Armadilhas Do Amor escrita por Lady Mary


Capítulo 4
Acidentado!


Notas iniciais do capítulo

Então gente, escrevi o comecinho com a narração do Leo, só pra gente entender um pouquinho do que ele sentiu, ok? Espero que gostem!



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Leo:

Porra.

"Quando eu convidei o Rafa pra ir lá em casa, eu não esperava aquilo! Primeiro ele começa a chama-la de "princesinha" (eu sei que foi só uma ou duas vezes, mas, porra, eles se conheceram hoje!). Depois eu fui buscar o jogo, e quando voltei, vi a Lu abraçando-o e dando beijos nele. Sim, eu sei que foi no rosto, mas mesmo assim! Depois ele simplesmente a abraça. "

Me peguei pensando assim, e fiquei com ódio de mim mesmo. Por que eu estava com ciúmes da Luana? Agora ela era meio que minha irmã, certo? Talvez seja essa minha mania de querer pegar todas as minas.  Será que sou tão horrível assim? Querer pegar a Luana? Ah, fala sério. Fiz a primeira coisa me veio na cabeça. Peguei o celular e mandei uma mensagem.

"Oi Alexia, eu tava pensando se vc não queria vir aqui em casa hoje? sdds ;* "

Logo ela apareceu lá em casa e eu a levei pro meu quarto, beijando-a e já tirando seu top, enquanto a encaminhava para minha cama. Tudo bem, ela era gata, mas não é o tipo de garota que você possa conversar e trocar de ideias. Sabe? Nada na cabeça, personalidade fraca. Meio chatinha. Passava das quatro horas da manhã quando resolvi que era melhor acordar sozinho de manhã, ainda mais que não queria dar explicações à Luana.

Levei-a para cozinha, e me despedi dela com um beijo. Então eu ouvi um espirro vindo da escada. Era a Lu. Fiquei atônito, perdido, não sabia o que fazer. Ela provavelmente havia acabado de aparecer, sua expressão era um misto de sono, surpresa, irritação e confusão. Alexia ficou nervosa e se mandou. Assim que ela se foi, Lu ficou super irritada, perguntando quem era ela e se ela teria de se acostumar com isso. E, sinceramente, eu não entendi direito o porquê de ela se importar tanto. Ela não era minha namorada, porra! Eu fiquei irritado com ela se metendo assim na minha vida, discuti com ela e subi as escadas batendo os pés. Deitei-me na cama. A expressão zangada de Lu não saia da minha cabeça. Mal sabia ela - pois é, eu tinha de admitir - que eu só chamei a Alexia para tirá-la da cabeça. O que, é claro, não adiantou merda nenhuma. Só piorou tudo! E eu não queria ficar brigado com a Lu, mas também fui orgulhoso demais para pedir desculpas, e também, não gostei de ela ficar se intrometendo na minha vida daquele jeito! Fechei os olhos, cansado, e acabei adormecendo.

Levantei cedo e fui fazer café, como de costume. Logo Lu desceu as escadas, mas eu fingi que ela não estava ali, afinal, estava meio chateado. Ela me deu um "Bom dia!" animado, como se nada tivesse acontecido e eu respondi sem ânimo algum. Mas, caralho, ela me obrigou a prestar atenção nela e pediu desculpas. Disse que eu tinha razão e que ela não tinha nada que se intrometer na minha vida. Porra. Me senti horrível. Eu também estava errado. E mesmo depois de algumas bobagens que eu disse para ela, ela estava ali pedindo desculpas! Fiquei feliz por não ter mais de ficar brigado com ela, e dei um sorriso, abraçando-a. Quando a larguei, eu olhei direito para ela pela primeira vez no dia. Uau. Ela ainda tinha os cabelos bagunçados, não usava maquiagem, estava descalça, o esmalte tirado com as próprias unhas e vestia apenas uma camisola. Linda. A camisola só deixava-a mais sexy, e eu disse algo muito inteligente, do tipo:

- Porra, Luana, você fica gostosa demais com essa camisola.

Luana:

Eu dei uma risada, e fui pegar meu café. Meu pai e Rosa desceram as escadas.

- Bom dia,  crianças. - Disse meu pai, mexendo nos cabelos bagunçados.

- Bom dia pai, oi Rosa.

- Bom dia! - Disse Rosa, pegando café para ela e para meu pai.

- Ahn, pai, pensei que vocês já tivessem saído. - Falei.

- Ah, querida, hoje eu consegui a manhã de folga! Só vou trabalhar depois do almoço. Que tal você e o Leo almoçarem em casa hoje?

- Claro!

- Beleza.

Fui escovar os dentes, e me arrumar para ir para a aula. Peguei minha bolsa e chamei Leo para irmos. 

