Eu Não Mudaria Nada Em Você. escrita por Amanda Suellen
Matheus Narrando
Fomos o caminho inteiro calados, Nanda estava muito pensativa e aquilo estava começando a me incomodar. Nunca gostei de quando ela ficava inquieta assim. Parei em frente a sua casa e a olhei fixamente.
Matheus: Amor, você está bem?
Fernanda: Uma vez me disseram “O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.” – ela citou ainda perdida em seus pensamentos.
Matheus: Do que você...
Fernanda: Quando eu te conheci – ela me interrompeu – Eu não sabia que você seria capaz de mexer tanto comigo, como mexeu. E então... Eu era um monstro, por assim dizer. Você teve que passar por muita coisa... Pra aceitar, o que eu era.
Matheus: Nós. – corrigi – Nós passamos por muita coisa e não somente para aceitar quem você era, mas também para ficarmos juntos. Nanda... Não importa quem você era e sim quem você é hoje.
Fernanda: E quem eu sou hoje? – ela então virou seu olhar perdido para me fitar atentamente, isso me destruiu por dentro.
Olhei com carinho pra ela e peguei em uma de suas mãos.
Matheus: A pessoa mais doce e maravilhosa que eu já conheci. E o amor da minha vida. – sorri e beijei sua mão, seus olhos se encheram de lágrimas – Ei, não chore. Está tudo bem, estamos bem.
Fernanda: Toda essa... Mudança que eu fiz, foi por você. Demonstrar bondade, perdão, piedade, tudo por sua causa. Porque eu te amo.
Matheus: Eu sei. – sussurrei baixo, amoroso – Eu não sei o que seria da minha vida sem você nela.
Fernanda: Se você não tivesse aparecido, eu não sei que tipo de pessoa teria me tornado – ela estremeceu e eu a puxei para meus braços.
Matheus: Shhh... Não pense nisso, nunca. Você é uma pessoa boa, carismática, engraçada e acima de tudo minha romântica sem cura.
Ela riu com minha ultima menção e me abraçou forte, procurando conforto.
Juliana Narrando
Estava parada ao lado de fora do clube junto com a Lara e a Diana, que me fitavam como se estivessem esperando alguma reação doida da minha parte. Gabe, Victor, Eric e Apolo, se enfiaram dentro de uma sala para conversarem em particular e eu ainda estava perdida, sem saber exatamente o que havia acontecido minutos atrás. Meu celular começa a tocar, era o Lucas.
Inicio da ligação.
Lucas: Eu vou perguntar apenas uma vez e espero que sua ironia não esteja presente quando você me responder: Que merda você acha que está fazendo?
Revirei os olhos, ai Lucas o que faço contigo?
Juliana: Bem, em primeiro lugar, boa noite pra você também e em segundo, eu não sei do que exatamente você está falando.
Lucas: Não seja engraçadinha – ele murmurou bravo – Por que você tinha que sair com esse garoto?
Juliana: Seu nome é Gabriel. E eu não sabia que o Travis ia surtar desse jeito, afinal, ele não é nada meu.
Lucas: Você é ingênua assim mesmo, ou só se faz? – ele perguntou sarcástico e eu fiquei carrancuda.
Juliana: Lucas se você me ligou...
Lucas: Você ainda está no clube? – ele perguntou me cortando.
Juliana: Sim.
Lucas: Estou chegando ai.
Fim da ligação
E antes que eu pudesse responder ele desligou na minha cara, encarei carrancuda o celular na minha mão e depois levantei as sobrancelhas, me lembrando que o Gabe não iria gostar nada disso.
Lara: Que noite hein? – ela murmurou me tirando dos meus pensamentos.
Suspirei cansada e encostei-me ao muro do clube.
Juliana: Nem me diga.
Diana: E pensar que tudo isso poderia ter sido evitado, se você não estivesse vindo pra cá. – ela cuspiu as palavras para mim.
Juliana: Olha não venha colocando a culpa em mim... Porque quem me convidou foi o Gabe e eu nem sabia que o Travis pretendia vir atrás de mim, ok? – falei alterada.
Lara: Vocês duas não estão pensando em começar a brigar agora né? – disse ela brava.
