Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 15
Piquenique (4º dia, parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Já notaram que piquenique é uma palavra estranha? Mas é assim mesmo que se escreve, eu procurei no Google u.u Enfim, aí vai um capítulo Afroditiano, Enjoy ;)



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O taxista nunca cansaria de se espantar quando visse o símbolo do infinito toda vez que passasse o cartão grana Lótus de Poseidon. O deus sorriu, ajudando Atena a descer do taxi e caminhando pelo parque no qual haviam descido.

-O que você pôs na cesta, Poseidon?– perguntou Atena, ao que o deus alargou ainda mais o sorriso. Ele adorava ouvir a voz dela dizendo seu nome.

-Donuts, bolo, suco, chocolate... nada saudável – ela revirou os olhos, sorrindo.

-O suco é saudável, sabia?

Ele não se deu ao trabalho de responder, pois tinha encontrado o lugar perfeito para lancharem aquele café da manhã em horário quase de almoço. Quando ele estendeu sobre a grama a típica toalha vermelha xadrez, ela arqueou uma sobrancelha.

-Toalha xadrez? Isso não é meio... clichê?

-Piquenique sem toalha xadrez não é piquenique, Atena. Não sabia disso? - Ele riu.

-Eu nunca fiz nada do tipo, então não sabia – falou ela, sentando-se sobre a toalha e ajeitando uma das pontas que estava dobrada.

-Acho que você deveria sair um pouco daquela biblioteca – ele falou, sentando-se de frente para ela – De que adianta ter a eternidade de vida e não saber aproveitar?

Ela deu de ombros, mas pensava no que ele dizia. Até que fazia sentido.

*.*

Poseidon devorava vorazmente os donuts, enquanto Atena bebericava um suco de laranja, com o olhar perdido no horizonte. Incomodado com o silêncio, Poseidon resolveu cutucar Atena.

-Ei. Atena.

-Será possível que você não pare quieto um segundo, criatura?

-Eu estava quieto – ele deu de ombros – só não gosto desse silêncio.

-O silêncio é bom. – ela falou, pausadamente - Ajuda a pensar. Tente ouvir.

-Ouvir o quê?

-O silêncio – ela fechou os olhos, sorrindo com a brisa suave que atingia seu rosto.

Ele fechou os olhos também, mas estava impaciente, por isso logo os abriu de novo.

-Não escuto nada.

-É por isso que se chama silêncio, Poseidon. – falou ela, abrindo os olhos e suspirando, percebendo que não conseguiria relaxar ali.

-Prefiro ouvir minha linda voz.

-Obrigada, mas eu enjoei de ouvir a sua “linda” voz.

-Enjoou? – perguntou ele, chegando mais perto dela, com uma voz incrivelmente sedutora. Atena arrepiou-se, mas o empurrou.

-Sai daqui. – ela retrucou.

Ele riu.

-Eu sou irresistível, admita.

-Não, você é só um tarado nojento.

-Não lembro de você me dizendo isso enquanto me beijava ontem – ele continuava rindo, ao que ela corava.

-Você me agarrou, não tive chance de dizer nada.

-Mas você gostou.

-Não, não gostei.

-E por que não me pediu para parar?

Ela se irritou, pois era verdade. Ela tinha gostado e não fez nada para impedir aquele beijo.

-Argh, sai daqui – resmungou ela, se levantando. Ele tinha um sorriso sacana no rosto, contente por ter ganhado aquela pequena batalha. Enquanto Atena se levantava, Poseidon a puxou pelo pé, fazendo a loira cair na grama. Ele se arrastou até ela, ficando por cima dela, com um joelho de cada lado do corpo delicado da deusa e se apoiando na grama com as mãos.

-Poseidon, sai de cima de mim! – ela batia no peito dele, que apenas ria.

-Pede direitinho, tipo: “Grande Poseidon, eu confesso que te amo, pode me soltar?”

-Nunca! Eu vou gritar! – ela falou, mas sorria da infantilidade dele. (N/A: Só dele?)

-Tente – falou ele, se aproximando do rosto dela, com aquele sorriso que a mente de Atena mal conseguia processar.

