Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 10
Loira sexy de toalha (3º dia, parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Eu achei esse capítulo tão pequenininho... tenho que postar um beeem grande um dia desse, é.



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Poseidon queria beijar Atena, mais do que nunca quis beijar nenhuma outra mulher. Cada parte dele queria ter ficado lá com ela, e ele não só queria beijá-la, mas queria dar a ela o melhor primeiro beijo da existência dela, e foi por isso que não a beijou. Ele nunca sentira nada do tipo, e estava assustado com a força das próprias sensações. Quando ele queria fazer a mulher gostar do beijo, era só para satisfazer seu ego. Com Atena não, era... diferente. Ele queria... nem ele mesmo sabia o que queria. Só sabia que havia algo muito estranho acontecendo, e Poseidon não fazia ideia do que era.

*.*

Atena ficou ainda na biblioteca até a hora do almoço. Imóvel, ela permaneceu no lugar onde Poseidon a havia deixado, incapaz de completar qualquer pensamento que surgisse em sua mente. Por que ele tinha feito aquilo? Ele... ele não a beijou, então o que foi aquilo?

Confusa, ela finalmente saiu de perto das prateleiras e desceu para cozinha, onde Poseidon fazia algo para comerem. Eles conversaram normalmente, como se nada tivesse acontecido. “Bom, acho que para ele não foi nada mesmo”, ela pensava enquanto o observava preparar o almoço.

Enquanto comiam e conversavam , ela suspirou, entediada:

–Estou enjoada dessa casa, você não?

–É, nós bem que poderíamos jantar fora hoje, o que acha?

–Isso é Poseidon, o deus dos mares, um dos três grandes, me chamando para sair? – ela ironizou.

–Não sei, se você for eu posso fazer o favor de fingir que estamos num encontro, já que parece tão ansiosa para isso.

–Aham. Apesar de tudo, é uma boa ideia. Não a do encontro, a de jantar fora. Mudar de ambiente parece uma proposta tentadora.

–E mudar de ambiente comigo, então...

Atena rolou os olhos, se levantando para jogar a louça na pia e esperar ela se dissolver numas bolhinhas cor-de-rosa. É, Afrodite estava usando o máximo de sua criatividade pra inventar novas formas pra louça suja sumir.

*.*

Após um belo cochilo que durou toda uma tarde, Poseidon olhou as horas e percebeu que já estava na hora de começar a se arrumar pra o esperado “encontro” com Atena. Ele riu sozinho com a ironia enquanto pegava uma toalha e entrava no banheiro.

*.*

Depois de fazer seu show particular dançando e cantando Toxic (Britney Spears) para o chuveiro e agradecer ao azulejos da parede pelo carinho das fãs, ele saiu do banheiro, gritando para o nada:

–ATEEEEENA, SAI DA BIBLIOTECA E VAI SE ARRUMAR PRO NOSSO TÃO AGUARDADO ENCONTRO!! – e saiu do quarto.

*.*

Atena sorriu, ele já sabia que ela estaria na biblioteca. Organizadamente ela pôs o livro que estava tentando ler de volta na prateleira e foi tomar seu banho. Pegou uma toalha no armário e entrou no banheiro, ainda podendo sentir no ar ao aroma cítrico que tinha no sabonete de Poseidon. Ela nunca admitiria, mas gostava daquele cheiro.

Debaixo da água quente ela se permitiu por um momento lembrar da sensação de tê-lo tão perto de si naquela hora na biblioteca, sentir a respiração quente dele no rosto dela e ter aquele corpo forte envolvendo-a. Atena adoraria dizer que tinha odiado aquela sensação, que nunca mais queria ficar tão perto das impurezas masculinas dele, mas não estaria sendo justa se dissesse isso. A verdade é que ela tinha gostado, até se sentido bem com aquilo, e por incrível que pareça, alguma coisa nela ficou desapontada porque ele não a beijou. Mas claro que ela nunca admitiria isso em voz alta [...]

Enquanto Atena refletia sobre a vida, Poseidon e aquela semana que estava causando uma desordem na mente organizada dela, Poseidon voltou ao quarto, tentando escolher entre duas camisas. O porquê de ele estar se arrumando com tanto capricho? Nem ele sabia, iria apenas à cidade com Atena, nada demais.

Ele riu do próprio pensamento.

Ele estava simplesmente saindo pra jantar com sua ex-pior inimiga, ou sabe-se lá o que eram agora. Mesmo assim não tinha por quê se arrumar tanto. No entanto, lá estava ele, preocupado com o que vestir, até decidir que ficava lindo de qualquer jeito e escolher a camisa verde, que tinhas as mangas até o cotovelo. Ele se olhou no espelho, sorriu e bagunçou o cabelo, ficando extremamente sexy.

–Cara, você é perfeito – ele falou, sorrindo e piscando para seu reflexo no espelho.

Nessa hora, porém, algo tirou sua atenção de si mesmo. Atena havia acabado de sair do banheiro, apenas de toalha, e procurava algo para vestir. A princípio, ela não percebeu a presença do deus ali, deus esse que aproveitou bem o fato de ela não tê-lo visto, comento com os olhos cada pedaço de pele exposta dela, e imaginando os que não estavam expostos. E claro, ficando perplexo mais uma vez com a beleza e com o corpo dela. Enquanto ele se perguntava o quê ela tinha de tão diferente das outras deusas para deixá-lo assim, ela infelizmente o viu.

–AAAH, SEU TARADO, O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI?! – ela surtou, assustada.

“Me surpreendendo com você, mais uma vez”

–Bom, eu estava me arrumando tranquilamente, até você aparecer aqui só de toalha e embaralhar meus pensamentos.

Ela ruborizou, ao que ele sorriu. Atena não pôde deixar de notar o quanto ele estava lindo e sexy naquele jeans preto e na camisa verde-claro de mangas que contrastava com a cor dos olhos dele, mas a proteção de seu corpo dos olhares pervertidos dele vinha em primeiro lugar. Zangada, ela pegou uma roupa qualquer (que ele pôde ver que era preta) na mala e estava voltando para o banheiro, até que ele falasse:

–Ei Atena! – ela se virou para encará-lo antes de entrar no banheiro.

–Que foi?

Dá uma voltinha, dá? – ele riu, ao que ela bufou e entrou no banheiro, quase derrubando a porta ao fechar.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Aiai, Poseidon, assim você me mata '-'