para dar uma animada. - Disse ele, rindo e bebendo o conteúdo do seu copo.

- Fada verde?

- É, absinto.

- Ah.

Talvez Leo tivesse razão. Depois que bebi o conteúdo do meu copo, fiquei um pouco mais solta, mas não bêbada! Depois bebi apenas refrigerante e até uns goles de energético. Leo foi saindo.

- Ei, aonde você vai?

- Eu vou dançar, ué. Não vim aqui para ficar parado!  

Ele saiu de perto de mim, e eu fiquei meio perdida. Sentei em um banco do "bar improvisado". Logo vi Leo beijando uma garota loira, de roupas minúsculas. "Dançar, ok" Revirei os olhos, rindo. Um garoto sentou ao meu lado.  

- Oi princesa, tudo bem?

- Ahn, tudo, e você?

- Senti minhas faces queimando.

- Eu estou ótimo. Meu nome é Douglas e o seu é..?

- Ah, eu me chamo Luana.

- Luana, nome lindo! Então, Luana, você é amiga do Jow?

- Jow? - perguntei.

- O Jonathan!

- Ah! Bem, não. Meu... irmão é amigo dele e me chamou para vir. - Me senti estranha ao chamar Leo de irmão.  

- Entendo. Você não é do Rio, né?

- Não não, eu vim faz pouco tempo de Curitiba.

- Percebi pelo sotaque. - Douglas disse, sorrindo.

Conversamos um pouco, Douglas era legal, apesar de dar em cima de mim algumas vezes. Mas eu o 'cortava'. Ele era bonito e simpático, mas não queria nada com ele.

Ouvimos Jonathan gritar "Jogo da Garrafa!" segurando uma garrafa de whisky. Algumas pessoas se aproximaram, sentando-se em roda e Douglas se levantou:  

- Vem!

Eu não estava muito afim de ir, mas me deixei ser guiada por ele e nos sentamos na roda. Leo chegou.  

- Não acredito que você vai participar!  

Fiquei irritada. Ele achava que eu era a "filhinha de papai", menina certinha que nunca faz nenhuma loucura!

- Vou sim, algum problema?

- Não, nenhum. - Ele se sentou na roda. Jonathan girou a garrafa. Uns três beijos mais tarde, a garrafa parou em mim. A outra ponta apontava para um cara alto, com uma regata marcando os músculos. Ele se levantou e foi até mim, com visível expectativa. Eu me levantei, dando um beijo rápido nele. Quase um selinho. Ele reclamou:

- Ah, assim não vale!

- Porra, cala a boca Jean. - Disse Leo, me salvando. Eu formei a palavra "obrigada" para ele com os lábios. A garrafa girou novamente, parando em Leo e uma outra garota com um vestido minúsculo, deixando metade dos peitos para fora. Leo foi até ela e deu-lhe O beijo. Ela, aparentemente, não se importou. Eca.

Saí do jogo de fininho, sem que ninguém percebesse. Não queria ter um monte de gente desconhecida beijando minha boca. Fui dançar um pouco. Não sei como matei minha vergonha, mas fui dançar. Logo vi Leo beijando outra garota, mesmo não estando mais no Jogo. Revirei os olhos, rindo.  Apareceu uma moreno alto. Ele se começou a dançar perto de mim, bebendo um copo de sei lá o que.

- Oi, gata, tudo bem?

Eu senti a pele das minhas bochechas queimarem, ficando vermelhas.

- Oi, ahn, tudo sim, e você?

- Também. Você se chama?

- Eu me chamo Luana, e você?

- Jean. - Eu senti um arrepio percorrer minha espinha, lembrando do cara que tentara me agarrar no Jogo da Garrafa.

- Então, por que está tão desanimada?

Eu não queria admitir, mas, bem, até um cara que eu nem conheço percebeu. Sim, eu estava preocupada.

- Nada não. - Jean fez uma cara do tipo "você não ia ficar assim por nada" -  Só... estou meio preocupada com um amigo meu que está no hospital.

- Ah! Quer saber? - Disse ele - Você está numa festa, não pode ficar pensando nessas coisas. Vem comigo que eu te faço esquecer esse cara rapidinho. Eu não queria ir.  

- Mas, é que eu... - Não tive chance. Ele me puxou pela mão indo a um lugar mais escuro. Eu fiquei até com um pouquinho de medo, mas, infelizmente, fui atrás dele. Talvez tenha sido a tal da fada verde, ou o energético. Sei lá.  Ele apenas começou a dançar comigo novamente. Tudo estava indo bem, até que ele segurou em minha cintura. Eu tentei fugir dos seus braços, mas Jean era forte. E ele foi aproximando seu rosto do meu, enquanto eu tentava inutilmente empurra-lo com minhas mãos em seu peito para longe de mim. Ele me beijou. Eu tentava de toda forma afasta-lo, eu batia em seus braços como conseguia, mas ele parecia nem sentir, e me pressionava contra a parede.

- Calma, gatinha, eu não mordo, só se você pedir. Ai que nojo! Eu estava ficando desesperada, com várias tentativas inúteis de afasta-lo, mas não teve jeito. Sua boca foi descendo para meu pescoço.

- Ai! Me solta agora, seu idiota nojento!

Então algo o puxou para trás, bruscamente.

- Porra Jean, o que você ta fazendo? Não percebeu que a garota não quer nada contigo, caralho! - Gritou Leo, me salvando mais uma vez.

- Que merda, Leo! Você interferindo de novo!

Eu senti-me nojenta. Queria tomar um banho para ver se tirava o sabor do beijo de Jean de mim. Eu senti meus olhos ardendo, uma lágrima escapando deles.  Leo cerro os punhos e deu um soco em Jean.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Sim? Não? Comentem! O que vai acontecer agora? Eles vão brigar? Leo ganhará a briga? E a Lu? Não deixem de acompanhar, até o próximo capítulo! :)) Kisses



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