Chegamos na escola, e encontramos o Dudu, a Mila, a Nanny e o Gabriel conversando. Mila tinha uma expressão séria  no rosto quando eu e Leo chegamos. Ela parecia extremamente sensível (sensível ela era o tempo todo, mas agora parecia extremamente frágil) como se pudesse chorar a qualquer momento.

- Oi gente!

- Oi... - Todos pareciam preocupados.

- Espera aí, cadê o Rafa? - Escorreu uma lágrima do rosto da Camila, e Dudu a abraçou. O Dudu ia falar alguma coisa, mas antes disso Gabriel o interrompeu.

- Ei, Dudu, acho melhor você não falar mais de "você-sabe-o-que" perto de "você-sabe-quem". - Gabriel disse, apontando discretamente para Camila.

- Ah, ta certo.

Gabriel me puxou para um canto, enquanto Nanny falava com Leo. 

- Foi um acidente. - Ele começou a dizer. - O Rafa se acidentou de moto.

- O que? Como assim?

- Ele estava andando de moto, a noite, e a Camila estava na garupa, aliás. Os dois estavam indo para a casa do Dudu, iriam dormir lá. Mas tinha um cara bêbado na contra-mão. E, bem, bateram. A Mila não se machucou tanto porquê ela disse que o Rafa a empurrou antes, só levou uns arranhões. Mas, bem, o Rafa está muito mal.

Eu não me segurei. Lágrimas escorriam pela minha face. Comecei a soluçar. Eu havia conhecido o Rafa no dia anterior, mas ele era super legal comigo.  Mas que merda! Eu chorava, agora, compulsivamente, e Gabriel me abraçou. 

- Ei, tudo bem, o Rafa vai ficar bem, ok? - Dizia Gabriel para mim, mas era aparente que também estava preocupado.

Leo veio até mim e me abraçou forte. Eu também o abracei, e chorei. Leo me soltou. 

- Ei, vai ficar tudo bem, ok? O Rafa vai ficar bem.

A aula passou muito devagar, e foi super chata.  Assim que acabou eu peguei Leo pelo braço.

- Me leva no hospital.

- O que?

- Me leva no hospital, eu quero ver o Rafa!

- Ta bom.

Chegamos no hospital, e deixaram a gente entrar. Quando eu vi o Rafa fiquei assutada. Ele tinha uma aparência horrível, vários arranhões e machucados, um braço quebrado... não queria saber dos detalhes. Quando entramos ele estava dormindo. Comecei a chorar novamente, e Leo passou o braço pelos meus ombros. Sentei-me ao lado da maca de Rafa e segurei sua mão, Leo ficou do meu lado, em pé. Rafa começou a abrir os olhos e eu sequei minhas lágrimas, queria me mostrar forte para ele. Rafa olhou para mim, e depois para Leo. 

- Ei, o que vocês estão fazendo aqui?

- Nós viemos te ver, cara, nos contaram o que rolou.

- Ficamos super preocupados. - Eu disse, contendo o choro.

- Eu to bem, gente, não precisavam ter vindo. - Disse o Rafa, dando um sorriso.

- Você está bem? Você está todo machucado, em um hospital e você diz que está bem? - Eu disse.

- Não é tão ruim assim.

Eu sorri pra ele e um enfermeira entrou no quarto trazendo o almoço dele. Depois que ela saiu, Rafa disse:

- Argh, não quero comer.

- Ah, vai comer sim, senhor! - Eu falei, sorrindo.

- Mas, Lu...

- Vai comer sim! - Eu disse, pegando o garfo e dando pra ele.

- Lu... 

Eu enchi o garfo e enfiei na boca dele. Leo soltou uma gargalhada atrás de mim. 

- Ei! - disse Rafa, depois de engolir - Eu disse que não queria!

- Não vai querer que a Lu faça "aviãozinho" pra você, vai? -disse Leo, com uma gargalhada. - Eu não duvido nada que ela faça isso! - Eu olhei pra ele, rindo também e peguei o garfo.

- Brummmmmm, o Rafinha vai ou não vai deixar o aviãozinho passar? - Eu disse, com voz de criança. Leo deu mais uma risada.

- Ah, fala sério, Lu... - Disse Rafa.

- Bruummmmmm! - Ele revirou os olhos e abriu a boca, para que o "aviãozinho" entrasse. Eu dei na boca dele mais uma ou duas vezes e disse:

- Ta bom, não sou sua mãe, agora pega o garfo! - E dei uma risada. Meu celular tocou. Número desconhecido. Atendi.

- Alô?

