Invisível-Side Story: O Amor Dos Pais escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 2
Crescendo


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOI :D
Titia adiantou o cap, mesmo só dendo dois míseros (porém muito bem vindos e que me fizeram mt feliz) comentários D:
E adiantei por causa da coisa linda e maravilhosa amor do coração da titia, Lally, que maravilhosamente recomendou a fic *----------* Carol te ama, guria ;}
Obrigada viu, adorei demais, ainda mais o voto de confiança que colocou na minha escrita e tudo mais.
Lally rocks! ♥
Capítulo dedicado a diva Lally ♥
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Beeeeem, o capítulo de hoje mostra algumas cenas ao longo dos anos que foram passando, espero que vocês consigam notar o amadurecimento dos sentimentos e talz :D
Se alguma coisa não estiver clara, digam-me! :)
É isso,
Enjoy :}



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Escola Elementar – 1st grade

Na escola, Minato ficava quieto em seu canto, ao contrário de Kushina, que só sabia arrumar confusão. O loiro a observava de longe e imaginava se a garota queria chamar atenção ou algo parecido com todas aquelas brigas infantis. Não entendia por que seus colegas de sala não conseguiam gostar da ruiva e se sentia mal por isso, pois podia ver que ela não possuía nenhum amigo, mas mesmo assim recusava a amizade dele.

O sinal do intervalo tocou e o garoto de olhos azuis ia sair para comer seu lanche quando se deu conta de que Kushina sentava sozinha em um canto da sala. Ele se aproximou em passos receosos. A menina parecia perdida em um mar de pensamentos, mantendo o olhar na paisagem através da janela.

–K-Ku-Kushina-chan... – chamou com um sorriso fraco no rosto. A Uzumaki virou a face rapidamente, com um olhar extremamente irritado.

–Quem você pensa que tá chamando de –chan? – E ela não pensou duas vezes para apertar a caixinha do suco que bebia na cara do menino. – Dá o fora! Eu quero ficar sozinha... – murmurou a última frase e virou a cabeça para o lado oposto. Minato, mesmo não se sentindo nada bem por estar com o rosto e uniforme sujo de suco, ainda não pôde culpar Kushina ou ficar com raiva, porque percebeu um brilho triste nos olhos acinzentados. Ela parecia segurar o choro a qualquer custo e tudo o que ele gostaria de poder fazer era ajudá-la, mas a ruiva evidentemente não queria seu consolo.

O loiro se afastou cabisbaixo e, assim que ele deixou a sala, a garota começou a chorar silenciosamente. Por que ele se preocupava com ela? Por que se importava? Perguntava-se. Kushina sentia falta da mãe e o fato da mulher ter ligado na noite anterior e tê-la tratado com extrema frieza fez seu pequeno coração se despedaçar. Por que um menino qualquer iria se importar com ela sendo que nem mesmo sua mãe se importava?

[...]

–Pega, Papercut! –gritava no jardim enquanto brincava com o cachorro. Em algumas tardes, a Uzumaki ficava com Jiraya e Tsunade. Ela apenas brincava com o pequeno animal, enquanto Minato estudava. Na verdade, os dois em muitas vezes nem mesmo chegavam a se falar. O loiro fazia as tarefas concentrado, espiando a ruiva de rabo de olho uma vez ou outra.

–Mina-chan, por que não vai brincar com Papercut também? – perguntou Jiraya, afagando com carinho a cabeleira volumosa do sobrinho. O garoto fez um bico e olhou rapidamente para a menina, que gargalhava das graças do seu cachorro.

–Ela não quer brincar comigo. Kushina-chan não gosta de mim... – murmurou tristonho. O tio até mesmo pensou que presenciaria o garoto chorar pela primeira vez, contudo ele se recompôs rapidamente e voltou às tarefas. O homem deu umas batidinhas leves na cabeça de Minato e sorriu iluminadamente.

