Closing Time Semisonic

Acordei no domingo as 10:15, me levantei e fui até o banheiro, fiz minha higiene, tomei banho e me vesti com essa roupa. Penteei meu cabelo, passei uma make básica e desci.

Peguei uma maçã e a Nanda com o Math desceram rindo, os encarei curiosa.

Fernanda: Você não vai acreditar no que a Pietra acabou de me contar.

Juliana: O quê? – perguntei curiosa.

Fernanda: Ela disse que de todas as coisas no mundo, nunca achou que fosse ver Alice Parrie sendo tratada como uma puta qualquer.

Juliana: Como assim?

Fernanda: A Pietra tava na casa dos meninos ontem de noite, ai a Alice chegou lá implorando pro Travis desculpar ela e tal e por fim eles dormiram até juntos. Só que quando chegou agora de manhã ele a colocou pra correr de lá, como se ela fosse uma das putas que ele está acostumado a comer e dispensar pela manhã.

Juliana: Espera, ele dormiu com ela? – perguntei sem acreditar, como ele teve coragem?

Fernanda: Isso não é surpresa pra ninguém. – ela disse dando de ombros.

Juliana: Eles se merecem – murmurei irritada.

Fernanda: Relaxa, Jú. Um dia ele aprende – ela piscou pra mim.

Resolvi ir fazer uma caminhada, peguei meus fones de ouvidos e sai. Só que para meu desgosto dou de cara com o Travis e a Alice discutindo. Assim que ele me viu, veio na minha direção. Virei para o outro lado e comecei a andar rápido.

Travis: Jú, espera! Não é o que você...

Juliana: O quê? Não é o que estou pensando? É isso que você ia dizer? Ah Travis me poupe. – falei brava e ele me olhou chocado.

Alice: Travis! – ela gritou e eu voltei a andar.

Travis: Jú, por favor... – ele pediu e eu senti as lágrimas se formando em meus olhos, Como ele pôde fazer isso? Depois de tudo que contei a ele.

Continuei andando e acabei parando na praia, nem tinha notado que havia andado tanto. Dei de ombros e me sentei em uma pedra, fiquei até me esquecer de tudo, inclusive do Travis.

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Estava deitada na minha cama, ouvindo música e cantando igual louca, quando ouço alguém bater na porta. Mandei entrar, era a Nanda.

Juliana: Oi, amor – disse tirando os fones e me sentando na cama.

Fernanda: Você precisa descer agora! – ela falou assustada e eu dei um pulo da cama.

Juliana: O que houve? – perguntei preocupada.

Fernanda: O Gabriel está aqui e o Travis e ele estão quase se catando lá embaixo.

Arregalei os olhos, como assim o Gabriel está aqui? Eu disse apenas meu nome e ele já sabe onde moro? E por que o Travis está discutindo com ele? Ai Meu Deus. Descemos as escadas de pressa, o Caíque junto com o Gui seguravam o Travis, enquanto que o Math e o Rafa seguravam o Gabriel.

Juliana: O que está acontecendo aqui? – gritei nervosa e todos me olharam.

Travis: O que esse imbecil está fazendo aqui? E ainda por cima te procurando? – ele perguntou entre dentes.

Olhei para o Gabriel e encolhi os ombros, nem eu sabia o que ele estava fazendo aqui. Mas afinal, o que o Travis tem a ver com isso? Pensei comigo mesma e o encarei.

Juliana: Isso não é da sua conta, e você não me respondeu o que diabos está acontecendo aqui? Por que estão brigando?

Travis: Você não vê? – gritou ele irritado – Ele não presta, Jú.

Juliana: Quem você acha que é pra me dizer se ele presta ou não? Ainda mais depois da canalhice que você fez! – gritei de volta mais irritada.

Travis: Aquilo de manhã foi...

Juliana: Eu não quero saber, o Gabriel veio aqui me ver e eu estou muito contente com isso, agora se você me da licença eu quero falar com ele.

