Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 4
Presos (1º dia, parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Agora sim as coisas começam a ficar interessantes... ;)



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Atena abriu lentamente seus olhos acinzentados naquela manhã. Após piscar algumas vezes, ela reconheceu um rosto bem próximo do seu, cujos olhos a observavam atentamente.

-Afrodite, me deixe dormir pelo menos mais um século – murmurou Atena virando para o lado e se enfiando nos travesseiros, com aquela voz rouca de quem acabou de acordar.

-Nada disso, meu amor. Poseidon já está sentado na Ferrari de Apolo, todos estamos só te esperando.

Ah. Poseidon. Droga.

Contra sua vontade a deusa se levantou. Com muita preguiça de se arrumar ela só estalou os dedos e já estava pronta, de banho tomado, dentes escovados, cabelos loiros presos num rabo-de-cavalo, um short jeans (vale relembrar que como deusa santa e inocente, os shorts de Atena iam no máximo até um palmo acima do joelho) e uma regata azul.

-E as minhas malas? – perguntou ela para Afrodite quando já saíam do quarto.

-Ah, querida, não se preocupe, Apolo já as colocou no carro – a outra sorriu.

*.*

Apolo estacionou sua Ferrari em frente a uma casa de praia. Poseidon sorriu, pelo menos ficaria em seu território. A casinha ficava a poucos metros do mar, e a quilômetros de qualquer rastro de civilização.

-A casa é toda de vocês, meus amores – saltitou a deusa do amor – e a propósito, suas coisas já estão em seu quarto – ela falou, escancarando a porta de entrada.

Atena foi a primeira a entrar, observando cada canto da casa, e logo que entrou deu de cara com uma sala bem arrumada.Suas paredes eram revestidas de branco, com pequenos detalhes dourados. O sofá era branco também, em frente a uma televisão de dar inveja em qualquer viciado em tecnologia, juntamente com um pufe com revistas em cima. No canto da sala havia uma escada, que logo Atena subiu. No 2º andar haviam dois cômodos, e a deusa foi logo verificar os dois. O primeiro era uma biblioteca – Atena suspirou aliviada, pelo menos teria algo para fazer – toda revestida de azul claro, com estantes de madeira pintadas de branco e trilhões dos infinitos livros favoritos de Atena. Ah, e claro que tinham pufes brancos no chão também.

Seguindo o corredor e entrando no segundo cômodo, ela viu um quarto simples, com uma cama de casal e um banheiro. Mas a decoração era bonita, também em azul claro, mas havia um tridente entalhado na porta e um guarda-roupa combinando com a decoração do quarto. Em cima da cama Atena viu uma mala verde (obviamente de Poseidon) e uma cor-de-rosa. Foi nesse momento que a ficha dela caiu para dois fatos muito interessantes:

1ª: Só havia um quarto, com uma cama de casal.

2ª: Aquela mala cor-de-rosa não era dela... e ela já sabia quem era a dona.

-AFRODITE!! – ela gritou antes que Apolo desse a partida com a deusa do amor em seu carro – de quem é aquela mala?? E cadê as minhas coisas? e... SÓ TEM um QUARTO, E um CAMA!!!

Poseidon riu do desespero de Atena, enquanto Afrodite respondia calmamente:

-Ah, minha querida irmãzinha, eu devo ter trocado as malas... acho que você está com a minha – falou a deusa, rindo e deixando bem claro que aquilo não havia sido um engano – Mas você pode usar minhas roupas, eu deixo. E... bom, acho que vocês terão que dividir o quarto e a cama – o cérebro da deusa da sabedoria já estava numa pane geral a essa altura – e para que o Nirad e seu exército não sintam suas auras divinas, retiramos seus poderes, ok? Se cansarem de ficar na casa, o que eu acho que Poseidon não vai deixar, irmãzinha, vocês podem ligar para o número do taxi que está na porta da geladeira. Acho que é só isso... beijinhos!! – falou a deusa do amor, distanciando-se no carro-sol e deixando uma Atena desesperada para trás.

Só depois de o carro sumir no horizonte, Atena virou-se para Poseidon.

-E aí, o que você vai fazer pra gente comer? – perguntou o deus, sorrindo.

-Vai sonhando que eu vou preparar algo pra você – riu Atena, com sarcasmo.

-Mas Afrodite deixou aí um caderno de receitas, e como seria muita crueldade você cozinhar só pra sua pessoa, eu acho que você poderia cozinhar pra mim também.

-Eu nunca te disse que era legal, Poseidon.

-Mas no fundo, beeeem no fundo você é. Por favor, vai lá...  – ele fez biquinho, ao que Atena tentou controlar um sorriso por causa da infantilidade dele.

-Você não vai desistir mesmo? E sabe que eu sei que você só disse isso porque quer que eu cozinhe pra você, não é?

-A esperança é a última que morre – Poseidon sorriu aquele sorriso sarcástico de sempre, fazendo Atena revirar os olhos, mas indo fazer algo para comerem.


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Notas finais do capítulo

E aí? Minha campanha de doação de reviews pro orfanato "Autora Feliz" continua, certo?