A Loira Indomável escrita por Klaus Mikaelson, Lady Salvatore


Capítulo 15
Capítulo 15 - "Marte e Vênus"


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Chegando aqui para animar a sexta-feira de vocês com um capítulo fresquinho! :)

Esperamos que gostem do resultado!


PS: aviso importante nas notas finais, ok?



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Kol e Sophie haviam acabado de deixar a residência da garota, e ele a guiava pela calçada, fazendo um grande mistério acerca de para onde iriam.

– Não vai mesmo contar para onde está me levando?

– Desculpe senhorita Forbes, mas é uma surpresa. Apenas siga o mestre, ok? – o rapaz responde, com um sorriso.

– Hey... – diz Sophie, parando bruscamente. – Você não pode ser mestre. Até onde sei, você não fez mestrado!

– Tem razão. Está merecendo uma estrelinha dourada pra colar na testa! – diz ele, puxando-a pelo pulso delicadamente para que voltassem a andar. – Minha companhia tem lhe feito bem, sabe? Está mais esperta!

– Quer dizer que eu era burra? É isso que acha de mim, Kol? Que sou uma menina estúpida? – e ao final, os olhos de Sophie se encheram de lágrimas enquanto um beicinho triste se formava em seus lábios.

– Não Soph, não é nada disso! – o rapaz se apressa a responder, puxando-a para um abraço. – Não acho nada disso, fique calma está bem? Você é uma garota incrível Sophie, é carismática, linda e adorável. Só era um pouquinho dispersa na hora de estudar, mas isso não é nenhum crime, certo?

– Está falando sério? – ela pergunta, ainda chorosa.

– Claro que sim bonequinha, por que eu mentiria pra você?

– Vou acreditar em você dessa vez, viu mocinho? Mas se voltar a aprontar, te dou uns belos tapas! – diz Sophie, desvencilhando-se do abraço e voltando a sorrir.

– Ah não, eu dispenso os tapas. Já tive o desprazer de conhecer o peso das mãos da sua irmã, não quero repetir a experiência com você!

– Palhaço!

– Não estou com a cara pintada e nem usando um nariz vermelho, só pra constar... – Kol retruca, só para deixá-la irritada.

– Argh... você é impossível! – Sophie resmunga, dando-lhe as costas e seguindo adiante, afastando-se dele.

– Hey, está indo pra onde? – o rapaz pergunta, correndo atrás dela para alcançá-la.

– Não sei e nem me importa! Só estou seguindo em frente, então por favor, me dê licença...

– Soph... – diz ele, segurando o pulso dela, fazendo-a parar. – Desculpe, está bem? – e ao vê-la acenar afirmativamente alguns instantes depois, ele continuou. – Agora venha comigo, o caminho é por aqui. Se continuar em frente, não chegaremos ao Parque Central nunca!

– Nós vamos ao parque? – a garota pergunta, com os olhos brilhando de fascinação. – Por que não disse isso antes? Venha, vamos logo! Deve ser simplesmente lindo à noite! – completa, puxando-o na direção que deveriam seguir.

Os dois caminharam por mais alguns minutos, num silêncio até que bastante confortável, apenas apreciando as fachadas iluminadas que podiam avistar pelo caminho. Ao alcançarem o Parque Central, Kol conduziu Sophie até uma pequena clareira que ficava mais ao centro.

Em seguida, o rapaz tirou a mochila dos ombros, e de dentro dela, duas toalhas. Estendeu ambas sobre o gramado e fez um sinal para que a garota se deitasse sobre uma delas, enquanto ele se deitava sobre a outra.

Assim que Sophie acomodou-se sobre sua toalha, pode vislumbrar os vários pontinhos luminosos espalhados na imensidão do céu. Encantada com o espetáculo, não pode conter um sorriso, gesto que fez Kol sorrir ao seu lado.

– É lindo, não é? – ela murmura, virando-se para ele.

– Sim, é incrível. Uma pena não darmos todos os dias a atenção que elas merecem, não é? Estamos sempre correndo, ocupados com tantas coisas, que nem sequer nos damos conta que temos esse espetáculo ao alcance de nossos olhos todas as noites.

