Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 14
Dia na Cidade (4º dia, parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei? Sorry, tinha perdido o pen drive, ou seja, todos os capítulos. É, eu preciso ser mais responsável, eu sei.



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POV Atena

Naquela manhã eu não queria abrir os olhos, mas o fiz mesmo assim. Olhei para os lados, e a poucos centímetros de mim estava o rosto tranquilo de um adormecido Poseidon. Aí me dei conta de que minhas mãos repousavam sobre o tórax musculoso dele, enquanto ele abraçava minha cintura. Minhas mãos não deveriam ficar tão naturais ali, nem o abraço dele devia ser tão aconchegante, mas a verdade era que eu não me sentia mal por estar ali com ele, ou seja: algo estava errado, e eu não sabia o que era.

E eu odeio não saber das coisas.

Eu podia sentir a respiração suave dele em meu rosto, e passei a observá-lo. Seu cabelo extremamente preto e bagunçado era convidativo. Hesitante, passei meus dedos pelos fios desalinhados daquele cabelo macio. Desci minha mão para o seu rosto e a repousei lá; a pele dele era quente, e estava perfeitamente bronzeada. As pálpebras tranquilamente fechadas escondiam aqueles olhos verdes que eram capazes de me confundir, de me fascinar e de me prender naquele olhar denso como o próprio mar, e mais uma vez eu me perguntei por que eles causavam tantas sensações em mim. Deixando essa pergunta sem resposta, desci mais a mão, repousando meus dedos sobre os lábios dele.

Por Zeus, aqueles lábios!

Fechei os olhos, lembrando perfeitamente do gosto deles, um gosto bom que lembrava a maresia. Gosto de Poseidon. Acariciei o lábio superior dele com o dedo indicador e o deixei lá, até que ele, para minha surpresa e quase infarto, mordeu a ponta do meu dedo de um jeito sensual demais pra quem tinha acabado de acordar.

-Bom dia – ele falou, ainda com meu dedo entre seus dentes.

-Por que fez isso? – perguntei.

-É, bom dia pra você também. – ele riu – Fiz isso porque cansei de esperar você me acordar com um beijo. Não que eu não fosse gostar se você fizesse isso, mas estava demorando muito, sabe?

-E gostaria? –arqueei uma sobrancelha. Não, não façam essa cara, a pergunta saiu sem querer.

Ele sorriu, girando seu corpo e ficando por cima de mim, falando na minha orelha com uma voz rouca que meu cérebro colocou na categoria “sexy” (detalhe que tudo que havia na categoria “sexy” do meu cérebro envolvia Poseidon, mas isso é só um detalhe):

-Eu adorei. – ele começou a beijar meu pescoço, mordiscando minha orelha e trilhando um caminho de beijos de volta ao meu pescoço. Onde ele beijava eu sentia minha pele arder, implorando por mais um pouco dele.

Aquilo era só algo físico. Ele é homem, eu sou mulher, isso era culpa dos hormônios. Tinha que ser.

Quando ele desceu os lábios pelo meu ombro e deixou uma mordida ali, um arrepio percorreu meu corpo, e eu senti algo queimando. Por Zeus, o que era aquilo? Seria possível que fosse... excitação? Céus, eu estava enlouquecendo.

-Poseidon... – suspirei, empurrando-o fracamente para o outro lado da cama, ao que ele riu.

-Que horas são?

-Hum... já são dez da manhã – falei, olhando meu relógio – dormimos pra caramba hoje.

-Verdade, mas não tem problema, afinal essa não é uma semana exatamente cheia do que fazer... Mas eu tive uma ideia. Vamos pra cidade?

-Fazer o quê?

-Sei lá, a gente podia fazer um piquenique pro suposto café da manhã, passar o dia por lá e voltar só ao anoitecer.

-É uma boa ideia, pode ser. – concordei, levantando da cama. Decidimos que faríamos aquilo mesmo e ele desceu para juntar a comida em alguma típica cesta de piquenique enquanto eu fui procurar algo para vestir.

*.*

Depois de lutar para encontrar alguma roupa decente na mala de Afrodite, finalmente escolhi um short (que era muito curto, por sinal) vermelho e uma blusa branca simples.  Ao descer as escadas, claro que notei o olhar de Poseidon sobre minhas pernas, que graças à Afrodite estavam mais expostas do que o de costume. O que tem de tão fascinantes nelas afinal? (N/A: Ah, querida e pura Atena...)

-Poseidon! – ralhei.

-Quê? – ele perguntou, cínico.

-Pare de olhar para as minhas pernas!

-Você sai com elas assim só pra me provocar e não quer que eu olhe?

-Não é pra te provocar, ô anta marinha. É culpa de Afrodite, que só deixou essas roupas de prostituta na minha mala.

Poseidon riu. Ele nunca levava nada a sério?

-Me lembre de agradecer a ela depois pelas “roupas de prostituta” – ele sorriu, fazendo as aspas com os dedos, ao que eu revirei os olhos. Eu vinha fazendo muito isso nos últimos dias – Agora vamos, o taxi chegou.

Perguntando mentalmente a Zeus o que eu tinha feito para merecer Poseidon, saí pela porta que o mesmo cavalheirescamente abriu e entrei no taxi.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo eu vou postar o mais rápido possível, nem que tenha que matar aula pra entrar no nyah pelo colégio e postar, porque os próximos dois capítulos são muito, muito, muito fofos. É, bênção de Afrodite, hehe



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