–Não se preocupe com isso! Um dia, tenho certeza que vocês irão se entender!

O menino suspirou desanimadamente e olhou mais uma vez para a ruiva no jardim. Seus olhares se encontraram e ela, imediatamente, mostrou a língua. O loiro corou da cabeça aos pés e enterrou a cabeça na mesa, no meio dos braços. Jiraya gargalhou da cena e deixou o local.

[...]

3st grade

–Ei, Minato, me ajuda em matemática? – uma menina de cabelos pretos perguntava alegremente para o loiro que sentava a sua frente.

–É! Me ajuda também? – outra garota se pronunciou.

Minato sorria e ajudava a todos que pediam sua ajuda. Por ser sempre gentil, educado e simpático, acabou fazendo vários amigos e ficando bastante popular. Kushina trincou os dentes ao ver a cena. Qual era o problema daquelas meninas? Indagava-se. Por acaso elas não sabiam estudar sozinhas? Pareciam umas idiotas mendigando por ajuda. Fez um barulho de desgosto com a língua e deixou a cabeça cair na mesa. Estava com um bico monstruoso em face. Olhou de canto para o sorridente Minato e sua raiva pareceu aumentar. Ele tinha tantos lugares para ir. Em várias ocasiões, a Uzumaki havia ficado apenas com os tios do menino, porque este tinha saído para a casa de algum amigo.

–Quem precisa dessas pessoas falsas e egoístas. – murmurou enquanto mantinha a visão presa no gramado verde do lado de fora.

–K-Kushina... Quer... Que ajuda? – o loiro, que se aproximara temerosamente, perguntou em uma voz suave. A menina olhou para a direção de onde a voz vinha e se deparou com o sorriso do menino. Sentiu as bochechas queimarem e se amaldiçoou por isso. Nem em mil anos que ele havia ficado mais fofo! Gritou mentalmente.

–NÃO! – e, irritada com a própria confusão de seus sentimentos, pegou o estojo e jogou na cabeça do garoto, acertando em cheio. O pobre coitado caiu estirado no chão, um arroxeado se fez visível em sua testa. Todos os colegas se reuniram ao redor dele, extremamente preocupados. Kushina revirou os olhos. Como se ele pudesse morrer por causa de um estojo! Pensou.

–Ai meu Deus! O que aconteceu? – a professora, que acabara de entrar na sala, se aproximou temerosa pelo que poderia ter acontecido em sua ausência. Observou a elevação na testa de Minato com cuidado e viu não ser nada grave, apenas requeria remédio e curativo. – Quem foi o responsável por isso? – perguntou em um tom autoritário.

–Foi a Kushina, professora! – gritou uma das meninas. – Minato só queria ajudá-la e ela tacou o estojo nele sem motivo!

A ruiva revirou os olhos exageradamente e bufou. Por que ninguém sabia cuidar da própria vida? Indagava-se. Ela se levantou e foi em passos lentos e destemidos até a porta da sala de aula.

–Já sei. Diretoria. Estou indo. – disse antecipando as falas da professora, que tinha a boca aberta e uma expressão mista de incrédula com brava.

–N-não precisa castigá-la, não foi nada demais... – o menino, ainda zonzo, tentava defendê-la, o que a deixou ainda mais nervosa. Kushina cerrou os punhos e tencionou os ombros.

–Ah! Minato tem um coração tão bom! – as meninas suspiravam.

–EU NÃO PRECISO DA SUA AJUDA, TEBANE! – a Uzumaki gritou e saiu correndo para a diretoria. Preferia ser castigada a dever algum favor ao loiro. Este suspirou desanimado. Tentava incansavelmente fazê-la gostar dele há dois anos e meio, talvez já estivesse na hora de desistir e esperar por uma iniciativa da garota. Só não conseguia entender por que ela repelia-o com tanta vontade. Sabia que se a ruiva o desse uma chance eles poderiam se dar bem e se divertir muito juntos.

