Ainda com a cabeça no colo de Atena, Poseidon se perguntou quanto tempo teriam ficado ali.

-Atena, que horas são? – ele perguntou.

-Hum... – ela olhou o relógio – já passa do meio dia. Vamos almoçar?

-Vamos! Mas onde? – perguntou o deus, se levantando e oferecendo a mão para ajudar Atena a ficar de pé. A deusa relutou, mas aceitou a mão estendida. Ora, na hora em que Atena se levantou e ia soltar a mão dele, Poseidon a imprensou contra a árvore na qual ela apoiara as costas mais cedo. Ele se aproximou com aquele sorriso sacana e prendeu o corpo dela com o seu, impossibilitando os movimentos da deusa. Atena suspirou.

-Poseidon, me solta.

-Humhum – murmurou ele enquanto beijava o pescoço dela.

*.*

A respiração dele no pescoço dela fazia cócegas e causava arrepios em Atena. Ela sentia ele beijar seu pescoço, o queixo e dar uma mordida de leve em sua orelha, fazendo Atena suspirar. Ela enrolou os dedos no cabelo dele, puxando o deus e ficando cara a cara com ele. Os olhos de Poseidon estavam de um verde muito escuro. Ele ergueu uma sobrancelha e sorriu, arrancando mais um suspiro involuntário dela antes que ele beijasse os lábios da loira.

Poseidon dava leves beijos, mordiscava o lábio inferior dela e deixava Atena louca com aquelas provocações. E quando ele finalmente a beijou, não durou muito, pois ele logo se afastou, sem sair de perto dela, no entanto.

-Que foi? – ela perguntou.

-Nada, ué. Você pediu pra eu te soltar, lembra?

-E desde quando você faz o que eu quero? – ela ergueu uma sobrancelha.

-Resolvi ser cavalheiro agora – falou ele, dando de ombros e se afastando.

Atena rolou os olhos. Não, ela não devia fazer aquilo. Não, mas ela fez.

-Poseidon! – chamou ela, segurando o deus pela camisa, ao que ele se virou em velocidade recorde – me beija.

*.*

Poseidon adoraria ter ouvido aquela frase mais uma vez, mas não se conteve para esperar Atena pedir de novo (o que provavelmente não aconteceria) e logo a beijou. Não esperou muito e pediu passagem com a língua, e Atena novamente não se opôs. Ele não se lembrava de qualquer mulher que conseguisse deixá-lo daquele jeito, ansioso e até mesmo excitado por um simples beijo. Mas ele estava.

Poseidon deixou suas mãos correrem pelas costas de Atena enquanto sentia ela enroscar os dedos em seu cabelo e até dar leves puxões. E aquilo o estava enlouquecendo. Então ele resolveu arriscar. Com o apoio da árvore ele levantou a deusa, fazendo-a enroscar as pernas na cintura dele, e para surpresa de Poseidon ela não recuou nem parou de beijá-lo por um segundo sequer. Ele a abraçava com a maior firmeza que podia e puxava seu lábio inferior com uma leve mordida. Quando ele fez isso, Atena soltou um gemido involuntário, que deixou Poseidon um tanto animado, se é que me entendem. Enquanto a deusa correspondia aos beijos dele, Poseidon tentava controlar o meio de suas pernas, e claro que ele não estava tendo muito sucesso nisso.

E nem Zeus sabia onde aquilo ia parar se uma voz não tivesse interrompido a brincadeira.

-O que eu não daria para ter aqui as câmeras da TV Hefesto!

Os dois deuses se afastaram sobressaltados, Atena logo corando ao ver o dono da voz. Poseidon, com as roupas amarrotadas, o cabelo bagunçado e os lábios entreabertos ainda arfava, os dois formando um belo casal. O primeiro a falar foi Poseidon:

-O que o traz aqui, Hermes?

O intruso sorriu. Bagunçou os cabelos cor-de-areia e falou:

-Anfitrite.