Psico escrita por hwon keith


Capítulo 6
Autenticando


Notas iniciais do capítulo

Como demorei mais do que o normal para atualizar a fanfic, postarei este capítulo antes de responder as reviews. Mas responderei mais tarde, claro.
Se acharem este deveras pequeno, não se preocupem. Mais tarde irei postar outro capítulo, que não misturei com este para não gerar confusão :B



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A autenticidade pode ser definida como gestos, atuações, pensamentos e a própria existência de um modo não pré estabelecido. Tudo que é influenciado por algo ou alguém, do modo que seu resultado final terá uma taxa de participação alheia, não é autêntico. Observando também que, na sociedade em que vivemos atualmente e no seu primórdio, basicamente não há algo que não seja meramente influenciado.

Seríamos, então, não autênticos por natureza?

Não. A autenticidade é o que é verdadeiro, estabelecido por lei e visto como tal. Atuações e existências são verdadeiras, e não há a necessidade de uma regra para julgá-las. As mentiras e contradições, porém, anulam essa autenticidade e sua veracidade. A alma de uma pessoa, autêntica por natureza, mas corrompida por julgamentos falhos, mentiras secretas, abandono da verdade e outras coisas tal como grotescas não fazem parte do ser autêntico.

Seríamos, então, ainda autênticos?

Makishima Shogo é autêntico?


Um homem de estatura alta, com cabelos castanho médio lhe caindo meramente pela face, brincando com uma colher das mais antigas de metal numa xícara de café, sorriu. Seus olhos apertados e achocolatados não produziam o brilho comum que qualquer orbe teria mais sensatamente. Não, seus olhos eram brilhantes tais como um vidro polido milhares de vezes. Eles refletiam cada mísero raio de sol e qualquer espectador desavisado cegaria-se com tal luz.

Esse tal homem bebia com suas mãos duras e suadas firmemente presas a xícara. Ele possuía um grave problema de tremer em todas as circunstâncias suas mãos, e em caso de medo elas chegavam ao estado deplorável de derrubarem qualquer coisa que estivessem segurando. Triste, sim. E não eram poucas vezes que esse homem quebrava algo apenas apertando-o demais para não derrubá-lo.

Para evitar algo ruim, ele criava algo desastroso.

E era por isso que ele amava seu bastão de metal cravado de pequenas esferas pontiagudas: O quanto mais apertasse, mais firme ficaria, e quando mais firme ficaria em suas mãos, mais afiado cortaria o que quisesse cortar, como uma punição alheia em tudo o que ele aranhara e furara-se quebrando as coisas.

Tal força não era necessária. Ironicamente, as mãos do homem não tremiam no bastão de metal, tal como vibrassem e observassem com atenção todo o estrago que elas causaram apenas por serem desobedientes.

Nos dias anteriores, então, elas mais uma vez permaneceram quietas diante de um massacre. As mãos giraram e produziram força para triturarem, perfurarem, apertarem e baterem em mais um ser inocente. As mãos eufóricas e satisfeitas saíram do local manchadas de sangue, e com esse líquido viscoso contaminando-as elas não quiseram tremer para não desperdiçá-lo. Eram astutas. Eram parte do homem de cabelos castanhos.

A tremedeira era verdadeira, então ela era autêntica. O pavor do pobre ser atormentado por ela também era, e o dono de tais coisas era tão verídico como. Tudo no pobre corpo era autêntico, e seus olhos brilhantes refletiam essa verdade.

Não havia sensação mais verdadeira do que sentir o sangue de alguém falso deslizar por sua pele e não poder contaminá-lo.

O homem de cabelos castanhos também achava o outro homem, agora de cabelos brancos e olhos divertidos e amarelados autêntico, mesmo que essa palavra específica ele desconhecesse. Encontrara-o por acaso, sendo recomendado por um amigo dos mais inteligentes (um mestre na área de internet) e o homem despertara sua atenção. No dia suas mãos tremeram extasiadas, e em um breve período de conversa o tal homem também demonstrara interesse.

Semanas depois, ele pedira uma ajuda. Um plano. O homem de olhos brilhantes concordou, porque a autenticidade era tão clara no de cabelos brancos que ele não poderia negar. Partiu, então, para o local estabelecido e com gosto seu eu próprio e suas mãos brincaram com um corpo que deixaram morto.

Bebendo, agora, o café, o homem de cabelos castanhos sorria para o de cabelos brancos. O de cabelos brancos lhe pedira outra coisa. Obviamente, o castanho concordara. Suas mãos tremeram levemente de ansiosidade.

Ele deveria abater outro tal como ele. De cabelos castanhos.


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