Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 29
Desejo e Luxúria (6° dia, parte 4)


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra voceeeeeeees :)
E esse é beem legal, diga-se de passagem. Quero dizer, eu gostei.
Enfim, enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/337468/chapter/29

E realmente não era muito longe. Em poucos minutos de caminhada eles se depararam com um lugar incrível.

Era uma queda d’água, cercada pelo verde da mata serrana. A água despencava de uma altura razoável, de onde aventureiros com certeza se atreveriam a pular. Já mais embaixo, a água que caía batia direto em uma rocha, dividindo a cascata em duas, algo que Atena considerou que seria ótimo para um banho. E por fim, a água se acumulou ali conforme os anos passavam, formando uma piscina natural, de águas cristalinas com areia dourada ao fundo. Sim, era a visão do paraíso.

Poseidon havia caminhado até um lugar onde o chão era plano e ali se acomodou, sentado e abrindo a mochila. Atena o viu tirar de lá dois sanduíches envoltos em saquinhos transparentes e uma garrafa térmica, e se sentou ao lado dele.

-Vamos almoçar sanduíches? – ela perguntou.

-É, por quê? Tem alguma ideia melhor?

-Hum... Eu sugeriria peixe, mas parece que nessa água não tem. – ela riu da expressão horrorizada que ele fez – Ok, isso foi cruel.

-Foi mesmo. Decide logo, quer sanduíche de quê? Tem de presunto e de queijo.

-Ah – ela suspirou – eu estava esperando um de atum...

-Você é má, sabia? – ele falou, entregando a ela o pacotinho com o sanduíche de queijo.

Atena se aproximou dele, ficou de joelhos na frente do deus (que a encarava confuso) e deu um leve empurrão no ombro dele. Não foi muito forte, mas como Poseidon não estava equilibrado, caiu de costas no chão. Ele observava perplexo e um tanto nervoso enquanto ela passava sensualmente uma perna por cada lado dele, prendendo-o pelos pulsos ao chão com as próprias mãos e se inclinava para perto do rosto dele. E ela ficou ali, nariz tocando nariz, olho no olho, verde no cinza. Ele podia sentir o perfume doce e inebriante dela tão de perto, e não conseguia decidir se olhava para os olhos dela ou para os lábios avermelhados da deusa. Quando ela percebeu que ele estava com a respiração descompassada, um sorriso brincou em seus lábios. Se inclinando para mais perto, ela tocou levemente a orelha dele com os lábios, sussurrando:

-Eu sou má?

A verdade era que aquilo era sim maldade com Poseidon. Quando ele sentiu a respiração quente dela em seu pescoço, ou os lábios dela em sua orelha, aspirou novamente o perfume que vinha dela e escutou a voz sedutora que ela tinha feito, perdeu a linha do raciocínio. Aquilo era extremamente excitante, Poseidon podia sentir o corpo queimando de desejo por aquela deusa ali em cima dele, ficando um tanto animadinho ali embaixo.

Usando um pouco de força ele a pegou pelos cotovelos e a girou, invertendo as posições. Agora ele que a prendia ao chão, com uma perna de cada lado dela, como ela tinha feito com ele.

-Quem é você e o que você fez com Atena? – ele perguntou, ainda perplexo, ao que ela deu uma risada gostosa.

-Daqui a pouco ela volta – a loira sorriu.

-Então vamos aproveitar enquanto ela não vem – ele sorriu sacana, tomando a boca da deusa em um beijo urgente. Dessa vez a paixão ficou de lado, dando lugar à luxúria e ao desejo de ambos. Poseidon desceu suave e lentamente as mãos pelos braços dela, percorrendo todo o comprimento dos braços, do rosto, da lateral dos sérios e da barriga plana de Atena, para então repousar as mãos na cintura dela, apertando-a contra si e colando seus corpos. Ela pôs as mãos no peito dele, inocentemente, mas fazendo o deus delirar com aquele toque. Ao sentir a ereção dele sendo pressionada contra sua coxa, porém, ela parou o beijo.

Pronto, a deusa da razão estava de volta.

Ele olhava nos olhos dela, tão de perto, arfando, e ela pôde ver naquele verde denso o desejo puro e latente, quase palpável, e sabia que o cinza de seus próprios olhos transmitia o mesmo efeito.

*.*

Poseidon a observava ali, cara a cara. Corada, ofegante e com os lábios tão vermelhos, ela parecia ainda mais perfeita. Nos olhos dela, o deus podia ver um misto de muitos sentimentos, que transformavam o cinza de volta no azul. Poseidon ajeitou novamente a franja dela atrás da orelha, fazendo Atena sorrir e corar com aquele gesto bobo. E ele sorriu junto, ao observar as bochechas rubras da deusa, passando o polegar por elas. E naquela hora ele teve o ímpeto de dizer a ela a verdade, que a amava, que precisava e queria ficar ao lado dela pelo resto da eternidade, pois nunca tivera tanta certeza disso quanto teve naquele momento. No entanto, ainda não era a hora.

Conformado, ele se limitou a dar um selinho rápido ela e sair de cima da mesma, se concentrando em seu sanduíche de presunto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?? Essa Atena me assusta, mas eu gosto. E com certeza, Poseidon também kkkkkkkkkk