Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 39
Festa (Parte I)


Notas iniciais do capítulo

Como eu sei que vocês não leem as notas finais, vou dizer aqui logo.
1, 2, 3...
A fic está no final. É. Não sei exatamente quanto falta, maaaas não é muito.
Enfim, Esse capítulo é mais Apolo&Art, então aproveitem esse casal lindo U_U



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-Pronto, Atena! – falou Afrodite, animada – sua maquiagem está PER-FEI-TA! Vá com Ártemis procurar os vestidos de vocês enquanto eu me arrumo.

Já estava escuro, era pouco mais de sete da noite, Afrodite tinha levado uma tarde inteira ajeitando cabelo e maquiagem de Ártemis e Atena, agora só faltava o vestido.

A loira foi com a amiga até um quarto com um enorme closet, provavelmente o estoque de roupas de Afrodite para festas. E, surpresa, Atena encontrou lá o seu vestido azul, aquele que ela havia comprado naquele último dia na praia com Poseidon. Enquanto Atena passava a mão pelos cabides, Ártemis perguntou:

-Atena, aquilo é bom?

-O quê? – ela continuava olhando vestido por vestido.

-Você sabe... aquilo que você estava fazendo com Poseidon hoje de manhã...

As orelhas da loira ficaram cor-de-rosa, e só então ela virou-se para Ártemis.

-Eu confesso... a sensação é muito boa.

-Mas você não achava errado? E nojento?

-Mas eu não entendia... não é errado. Na verdade, quando estou com ele, nada parece mais certo – Atena corava mais – E... é bom. Mas por que a pergunta?

A deusa da lua pensou um pouco antes de responder, ainda com uma certa relutância:

-Porque... eu tenho tido uns sonhos... tensos.

-Como assim?

-Tipo, eu tenho sonhado com essas coisas...

-Art, os sonhos são inconscientes e involuntários – Atena sorriu.

-É, mas quando eu acordo, tenho vontade de fazer o que eu sonhei – Ártemis estava tão vermelha quanto uma cereja – com ele.

-Ele quem?

-O cara do sonho – Ártemis encarou o chão, e Atena logo soube quem era o tal cara.

-Artie, - Atena sorriu, colocando a mão no ombro na amiga – eu acho que as coisas vão começar a mudar para você também.

Dito isto, Atena pegou o vestido que tinha comprado na loja naquele dia e foi se vestir, ainda com um enorme sorriso no rosto. Ártemis não entendeu muita coisa, mas tentou se concentrar em escolher o próprio vestido.

Mas claro que ela não estava tendo sucesso nisso, pois seus pensamentos voavam inevitavelmente até o loiro de seus sonhos que provavelmente já estava esperando por ela no salão.

*.*

Quando Afrodite saiu do banheiro e encontrou as outras deusas, as três estavam – com o perdão do trocadilho – divinas.

Ártemis usava, pela primeira vez em sua existência, um vestido tomara-que-caia que quase chegava até os joelhos. Um progresso, afinal. Aquele não era o estilo dela, – exceto pela cor, que era prateada – mas ela estava daquele jeito por ele. Cada detalhe, desde a maquiagem até o cabelo cor de ônix cobrindo os ombros era para agradá-lo. E, bom, ela estava perfeita.

Afrodite, com uma maquiagem leve e um batom vermelho vivo, usava um vestido preto curto, mas não tanto quanto o normal. Qualquer mulher ficaria vulgar naquele estado, mas não Afrodite. Ela estava deslumbrante, e os longos cabelos cor-de-mel soltos e sedosos contribuíam para isso.

Mas Atena...ah, Atena!

Quando ela apareceu no salão, Poseidon só teve olhos para ela. O mundo pareceu parar só para que ela caminhasse num passo lento e elegante – sexy, para Poseidon – até ele.

Ela vestia um vestido azul-marinho, que ia um pouco acima dos joelhos. Ele era de uma alça só, e o detalhe mais fascinante era o degradê que começava pouco abaixo da cintura e ia até a barra, chegando à um azul bem escuro, quase preto, com pontinhos prateados. Para o deus, Atena estava vestindo o universo, com todas as suas estrelas e suas cores, e este lhe caía muito bem.

O cabelo loiro e cacheado dela estava preso em um coque frouxo, enquanto o rosto dela apresentava uma leve maquiagem. Poseidon não sabia se os lábios dela estavam mais vermelhos e convidativos por causa do batom, mas isso não importava.