– Tem razão...

– Está vendo aquele pontinho vermelho, Soph? – Kol pergunta, apontando na direção para a qual queria que a garota olhasse.

– Estou sim. O que é? – ela questiona, curiosa.

– Aquele é Marte, o “planeta vermelho”. – o rapaz explica. – O nome Marte foi dado pelos romanos, e entre eles, também denominava o deus da Guerra. Para os gregos, representava Ares, o deus da Fúria e da Guerra. Entre os egípcios, era conhecido como “Her Descher”, ou “O Vermelho”, e para os babilônios, era “Nergal”, ou “A Estrela da Morte”.

– Uau! Como sabe de tudo isso?

– Bom... pode-se dizer que sou um cara curioso. – Kol responde, timidamente. – E para saciar toda essa curiosidade, leio muito, pesquiso mais um pouco, assisto documentários aqui e ali... Essas coisas que todo cara nerd faz, sabe?

– Não acho você nerd. É curioso, como mesmo falou, e aplicado. Só isso... É melhor do que ser um babaca alienado que só sabe falar sobre futebol e baseball.

– Está se referindo ao Damon, não é?

– O próprio. – uma breve pausa. – Mas não viemos aqui para falar dele, certo? Como se chama aquela estrela ali? – completa, apontando para um dos vários pontos brilhantes no céu.

– Aquele é Vênus, que como Marte, também é um planeta. Ele também recebeu seu nome em homenagem a um dos deuses romanos. Na verdade, uma deusa: Vênus, deusa do amor e da beleza. É também o segundo objeto mais brilhante no céu noturno, só perdendo pra Lua. – ele explica, com um sorriso. – Como atinge seu brilho máximo algumas horas antes da alvorada ou logo após o pôr do Sol, é popularmente conhecido como “Estrela D’alva” ou “Estrela do Pastor”.

– Sabe, você explica muito melhor do que o Sr. Montgomery. E é muito mais divertido do que ler tudo isso nos livros... – Sophie comenta, apoiando-se num dos cotovelos. – Acho que vou me sair bem na prova! – completa sorridente.

– Aposto que sim, Soph! Está se esforçando para isso, não é? Nada mais justo do que receber uma boa nota.

– Kol... – a garota começa, fazendo-o olhar diretamente para ela. – Você... bem... você gosta de mim?

– Mas é claro que eu gosto de você! – ele responde, sentindo-se corar. – Que... que tipo de pergunta é essa?

– Não como amigos! Como... como...

– Do modo que Klaus gosta da sua irmã? Digo... romanticamente? – ele pergunta, encabulado.

– É, acho que é isso. E então, gosta?

– Eu, bem...

– Eu gosto de você, sabe? Desse outro jeito. – a garota confessa, sem coragem de encará-lo. – Não é nada parecido com o que eu achava que sentia pelo Damon, sabe? Acho que foi por isso que fiquei tão apavorada quando ele tentou me agarrar na noite do baile... Eu não gostava dele do jeito que gosto de você, Kol.

– Sophie, eu...

– Vou entender se disser que não, ok? – ela o interrompe, um tanto trêmula. – Acho que posso sobreviver com isso.

– Vai me deixar terminar de falar agora? – ele pergunta, sentando-se e tocando o rosto dela delicadamente. Ao vê-la acenar afirmativamente, ele continua. – É claro que eu gosto de você, Sophie Forbes, desde o primeiro momento em que te vi. Desculpe dizer mas... me ofereci para ajudá-la porque queria conhecê-la melhor, sabe? E bem, não me arrependo disso nem por um segundo sequer. Você é uma menina incrível, Soph!

– Obrigada por entrar em minha vida, Sr.O’Loughling! Obrigada por ter me ajudado, e por ter me feito enxergar que o mundo é muito mais do que status no colégio. – diz Sophie, com um sorriso nervoso. – Estou apaixonada por você Kol! – completa, aproximando-se do rapaz lentamente e unindo seus lábios aos dele delicadamente, num beijo sob o brilho das estrelas e com a Lua como testemunha.

