Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 33
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Esse título me lembra o filme com o Robert Pattinson, é. Enfim, eu em devia estar postando hoje, mas HOJE É SÁBADO, HSUAHSUAHSUAH
Não, sério,é o primeiro sábado em meses que eu vou poder tirar pra dormir a tarde inteeeeeeeeeeeeeeira :D
Só faltava estar chovendo mas tudo bem.
Enfim.



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Deitada em sua cama ao lado de Ártemis, Atena contou para a irmã tudo o que havia acontecido durante aquela semana, sem ocultar nenhum detalhe. Ártemis não interrompeu enquanto ela falava, mas logo depois perguntou:

-E por que você estava chorando mesmo? Quero dizer, pelo que você falou, esses dias foram ótimos.

-Porque eu menti pra ele, Art. Essa semana toda mexeu comigo de alguma forma, e ainda não sei como. Significou alguma coisa, com certeza, mas eu não sei se isso é bom.

-Mas não precisava ter dito aquelas coisas para Poseidon, Atena. Eu nunca tinha visto ele daquele jeito.

-Eu precisei – a voz de Atena falhou, e uma lágrima escorreu pelo rosto dela – Ou ele iria continuar insistindo e eu acabaria cedendo.

-E qual seria o problema? Qual seria o problema em tentar?

-Você sabe, Ártemis – a deusa da sabedoria fez uma careta – Se ele estiver fazendo o mesmo que o Pollux...

-Não – a outra interrompeu – Poseidon não é Pollux, Atena. Nem todos eles são iguais.

Atena estranhou o pensamento da amiga/irmã, que costumava ter repulsa por homens. 

-O que houve com você? Pensei que odiasse qualquer forma de vida masculina.

-E odeio – a deusa da lua franziu o cenho – Ou não tanto assim, quem sabe. Não sei, acho que tenho andado muito com Afrodite e Apolo.

-Afrodite e Apolo? – a loira arqueou uma sobrancelha, surpresa – Por falar neles, por que seu irmão ajudou Afrodite a armar para mim e Poseidon?

-Porque ele está apaixonado por alguém, e Afrodite prometeu usar seus dons de deusa do amor para ajudá-lo se ele a ajudasse. Tentei saber que garota-mistério é essa, mas ele não me diz, nem Afrodite – ela deu de ombros.

-Sendo assim é perdoável. Apolo se apaixonando é novidade. Parece que muita coisa mudou nessa semana – Atena riu um pouco – Também não sabia que você andava com a Dite.

-E não andava – Ártemis franziu o cenho – ela que começou a me procurar ultimamente, basicamente desde que você e Poseidon foram para a praia.

Ártemis não via nada em comum entre esses fatos, mas Atena rapidamente ligou os pontos:

-Quer dizer que Apolo está apaixonado, mas não lhe diz por quem é. Então Afrodite promete ajudá-lo com essa garota e no mesmo período de tempo começa a te procurar sem motivo aparente. E coincidentemente, conversou tanto com você que você já está pensando um pouco como ela, deixando de odiar os homens e etecetera. Esqueci algo?

-Não... Mas e daí? Não entendi onde você quer chegar.

Atena riu com a expressão confusa que surgiu no rosto de Ártemis, suspirando.

-Deixe para lá, Art. Isso não faz sentido nenhum, eu só estou pensando demais como sempre. Agora me diga o que eu devo fazer para me animar um pouco.

-Eu tenho uma ideia – ela sorriu, pegando a mão de Atena e sumindo com a loira numa névoa prateada.

*.*  

Poseidon estava estirado confortavelmente em uma cadeira de seu escritório em Atlântida, olhando para o nada. Ele sabia que precisava organizar as pendências que haviam surgido durante aquela semana, mas não conseguia fixar seus pensamentos em nada, pois imagens de uma certa deusa ainda passeavam pela sua mente e seu coração, deixando o deus sem saber o que fazer.

Mas claro, como perfeito pervertido, ele teve uma ideia.

*.*

 Atena sentou em uma rocha, ofegante, enquanto Ártemis desferia o golpe final no monstro grande e gordo que elas passaram a manhã e a tarde caçando. Foi uma caçada difícil, ambas as deusas estavam machucadas, e Atena tinha seu próprio sangue dourado espalhado por todo o corpo.

