Eu Não Mudaria Nada Em Você. escrita por Amanda Suellen


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

PS: Vocês começaram a ver um pouco da vida da Jú com o Josh.



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Fergie - Big Girls Não Cry

Juliana narrando

Quando cheguei a uma pequena ponte que levava ao lago parei e olhei ao redor, “Que merda você está fazendo aqui?” meu subconsciente aterrorizado sussurrou para mim e eu me segurei no corrimão da pequena ponte. Respirei fundo e olhei para o mar.

Fresh-back on

Josh: Vamos jú! Corra mais rápido. – ele disse correndo de mim.

Juliana: Josh, pare! Eu não agüento mais correr – falei sem fôlego e ele parou.

Josh: Precisamos voltar, logo papai e mamãe chegaram.

Juliana: Você terá que me carregar, não consigo nem mais andar.

Ele riu e disse algo sobre eu ser muito folgada, se abaixou e me pegou de cavalinho.

Josh: Pronta? – ele perguntou indo em direção ao mar.

Juliana: O quê? Não! Josh, não. – falei rindo.

Instantes depois eu estava sendo jogada na água e ele ria loucamente da minha cara. O olhei tentando manter a pose séria e disse:

Juliana: Qual é a sua? Estou encharcada.

Josh: Bom, dá próxima vez você tentará correr mais rápido. – ele disse ainda rindo e indo em direção a nossa casa.

Juliana: Isso não é justo! – falei fazendo beicinho e saindo da água.

Fresh-back off.

Alice: Ora ora, se não é a nossa querida colega Juliana Torres.

Fui tirada de minhas lembranças e olhei rapidamente para trás, onde Alice estava parada junto da Natália.

Natália: Está pensando em pular? Por que sinceramente faria um grande favor a todos – ela riu.

Juliana: Oh, com toda certeza que eu não daria essa satisfação a vocês – falei as encarando.

Alice: Qual é Juliana, vamos, conte-nos o que você esconde? – ela falou me olhando perversamente e se aproximando.

Juliana: Do que você está falando? – perguntei sentindo um frio na barriga e o medo tomando conta de mim.

Natália: Sabemos por que você veio pra cá, não é Alice?

Alice: Ah com certeza. Seus amigos sabem Juliana?

Juliana: Do quê? – perguntei quase sem fôlego.

Ela se aproximou mais e eu deliberadamente dei um passo para trás, ficando na ponta da ponte.

Alice: Que você é uma assassina? – Suas palavras foram como um tapa na minha cara, ela sabia. Sabia por que eu estava aqui.

Engoli em seco tentando dificilmente pensar em algo brilhante para falar, fingir não saber do que ela estava falando era uma opção, mas como faria isso se não encontrava minha própria voz? O efeito que aquela pequena palavra teve em mim foi devastador, eu estava num abismo e elas estavam decididamente me empurrando para ele.

Juliana: V-você sabe. – disse gaguejando num sussurro quase inaudível.

Alice: Oh sim querida, eu sei. E agora, me responde, foi fácil?

Olhei pra ela com os olhos arregalados, confusa e ela sorriu maldosamente.

Alice: Foi fácil deixá-lo morrer? – ela falou lentamente e a Natália riu.

Tentei segurar as lágrimas que estava querendo fugir de meus olhos e cerrei os dentes, o que ela acha que está fazendo? Colocando-me medo? Ah não. Isso não vai acontecer.

Juliana: Saia da minha frente.

Ela piscou pra mim, tentando compreender o que eu havia acabado de falar.

Alice: O quê disse?

Juliana: Eu falei pra você sair da minha frente. Agora. – disse firmemente.

Natália: Não tão rápido Senhorita Torres. Ainda não terminamos nossa conversinha – ela falou se aproximando ainda mais e bloqueando meu caminho.

Juliana: O que vocês querem?

Natália: Boa pergunta, o que queremos afinal Alice? – ela olhou sorrindo para a outra.

Alice: Ah o de sempre sabe? Que você suma da cidade, da vida de Travis. Que você retorne para casa e nunca mais volte aqui. – ela sorriu e continuou – Que tal?

Juliana: Sinto te informar, mas eu não pretendo ir a lugar nenhum. Eu vim para ficar, você quer queira ou não.

Natália: Você está realmente desafiando a gente, garota?

Juliana: Por que faria isso? Afinal, quem está no meu caminho são vocês – sorri inocentemente provocando-as.

Natália: Ótimo. Quer saber? Acho que todos vão adorar saber do que você realmente é capaz.

Juliana: O que vão fazer?

Alice: Não se preocupe querida, não contaremos nada ainda. – ela falou em tom de promessa e se virou para ir embora. Mas então se voltou novamente pra mim e abriu um sorriso assustador – Me esqueci de algo – ela disse e me empurrou com força, fazendo com que eu caísse dentro do lago.