*******

A pouco mais de dois quilômetros dali, Caroline acabara de sair do banho e se jogado diretamente na cama. Estava se sentindo péssima a dias, mas a mais recente discussão com Klaus e tudo que acontecera durante a detenção a deixaram ainda mais abalada.

Cansada, enroscou-se nos cobertores, sem se importar se os cabelos ainda estavam molhados e pediam a ajudinha camarada do secador. Estava sem a mínima disposição para secá-los. Aliás, estava sem a mínima disposição para o que quer que fosse...

Passaram-se vários minutos e nada do sono colaborar com a garota. Por onde andava o Sandman quando mais se precisava dele afinal? Entediada, esticou o braço e apanhou o celular que estava sobre o criado mudo. Talvez algumas músicas a ajudassem a relaxar, não é?

Mas enquanto caçava as musiquinhas que pretendia ouvir, lembrou-se das mensagens que trocara com Klaus mais cedo, e nem sequer percebeu quando fechou o player e abriu a caixa de mensagens, selecionando a conversa entre eles.

Após ler e reler cada um dos SMS’s umas cinco vezes, Caroline devolveu o celular ao criado mudo e lançou-se para fora dos cobertores, dirigindo-se ao guarda-roupa. Pegou uma calça jeans, uma blusa de mangas longas e uma jaquetinha, jogando todo sobre a cama. Em seguida, apanhou uma bota na portinha mais baixa, além das meias na gaveta, e pôs-se a se arrumar pra sair.

Cerca de dez minutos depois, a garota descia as escadas decidida. Estava cansada de tentar ignorar o que sentia e precisava urgentemente colocar tudo em pratos limpos.

Ao chegar à sala, percebeu que o pai dormia sentado no sofá. Como não queria acordá-lo, e muito menos que ele tentasse impedir seus planos, Caroline deu meia volta e foi até a cozinha, onde rabiscou um bilhete avisando que havia saído para espairecer e que voltaria logo.

Voltou ao outro cômodo instantes depois, fazendo o mínimo de barulho possível. Colocou o bilhete sobre a mesinha de centro e encaminhou-se à porta da frente, fechando-a com cuidado atrás de si em seguida.

Em sua mente, o plano era simples: iria até a casa de Klaus e iria confrontá-lo, colocar de uma vez por todas os pingos nos “is” que faltavam na história deles. Mas colocá-lo em prática era um pouco mais complicado. Apesar de conhecer o endereço do rapaz, já que ela e o pai o haviam levado em casa no dia da pescaria, o percurso entre a sua casa e a casa de Klaus compreendia alguns quilômetros, que teriam de ser vencidos a pé e completamente sozinha àquela hora da noite.

Com um leve balançar de cabeça, Caroline tentou afugentar todos os temores e pensamentos amedrontares de sua mente, convencendo-se de que chegaria ao destino em pouco mais de trinta minutos e que tudo correria bem.

E foi ouvindo “Breakaway”, de Kelly Clarkson, que a garota chegou à modesta casa onde Klaus vivia. Lá dentro, podia notar que havia uma luz acesa, sinal de que o rapaz ainda estava acordado. Aliás, só agora que chegara ali foi que se deu conta de que podia ter perdido a viagem caso o colega estivesse fora ou dormindo...

Aproximou-se da porta e bateu duas vezes, afastando-se um passo em seguida. Menos de um minuto depois, um Klaus vestindo apenas uma calça de moletom e com os cabelos levemente úmidos apareceu à porta, encarando a garota como se estivesse frente à frente com um fantasma.

– Caroline? O que está fazendo aqui?

– Precisamos conversar. Posso entrar?


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Notas finais do capítulo

Aí está povo! Gostaríamos muito de saber a opinião de vocês sobre o capítulo, ok? Então sejam mega bacaninhas e comentem, please! *OlhinhosPidõesDoGatoDeBotasModeOn*

Ah, só para deixá-los cientes, e sim, dessa vez é verdade, a fic está se aproximando do último capítulo... Mas não se desesperem tão já, ok? Ainda teremos uns 2 ou 3 (quem sabe, 4?) capítulos pela frente.

Até mais galerinha!


xoxo