Diana: Eu não vou me rebaixar.
Juliana: Até porque não à como se rebaixar mais, depois dos dois tapão que levou da Nanda – falei sarcástica e rindo.
Lara se juntou a mim dando gargalhadas e a Diana a fuzilou com os olhos.
Lara: Desculpa – ela falou tentando reprimir o riso.
O eclipse prata do Lucas parou abruptamente em frente ao clube, e ele abriu a porta do passageiro para que eu entrasse. Olhei para a Lara que me olhava de boca aberta e dei um meio sorriso como desculpa.
Juliana: Você pode avisar ao Gabe... Hum... Que eu peguei uma carona? – falei pra ela.
Lara: Ah! Claro, tudo bem. – disse ela rapidamente.
Assim que eu entrei no carro ele partiu em disparada para a casa da tia Patty.
Juliana: Então... – comecei a falar, mexendo nervosamente meus dedos.
Lucas: Sim?
Juliana: Você ainda está bravo comigo?
Lucas: Muito. – ele disse firme, acabando com a nossa conversa.
O caminho foi curto, já que ele corria feito um louco. Apressei-me para sair do carro, mais ele me segurou antes que eu entrasse na varanda.
Lucas: Não adianta correr, você vai me escutar.
Juliana: Eu sei – suspirei rendida – Podemos entrar primeiro?
Lucas: Claro.
Entramos e o Math não estava, fomos para meu quarto e eu fechei a porta.
Juliana: Certo... Pode começar com o sermão.
Lucas: Não vou te dar sermão nenhum, não mais.
Juliana: O quê? – perguntei confusa.
Lucas: Você é responsável pelos seus atos, Jú. Sempre foi, e sabe que toda escolha tem uma conseqüência. Você quis ir à festa hoje com uma pessoa que você mal conhecia e que todos falaram ser perigosa... Então, estava ciente dos riscos.
Juliana: Aonde quer chegar? – perguntei cansada me sentando na cama.
Lucas: Em lugar nenhum, já que você nunca me escuta mesmo.
Juliana: Isso não é verdade – bufei.
Lucas: Não? – ele riu – você é a pessoa mais teimosa que eu conheço, Jú.
Juliana: E você a mais irritante. – retruquei petulante.
Lucas: Certo. Você tem que ligar pra Nanda, ela quer falar com você. – ele disse indo pra porta.
Juliana: Você já vai?
Lucas: Sim. Você já está segura e eu posso dormir sem preocupação agora. – ele sorriu seu sorriso fabuloso e saiu do quarto.
Revirei os olhos e fui para o banheiro, liguei o chuveiro e deixei a banheira encher. Eu estava precisando de um banho quente, depois de todos os drinks que bebi hoje toda essa confusão. Fui até meu closet e tirei de lá minha roupa intima, mais meu pijama.
Entrei no banheiro novamente e tirei minha roupa, entrei na banheira e fiquei por uns 30 minutos. A água começará a ficar gelada, então resolvi que já estava na hora de sair. Me sequei e vesti minha roupa intima, depois meu pijama e por fim escovei meus dentes. Peguei o secador e sequei um pouco meu cabelo, apenas para não dormir com ele molhado.
Peguei meu celular e disquei o numero da Nanda, no primeiro toque ela atendeu.
Inicio da ligação.
Fernanda: Jú?
Juliana: Ér... oi, o Luc disse que você queria falar comigo.
Fernanda: Sim quero. Mais podemos deixar pra amanhã? O Math vai dormir aqui e... – ela parou e eu entendi tudo.
Juliana: Ah sim, claro. – falei constrangida, por ter atrapalhado eles.
Fernanda: Fico feliz em saber que chegou segura em casa, espero que durma bem. – ela disse docemente.
Juliana: Você também, e... Obrigado por ter parado a briga no clube.
Fernanda: Não foi nada.
Juliana: Boa noite, Nanda.
Fernanda: Boa noite, Jú. – ela disse e eu desliguei.
Fim da ligação.
Coloquei meu celular na cômoda ao lado da cama e me deitei na mesma, fechando os olhos para dormir.
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