[...]

Escola Primária - 6th grade

Com doze anos, o dia dos namorados já começa a ser uma data importante. O amor começa a ser descoberto pelos pré-adolescentes. Eles descobrem o sentimento por meio de filmes, livros ou séries e qualquer batida que o coração acelere já é tida como “estar se apaixonando”.

Minato começara a olhar de modo diferente para Kushina. Diferente de quando eram crianças, em que ele apenas queria conquistar a amizade da garota por achá-la engraçada e cheia de atitude, agora, ele não conseguia evitar perceber a beleza inigualável da ruiva. Corava toda vez que conseguia presenciar um de seus raros sorrisos. Desejava por um abraço ou um simples toque. Ainda não conseguia entender porque seus sentimentos estavam mudando gradualmente, mas sentia vontade de tentar conquistá-la mais uma vez.

–Ei, Minato... – uma menina chamou sua atenção, fazendo-o desviar os olhos da Uzumaki e voltá-los a quem iniciava uma conversa. – Meus pais vão me levar ao parque de diversões esse final de semana... – ela pareceu ficar acanhada e apertou os dedos da mão. – Será que gostaria de ir junto? Não iria precisar gastar dinheiro algum... – a garota sorriu tímida.

Kushina captara a conversa, pois não se sentava muito longe, e trincou os dentes. Ele, com certeza, recusaria. Era tudo o que conseguia pensar. Sabia que o loiro estava sorrindo para aquela qualquer e tal fato começara a irritá-la vertiginosamente de uma hora para outra. Na realidade, ela só pensava ter sido de repente, porém os sentimentos haviam aflorado pouco a pouco, ano após ano.

–Hum... – o garoto coçava a nuca. Odiava recusar pedidos e confissões, sentia-se péssimo fazendo isso. A colega que fazia o pedido era uma menina legal, talvez devesse começar a tentar aceitar as coisas, quem sabe assim ele conseguiria tirar a cabeça de certa jovem ruiva. Só odiava pensar que poderia estar iludindo alguém. – Se for como amigos, então tudo bem. Eu aceito.

Ele sorriu e os olhos da menina se iluminaram intensamente. Ela ficou um pouco triste por ele ter deixado claro que era “como amigos”, mas mesmo assim já era alguma coisa.

–Certo! Eu passo na sua casa sábado de manhã. – a felicidade não podia ser escondida no sorriso que a estudante demonstrava.

A Uzumaki, que ainda ouvia a conversa, cerrou os punhos e os bateu violentamente na mesa enquanto levantava de súbito. Todos na sala se sobressaltaram, principalmente Minato, quem a olhou com curiosidade. Ela poderia estar nervosa por estar com ciúmes dele? A ideia passou rápida pela mente do loiro, mas ele a mandou para longe sem pestanejar, afinal era um pensamento incabível e impossível. A pré-adolescente saiu pisando forte da sala, sua aura parecia querer assassinar a primeira vítima que cruzasse seu caminho.

Como assim ele tinha aceitado aquele pedido? Ele nem mesmo gostava da garota! Ou gostava? Kushina puxou os cabelos enquanto entrava no banheiro. Escorou-se na pia, encarando seu reflexo no espelho. O que havia de errado com ela? Apaixonar-se era para os fracos. Ela não precisava de ninguém em sua vida, estava mais que bem sozinha! Namoro uma hora dava em casamento e casamento uma hora resultava em filhos. Ela jamais teria um filho! O pensamento trouxe a imagem de sua mãe, que cada vez mais a ignorava. Os intervalos de visitas da mulher estavam aumentando e a ruiva não recebia nem mesmo um abraço quando sua progenitora aparecia. Uma lágrima quente escorreu pela bochecha alva, mas foi rapidamente limpa. Ela se recompôs e saiu do banheiro. Não se abalaria tão fácil.

