Psico escrita por hwon keith


Capítulo 2
Espirrando




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- SE EU FICAR GRIPADO VOU MATAR VOCÊ, KAGARI!

Kougami pegou um punhado de lenços de papel com raiva da caixa que Kagari segurava. O ruivo fechou a cara, tacou a caixa na mesa do outro e saiu pisando firme até sua mesa.

- Como se a culpa fosse minha que um dos garçons tenha tacado um balde de água e gelo em você por VOCÊ ter quase aberto um buraco no chão com a cabeça dele!

Kougami espirrou violentamente.

- É porque eu estava perseguindo o Makishima! Não vou parar e pedir delicadamente para todos saírem da minha frente!

Kagari virou a cara.

- Mas nem era ele! Era só um cara de cabelo branco, Ko! O desgraçado do Makishima não é o único albino desse mundo!

E calou Kougami, que pegou mais outro punhado de lenços de papel e os esfregou com irritação no nariz, que já estava vermelho, depois da imensa série de espirros que estava tendo.

- E não pense que não vi Akane te pegando... - riu-se baixinho o outro.

-

- MEU OLHO! - choramingou Kagari, pegando um saco de gelo e pondo no olho já deveras inchado.

- Ele mereceu - retrucou Kougami.

Totomi riu, e bebeu mais de seu café fervente, enquanto observava a cara de desgosto do ruivo e a de irritação do moreno.

Quando seu café acabou, e o silêncio ainda impregnava, ele viu Akane entrando na sala e desviando os olhos de todos.

- Bom dia... - ela disse.

Totomi também viu Kougami corar, e com enorme surpresa por causa disso, quase deixou o copo cair.

Kougami espirrou.

Akane olhou-o, e logo após, seu rosto avermelhou-se de tal modo que a sala inteira tornou-se mais quente. Kagari sorria, mas seu sorriso de apagou quando o olhar demoníaco de Kougami se pôs nele.

Akane, então, dirigiu-se até os três e fez uma reverência, desculpando-se.

- Desculpem-me por minha atuação vergonhosa ontem! Eu não devia ter bebido demais!

Kagari riu.

- Não se preocupe! Você nem saiu perdendo, afin... KOO!

Com Kagari no chão, Kougami foi pegar um café. Akane o seguiu.

- O que ele quis dizer?

O homem a olhou surpresa. Ela o olhava do mesmo jeito.

- Não se lembra de nada de... ontem? 

Sua voz estava meio desconcertada, surpresa, chocada e decepcionada.

Akane balançou a cabeça.

- Só de eu me sentir bem enjoada depois de começar a beber, de um grito e de você saindo correndo da mesa, e de eu depois de um tempo acordar na minha cama.

Kougami evitou seus olhos. Espirrou.

Akane riu e pegou também um café, foi para sua mesa, sentou-se e bebeu, com Kagari, já devidamente levantado depois do soco nas costelas (estava acariciando a pele sobre elas também) a olhando desconfiado.

Sem muito o que pensar, Kougami ficou observando o líquido escuro e quente descer da cafeteira e indo parar num copo quase vazio, que era exatamente assim que ele também se sentia.

-

- Nossas ordens permanecem as mesmas! - dizia-se Ginoza, diante dos outros cinco, que o observavam - Makishima não está nosso alcance, e não temos ordens de persegui-lo. Entenderam? - seu olhar foi até Kougami. Este desviou.

- Certo - responderam os outros em uníssono, sem interesse. 

Saíram da reunião e foram para lugares diferentes. Yayoi seguia para o banheiro feminino, da onde Shion acabara de sair. Kagari seguia para sua mesa, observando seu game portátil o esperando, intacto. Totomi seguia ao lado de Ginoza, mas não se olhavam. Akane e Kougami estavam lado a lado, quietos, cada um olhando para um lado.

Para Akane, tudo estava normal. Para Kougami, jamais o estivera.

Foi no meio de mais um espirro contra a vontade de Kougami que seu "celular" começou a tocar. Quando atendeu-o, não viu rosto nem voz, mas sim uma pequena mensagem surgindo na tela, parecendo um papel digital meio desgastado.

Mas antes que pudesse ler, o papel sumiu. Nenhuma mensagem, ligação ou rosto. Akane o encarava. Kougami não sabia o que dizer.

Então, espirrou. Xingou também. As coisas estavam completamente saindo de seu controle.


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