High School Musical - Getcha Head In The Game

15 minutos depois eu estava atravessando o corredor para chegar até o meu armário, onde Travis já me esperava, encostado.

Travis: Pontual não? – ele sorriu.

Juliana: O que você quer Trav? Diga logo, preciso ir para meu lugar. Se a Nanda ver que não estou lá, vai vir a minha procura.

Travis: Hoje a escola está muito lotada. O colégio Ros ganhou um jogador da estadual, eles têm o circulo deles montado. Vai ser nossa galera e a galera deles, então vai encher mais ainda o salão.

Juliana: Você está nervoso? – perguntei sabendo que todos do time contavam com o Capitão liderando.

Ele sorriu, baixando o olhar para mim.

Travis: Não. Mas você parece que está um pouco.

Juliana: Talvez. – admiti.

Travis: Se isso fizer você se sentir melhor, não vou os deixar fazer uma cesta se quer. Não vou os deixar acertarem nem uma vez, pra agradar os fãs deles.

Juliana: Como vai fazer isso?

Ele deu de ombros.

Travis: Tenho um time bom. Geralmente os deixamos fazerem uma cesta... Para parecer justo.

Juliana: Vocês... Deixam eles marcarem pontos?

Travis: Que graça teria se nós só os massacrássemos e nunca levássemos uma cesta se quer? Isso não seria bom para os negócios, ninguém apostaria contra a gente.

Juliana: Espera, vocês apostam?

Travis: Não é obvio? Como você acha que perdemos o clube? Apostando.

Juliana: Sim sobre isso... Então, vocês deixaram o time do Gabe ganhar no ano passado?

Travis: Claro que não. Eles armaram pra cima da gente!

Juliana: Que monte de baboseira. – falei cruzando os braços. Travis ergueu uma sobrancelha.

Travis: Você acha que estou te zoando?

Juliana: Acho difícil acreditar que a única vez que vocês perderam foi porque armaram pra vocês, e não porque eles foram melhores.

Travis: Certo. Então acho que nossa segunda aposta está de pé, não é?

Juliana: Como assim?

Travis: Quero apostar com você, vamos ganhar esse jogo sem que eles marquem uma cesta se quer.

Juliana: Travis, não faço esses tipos de apostas.

Travis: O que quer dizer com isso?

Juliana: Eu sei que vou ganhar essa aposta, ta fácil demais. Então não vou tirar proveito.

Ele sorriu malicioso.

Travis: Estou começando a achar que é medo de perder.

Juliana: Quer saber? Vamos lá, vamos apostar. – estendi minha mão para ele.

Travis: Quer fazer uma aposta então, Juliana Torres? – ele perguntou sorrindo, com um brilho nos olhos perverso.

Sorri de volta, convencida.

Juliana: Quero. Aposto que eles marcam pelo menos uma cesta em vocês.

Travis: E se eles não acertarem? O que é que eu ganho?

Dei de ombros enquanto a gritaria do outro lado da parede se transformava num rugido. As animadoras estavam terminando de se apresentar e logo Travis teria que entrar.

A boca de Travis se abriu em um largo sorriso.

Travis: Se você ganhar, fico sem sexo durante um mês – Ergui uma sobrancelha e ele sorriu de novo. – Mas, se eu ganhar, você tem que passar um mês comigo.

Juliana: O quê? Tipo, morar com você? Que tipo de aposta é essa?

Travis: Sim, quero que você more comigo por um mês. É uma aposta justa. – disse Travis, com um sorriso e uma piscadinha.

Um riso sem graça aliviou minha expressão quando o treinador anunciou o time adversário (o time do Gabe).

Juliana: Qualquer coisa é valida para tentar ver você em abstinência, pra variar.

Travis: Boa sorte então! – ele falou apertando minha mão estendida. – E eu não me esqueci de nossa primeira aposta, estou ansioso pra saber quem ganhou.

Ele deu um beijo no meu rosto e foi andando de volta para o salão, com um porte orgulhoso. Fui atrás dele e quando passamos pelas portas da quadra, fiquei assustada com a quantidade de gente reunida naquele espaço que agora parecia tão pequeno. Só havia lugar em pé, e a gritaria aumentou quando entramos. Travis assentiu na minha direção, e Nanda pós a mão no meu ombro e me puxou para seu lado.

Eu me inclinei para falar no ouvido dela.

Juliana: Desculpe-me.

Fernanda: Tudo bem. Pietra está na arquibancada, segunda fileira, te esperando. – ela jogou um olhar para Pietra no meio da multidão e havia um lugar vago ao seu lado.