- Oi, Lu? Aqui é a Rosa, onde você e o Leo estão? Vocês disseram que iam almoçar em casa hoje, fiquei preocupada com a demora de vocês.

Nesse momento eu gelei. Meu Deus, como eu pude esquecer de meu pai? Ele ia ficar super chateado. Merda!

-Lu?

- Ah, oi, é que, bem, já estamos indo para casa, não precisa se preocupar, ok?

- Está bem, posso falar com o Leo um instante? 

- Claro!

Passei meu celular para Leo, que estava falando com o Rafa. Ele foi até a janela falar com Rosa.

- Está tudo bem? - Perguntou Rafa.

- Sim, era só a Rosa.

- Ah.

- Nós vamos ter que ir, tudo bem?

- Ah, ok então. - Ele terminou de comer e empurrou a bandeja para o lado. Eu me sentei na beira da maca dele.

- Eu vou voltar aqui.

- Promete?

- Prometo. E você, promete que vai ficar bem? - Perguntei.

- Eu prometo.

Eu o abracei, e ele gemeu de dor.

- Ai meu Deus! Desculpe! Você está bem?

- Tudo bem. - Ele disse. Senti a mão de Leo em meu ombro.

- Acho melhor nós irmos. - Ele disse, me entregando meu celular.

- Ok.

Dei um beijo no rosto de Rafa.

- Tchau.

- Tchau.

Saindo do hospital, encontramos Nanny e Gabriel, com mais uma senhora (provavelmente, mãe do Rafa) com os olhos cheios de lágrimas. Demos um "oi" rapidamente e logo saímos.

Chegamos em casa. 

- Luana! Leonardo! Aonde vocês estavam? - Meu pai estava bem chateado.

- Pai, me desculpe! Eu esqueci...

- Como assim esqueceu? Eu arrumo uma folga só pra ficar com você e você esquece?

- Pai, é que... - Notei Rosa conversando com Leo na cozinha. Aparentemente as notícias também não eram muito boas. 

- Pode me dizer aonde você estava?

- No hospital...

- No hospital? O que você estava fazendo no hospital?

- Eu fui visitar o Rafa. Ele se acidentou.

- O que? Como assim se acidentou? Ah, deixa pra lá, mas é que você prometeu almoçar em casa hoje! Faz tempo que não almoçamos juntos.

- Ai, pai, me desculpa! É que eu fiquei tão preocupada com o Rafa que acabei esquecendo!

- Ok, eu te desculpo, mas, ahn, fale com a Rosa, ela vai te explicar. Não sou bom com essas coisas.

Fiquei confusa por um momento. Como assim falar com a Rosa? O que ela iria me explicar? Que coisas? 

- Luana, querida, pode vir aqui um instante? - Era a Rosa, na cozinha. 

- Que merda mãe! Vocês estão pensando que temos 7 anos de idade? - Falava Leo, um pouco alto demais.

- Desculpe querido é que...

- O que houve? - Perguntei. 

- Ah, é que, querida, não fiqe chateada comigo. Mas é que antes de vocês chegarem seu pai falou comigo. Bem, ele disse que você foi irresponsável hoje e blá blá blá - ela falou, revirando os olhos - e disse que você ficaria de castigo essa semana, e que não poderia sair de casa... Olha, eu tentei falar com ele, ok? Mas ele não voltou atrás. 

- E agora eu também vou ser um prisioneiro! - Falou Leo.

- Filho, não é bem assim. Você sabe que também fez errado!

Eu fiquei surpresa. Meu pai realmente tinha ficado chateado para me deixar de castigo mas, ah, por favor! Eu já tenho quase 17 anos! Fiquei irritada, e subi para meu quarto. Depois de algum tempo, alguém bateu na porta. 

- Ah, oi Leo. Entra aí, o que foi?

- Trouxe almoço! 

Ele carregava uma grande bandeja com dois pratos com miojo e dois copos com Coca-Cola. Eu sorri, e só então percebi como estava faminta! Nem tinha notado até então que não tinha almoçado.

- Ah, Leo, você é um anjo!

- Eu sei. - Disse ele, colocando a bandeja em cima de minha cama.

- E agora - eu disse, sentando na minha cama e pegando um pouco de miojo - o que vamos fazer trancafiados aqui? 

Leo soltou uma risada. 

- E quem disse que vamos ficar trancafiados aqui? Só se você estiver falando por si, pois eu tenho uma festa pra ir amanhã!

- E posso saber como o senhor vai sendo que nossos pais não deixam?

- E quem disse que eles precisam saber?


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Notas finais do capítulo

Ba dum tss! Tcham tcham tchammmm! Espero que tenham gostado gente, até o próximo capítulo! Deixem seus reviews aí, se alguém tiver uma sugestão... Beijo!



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