A Ladra De Raios - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Amores... Mais um capítulo hoje! Boa leitura



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Finn, San e eu deixamos a lanchonete assim que terminamos o café. Meu amigo sátiro tinha algumas ideias de como chegar ao coliseu, mas levaríamos no mínimo dois dias de carro. Ou seja, teríamos que arrumar um carro e uma carteira de motorista falsa para Finn.

Caminhamos incansavelmente pela cidade mas não havia nada que pudesse nos ajudar. Paramos às 13h para procurar um lugar para almoçar. San e eu andávamos pela rua de mãos dadas, recebendo alguns olhares de reprovação das pessoas. Resolvemos comprar alguma coisa que não chamasse tanta atenção para mim, pois várias pessoas já haviam parado para me olhar duas vezes e não seria bom ser reconhecida na rua. Procuramos um boné e um par de óculos escuros que me deixavam parecendo uma abelha, mas pelo menos não me deixavam reconhecível.

San teimava em me dizer que eu estava linda, que ficava perfeita de qualquer jeito, mas eu já havia me olhado no espelho e disse a ela que podia rir da minha cara, assim como Finn. Ela não esperou eu mudar de ideia e soltou uma gargalhada. Fingi estar emburrada com ela e fui andando o caminho inteiro ao lado de Finn, segurando-me para não rir. San ficou se sentindo culpada e tentava chegar perto de mim, mas eu me afastei propositalmente.  A latina parecia frustrada e eu fiquei com pena dela, então resolvi deixa-la se aproximar um pouco.

Assim que chegamos ao restaurante, continuei com a minha farsa emburrada. Até que era bom para que ela soubesse como eu me sinto quando ela tem seus ataques de ciúmes. Procuramos uma mesa mais afastada do resto do restaurante. San sentou ao meu lado e tentou segurar minha mão, mas eu a afastei. Finn estava segurando o riso, pois sabia que eu estava apenas brincando. Ele soltava risadinhas volta e meia e dava a desculpa que era culpa dos meus óculos de abelha.

- Britt... Posso segurar a sua mão? – Santana perguntou cautelosa.

- Não. – respondi da maneira mais fria que consegui.

Mesmo depois de ter conseguido ficar com Santana, provoca-la ainda era meu passatempo preferido. Além de beijá-la, é claro. Ela ficou com uma expressão frustrada no rosto e ficou brincando com as mãos. Quase a agarrei ali mesmo e comecei a enchê-la de beijos, mas Finn murmurou um “Aguenta firme” sem som e eu me lembrei do porque de estar fazendo aquilo.

Fizemos nossos pedidos e aguardamos por um tempo. Santana procurou minha mão e eu a afastei rispidamente. A latina baixou o rosto e ficou com um olhar triste para o nada. Aquilo já era demais para mim, então pousei minha mão mais perto da dela. Seus olhos brilharam, mas evitei olhar para ela. Queria ver até onde ela aguentaria.

San pousou a mão na minha e dessa vez não retirei. Ela ficou mais cautelosa e Finn segurava suas gargalhadas observando a nossa interação. Estava ficando interessante agora.

Ela tentou beijar minha bochecha, mas virei o rosto. Droga, aquilo era difícil. Recusar os lábios de Santana era uma tarefa árdua para mim. Ela voltou a apenas repousar a mão na minha e ficamos em silêncio.

O almoço chegou e afastei minha mão da de San. Ora, tínhamos que pegar os talheres, certo? Mas aquilo pareceu magoar a latina. Fiquei com o coração partido ao ver seus olhos tristes me encarando, mas Finn chutou a minha perna por baixo da mesa e eu me segurei. Só mais um pouco.

Almoçamos e eu enxotei Finn da mesa com o olhar. Ele entendeu e saiu rapidamente, me deixando a sós com Santana. Evitei o olhar da latina, mas ela se abraçou na minha cintura e eu tive que fita-la com o olhar.

- Britt, não briga comigo, por favor! Eu não aguento mais ficar sem você, olha pra mim pelo amor de deus! – ela suplicou.

Olhei em seus olhos sem dizer uma palavra. Achei que ela iria surtar se eu ficasse mais cinco minutos “brigada” com ela, então me inclinei em sua direção e tomei seus lábios. Agarrei sua cintura e beijei todo seu rosto, sem me importar se alguém estava olhando ou algo do tipo. Mordi seu queixo e depositei um beijinho na sua bochecha. Ela me olhava confusa, então a beijei mais uma vez, unindo nossas línguas. Ficamos um bom tempo trocando beijos e carícias, até que Finn chegou e disse que era hora de irmos. Segurei na mão de Santana e saímos do restaurante, a latina com um sorriso que mal cabia em seu rosto. Finn me mandou colocar meus óculos e boné e Santana engoliu em seco. Beijei seu rosto e disse que estava tudo bem em seu ouvido. A latina me olhou com certa dúvida no olhar, mas tomei seus lábios novamente e ficamos abraçadas na rua. Alguns sorriam para nós e outros faziam caretas de nojo. Não me importei e intensifiquei nosso beijo. Casais héteros faziam muito mais do que nós no meio da rua e todos achavam lindo. Eu queria beijar a minha morena à vontade sem ser interrompida.

Quando finalmente nos separamos, alguns rapazes nos olhavam com sorrisos irônicos no rosto. Puxei San antes que ela avançasse neles e seguimos nosso caminho. Procuramos alguma coisa que pudesse nos levar o mais rápido possível para lá, mas não conseguimos nada. Por fim, Finn teve a ideia de irmos de trem. Compramos uma passagem que fazia escala com cinco cidades, então levaríamos cerca de três dias para chegar ao nosso destino. Teríamos pouco mais de uma semana quando chegássemos ao coliseu.

Finn foi comprar as passagens e me deixou a sós com San. Ficamos abraçadas, sentindo os nossos corpos unidos implorarem pelo contato de nossos lábios. Obedecemos nossos desejos e ficamos trocando beijos no meio da estação. Poucos olhavam mais de duas vezes para nós, o que era ótimo. Finalmente podia ficar com ela sem quase me crucificarem.

- San... Me conta. O que eu te falei naquele dia em que você me encontrou? – perguntei. A dúvida estava martelando na minha cabeça, pois eu geralmente falava algum tipo de bobagem quando dormia.

Ela abriu um sorriso lindo e se inclinou para me beijar. Senti sua língua me invadir e soltei um gemido. Ela se afastou e sorriu satisfeita.

- Você resmungou alguma coisa sobre uma morena linda e sobre sua mãe. Eu perguntei que morena e você me disse “a morena que me salvou, ela é a menina mais linda que eu já vi”. Deduzi que fosse eu. É legal conversar com você dormindo, Britt-Britt. Eu acho que gostei de você no segundo em que você me disse isso. Ninguém nunca havia dito que eu era linda. – ela confessou.

Minhas bochechas estavam vermelhas. Eu falo demais dormindo.

- Era verdade... Você é a pessoa mais linda que eu já conheci. Eu me apaixonei no instante em que eu te vi Sanny. – respondi.

Ela sorriu e voltou a selar nossos lábios. Ficamos trocando carícias até Finn chegar. Depois, fomos em direção ao trem e sentamos os três em um vagão. San ficou beijando meu rosto até que eu peguei no sono. Teríamos muito tempo para ficarmos juntas nessa viajem. 


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Alguém acha que eu mereço recomendações? Eu sei que é chato, mas ajuda a divulgar a história. E me deixaria feliz, além de tudo. Beijos e até outra hora!



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