Quando colocou o pé para fora da porta, deu com o rosto no peito de Minato, que era um pouco mais alto. Ele saiu para procurá-la, pois ficara preocupado. A menina corou assim que seus olhos cruzaram com os brilhantes olhos azuis, mas ela não manteve contato.

–O-o que quer? – amaldiçoou-se por ter gaguejado um pouco. Ela não ficava encabulada, não se fosse Kushina Uzumaki.

–Ah... Você está bem? – ele a olhou com sincera preocupação e aquilo pareceu tirá-la ainda mais do sério. Então uma hora ele estava aceitando sair com outra menina e na outra estava se preocupando com ela? Tinha vontade de gargalhar... Espera, ela estava com ciúmes? Chacoalhou freneticamente a cabeça de olhos arregalados. Não estava com ciúmes! Olhou de forma irritadiça para loiro e cruzou os braços, empinando o nariz. Ele a olhava de forma confusa.

–Estou ótima! Por que se preocupa? – desviou do corpo dele e saiu andando, porém teve o pulso segurado e o toque, irritantemente, provocou um arrepio em ambos os corpos. Um rubor tomou conta da bochecha dos dois e Kushina se recusou a virar o rosto para trás, continuando de costas.

–Eu sempre me preocupei... Você que nunca aceitou minha preocupação. – A feição de Minato ficou um pouco triste. Encarava os lindos cabelos vermelhos, cabelos que sempre lhe chamaram a atenção e encantaram. – Por quê?

–Já disse, não gosto de você. Deixe-me em paz.

E, livrando-se do toque, ela voltou para sala, o coração rebatendo contra o peito. Era possível o coração bater assim tão rápido? Perguntava-se. O loiro não pôde ficar muito tempo perdido em pensamentos, pois, minutos depois, uma menina puxava conversa, mas ele não conseguia prestar muita atenção às palavras e olhava várias vezes para a direção na qual a Uzumaki havia sumido. Talvez ele não devesse voltar a tentar, afinal.

[...]

7th grade

Lanchava no banheiro mais uma vez. Já havia ficado acostumada. Não que se sentisse sozinha para comer no refeitório, ela apenas odiava os olhares julgadores que todo mundo lançava e odiava principalmente o fato de Minato não ir se sentar com ela. Mas o que podia querer? Ela só sabia afastá-lo, não podia esperar algo diferente. O loiro parecia ficar cada vez mais bonito. Não tinha mais as feições afeminadas de quando era criança. Não, muito pelo contrário, ele começava a esbanjar confiança e masculinidade, o que irritava Kushina completamente. As eternamente apaixonadas, modo como gostava de chamar as meninas que viviam correndo atrás do sobrinho de Jiraya, aumentavam cada vez mais em quantidade. E o pior de tudo era que o garoto aceitava os convites para sair que elas faziam! Trincou os dentes e deu uma mordida forte em seu lanche.

–Ah! O Minato aceitou sair comigo! – emudeceu e recolheu as pernas do chão assim que ouviu a voz de uma menina qualquer junto de vários passos entrando no banheiro.

–Ele aceitou sair comigo no mês passado, foi tão mágico! Ele é o garoto mais fofo e gentil que eu já conheci! – Kushina começou a fazer caretas e imitar silenciosamente, de um jeito exagerado e falso, as falas das meninas.

–É uma pena que ele não tenha nenhum interesse... – ouviu suspiros desanimados e sorriu vitoriosamente, sem saber ao certo por que. – Sempre deixa bem claro: se for como amigos, eu aceito. – mais suspiros.

–Tudo isso porque ele só tem olhos para aquela Kushina maldita! – os olhos da ruiva se arregalaram e ela teve que controlar a respiração para não denunciar sua presença no banheiro. – Eu conversei com os amigos mais próximos dele, sabe... Eles disseram que a Kushina é tipo da família e está quase sempre na casa dele, mas ela não dá bola pro pobrezinho! Imagine isso! Uma sorte do caramba e ela só sabe despedaçar o coração dele. O Rick disse que Minato está apaixonado, que ele próprio disse “não ter olhos para outra garota”. – um gemido frustrado ecoou no banheiro. – Que vontade que tenho de matar aquela ruiva encrenqueira, Maria macho!

