Eu Não Mudaria Nada Em Você. escrita por Amanda Suellen


Capítulo 9
Capítulo 9




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3 doors down - here without you

Juliana: Você está paranoica ok? Eu não estou chateada.

Fernanda: ah qual é Juliana, eu te conheço cara. Você está sim!

Juliana: Ta e daí se eu estiver? O que você tem a ver? Ah já sei, nada. – Falei irritada.

Fernanda: Nem vem Juliana, não desconte em mim sua frustração.

Juliana: Arg! Desculpe ok? Estou nervosa só isso.

Fernanda: Você gosta dele?

Juliana: Não! – Disse rapidamente – talvez eu esteja um pouco incomoda com os dois juntos, mais é só por que não sabia que ele tinha... uma namorada.

Fernanda: Sinceramente? Eu não sei como ele aguenta a Alice, ela é uma puta mal comida. Ela e a amiguinha dela Natalia – ela cuspiu o nome e completou – aquela mal amada.

Juliana: Ah que ótimo, ela tem uma amiga é?

Fernanda: Você tem sorte de ela não ter vindo hoje, nunca se desgrudam.

Juliana: Que maravilha – falei irônica.

Guilherme: Gatas minhas, podemos nos juntar a vocês? – Ele estava parado atrás de nós e o resto estava saindo ainda.

Juliana: Claro, amor. Cadê a tia Patty?

Guilherme: No escritório com o Carlos.

Juliana: Hum – murmurei vendo o Travis se aproximar.

Rafael: Do que vocês tanto falam?

Fernanda: Coisas de meninas. – Ela piscou e ele revirou os olhos.

Eles se sentaram formando uma roda em volta de mim e da Fernanda, ficamos conversando, ri muito das palhaçadas dos meninos. Alice a todo momento beijava o Travis, tentei não pensar muito nisso e acabei de me concentrando no Matheus e na Nanda.

Fernanda: Sério amor, você não é nada romântico.

Matheus: Eu penso em você amor, e eu sonho com você o tempo todo – ele cantou baixinho pra ela e ela o abraçou.

Caíque: Se eu vomitar não me culpem.

Juliana: Que nojo – rimos.

Fernanda: Você precisa de uma mulher urgentemente meu caro.

Caíque: Por quê? Ta tão na cara assim que não faço sexo a tempo? –

Ele perguntou assustado e a Fernanda caiu na gargalhada.

Alice: Você é tão patético – revirou os olhos.

Caíque: E você sem sal. – ele deu de ombros e ela fez uma cara de idiota que eu realmente tive que me segurar para não cair na gargalhada com a Nanda.

Alice: Ai amor, você vai o deixar falar assim comigo? – ela falou com uma voizinha fina super irritante.

Travis: Fala o que quer, ouve o que não quer Alice. – deu de ombros.

Alice: Grosso! – ela se levantou e foi para dentro.

Juliana: Melhor ir atrás da sua namoradinha. – cuspi as palavras e ele me olhou.

Travis: Talvez eu vá, o que você tem com isso?

Juliana: Nada.

Matheus: Ih qual foi cara? Vão começar já?

Juliana: É esse estúpido ai.

Travis: Ah claro, agora eu sou o estúpido. – ele se levantou nervoso e entrou pra dentro.

Juliana: Droga! – murmurei irritada.

Fernanda: Que foi isso Jú? Tadinho do garoto.

Juliana: Tadinho Nanda? Tadinho? Ah fala sério.

Guilherme: Se acalma Jú, ele é assim, se acostume.

Juliana: Não tenho que me acostumar com porcaria nenhuma.

Matheus: Sim Jú, você tem. Aqui é sua vida agora, e você querendo ou não ele ta nela.

Fiquei calada, e não se passou muito até todos mudarem de assunto. Math ta certo, minha vida agora é aqui. Tenho que aceitar Travis, Alice e o que mais essa cidade tiver pra me oferecer. Por que eu simplesmente não posso voltar, não agora. O jeito é aceitar, superar e seguir em frente, sim é isso que tenho que fazer, eu posso ser feliz aqui, posso esquecer tudo que me tornei quando Josh morreu e também posso esquecer o mal que causei as pessoas que eu mais amava.

Fresh-back on

Acordei no hospital, meu pai parecia arrasado sentado numa poltrona, parecia não dormir a dias e estava com os olhos vermelhos como se tivesse chorado muito.

Juliana: Pai?

Marcos: Oh querida, graças a Deus você acordou. - Ele se levantou rapidamente.

Juliana: Onde está o Josh? A mamãe? – Perguntei olhando ao redor do quarto e ele picaretou.

Marcos: Filha eu... sinto muito, mas o Josh se foi. – ele abaixou a cabeça e eu vi uma lagrima escorrendo por seu rosto.

Juliana: Não, não, não, não pode ser. Papai isso não é verdade, não fala isso. O Josh não pode... – minha voz era apenas um sussurro e as lagrimas já escorria desenfreadas por meu rosto, meu mundo estava caindo.

Marcos: Minha filha calma, a culpa não é sua.

Juliana: Como não é minha pai? Ele morreu por causa de mim. É minha culpa. – gritei ainda chorando muito.

Fresh-back off

Guilherme: Jú?

Juliana: Oi?

Guilherme: Vamos? – olhei pra ele e ele já estava de pé e os outros estavam entrando.

Juliana: Ah, já vamos?

Guilherme: Aham. – ele sorriu e eu o segui até lá dentro.

Despedimos-nos da Alice e do Sr Carlos e seguimos pra fora.

Juliana: Tia, tudo bem pra senhora se eu for andando?

Patrícia: O que? Por quê?

Juliana: Acho que preciso de um pouco de ar. – sorri de lado.

Patrícia: Mas minha querida está tarde e pode ser perigoso.

Caíque: Eu a acompanho se quiser.

Juliana: Não, não precisa. Eu realmente posso ir sozinha, e não é tão longe assim de casa, por favor.

Patrícia: Tem certeza que não quer vir com a gente de carro?

Juliana: Tenho.

Patrícia: Tudo bem, tenha cuidado e qualquer coisa me ligue.

Juliana: Sim, tia. Obrigada! – abracei ela e me despedi da galera.


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