Fui em direção a arquibancada e então senti alguém segurar meu braço, olhei e vi o Gabe, meu coração parou.

Gabriel: Oi, gata. – ele falou sorrindo.

Juliana: Oi. – foi à única coisa que consegui falar.

Gabriel: Ta tudo bem? – ele perguntou cauteloso.

Juliana: Claro. Tenho que me sentar agora, desculpe. – disse puxando meu braço e indo para meu lugar ao lado da Pietra.

Gabriel: Não vai nem me desejar boa sorte? – perguntou ele alto para que eu ouvisse.

Juliana: Boa sorte! – respondi alto e me sentei ao lado da Pietra.

Pietra: Ele realmente vai precisar de muita sorte, depois de hoje – ela murmurou sorrindo.

Juliana: O que quer dizer?

Pietra: Eu duvido que eles ganhem, vamos recuperar nosso clube e ainda humilhar esses idiotas. Os meninos estão decididos, vão acabar com eles.

Juliana: Só espero que a Nanda fique feliz com o resultado, a TPM dela está durando tempo demais já. – falei revirando os olhos.

Pietra: Verdade. – riu.

O treinador apitou para que os jogadores se posicionassem e o Gabe deu um passo à frente em direção ao Travis e estendeu a mão, para um cumprimento. Travis sorriu malicioso e apertou sua mão.

Eu não conseguia desgrudar meus olhos dos de Apolo, ele estava do lado direito de Gabe no canto, apenas avaliando os dois capitães. Seus olhos eram assassinos e eu sabia que ele não estava ali para perder, ele faria qualquer cosia para ganhar e um calafrio passou por mim, me fazendo tremer.

O treinador apitou novamente para o jogo começar. O Eric saiu com a bola, foi pelo meio tentando infiltração, um arremesso na tabela, deu aro. Rebote o passo de bola para a equipe do Travis, mas antes que o Rafa tivesse chance de tentar algo, Apolo tomou a bola e fez falta. A pose de bola voltou novamente para o time do Travis, Caíque fez o passo para o meio, primeiro arremesso e os primeiros 2 pontos. Os fãs começaram a gritar, e Pietra pulava do meu lado. Abriu marcador da equipe do Gabe, Apolo tentou o arremesso de 3 pontos, deu aro. Rebote para a equipe do Travis. Gui fez a ligação, tabela mais 2 pontos de novo. 4 pra equipe do Travis e 0 pra equipe do Gabe. Travis vez o passo da infiltração, para o arremesso e deu aro porque o Victor se jogou pra cima dele. Victor conseguiu roubar a bola e Travis brigou para te – lá de volta, perderam a bola para o Gui que deixou para o Math, quando o mesmo foi arremessar Apolo fez falta. Converteu 7 pontos para o time do Travis. Math fez o passo para o Travis, que fez o arremesso e mais 2 pontos. Abre 9 pontos de vantagem contra o time do Gabe. Quando o Caíque tentou o passe recebeu falta do Gabe, ganhando mais 2 pontos o time do Travis sai na frente com 11 pontos. Rebote do time do Travis, Caíque brigou no garrafão, sobra de bola com o Travis alegando a velocidade na transição, chegando para o Math que tentava fazer mais não conseguiu. Sobra de bola, ainda no time do Travis, bate bola abre no canto da quadra, Travis tentou infiltração a tabela na bandeja, rebote de bola ainda da equipe do Travis, Travis quem permanece com a posse tentou e foi cesta.

Os fãs foram à loucura, gritando e assoviando, tampei os ouvidos e comecei a seguir a Pietra que tentava inutilmente sair dessa multidão de gente que agora empurrava um aos outros, os meninos sumiram entre os fãs, Pietra agarrou minha mão e me puxou para frente, empurrando as pessoas e abrindo caminho com alguns palavrões. Chegamos a entrada da quadra com dificuldade, eu estava aflita, com medo de ser nocauteada e pisoteada.

Meus olhos focaram a cabeleira loura da Nanda no meio da multidão, e eu e a Pietra ficamos esperando que a multidão dispersasse.  Depois de vários minutos de histeria, ouvimos um som agudo e fino, logo depois a voz do Treinador pedindo que nos acalmássemos, alguns voltaram para seus lugares e outros apenas ficaram em pé, quietos. Agora eu já enxergava perfeitamente Travis e o restante do time, Fernanda estava rindo e abraçando o Math como uma louca.