Eu Não Mudaria Nada Em Você. escrita por Amanda Suellen


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Cap dedicado as minhas novas leitoras & as antigas s2



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Calvin Harris - We'll Be Coming Back ft. Example

Acordei com minha cabeça doendo, puxei a coberta na minha cara e passei a mão pela cômoda para achar meu celular, olhei e era apenas 5:30 da manhã. Que droga! Murmurei irritada. Tentei voltar a dormir mais era impossível, finalmente decidi me levantar, tomei um banho demorado, coloquei meu uniforme, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto e arrumei meu material. Peguei meu iphone e desci.

Juliana: Bom dia, Gail – disse entrando na cozinha.

Gail: Bom dia, Jú. – ela sorriu calorosamente e olhou para o relógio que marcava 6:00 horas. – Acordou mais cedo hoje?

Juliana: Perdi o sono. – dei um suspiro longo.

Gail: O que acha de um café quentinho? – ela disse tentando me animar e minha barriga roncou.

Juliana: Parece ótimo – sorri, agradecida.

Peguei a caixa de remédios dentro do armário e tirei duas aspirinas de lá, as tomei com um copo de água e me sentei à mesa.

Depois que tomei café fui sentar na sala, esperando o Math descer.

Matheus: Caiu da cama? – ele perguntou surpreso.

Juliana: Mais ou menos isso. Ganho uma carona hoje?

Matheus: E o Lucas?

Juliana: Digamos que hoje ele está de folga – pisquei.

Matheus: Tudo bem. Já venho – ele disse indo pra cozinha.

Logo ele voltou com uma garrafa de suco na mão e sorriu mostrando as chaves do carro.

Juliana: Sabe o que eu acho? – perguntei enquanto sentava no banco do passageiro.

Matheus: Hmmm?

Juliana: Que você deveria me deixar dirigir hoje. – sorri docemente, tentando convencê-lo.

Matheus: Desculpa aê prima, mas eu sou muito novo pra morrer – ele piscou sarcástico pra mim e ligou o carro.

Mostrei o dedo pra ele e ele arrancou em direção à casa da Nanda rindo baixo.

Chegamos à casa da Nanda e eu passei para o banco de trás, ela entrou animada e nos cumprimentou calorosamente, como se a noite de ontem não tivesse acontecido.

Matheus: Como você está? – ele perguntou cauteloso.

Fernanda: Ótima. Dormi muito bem – ela sorriu divertida.

Matheus: Eu imagino – ele falou revirando os olhos e eu fiquei curiosa.

Juliana: Érr... Math você não ia dormir aqui ontem?

Matheus: Ia. Mas certa pessoa ai me expulsou daqui. – ele falou olhando pra Nanda.

Fernanda: Não imagino quem tenha sido – ela mexeu os cílios, sinicamente e eu ri.

Juliana: Expulsou hein? Explique-me isso, Nanda.

Fernanda: Oh, não foi grande coisa. Apenas dei um apelido carinhoso para o que ele tem no meio das pernas, e ele não gostou.

Matheus: Ah claro, porque eu deveria adorar que meu pinto fosse chamado de “princesa” né?– ele revirou os olhos, incrédulo e eu cai na gargalhada.

Fernanda: Não sei qual é o problema de eu querer dar um apelido para o seu amiguinho ai. – ela falou indiferente, mas eu sabia que estava segurando o riso.

Matheus: Qual o problema? – ele perguntou incrédulo – você acabou com o clima.

Fernanda: Não sei que clima... E outra, o seu amiguinho parecia estar de folga ontem, já que nem agüentava ficar duro.

Não acredito que ela disse mesmo isso, ri mais ainda, não me agüentando.

Juliana: Você... É... Inacreditável, Nanda. – disse segurando o riso e limpando as lágrimas.

Matheus a olhou com uma cara tão engraçada, que ela caiu na gargalhada junto comigo. Fomos o caminho inteiro até a escola, rindo dele. Quando ele estacionou saiu disparado do carro, ele estava bravo e eu não conseguia parar de rir. Nanda revirou os olhos e saiu do carro para ir atrás dele, mas antes dela ir ela murmurou:

Fernanda: Ainda tenho que falar com você. Mas, agora preciso ir atrás do meu namorado e da “princesa” dele – ela falou piscando pra mim e eu voltei a gargalhar feito louca.