A menina poderia estar a ofendendo, mas a ruiva parecia não ouvir uma palavra, tudo o que seus ouvidos captaram foi “Minato está apaixonado” e “não ter olhos para outra garota”. Um sorriso feliz e brilhante brotou em seus lábios involuntariamente e a jovem sentiu o corpo tremer de satisfação. Ele não queria saber de outra garota! Mas então ela fez o sorriso morrer de repente e chacoalhou a cabeça em negação. Não fazia diferença, pois ela não queria nada com Minato. Não sentia nada pelo loiro, por isso não havia motivo para ficar feliz. Isso. Bateu o punho na coxa de forma decidida.

Depois que as adolescentes deixaram o banheiro, ela esperou alguns minutos e saiu também. Andava avoada pelos corredores até a sala de aula quando sentiu uma mão tocar seu ombro. Um choque elétrico percorreu todo seu corpo e ela se arrepiou, virando-se assustada para a pessoa. Só precisou olhar para os intensos olhos azuis para corar dos pés a cabeça, para sua total irritação.

–Kushina, Tio Jiraya que vai te levar para casa hoje, avise a ele que eu sai com uma amiga e os pais dela irão me deixar em casa, sim? – o modo como o loiro sorria, parecia ter corrido de algum lugar após dar várias gargalhadas. Ao pensar nisso, ela imaginou como seria vê-lo gargalhando. Devia ser fofo. Então percebeu um grupo de meninas um pouco atrás, que olhava para Minato. Só de imaginar que aquelas insignificantes havia sido o motivo para ele gargalhar, uma ira desconhecida borbulhou em seu sangue e ela virou o rosto, visivelmente irritada. O jovem arqueou uma sobrancelha, extremante confuso com a reação. – Algum problema?

–Ah, não, nenhum! Pode deixar que eu aviso pro tio Jiraya que você vai sair mais uma vez com alguma menina aleatória só para ficar alimentando as ilusões dela e aumentando o número de idiotas apaixonadas. – e assim que terminou de falar, colocou a mão na boca. Por que havia falado aquilo? As palavras haviam saído de sua boca antes mesmo que pudesse pensar nelas. Urrou baixo e saiu pisando forte. Desde quando não sabia se controlar? Indagava-se.

Minato ficou surpreso em primeiro momento, contudo um sorriso foi brotando gradativamente em seus lábios. Se aquela explosão de Kushina havia confirmado alguma coisa, era de que ela tinha ciúmes dele. E para ter ciúmes é preciso sentir alguma coisa pela outra pessoa. Estava tão feliz que não conseguia se conter. Aquilo era um sinal para ele voltar a tentar. Um sinal para não desistir da ruiva tão facilmente.

[...]

8th grade

Kushina estava estirada no sofá de sua casa, assistindo a algum programa de comédia. Ela ria incontrolavelmente. Ele estava escondido arás de uma porta, com um embrulho quadrado nas mãos, apenas aproveitando o som das risadas sonoras. Jiraya e Tsunade haviam saído com Mito e Hashirama e não voltariam até de noite. Minato continuava tentando incansavelmente. A ruiva não era mais tão agressiva com ele e os dois conseguiam trocar algumas palavras de vez em quando e até mesmo assistir a algum filme ou programa juntos em casa, mas a jovem continuava a mandá-lo para longe. O progresso havia sido conquistado por meio de inúmeras tentativas do loiro. Ele a conhecia extremamente bem, pois a observara desde pequena, devido a isso sabia em quais matérias ela tinha dificuldade e entregava cópias de seus cadernos de anotações, os quais ela fingia rejeitar, mas devorava para as provas. Ele também sabia exatamente quais bandas ela mais gostava, de modo que comprava CDs para presentea-la, pois sabia que os avós da tia não costumavam dar dinheiro a garota. A Uzumaki aceitava fazendo pouco caso, contudo pulava de felicidade quando chegava a sua casa. Minato também passara a lanchar com ela, mesmo que ela fingisse odiar a presença dele.