Ele me olhou incrédulo e eu mais uma vez olhei para o Gabriel que agora estava com os olhos brilhando de... Admiração talvez? Não sei ao certo.

Travis: Tudo bem – ele falou se soltando dos meninos e levantando as mãos em sinal de desistência – Depois não Diga que eu não avisei!

Juliana: Pode deixar – murmurei enquanto ele saia pela porta com raiva.

Ele não pode vir aqui e simplesmente me dizer com quem eu devo ou não andar, não depois de ele ter feito o que fez, e sim eu posso ficar com raiva dele por isso. Afinal, ele conseguiu perder totalmente a credibilidade que tinha comigo.

Math e Rafa soltaram o Gabriel e então a Nanda me puxou de lado e sussurrou:

Fernanda: Você vai mesmo fazer isso?

Juliana: Fazer o que? – perguntei confusa.

Fernanda: Escolher um lado.

Juliana: Só vou conversar com ele, Nanda.

Fernanda: Toma cuidado ok? – ela disse em tom de aviso e foi para o lado do Math.

Eu e o Gabriel subimos para o meu quarto e eu fechei a porta.

Juliana: Hum... Desculpa pelo Travis.

Gabriel: Tudo bem, não precisa se desculpar por ele.

Juliana: Por que ele não gosta de você?

Gabriel: Ele não consegue ver o grande idiota que é. – ele disse simplesmente.

Juliana: O que quer dizer?

Ele então deu de ombros e não disse mais nada, me sentei no meu puff e o fitei.

Juliana: Então, como soube que eu morava aqui?

Gabriel: Contatos – ele piscou e sorriu.

Juliana: Entendo. E veio pra quê?

Gabriel: Vai ter uma festa hoje a noite e eu queria te convidar pra ir comigo – deu de ombros – O que acha?

Juliana: Parece perfeito. – sorri, é claro que eu não vou recusar de sair com esse Deus grego.

Gabriel: Demoro, Te pego às 9 horas?

Juliana: Ahn!

Gabriel: Até mais tarde gata – piscou e me deu um beijo na bochecha que me fez derreter.

Acompanhei-o até a porta e depois me sentei no sofá suspirando.

Matheus: O que ele queria? – ele perguntou mal-humorado.

O olhei sorrindo, encantada e disse:

Juliana: Chamar-me pra sair.

Guilherme: Você vai sair com ele? – murmurou ele incrédulo.

Cruzei os braços e o fitei séria.

Juliana: Por que não? Ele é um gato e é muito legal também.

Ele levantou as mãos para o alto assim como o Travis havia feito, mas exasperado e murmurou:

Guilherme: Você quem sabe.

Fernanda: Aonde vocês vão?

Juliana: Numa festa ai, ele não disse onde. – dei de ombros.

Matheus: E você vai mesmo?

Juliana: Sim! – respondi firme – O que vocês têm contra ele afinal?

Caíque: Ele não presta!

Juliana: Certo, eu entendi essa parte, o Travis disse. No entanto ainda não entendo a birra de vocês com o Gabe.

Rafael: Gabe? – ele murmurou com nojo – Gabe? Sério, Jú?

Juliana: O que tem eu chamá-lo assim? É seu apelido e outra, eu gosto. – murmurei emburrada.

Fernanda: Ok! Amores a Jú já é bem grandinha e sabe no que está se metendo. Então vamos deixá-la em paz.

Juliana: Obrigada. – falei e subi pro meu quarto.

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Dormi a tarde toda e quando foi umas 6:30 a Mel veio me acordar pra eu assistir desenho com ela, me levantei e fui para o banheiro escovar meus dentes, lavei meu rosto e desci. Fiquei assistindo TV com ela até 8 horas, subi e fui procurar algo para vestir. Não fazia idéia que tipo de festa seria então decidi ir com essa roupa. Entrei no banho e fiquei mais ou menos uns 15 minutos.