Ela estava linda.

Quando ela chegou mais preto dele, ele estendeu a mão para a deusa, cavalheirescamente. Atena sorriu e colocou a mão dentro da dele.

-Oi – ela falou.

-Você está linda – ele sorriu – Mais que linda, na verdade, mas o meu vocabulário é limitado.

-Você está... hm, charmoso – ela avaliou o deus, que vestia uma calça de brim preta e uma camisa azul petróleo.

E só de olhar para ele, os olhos dela brilhavam. Qualquer um que parasse para prestar atenção nos dois poderia dizer sem a menor dúvida que aquele era um casal apaixonado.

-Sério, eu poderia te pedir em casamento agora – ele sorriu mais um pouco.

-Mas você já não fez isso ontem?

-Eu poderia pedir de novo.

-E eu aceitaria mais uma vez - ela voltou a sorrir.

Antes que Poseidon pudesse responder, a voz de Afrodite tomou o salão:

-Então... eu quis essa festa por nada em especial, mas realmente espero que vocês tenham uma boa noite. Se entreguem à musica, divirtam-se, bebam para surpreender até Dionísio, esqueçam dos cereais – a deusa do amor laçou um olhar irritado para Deméter, ao que todos riram – se apaixonem – ela piscou para Apolo – se reapaixonem – ela abriu um enorme sorriso para Poseidon e Atena – e... enfim. Vamos dançar, galera!

Glad You Came, e o capítulo não é o mesmo sem ela U_U>

Alguém diminuiu a intensidade das luzes, deixando o salão iluminado apenas pelos holofotes, e a voz do The Wanted invadiu o local.

Zeus tomou Hera pela mão, dançando com ela e fazendo alguns passos esquisitos, mas ninguém notou isso. Hemes encontrou Héstia, e eles foram para a pista de dança juntos. Hades e Perséfone eram os melhores dançarinos do salão, enquanto Hefesto e Dionísio estavam no bar, com bebida ilimitada. E, no outro canto da pista, Afrodite dançava sensualmente com Ares.

Divertido, Poseidon entrelaçou os dedos da mão aos de Atena, puxando a deusa para a pista de dança também. Atena apenas riu e foi com ele, entregando-se ao ritmo da música e aos encantos de Poseidon.

Apolo, com as mãos nos bolsos da calça escura, ainda admirava a própria acompanhante, ao que ela corava. Quando ele percebeu que estava calado por muito tempo, aproximou-se do ouvido dela, tentando falar mais alto do que a música:

-Não quer dançar?

-Eu queria, mas perdi a animação depois de ver Deméter dançando sozinha ali no canto – ela riu, ao que Apolo virou-se para olhar Deméter, que fazia uma dança completamente ridícula.

-Ora, eu até te entendo, mas estou louco para dançar com você – ele confessou, ao que ela sentiu o rosto ficar quente – aceitaria dançar comigo?

Com um sorriso completamente bobo e apaixonado – ainda que ela não soubesse disso – no rosto, ela escorregou a mão para dentro da dele e se deixou levar até a pista de dança.

*.*

Sabe-se lá quantas músicas depois, a maioria dos deuses tinha desistido de dançar, restando apenas Apolo e Ártemis, Héstia e Hermes, Poseidon e Atena e Deméter. Os outros deuses estavam conversando. Ou se agarrando num canto escuro, como Ares e Afrodite.

Cansado, Apolo perguntou se Ártemis não queria sair dali, ao que ela concordou.

Saindo do salão e indo até uma varando esquecida por quase todos os deuses, Apolo pôde enfim respirar. Ártemis se escorou no parapeito, e ficou olhando o jardim que Perséfone montou ali no Olimpo.

Silêncio.

-Apolo? – Ártemis perguntou, fazendo o deus olhar para ela – você... você chamou aquela garota por quem você está apaixonado para a festa?

-Você nunca se cansa de tentar descobrir quem é ela? – ele riu.

-Não, é só que festas são boas ocasiões para declarações de amor... Ela veio?

-Sim, ela veio – ele sorriu, desencostando-se do parapeito e ficando de frente para ela.

-Então por que você não vai lá e diz logo que a ama? Se algo der errado, você pode procurá-la no outro dia e dizer que estava bêbado – eles riram – Por isso que festas são boas ocasiões para isso.

