Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 17
Ciúmes e Lágrimas (4º dia, parte 4)


Notas iniciais do capítulo

Sim, sim, eu não tenho forças e vim postar antes do esperado.. mas vocês não estão exatamente reclamando por isso, certo? kk



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Atena estava encostada na árvore enquanto Poseidon murmurava algo com Hermes, longe demais para que ela pudesse ouvir a conversa. O que será que era tão importante para Hermes aparecer? E Poseidon não tinha se separado de Anfitrite? O que estava acontecendo?

Após muita conversa, Hermes se afastou de Poseidon, piscou o olho para Atena e sumiu numa névoa marrom.

-O que houve? Ele não vai comentar nada sobre... aquela cena lá no Olimpo não, vai? – indagou a deusa.

-Não, ele jurou não dizer nada, pois tem medo de deixar seu pai furioso.

-E o que tem Anfitrite?

-Nada importante, só o de sempre, ela importunando os meus generais para saber onde eu estou, para que eu lhe conceda as dádivas de uma deusa menor. O de sempre, não precisa sentir ciúmes.

-Ciúmes?! De você?! Claro que não! – ela protestou.

-Ah não? Veremos. – ele sorriu sacana, se aproximando de uma loirinha que caminhava com um Yorkshire. Atena observou Poseidon falar algo no ouvido da garota, repousando a mão na cintura dela. A deusa tentou ignorar a sensação esquisita que tomava conta dela. Ela também disfarçou o nó na garganta quando viu a mortal colocar os braços em volta do pescoço de Poseidon e enquanto ele olhava nos olhos da mesma. Mas não, ela não pôde ignorar a sensação de ter levado um soco no estômago quando ele beijou a garota.

Ela não pôde ver a falta de animação de Poseidon naquele beijo, porque seus olhos começaram a embaçar com as lágrimas que queriam escapar.

Então ele podia sair e beijar qualquer uma que aparecesse no meio do caminho? Sim, aquele era Poseidon, e ela tinha sido só mais uma na lista interminável dele.

Se xingando mentalmente ela tentou conter as lágrimas que teimavam em tentar escorrer, mas ela não as deixaria escapar. Não por causa dele.

Furiosa, ela foi até ele e simplesmente o puxou, interrompendo o beijo, fazendo a garota dar de ombros e ir embora.

-Não tem ciúmes então? – ele perguntou com sarcasmo.

-Vá se lascar, Poseidon – ela saiu, dando as costas para ele e andando.

-Isso me parece ciúmes... – cantarolou ele, ao que ela se virou para ele e vociferou:

-Poseidon, cala essa porcaria que você chama de boca e me deixa em paz! – nessa hora ele pôde ver a lágrima que desceu involuntariamente pelo rosto dela e pela primeira vez na vida se arrependeu de algo que tinha feito.

-Atena... você... está chorando? – perguntou ele, correndo até ela, que tinha voltado a andar e já tinha se distanciado. Como ela não respondeu, ele levantou o rosto dela, apenas para constatar que ela chorava. – Por minha causa? – ele perguntou mais para si mesmo, abraçando a deusa.

E ela queria sair dos braços dele, mas enterrou o rosto no peito de Poseidon e esperou as lágrimas secarem. Ela não sabia o que estava sentindo, além da raiva por ter sido estúpida o suficiente para se tornar mais uma no meio de muitas mulheres que ele “pegou”, e raiva também pelo fato de mesmo depois daquilo ela não conseguir sair do abraço dele.


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Notas finais do capítulo

Hey, gente, não me matem.
Não tive culpa, Poseidon é assim mesmo.
Não, não, não me matem. Eu deixo me xingarem nos reviews.