Balancei a cabeça ainda rindo e fui em direção ao meu armário.

x

Travis: Eu preciso falar com você, Juliana – ele disse quando eu estava entrando para a aula de biologia. Notei que ele disse meu nome indiferente.

Juliana: Sinto muito, mas não temos nada para conversar. E o professor já vai chegar. – falei entrando, mas ele me segurou.

Travis: Por favor, eu realmente preciso falar com você. – ele pediu quase desesperado e eu cedi.

Juliana: Não acredito que vai me fazer matar aula! – falei o seguindo em direção ao telhado.

Travis: É por uma boa razão. – ele murmurou sem me olhar.

Juliana: Certo... O que você quer? – falei quando chegamos ao telhado.

Travis: Sobre ontem... Eu queria pedir desculpa por estragar sua noite, eu não tinha nada que ir lá. – ele falou olhando para a floresta.

Juliana: Você me chamou aqui pra pedir desculpas? – perguntei sem acreditar.

Ele deu de ombros e me olhou cauteloso.

Travis: Também.

Juliana: Como assim “também”?

Travis: Era pra minha irmã vir hoje para cá, mas os planos mudaram e eu queria te pedir uma coisa.

Juliana: O quê? – perguntei insegura.

Travis: Você pode enquanto eu estiver fora... Se cuidar?

Juliana: Você vai embora? – murmurei quase desesperada. Ele não pode ir, pode? Claro que não.

Ele riu da minha expressão e disse:

Travis: Não se preocupe, não será tão fácil se livrar de mim. Apenas ficarei uns dias fora... E eu queria muito que você se cuidasse melhor. – ele disse firme.

Juliana: Eu me cuido muito bem.

Travis: Não tão bem quanto eu queria. – ele murmurou tão baixo que eu não sei se foi pra si mesmo ou para mim.

Juliana: Você vai pra Nova York?

Travis: Sim.

Juliana: Por que sua irmã não pôde vir?

Travis: Está muito ocupada.

Juliana: Ah! E você vai hoje mesmo?

Travis: Meu vôo sai hoje às 9 horas da noite. – ele sorriu torto – Quer ir se despedir?

Meu coração se apertou com suas palavras. Mas ele ia voltar, não ia? Ele disse que ia. Tentei colocar um sorriso no rosto e falar o mais ironicamente que pude:

Juliana: Por que iria?

Travis: Não vai sentir minha falta? – ele sorriu debochando.

Juliana: Eu não.

Travis: Eu duvido. Aposto que vai contar os segundos pra me ter de volta.

Juliana: Isso é uma aposta? – disse levantando uma sobrancelha.

Travis: Seria uma boa. Gosta de apostas?

Juliana: Gosto de ganhar – disse desafiadoramente e ele sorriu um sorriso que me fez tremer de tão perfeito que era.

Travis: Pois então, eu também. – ele estendeu a mão para mim.

Juliana: O que ganho se eu ganhar?

Travis: O quê você quiser, é seu.

Juliana: E seu eu perder?

Travis: Pensarei em algo satisfatório – ele sorriu malicioso.

Juliana: Eu sei que sim. – apertei sua mão.

Ele fitou meus olhos e beijou a palma da minha mão, depois sorriu malicioso e disse:

Travis: Que o melhor vença.

Juliana: Você quer dizer, que a melhor vença. Pois é obvio que eu ganharei.

Travis: Competitiva não?

Juliana: Sempre. – devolvi seu sorriso malicioso e dei as costas para ele, indo para a sala.

Travis: Ei! Jú? – ele gritou e eu olhei pra ele confusa. – Boa sorte. – ele piscou e eu balancei a cabeça, sorrindo.

Juliana: Pra você também – gritei de volta – E boa viagem.

Voltei a caminhar em direção a sala, meu coração acelerado e minha cabeça girando.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da nova capa da Fic?