A água estava gelada e eu estava desesperada tentando arrumar forças para subir para cima, mas algo segura meus pés. Eu conseguia ouvir de longe os risos delas e meu corpo doía enquanto eu me debatia em baixo da água tentando loucamente me soltar do que quer que seja que estava me segurando. Quando finalmente consigo subo rapidamente e tomo uma golpeada de ar, meus pulmões exigem oxigênio e eu estou definitivamente muito abalada.

Ainda sentia algo no meu pé, uma força me puxando, meu desespero ainda lá fez com que eu gritasse e como se ele tivesse surgido do nada vejo Travis pulando da ponte e nadando na minha direção.

Travis: Jú! – ele falou preocupado me segurando como se eu fosse uma criança machucada – você está bem?

Lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu não tinha voz para dizer o quão o medo tomou conta de mim e o quanto eu precisava de conforto. Ele delicadamente me ajudou a sair do lago, eu tremia, o pânico tomando completamente conta de mim.

Fresh-back on

Josh: Você consegue Jú. Vamos. – ele falou enquanto eu tentava desesperadamente me manter equilibrada em cima do skate.

Juliana: Que droga! – eu murmuro quando na decida eu cai.

Josh: Você está bem? – ele disse me ajudando a se levantar.

Juliana: Sim estou bem.

Josh: Vamos, tente de novo.

Assenti e peguei o skate, subi novamente o morrinho e subi em cima do skate, tentando novamente me equilibrar e descer o morro.

Josh: Isso! Você conseguiu! – ele falou me abraçando assim que eu parei o skate no fim do morro e com os olhos brilhando de admiração.

Eu estava radiante, finalmente consegui não cair, e Josh estava feliz por mim. Retribui o abraço e ele me girou. Como sempre ele estava do meu lado enfrentando mais um novo desafio.

Fresh-back off

Travis: Jú, fala comigo, por favor. – ele falou suplicando, fazendo com que eu voltasse para o ali e o agora.

Alice: Ai Trav, deixa ela, só está querendo chamar atenção.

Travis: Por que você fez isso Alice? Você é louca?

Alice: Amor, só estava brincando. – ela falou com a voz fina e eu estava dificilmente tentando controlar as tremedeiras.

Travis: Brincando? Olha como ela está – ele falou bravo e me pegou no colo.

No instante seguinte Math, Nanda, Pietra, Gui, Rafa e Lucas estavam todos lá.

Matheus: Jú! O que houve? – ele falou preocupado.

Travis: A Alice a jogou no lago e ela... Ela não me responde. – sua voz vacilava e ele parecia realmente muito perturbado em me ver assim.

Lucas: Jú, meu amor. Fala comigo, sou eu, Lucas. – ele disse parando na minha frente e segurando em minhas mãos.

Pietra: Garota você passou dos limites, olha o que você fez com ela – ela gritou para a Alice e foi pra cima dela.

Dois tapas na cara e uma bicuda na barriga foi o suficiente para a Alice se ajoelhar no chão e o Gui entrar no meio e segurar a Pietra. Eu definitivamente achei que ela a mataria. Ela ou a Nanda que já desesperadamente tentava sair dos braços do Math e ir pra cima da Natália também.

Travis me sentou na areia e se abaixou ao meu lado, eu já tinha parado de tremer, mais provavelmente estava horrível pela expressão que ele estava quando disse:

Travis: Vou pegar uma toalha para você se secar. Não se preocupe. – antes que ele partisse eu o segurei pela mão agarrando-a com força.

Juliana: Não vá, por favor! – falei entrando novamente em desespero, não sei por que mais eu sabia que nos braços dele eu estava segura de tudo e de todos.

Ele me olhou arrasado e me abraçou forte.

Matheus apareceu com um casaco e Travis o colocou em volta de mim, todos olhavam atentamente enquanto ele me levantava em seu colo e me levava em direção ao seu carro.

Alice: Travis, aonde você vai? Você não pode me deixar aqui sozinha! – ela falou entre dentes.

Travis: Não só posso como vou. – ele falou sem olhá-la e me colocou dentro do carro. – tudo vai ficar bem, eu prometo. – ele sussurrou baixo para mim e prendeu o cinto em mim.

Ouvi ele dizendo para o Math que me levaria pra casa, e todos eles falaram que viriam junto. Mas, a Nanda achou melhor que eu não fosse pressionada então decidiu que eu e Travis iríamos pra casa dos meninos e eles pra casa da tia Patty. Travis rapidamente concordou sem discutir e entrou no carro.


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Notas finais do capítulo

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