-Eu não... acho que ela iria me dar um fora – ele suspirou, baixando o vista e coçando a nuca, daquele jeito que Ártemis achava malditamente fofo.

-Como? Você é encantador, Apolo – ela tocou o ombro dele – Quero dizer, você é bonito, engraçado, inteligente.... e por mais que negue, suas músicas comprovam que é um romântico incorrigível. Ela tem sorte por você gostar dela, seja lá quem ela for.

Ele pensou um pouco.

-Você quer saber quem é?

-Só se você quiser dizer.

-Então eu digo, mas não me interrompa enquanto eu falo, ok?

-Certo.

Ele suspirou.

-Ártemis... – Apolo segurou a mão dela – eu tinha muitas coisas na cabeça para dizer agora, mas confesso que ao olhar nos seus olhos agora eu esqueci de tudo – ele estava corando ou era impressão dela? – Na verdade, isso sempre acontece quando eu olho para você, meus pensamentos travam. – gentilmente ele levou uma das mãos dela até o peito dele, onde ela conseguia perceber que o coração dele batia descompassado – Sente isso? É isso que você faz comigo. Você mexe comigo de um jeito que em toda a minha existência eu nunca senti. Eu fiz aquele acordo com Afrodite para que enquanto juntávamos Poseidon e Atena, ela fosse conversando com você, sabe? Para que você saísse daquela sua zona de segurança “anti-homens” e eu pudesse dizer o que vou dizer agora. É você, Art. Você é a mulher por quem eu me apaixonei e para quem eu quero entregar meu coração. Esse coração idiota que falta sair do peito sempre que você está por perto – ele sorriu, nervoso – É você que tira o meu sono durante a noite ou me dá os melhores sonhos que eu já tive. E isso, Art.... Isso é porque eu te amo.

Ela nada disse. Olhou para o céu, para os pés, para o céu novamente e de volta para Apolo.

-Isso me assusta. – foi tudo que ela disse.

-Tudo bem – ele falou, conformado – Eu entendo.

Depois de ficar em silêncio e pensar por alguns minutos, Ártemis deu um sorriso tímido e falou:

-Não, você não entendeu. Isso me assusta porque eu percebi que também quero dizer que te amo, porque eu amo – ela ainda sorria, mas logo voltou ao tom sério – mas nós não podemos ficar juntos, Apolo.

-Porque não, Artie? – ele perguntou, exasperado.

-Porque.... você sabe, eu nunca passei por isso. As ideias que eu tenho sobre o amor são muito abstratas. Eu provavelmente vou esperar um romance como o dos livros, e ambos sabemos que não é assim que funciona!

-Ártemis, - ele pegou as mãos delas juntas, sorrindo – Se você não sabe como é o amor, não sou eu que saberei. Mas nós poderíamos aprender isso, juntos. Eu não me importo com isso, seria um prazer dedicar toda a minha eternidade para aprender a te amar da forma que você merece. E se você vai esperar um romance como o dos livros, não se preocupe; eu seirei com prazer o seu cavaleiro de armadura reluzente, ou seu Romeu, ou seu Mr. Darcy, eu posso ser o que você quiser. Nós podemos fazer isso juntos, Art.

Um sorriso enorme e apaixonado apareceu no rosto da deusa, que falou:

-Então eu também te amo, Apolo – ele retribuiu o sorriso – Mas você não vai chegar amanhã me dizendo que estava bêbado, vai?

Apolo riu.

-Não, você foi a melhor coisa que já me aconteceu.

Foi nessa hora que eles ouviram um barulho no salão, provavelmente Poseidon e Atena iriam anunciar o noivado.

-Vamos, ou vamos perder o anúncio de Poseidon! – falou Ártemis, seguindo em direção à saída da varanda, com os dedos entrelaçados aos de Apolo. Ele, sem sair do lugar, puxou a deusa de volta para perto de si, para depois abraçá-la pela cintura.

-O que foi? – ela indagou, repousando a mão sobre o peito dele.

-Acho que vamos perder um pouco do começo – ele sorriu, tornando mínima a distância entre seus rostos e finalmente beijando os lábios dela.

E ambos souberam que nada nunca se compararia àquela primeira vez em que seus lábios se tocaram.


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Notas finais do capítulo

Enfim, enfim. Sei que tenho algo importante para dizer aqui, mas minha memória é péssima, pior do que minha criatividade SHAUHSUAHSUH Então okay, espero reviews.