Sai me sequei, coloquei minha roupa intima e a roupa que tinha escolhido. Me sentei na minha penteadeira e me maquiei, resolvi fazer um rabo de cavalo alto e deixar a franja jogada de lado. Quando terminei peguei meu iphone e minha identidade, desci e a campainha tocou, faltavam ainda 10 minutos pras 8 horas.

Abri a porta e era o Lucas, sai pra varanda com ele.

Lucas: Ta linda. Vai sair?

Juliana: Obrigada – sorri – Sim, vou a uma festa com o Gabe.

Lucas: Que Gabe? – ele perguntou confuso.

Juliana: O Gabriel, aquele que eu esbarrei ontem lá na sorveteria.

Ele levantou as sobrancelhas surpreso e disse com desgosto:

Lucas: Então você vai sair com ele?

Juliana: Qual é o problema de vocês? – murmurei ficando brava.

Ouvimos o som de uma buzina e olhamos, era o Gabriel. O Lucas entrou bravo e eu fiquei ali paralisada, ele estava muito sexy e lindo.

Gabriel: Você está maravilhosa – ele disse me dando seu sorriso perfeito e veio para perto de mim – Pronta?

Assenti com a cabeça, sorrindo feito uma colegial idiota. Ele me levou até sua moto e eu novamente paralisei.

Gabriel: Que foi? Algum problema?

Juliana: Você não quer que eu monte nisso, quer? – minha voz estava rouca e eu estava pálida sem duvida nenhuma.

Gabriel: Você nunca andou em uma moto? – ele riu quando eu assenti tolamente com a cabeça. – Tudo bem, é fácil. Vamos lá, sobe ai.

Ele estendeu sua mão pra me ajudar a subir e eu fiz como ele pediu, envolvi meus braços em sua cintura e o segurei firme.

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Paramos em frente a um clube muito reservado, ele estacionou e eu desci da moto com todo cuidado do mundo. Passamos por dois seguranças que apenas o cumprimentou com um aceno de cabeça. Nada de pedir identificação? Ok. Meu subconsciente murmurou confuso e eu encolhi os ombros.

O clube por dentro era assim e estava muito cheio. Estávamos de mãos dadas quando ele me levou para perto de um grupinho de pessoas que riam alto de alguma coisa.

XxX: Olha se não é nosso campeão – falou um garoto magrelo, quando Gabe se aproximou.

Gabriel: Eae, galera. – os cumprimentou – Essa aqui é a Juliana. Jú, esses são meus amigos. – ele disse me olhando docemente.

Sorri e disse um oi envergonhada.

XxX: Eu sou a Lara – disse uma garota pequena de cabelos longos e pretos, me dando um sorriso caloroso e eu imediatamente a adorei. – E esses brutamontes são o Eric, Victor e Apolo – ela apontou pra cada um deles e eu os cumprimentei.

XxX: E eu sou a Diana – uma garota loira disse me analisando.

Juliana: Prazer. – sorri.

Lara: Sinta-se a vontade, o clube te pertence agora. – ela falou levantando dois dedos para o barman.

Juliana: Esse clube é de vocês?

Victor: Sim. Ganhamos ele ano passado dos idiotas do colégio Imperatrice.

Olhei perplexa pra ele, ele estava falando dos meninos?

Juliana: Idiotas?

Apolo: É, os do time de basquete.

Eric: Perderam pra gente no ano passado e não aceitam, são uns idiotas.

Gabriel: A Jú é prima do Torres e amiga dos meninos – ele deu um toque para os outros e eles me olharam surpresos.

Lara: Então você é amiga do gatinho do Caíque?

Antes que eu pudesse dizer algo a Diana repreendeu a Lara.

Diana: Você sabe muito bem que não nos envolvemos com eles, Lara.

Lara: Sim, eu sei. – revirou os olhos – Só estava perguntando.

Juliana: Por que vocês não se “envolvem” com eles? – perguntei curiosa.