Decidiu sair de detrás da porta e foi até a sala, sentando no sofá vazio. Kushina só lançou um olhar de canto, mais preocupada em não perder uma fala do programa. Ele olhou para a caixa que segurava por alguns segundos, depois se levantou e foi até a frente da adolescente, estendendo o presente.

–Feliz aniversário. – disse com as bochechas um pouco coradas. A garota arregalou os olhos e sentou adequadamente no sofá, pegando a pequena caixa com receio, tentando conter também o rubor na face.

–Você lembrou... – murmurou.

–Eu sempre me lembro, não é? – ele sorriu de forma acanhada e coçou a nuca, voltando a sentar. Kushina ficou encarando o presente por minutos a fio antes de conseguir abri-lo. Nem mesmo os parentes que a haviam abrigado se lembravam da data. Sua mãe então, esta não desperdiçava nem uma mísera ligação para dar os parabéns. Todavia, todo ano, Minato se recordava e a presenteava. Ela nunca estava esperando pela atitude, pois sempre se esquecia do próprio aniversário, de modo que sempre sentia o coração acelerar de surpresa e felicidade. Os olhos acinzentados brilharam ao ver o delicado cupcake dentro da caixa.

–É o meu favorito... – sussurrou. – Como sabia? – olhou para o lado e seu olhar se conectou de imediato com o de Minato. Ele ficou um pouco sem graça para responder, remexendo-se sutilmente no sofá.

–Um dia você pegou no sono no sofá aqui de casa e... Murmurou a respeito de querer um cupcake de nutella... – o loiro corou ao se lembrar de como ficara velando pelo sono da garota. A Uzumaki soltou uma gargalhada gostosa, que surpreendeu o jovem, fazendo-o arregalar os olhos e ficar admirado com o aumento exponencial da beleza da ruiva apenas com aquele sorriso cheio de felicidade. Por causa dele.

Kushina levantou de súbito e correu até a cozinha, voltando minutos depois com o presente repartido em dois. Esticou uma metade a Minato, que aceitou receosamente. Os dois comeram em silêncio, trocando alguns olhares tímidos eventualmente.

–Minato... – ela chamou, encarando o tapete. O adolescente soltou um murmúrio para deixar claro que estava ouvindo. – Obrigada.

Foi tudo o que ela conseguiu dizer, corando com a fala sincera. O loiro sorriu e assentiu com a cabeça. Sabia que o agradecimento não era só pelo presente e sim por todas as outras coisas, podia ver o brilho nos olhos dela dizer isso. Ele notou a ruiva abrindo espaço no sofá e resolveu tomar a atitude como um incentivo para que ele se sentasse mais próximo. Os dois ficaram a tarde toda assistindo televisão, até que dormiram recostados sobre o outro.


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Notas finais do capítulo

Goooooooostaram? *--*
Kushina costumava judiar do probre Mina-chan D:
Fui má com ele, tadiiinho, TE amo Minato gostoso!
Mas no final as coisaaaaaaas mudaraaaam huuum *-*
Espero que tenham gostado *-*
E se você chegou agora e vai comentar neste capitulo, não esqueça de deixar um coment no cap anterior, Se fizer entrará para a lista de oração da titia Carol ;) (sem contar que vou ficar muito grata e te encher de beijinhos virtuais. *-*)
E aí Lally, gostou ? xD
É isso raparigas(os), se ganhar outra recomendação o capítulo chega mais rápido (fiz chantagem meeesmo u.u) xD
XOXO



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