Limpando com um pano o Icor do rosto, a loira observava o sol se pôr, e lembrou daquele primeiro dia com Poseidon na praia.

Poseidon... – ela suspirou.

-Pensando nele de novo? – perguntou Ártemis, sentando-se ao lado dela.

Antes que Atena tivesse a chance de responder positivamente, um papel perfumado e cor-de-rosa voou até as mãos da loira, deixando no ar o cheiro de cereja que tinha e chamando a atenção das duas deusas. Atena leu em voz alta:

-“Afrodite e Cia. Convidam você a comparecer uma festa no salão principal do Olimpo, na sexta-feira, às 20h. Traje: Esporte fino. Beijinhos, Afrodite.”

-Ah, Apolo tinha me falado dessa festa. Que dia é hoje? – perguntou Ártemis. Afinal, quando se vive eternamente, não é incomum perder a noção do tempo.

-Hoje é quarta-feira, eu acho – Atena deu de ombros – sendo assim, nós teremos dois dias para nos preparar psicologicamente. – ela suspirou, então fez a pergunta que estava em sua mente – Será que Poseidon vai?

-Claro que vai – Ártemis riu – a festa é de Afrodite, você sabe muito bem que ela não convida ninguém, ela nos intima a comparecer. Mas você tem pensado e falado nele o dia todo, Atena. O que está acontecendo?

-Eu não sei – ela franziu o cenho. A deusa da sabedoria odiava não saber de algo.

Ártemis nada disse enquanto Atena pensava. O que tinha acontecido durante aquela semana que mudou e confundiu tudo que ela pensava a respeito de Poseidon? Naquela primeira tarde, quando eles viram o pôr do sole ele perguntou se ela o odiava, ela já não sabia responder. Será que as coisas já estavam mudadas desde aquele dia?

Continuando a analisar aquela semana, ela lembrou-se daquela noite em que se deitou sobre o braço dele enquanto ele falava de Anfitrite. Lembrou da música na fogueira, dos sorrisos trocados e de como se sentiu confortável com ele ao ponto de dormir ali. Lembrou daquele roçar de lábios na mini biblioteca da casa, de como ela ficou confusa e de como o coração dela acelerou... Lembrou da moça – vadia – da loja de lingerie e de quando, impulsionada pelo ciúmes, segurou a mão dele. Os dedos deles pareciam se encaixar perfeitamente. E lembrou também daquela mesma noite, quando ele a beijou. E dali pelos muitos beijos que trocaram naqueles últimos dias, ela ficou vermelha ao se pegar lembrando. E aquele último dia na praia... ela reviveu em sua mente cada pequeno detalhe, cada um dos beijos, cada olhar dele, o calor da respiração dele em seu pescoço, o sabor dos lábios dele, a dança esquisita dele no saloon – ela riu – e a sensação de ter as mãos e os lábios de Poseidon por todo o corpo dela. E claro, aquele inebriante beijo subaquático também passou pela mente da deusa.

“Eu te amo, Atena. Só não esqueça disso...”

Atena piscou, mordendo o lábio inferior e franzindo o cenho. Ártemis deu um sorriso de canto, conhecia bem demais Atena para saber que ela estava começando a entender.

E realmente, a deusa da sabedoria finalmente conseguiu responder várias perguntas de uma vez. Finalmente ela compreendeu o porquê de sentir ciúmes das mulheres – vadias – que davam em cima de Poseidon. Ela entendeu porque se sentia bem com ele, porque gostava dos beijos dele, porque corava sempre que ele a elogiava ou porque doera tanto nela dizer aquelas coisas para ele de manhã.

Mas, apesar de estar com medo daquela história se repetir, Atena estava feliz.

-Você descobriu, não foi? – perguntou Ártemis.

Atena sorriu o sorriso mais bobo do mundo, para então dizer:

-Eu amo Poseidon.

-E o que você ainda está fazendo aqui? – Ártemis sorriu, ao que Atena soube o que tinha que fazer e estalou os dedos, sumindo numa névoa cinza.


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Notas finais do capítulo

Enfim. Aiai, Atena... Enfim. Gente, recomendações são legais, sabem SHAUSHAUHSUAHSUAHSU reviews também,mas recomendações são divas, sério kkk
Mas isso foi só um comentário, sem indiretas '-' até porque eu sei que quase ninguém lê as notas finais '-'