-Poseidon, é sério, eu vou gritar. – ela murmurou, com a voz cada vez mais fraca.

-Humhum – fez ele, beijando o pescoço da deusa, que só pôde suspirar.

-Poseidon... – ela meio que gemeu o nome dele, deixando o deus louco. Entretanto Poseidon suspirou, se afastando. Quando ele se afastava dela, no entanto, Atena o surpreendeu, enroscando os dedos em seu cabelo negro e o puxando até que sua boca encontrasse a dele. Poseidon só não sorriu porque estava usando os lábios para algo mais importante. Ele levantou as costas dela do chão, passando um dos braços pela cintura da deusa e colando seus corpos. Atena arfou com o contato, mas não conseguia parar de beijá-lo. Aquilo era como uma droga para ela, Poseidon estava mostrando a ela coisas que ela nunca imaginou ou que não sentia há milênios. E ela gostava daquilo.

Quando ele pediu passagem com a língua, ela não ofereceu resistência, transformando aquele beijo no que parecia uma sensual dança de línguas. Num momento em que ela se mexeu um pouco, os seios dela roçaram levemente no peito dele, deixando Poseidon um tanto animado. Animado até demais, pois Atena logo sentiu algo volumoso sendo pressionado contra o meio das pernas dela. Assustada, ela parou o beijo, ofegante.

Poseidon olhou para ela encantado, Atena estava tão vermelha quanto um tomate, e seus lábios estavam mais vermelhos do que nunca. Fora o fato de ela estar buscando o ar como se tivesse corrido numa maratona. E ele teria beijado aqueles lábios vermelhos mais uma vez, se conseguisse parar de sorrir.

-Por que está sorrindo assim? – ela perguntou, passando a mão pelo cabelo dele.

-Você me beijou.

-É, parece que sim – ela mordeu o lábio inferior, como se pensasse se aquilo tinha sido uma boa ideia.

Ele se deitou na grama ao lado dela, ainda sorrindo, e olhou para o céu. Atena se sentou, apoiando as costas nunca árvore, ao que Poseidon apenas deslizou até lá e deitou a cabeça no colo dela. Relutante, ela deixou, para depois pôr uma mão no cabelo dele e deslizar os dedos por lá.

O deus do mar gostava daquilo. Por algum motivo estranho ele gostava de estar com ela ali, de beijá-la e de ver o sorriso dela. Quem diria, não é? Quero dizer, Afrodite diria, mas as opiniões dela devem sempre ser desconsideradas. Mas fora o ser perturbado que era Afrodite, ninguém poderia dizer que um dia seria capaz de ele gostar de beijar os lábios da sua pior inimiga, se é que ainda eram inimigos.

Sem perceber, ele passou um longo tempo olhando para ela, até ela perguntar:

-No que você está pensando?

-Hm, não é nada.

-Se não for nada pornográfico, eu quero saber, Poseidon. Afinal, você passou bem meia hora olhando pra mim fixamente, acho que eu tenho o direito de saber o porquê.

-Eu só estava pensando que nunca eu imaginaria nós dois assim, desse jeito.

-Desse jeito como?

-Bom, por você eu não sei – ele falou – mas eu me internaria se pensasse em estar no mesmo lugar com você sem brigas, sem gritos ou coisas destruídas. Quanto mais pensar em... hm, te beijar ou nada do tipo. Ou de gostar de você, mesmo que minimamente – eles riram – ou de te fazer sorrir.

Ela corou.

-Você gosta de me fazer sorrir? – ela ficou mais vermelha ainda, perguntando timidamente – sério?

-Sério. O seu sorriso é lindo. – ele falou, levando a mão ao rosto dela, e passando o polegar nos lábios da deusa.

Poseidon observou Atena enrubescer e emudecer, para continuar admirando o quanto ela era linda. Atena, por outro lado, tentou se concentrar em “ouvir o silêncio”, mas seus pensamentos estavam um tanto confusos, levando a mente dela a pensar no deus que estava ali em seu colo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O próximo é tãããããão legal *u*