Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 35
História


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu estava rondando o youtube e encontrei esse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=cmvdeB8T8Vc
É, eu não gosto muito de sertanejo, mas achei essa música e esse clipe a cara de Poseidon e Atena *u* Daí eu fico sorrindo feito boba quando vejo esse clipe SHAUHSUAHSUAHS
Enfim, esqueçam da felicidade e vamos a esse capítulo que muitos de vocês estavam esperando :)



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-Foi há muitos milênios – começou Atena.

“Eu tinha acabado de vencer nossa disputa por Atenas e resolvi dar uma volta pela cidade. Quando já estava cansada de andar, parei num bosque para sentar debaixo de uma árvore e ler, e foi ali que eu o vi.

Ele era alto, tinha ombros largos e se vestia como os nobres da época. Depois fiquei sabendo que seu nome era Pollux, e ele estava acompanhado de dois amigos, Sísifo e Dante. Nunca falei muito com aqueles dois, mas com Pollux as coisas foram diferentes. Tudo começou quando ele se levantou lá de onde estava e foi para debaixo da árvore em que eu estava e falou comigo. Ele se apresentou e sorriu. Ele tinha o cabelo loiro e cacheado, como o de Apolo, e os olhos de um azul elétrico. Era magro, mal tinha músculos, mas era charmoso e tinha um sorriso estonteante.

Resumindo, eu me apaixonei por ele. Todos os dias eu ia passear por Atenas em minha forma mortal, só para vê-lo. Ele passou a caminhar pela cidade comigo, me mostrou os mais belos lugares da cidade...

Numa tarde, no horário em que nós costumávamos nos despedir, ele disse que me amava. Me pegou pela mão e nós fomos até a casa dele. Já estava escuro quando chegamos.”

Poseidon já pressentia o que ia acontecer, enquanto Atena tomava fôlego para continuar.

“Se eu não estivesse caindo de amores por ele, teria notando quando Pollux trancou a porta.”

Ela olhou para Poseidon, os olhos dela agora estavam de um tom cinza, da cor da tempestade. Aquilo nunca era um bom sinal.

“Quando ele se virou para mim, tinha um sorriso diferente no rosto. Não era o sorriso que eu gostava, era um sorriso mau. E eu sonho com esse sorriso até hoje.

-O que está acontecendo, Pollux? – perguntei.

Quando ouvi risadas atrás de mim, me virei. Eram os amigos dele que estavam com ele naquele dia em que eu o conheci, e eles tinham o mesmo sorriso no rosto. Eles desembolsaram alguns dracmas e entregaram para Pollux, dizendo:

-Eu tinha apostado todo o meu dinheiro, cara! – falou Dante, jogando as moedas na mão de Pollux, que riu.

-Eu também, não imaginei que ele conseguisse pegar a garota – riu Sísifo.

Então tinha sido tudo uma aposta?

-Mas ela é mesmo linda, não é? – falou Pollux, me olhando enquanto guardava as moedas na bolsa.

-Não dá pra ver bem , tem muita roupa por cima- disse Dante, ao que os três riram.

Então eles começaram. Sísifo me amordaçou e Pollux arrancou meu vestido de uma vez só, jogando em algum lugar no chão. Eu podia sentir as mãos dele por todo o meu corpo, e eu...”

Ela se interrompeu, secando uma lágrima.

-Atena, você não precisa... – começou Poseidon, amaldiçoando mentalmente aqueles crápulas.

-Não, me deixe continuar – ela pediu, ao que ele ficou em um silêncio inconformado. 

“Eles me bateram, morderam, lamberam, apalparam... eu estava acabada, então Pollux teve uma ideia. Ele pegou uma faca e... riscou um P na minha cintura gritando enquanto me batia:

-Você é minha agora, ouviu?

Eles riram enquanto o sangue escorria daquele P. E foi aí que eles começaram a desabotoar as calças.

Eles começaram a esfregar aquelas coisas em mim, e eu...”

A voz dela falhou, e Atena escondeu a cabeça no peito de Poseidon, chorando e soluçando.

Poseidon a abraçou forte, sentindo cada vez que ela soluçava. Ele não sabia o que fazer, nem o que sentir, então apenas segurou Atena contra si, desejando poder ter evitado aquilo.

Quando ela já estava mais calma, ele enxugou as lágrimas dela com o polegar, enquanto ela dizia:

-Eles não passaram dali, Poseidon. Antes de... eu me descontrolei e assumi minha forma divina. Como mortais, eles foram fulminados. – ela suspirou, baixando o olhar – Sabe, o que eles fizeram naquele dia doeu. Saber que ele tinha mentido para mim foi terrível, mas nenhum desses dois traumas foi tão ruim quanto saber que eu matei o único homem pelo qual me apaixonei. E eu pensei que depois disso nunca mais fosse amar outro homem, não confiava em nenhum deles. Apesar disso, nunca jurei virgindade eterna. Não pelo Estige. – ele se surpreendeu, e ela continuou – Zeus se convenceu de que a palavra da deusa da sabedoria e da justiça seria o suficiente. E, quero dizer, tinha sido, até você aparecer.

-Eu deveria me desculpar por isso? – ele perguntou, ao que ela sorriu, enxugando o que restava das lágrimas.

-Não por enquanto – eles sorriram.

Sabe o que eu acho? – Poseidon falou, apagando a luz do quarto, deixando quase tudo escuro – Nós deveríamos ir dormir, pois amanhã teremos um dia malditamente casal – ele riu, enquanto se deitava e Atena se aninhava nele, cobrindo-os com o lençol.

-Casal? – ela perguntou.

-É, olha só, agora nós temos uma relação! – ele riu.

-Poseidon, nós já tínhamos uma relação de ódio, porque – ele a interrompeu com um beijo. Aquilo já estava virando mania.

-Você já está pegando o costume de me interromper com um beijo, isso não é justo.

-É que você fala demais, Atena – ele a beijou de novo, ternamente, fazendo a deusa suspirar.

-Eu te amo, Atena.

-Também te amo, Poseidon – ela falou, segurando a mão dele e encostando a cabeça no peito do deus, dormindo ali mesmo. 


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Notas finais do capítulo

Enfim, alguém aí está com raiva desses idiotas?
Só eu? Ok '-'
Enfim, espero reviews e recomendaçoes, se possível U_U