A Lara encolheu os ombros e o barman trouxe duas bebidas, uma pra mim e a outra para o Gabe.

Victor: Porque elas sabem onde é o lugar delas. – ele respondeu me fitando e eu levantei uma sobrancelha desafiando-o.

Juliana: E qual é o lugar delas? Ao lado de vocês?

Apolo: Talvez. Quem sabe. – ele respondeu fazendo com que eu o olhasse.

Gabriel: Você não entenderia, Jú. – murmurou ele apontando para eu me sentar.

Juliana: Bem, talvez você devesse me explicar – falei me sentando.

Gabriel: Outro dia quem sabe, hoje viemos nos divertir. – deu um sorriso de garoto sapeca e eu me derreti.

Juliana: Tudo bem, vamos nos divertir.

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Eu já havia tomado mais de 7 copos e ainda estava tentando descobrir o que exatamente eu estava tomando. Lara me puxou pra pista de dança e lá ficamos feito loucas, dançando até o chão e cantando.

Lara: Vou pegar outra bebida – gritou ela por cima da música e apontou para o bar.

Juliana: Tudo bem, vou ao banheiro. – gritei de volta.

Travis narrando

Só haveria um lugar onde aquele filho da puta a levaria. Parei o carro em frente ao clube que antes era nosso e desci. Mostrei minha identidade para os dois brutamontes que se diziam seguranças e entrei.

O clube estava lotado, mas não foi difícil avistar o grupinho do Gabriel, sentados perto do bar rindo alto e bebendo. A Jú não estava com eles. Onde você está? Pensei comigo mesmo e fui para o meio da pista atrás dela.

Encontrei-a indo para o banheiro e antes que ela entrasse a segurei pelo braço. Seus olhos se arregalaram quando me viu, mas logo raiva substituiu sua expressão de surpresa.

Juliana: O que você está fazendo aqui?

Travis: Não, a pergunta é: o que você está fazendo aqui?

Juliana: Até um minuto atrás eu estava me divertindo. – ela falou irônica e eu resolvi devolver na mesma moeda.

Travis: Ah me desculpe se seu melhor amigo está preocupado contigo e me mandou aqui para ver se você estava bem. Não era minha intenção interromper sua diversão. – respondi irônico e ela ficou carrancuda.

Juliana: Agora que já viu que eu estou bem, já pode ir embora.

Travis: Não. Não posso sem você.

Juliana: Eu não vou ir embora agora e ainda mais com você. – cruzou os braços me desafiando.

Travis: Tudo bem, eu espero você querer ir embora.

Juliana: Como assim?

Travis: Se você vai ficar, eu também vou. – falei firme.

Juliana: Você não pode ficar. – ela falou tentando desesperadamente se livrar de mim.

Travis: Quem disse que não? – sorri sarcástico.

Juliana: Você... – ela então parou, cerrou os dentes e disse – Ok! Quer ficar? Fique – sorriu e foi para o banheiro.

Peguei meu celular e disquei o número do Gui, no segundo toque ele atendeu.

Inicio da ligação.

Guilherme: Já esperava que você fosse me ligar, que houve?

Travis: Recuso-me a sair daqui sem a Juliana. – falei firme e ele suspirou.

Guilherme: Tudo bem, estou indo para ai.

Travis: Traga apenas a Pietra com você, não quero o resto envolvido.

Guilherme: Nem o Math? Afinal ele é primo dela.

Travis: É melhor não. Nós resolvemos isso.

Guilherme: Tudo bem. Chego ai em 10 minutos.

Travis: Ei, Gui?

Guilherme: Fala?

Travis: Obrigado.

Guilherme: Família e amigos são pra isso.

Fim da ligação.

Fui para o bar e pedi um copo de vodka, “Nada de beber muito seu idiota” pensei comigo mesmo e olhei para a mesa do Gabriel, ele me encarava assim como todos seus amigos. “Ótimo, ele sabe que estou aqui” sorri com o pensamento e o barman trouxe minha bebida.